To Build a better life (para construir uma vida melhor)

Eles conseguiram uma segunda vida. Um pouco diferente. Ainda nada fácil. Mesmo assim, Will ainda conseguia o reconhecer só pelo toque, pelo cheiro. E Nico ainda quer ser o primeiro herói a ser feliz. Mesmo com outros nomes, outros pais, outra vida noutro tempo. Eles sempre irão seguir um ao outro.

"so we found our way back home,
let our cuts and bruises heal.
while a brand-new war began,
one that no one else could feel.

our nights have grown so long.
now we beg for sound advice.
"let the brokenness be felt
'til you reach the other side.
there is goodness in the heart
of every broken man
who comes right up to the edge
of losing everything he has."

we were young enough to sign
along the dotted line.

now we're young enough to try
to build a better life.
to build a better life."

- Mars, Sleeping at Last

Prefácio

- Mas… E se nós nunca nos conhecermos?

A mulher sorriu carinhosamente para mim. O sorriso era, supostamente, para me fazer sentir mais calmo. Não resultou. Eu estava com demasiado medo. Com medo de haver a possibilidade de o perder outra vez. Eu não ia aguentar. Eu não consegui aguentar na nossa primeira vida e eu não consigo aguentar agora (ou na nossa futura vida).

- Tens que acreditar no fado, querido. Tu irás primeiro, mas vocês irão se encontrar.

- Como é que isso irá funcionar?! Eu vou primeiro! E acreditar no fado? Lembra-se daquilo que nós dois tivemos de sofrer por culpa do fado?! – Eu estava a ficar irritado. Imagens da nossa vida no reino de cima corriam pela minha mente. Guerra. Dor. Sofrimento. Angustia. Eu não conseguia o fazer. Não. Eu preciso dele.

- Shh… Nós vamos ficar bem… - Senti a mão dele na minha. E logo comecei a sentir-me muito mais calmo. Ele tinha esse efeito em mim. – Nós vamos estar juntos. Eu não te vou perder outra vez. Eu nunca te vou deixar… Prometo…

As minhas mãos encontraram o caminho para a cara dele. Inclinei-me, deixando as nossas testas encostadas. Eu sabia que ele ia cumprir a promessa dele. Ele sempre o fez…

Não sei quando tempo ficámos assim, o tempo é diferente aqui. Dizem-nos que passaram quase dois milénios desde que deixamos o mundo de cima. Para mim nem pareceu assim tanto. Estava com ele. O tempo sempre passou mais rápido quando estava com ele.

Ele dá-me um beijos nos lábios, lento e suave. Como se tivesse a dizer "até logo".

- Eu vou estar a tua procura, Pátrocles.

Ele sempre soube dizer o que eu precisava de ouvir. Pá-tro-cles. Quanto tempo teria de esperar até o ouvir dizer o meu nome outra vez?

Ele sorriu pegando um na folha com a agua do Lete, bebeu sempre a olhar para mim. Ele não estava a falar mas eu sabia que ele me estava a fazer uma promessa. Que ele iria sempre me amar. Como Aquiles e como Nico.

N/A: Já não escrevo há uns anos. Uns bons anos… Esta ideia veio-me logo quando eu terminei de ler a Canção de Aquiles. E não encontrei em lado nenhum uma fic onde o Nico e o Will fossem a reencarnação do Aquiles e do Pátrocles e eu preciso disto mais do que preciso de ar. Eu estou a escrever em inglês e em português ao mesmo tempo, postando aqui em portugues e no Tumblr em inglês e as duas versões sempre têm algo um pouco diferente porque traduzir as vezes faz-me adicionar coisas.

Algumas coisas a ter em consideração:

Primeiro, vou narrar tanto como Will como Nico, mas mais com o Will. Acho mais fácil e mais livre.

Segundo, vou mudar um pouco os acontecimentos do Ultimo Olimpiano e do Sangue do Olimpo, para dar mais credibilidade à história. Mas como esses irão ser mais narrados pelo Will, irão só ver uma versão diferente dos acontecimentos (e provavelmente o Will a babar-se pelo Nico).

Terceiro, para quem não leu a canção de Aquiles, é um livro sobre a história de Aquiles e Pátrocles, como os dois se conheceram, apaixonaram-se e é algo lindo e maravilhoso. E como foram parar aos campos elísios, teriam mais chances de voltar ao mundo dos vivos. E porque não sendo o Nico e o Will? Para aqueles que já leram o livro, irão ver que o Will é um tanto parecido com o Pátrocles, os dois não gostam de lutar, mas fazem-no se necessário e são médicos.

Por último, desculpem quaisquer erros. Eu estou a lutar o melhor que posso com a minha dislexia e disgrafia mas por vezes ainda há coisas que me passam completamente ao lado, mesmo lendo vinte vezes.