Ela somente uma mulher que prezava acima de tudo sua liberdade e sua independência. Ele buscava um amor cativo e dependente...

Capítulo 1 - Sexo com o estranho

POV Bella

Abri meus olhos e alguns raios de sol que entraram pela janela me fizeram colocar a mão nos olhos e esfregá-los preguiçosamente... Estiquei meu braço para alcançar o celular e quando vi a hora, levantei rapidamente num pulo, minha cabeça rodou e com uma pontada na cabeça senti o peso da tequila da noite anterior, como se tivesse uma pedra enorme em cima dela...

Só então percebi que não estava em meu apartamento, estava no meio de uma sala, nua e quando olho pro homem nu desconhecido que estava ainda deitado no chão, de bruços, e pude observar bem seu glúteo e suas costas bem torneadas e musculosas sem aparentar exagero...

Observei a sala ampla decorada com requinte nas cores preto e branco, várias peças de roupas espalhadas no chão davam o ar da bagunça neste lugar; fui procurando minhas peças de roupas que estavam jogadas, a minha calcinha estava em cima do abajur, só estava faltando meu sutiã, eu precisava sair logo dali... Primeiro porque não queria estar aqui quando o desconhecido dono desta casa acordasse, e segundo estava atrasadíssima pro primeiro dia de trabalho, não consegui me conter e acabei soltando um palavrão... Estava muito ansiosa e uma pilha de nervos...

Vi o peladão gostoso começar a se mexer, e rapidamente peguei uma colcha que cobria o sofá e me enrolei e ele virou pra mim e dizendo:

- Bom dia strange... Dormiu bem?!? Ele sorria simpaticamente e realmente ele era lindo, mas o meu nervosismo imperava e somente falei enquanto voltava a procurar minha ultima roupa que faltava...

- Não consigo achar meu sutiã, eu tenho que ir estou atrasada pro meu serviço...

- Serve este aqui? Ele ergueu meu sutiã preto de renda com um sorriso malicioso no rosto, eu peguei de sua mão e perguntei séria pra ele:

- Onde fica o banheiro?

- Sobe as escadas, no corredor à segunda porta à esquerda... Ele dizia me olhando dos pés até parar em meu rosto, e continuou: tem toalha limpa no armário do banheiro, pode ficar a vontade...

- Obrigada e marchei com toda minha roupa pro banheiro, entrei rapidamente na ducha fria e utilizei o shampoo masculino que encontrava ali, mas era uma emergência...

Estava extremamente irritada comigo mesma por ter cometido o estúpido erro de amanhecer na cama de uma transa... Eu não costumava dormir na casa de nenhum homem, simplesmente transávamos e saía dali assim que eles pegassem no sono... Mas eu acho que a tequila e o sexo quente com o estranho pegaram de jeito desta vez porque tinha apagado...

Enxuguei-me rapidamente e me vesti com as mesmas roupas e desci com os cabelos ainda pingando de tão molhados, juntei a minha bolsa, e vi espalhados no chão alguns pacotes de camisinha espalhados no chão e sorri levemente lembrando com tinha sido prazeroso esta noite, foram vários "rounds" ele agüentou bem meu ritmo...

Verifiquei se meu celular e a chave do meu carro estavam ali, e já caminhando em direção da porta, um cheiro de café inebriou e a voz do desconhecido me chamou:

- Hei strange, não aceita um café? E quando me virei ele estava a poucos passos de mim com uma caneca estendida pra mim e na outra mão ele comia uma maçã... Não pude deixar de percorrer meus olhos sobre aquele corpo perfeito, afinal ele estava só com uma cueca boxer branca...

- Obrigada, peguei a caneca e assoprei pra esfriar rapidamente e tomei um gole grande, ia ser bom pra aplacar um pouco da ressaca da noite anterior...

- Não vai mesmo dizer o seu nome? O estranho me perguntava erguendo sua sobrancelha e esboçando um sorriso esperando a minha resposta...

- Olha, foi legal a gente se conhecer e o sexo foi demais, mas não precisamos saber detalhes pessoais, além do mais, não saio com a mesma pessoa duas vezes... Falei rapidamente e dei mais um gole de café e entreguei a caneca a ele que me olhava com uma expressão de desapontado, porém com um sorriso torto...

