Bons sonhos
Sinopse: Um milhão de mundos. Ela os vê todas as noites em seus sonhos. Donna centred, com Donna/Doctor friendship.
Disclaimer: Doctor Who não me pertence, é claro.
Donna sabe que está sonhando assim que vê a caixa azul do outro lado da rua. As pessoas passam por ela sem lançar um único olhar, como se não conseguissem vê-la, mas Donna a enxerga perfeitamente. O letreiro iluminado diz "Police Box", mas de alguma forma ela sabe que esta não é uma daquelas caixas de polícia dos anos sessenta. É algo muito mais complexo.
Maior do lado de dentro.
Seus sonhos são diferentes todas as noites, em alguns ela está em Pompéia tentando impedir a explosão do Vesúvio, em outros passeia por uma biblioteca com todos os livros já escritos no universo. Mas embora os detalhes se tornem confusos e as coisas pareçam se misturar a tal ponto que ela não sabe mais diferencia-las, há sempre a mesma caixa azul. E todas as vezes sua porta está entreaberta em um convite mudo, esperando.
Ela sonha com o mesmo homem também. Cabelos e olhos castanhos, e um sorriso quase maníaco estampado no rosto. Donna acha que poderia sonhar coisa melhor do que um cara magrelo em terno risca de giz, mas de algum modo, ela sente que ele é certo, como se não houvesse ninguém mais adequado do que ele para estar ali.
Ele diz coisas estranhas como allons-y e molto bene e na maioria das vezes ela não entende metade do que ele tenta explicar. Porque, bem, ela é Donna Noble e apesar das cem palavras por minuto, não sabe nem como trocar uma lâmpada. Mas isso parece mais diverti-lo do que incomodá-lo, ela percebe, enquanto olha esse homem tão diferente girar manivelas e pressionar botões de um enorme painel de controle.
É estranho como, quando acorda, ela nunca consegue se lembrar do nome dele.
Donna começa a sonhar com essas coisas mirabolantes até mesmo quando está acordada. Óculos de aro tartaruga estranhamente familiares em rostos que ela está certa de nunca ter visto, um par de tênis surrados e chaves de fenda que ela tem a estranha sensação de serem sônicas; tudo a deixa com certo grau de nostalgia, como se ela precisasse desesperadamente lembrar de algo, mas não conseguisse. Até que uma noite, e ela não sabe bem porque, seus sonhos não se dissolvem com o barulho do despertador ou o acordar de seus devaneios.
Ela simplesmente abre os olhos, e de repente é tudo tão óbvio que ela se sente uma idiota por ter esquecido.
- Doctor... – ela sussurra. E um milhão de mundos estão a frente de seus olhos.
N/a: Espero que tenham gostado da fic, a Donna sempre foi uma das minhas personagens preferidas de Doctor Who, e o modo como ela saiu da série foi totalmente injusto, fato. Reviews, sim?
