Nada, absolutamente nada me pertence! Tudo, tuuuudo criação da tia JK!
Prólogo - A Fuga de Érin
Há três dias estamos na estrada... Há três dias chove...
Juntamente com minha família tive que deixar Éire. Minha Éire... Nosso Rei partiu suas terras para guerrear numa das inúmeras batalhas que mancham de sangue as planícies do Ulster. E nós, que devemos lealdade apenas a ele, tivemos também que partir. Em seu lugar subiu ao trono Dohmnall, que deseja nossas cabeças. Não há local para nos escondermos no Ulster... Não há mais lugar seguro para nós em toda Éire, não até que nosso senhor Eochaid retorne, é tarde demais para qualquer defesa.
Não pudemos aparatar para um local seguro, fora da Ilha. Em toda sua volta barreiras foram levantadas. Só podemos sair da forma convencional... da forma dos trouxas. Cavalgamos pelas planícies enlameadas até exaurir nossos cavalos, cruzamos o mar de Uí Echach Arda até a terra dos Escotos. Aparatamos até os arredores da vila de nossos aparentados, eles poderão nos dar abrigo, se também estiverem conseguindo se proteger das invasões da Britânia.
Os povos das terras geladas invadem a Ilha Britânica procurando por solos mais férteis que os seus. O Rei Supremo não consegue conter os avanços inimigos. Não é seguro para mais ninguém. Nem trouxas e muito menos bruxos... Muitos são queimados por nascerem em meio a magia, nenhum desses pode se defender... estão cegos pelo véu da ignorância. Não controlam o que fazem. Os poucos bruxos que têm cultura e conhecimento se escondem e protegem.
Subimos incessantemente pelos vales das Highlands, não paramos para dormir, não paramos para comer. Tudo fazemos sobre as selas de nossos cavalos. A localização exata da vila é difícil de saber sem conhecer perfeitamente as ravinas, mas estamos perto. Não podemos aparatar diretamente para a casa dos nossos, ela e toda a vila são seladas por segurança. Rezamos, por Merlim, para que tenham recebido nossas mensagens. Assim os Hufflepuff seguem para as terras do Clã Ravenclaw.
Olho para a imensidão verde que desce encosta abaixo formando o mais belo vale em que já pus os olhos em todos os meus dezessete anos de vida. O vento frio embaraça meus cabelos e racha meus lábios. Com olhos semicerrados consigo divisar uma ave, escura e graciosa, planando sobre as árvores e vindo em nossa direção. Mais uma lufada de vento e perco a ave de vista.
Continuamos a cavalgar durante o que me pareceram horas, mas não tenho certeza. Meu irmão mais novo não consegue mais suportar a caminhada com os outros homens, ele tem apenas doze anos, o coloco a minha frente e sigo quase mecanicamente a montaria de minha mãe. Um a um, os homens vão cedendo ao cansaço. Merlim, não podemos parar! Não agora... não tão perto! Os Ravenclaw estão aqui... em algum lugar... e se protegem, têm que se proteger... Caso contrário, foi tudo em vão.
Meu pai deu ordem para pararmos, tínhamos que descansar, ninguém ficaria para trás. Não mais. Joguei-me numa manta de lã ao lado de minha mãe, para que pudéssemos esquentar nossos corpos. Foi quando notei, ao fim da estrada, que seguia pela encosta, uma mulher de longos cabelos castanhos como a casca de um freixo. Seus olhos eram tão azuis quanto um céu de primavera. Vinha acompanhada de vários homens e mulheres, todos surgindo... aparatando... Os utensílios que traziam reluziam a cor do bronze, todos ostentavam o tartan em tons de azul do Clã dos Ravenclaw.
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Nota da autora:
Olá
Espero que tenham gostado do Prólogo! Estarei, em breve, postando o próximo capítulo.
Gostaria muitíssimo de agradecer a Manu Black por betar minha fic! Ela me incentivou muito mesmo com seus comentários a continuar os escritos sobre os quais estava insegura
UMA EXCELENTE BETA! :D Adorei betar com ela!
Prestou atenção aos mínimos detalhes
Muitíssimo obrigada, Manu!
Duachais Seneschais
Reviwes são muito bem vindas! Gostando ou não, dê um alô!
Utilizando as palavras de uma autora que gosto muito: FAÇAM UMA AUTORA FELIZ, DEIXEM UMA REVIEW!