- Vou indo nessa... Tchau strange! Dei um selinho peguei sua maçã mordendo-a e sai dali rapidamente.

Peguei minha Land Rover Discovery vermelha e dirigi igual a uma louca, passei em casa e troquei rapidamente de roupa, colocando uma calça jeans com uma blusa básica branca e tênis...

Cheguei à frente do meu local de trabalho, onde pelo menos por quatro anos, ali seria minha segunda casa... Contemplava o grande hospital que estava na minha frente, era o melhor em residência de cirurgia no país, um hospital escola com extensão da Faculdade de Medicina de Harvard...

Já fazia dois anos que havia me formado em Medicina em Dartmouth e fiquei este tempo trabalhando num projeto internacional chamado Médicos sem fronteiras, viajei por vários países levando cuidados de saúdes a vitimas de catástrofes, conflitos, epidemias e excluídos socialmente.

Através deste trabalho conheci vários países e diversos tipos de pessoas, ampliou meus horizontes e além do mais gostava de ser livre, nunca gostei de me prender a um lugar ou a pessoas, por isso estava ansiosa, finalmente seria uma cirurgiã, mas não me agradava pensar que teria que permanecer em Seattle 4 anos...

Tudo que tinha conseguido nesta vida tinha sido com muito sacrifício, vim de uma família desestruturada, meu pai abandonou minha mãe pra fugir com a amante nos deixando somente com contas e a hipoteca da casa; eu tinha 5 anos quando a minha vida passou a ser um tormento: minha mãe começou a trabalhar numa lanchonete, e no meio de depressões ela se tornou alcoólatra e só se envolvia com caras errados e mau-caráter e assim eu cresci aprendendo a me virar sozinha e a cuidar da minha mãe que ora estava bêbada e ora estava deprimida por relacionamentos fracassados...

Comecei trabalhar desde cedo, quando criança entregava jornais, na adolescência dividia meu horário em ser baby-sister e garçonete num único Dinner que existia em Forks, a minha cidade natal; quando me formei na escola, fui aceita em várias faculdades de medicina, mas não teria como pagá-la, e foi Angela uma grande amiga juntou suas economias e pagou um book pra mim e ainda me ajudou nos contatos em agências de modelos, ela colocava a maior fé em mim, e sempre dizia tinha que explorar minha beleza... Não tinha altura para passarela, mas o restante compensava: pele alva, cabelos castanhos, corpo magro e cheio de curvas e olhos castanhos, e com certeza aí estava meu ponto forte meus olhos...

Até que numa das inúmeras entrevistas com agentes consegui a primeira campanha como modelo fotográfica para uma marca de pasta dental, e a partir daí sempre surgiam campanhas, através disso paguei minha faculdade, quitei a hipoteca da casa da minha mãe, tinha uma vida praticamente boa, tinha um apartamento em Seattle, tinha meu carro e minha moto, e algum dinheiro investido na bolsa de valores...

Cheguei à recepção e apresentei a carta de convocação e prontamente fui encaminhada para uma sala onde havia algumas pessoas que fariam residência junto comigo... Como estava atrasada, quando abri a porta todos olharam pra mim, inclusive o chefe da residência, o renomado Dr. Carlisle Cullen que me disse:

- Você deve ser a Doutora Swan? Com um tom ríspido, porém educado;

- Sim... Desculpe o atraso é que... Ele me interrompeu dizendo:

- Lição número um, aqui eu não tolero atraso e nem pontualidade, chegue sempre adiantado entenderam?!?! Ele parecia um general falando conosco e me olhou e continuou: - Sente logo doutora...

Envergonhada e com raiva de mim mesma por ter atrasado pensava comigo mesma: Comecei bem mal, levei uma chamada de atenção do chefe que parece ser extremamente sistemático, mas pelo menos estava relaxada e satisfeita pela noite de sexo ardente e selvagem com o estranho... E quando pensou nisso sentiu um arrepio percorrer sua espinha e balançou a cabeça tentando dispersar os pensamentos obscenos e se concentrar em sua nova meta: se tornar uma grande cirurgiã não deixando nada e ninguém atrapalhar a conquista de seu objetivo...