Harry Potter não me pertence, e sim a deusa que iluminou nosso mundo J.K. Rowling
Capitulo 1: Desconfiança
Harry olhou a sua volta preocupado, certificando-se de que não foi seguido. Era a primeira semana de dezembro, em uma das ultimas visitas antes do Natal para Hogsmeade e o moreno queria enviar uma carta para seus tios fazendo um pedido necessário, mas que mesmo assim não sabia se seria atendido.
Entrando no correio escolheu uma coruja e colocou sua carta na perna do animal, sem a lojista ver colocou um bilhete no balcão com a quantia certa pela entrega. Em seguida saiu e voltou para o castelo sob a capa de invisibilidade. Em seu dormitório pensou de novo no que o levou a querer ir para Rua dos Alfeneiros em um feriado.
Dumbledore o ignorava completamente desde as férias. Todos na escola o achavam um mentiroso, seus amigos iniciaram seu namoro a duas semanas, e apesar de estar feliz por eles se sentia como se os atrapalhasse. Não estava recebendo noticias pelos verdadeiros passos de Voldemort e fora tendo pesadelos desde a volta as aulas.
Eles haviam diminuído agora, tinha procurado na biblioteca por dias e encontrou na seção proibida o livro que sempre lia quando tinha tempo estava sozinho.
Vendo que estava sem ninguém em seu dormitório, abriu seu malão e revirou, retirando o livro de capa preta, colocou sobre as pernas cruzadas e olhou para o titulo: Segredos da Mente: do Imperio a Oclumencia. Era de couro encadernado preto liso, as primeiras paginas eram em sua maioria de poçoes, algumas de como deixar a mente das pessoas desligada, como trocar a mente de alguém por alguns segundos. Depois vinha plantas que mexiam com a mente, causando alucinações.
Era no meio do livro que tinha um capitulo inteiro dedicado a Legiminencia e a Oclumência, a arte de invadir a mente das pessoas soou ao adolescente em uma invasão de privacidade, mas que poderia ser útil saber o básico, tinha certeza que o diretor era capaz de faze-la, e Snape, como ele comprovou a alguns meses.
A Oclumencia pelo que ele entendeu dependia muito da resistência de uma pessoa, e havia diversas maneiras de aprende-la, pois a mente de cada pessoa funciona de uma maneira especifica. Alguns dos métodos exigiam um professor para cria-lo, outros somente a supervisão, os mais eficazes com ele parecia os que eram criados a base de lembranças.
O método que ele escolheu consistia em transformar o lugar que você mais se importasse em uma muralha mental, como um labirinto sem saída, mas o menino fora além, cada lugar de sua mente era uma armadilha de sons e cheiros, sem imagens em lugar nenhum. Sua muralha era Hogwarts, o castelo onde encontrara um lar, a cada passo a pessoa sentiria um cheiro, as vezes de terra molhada, as flores do jardim de sua tia, ou um som, a risada de Hermione, melódica e suave, ou a de Sirius, rouca e latida.
Havia suas sensações mais felizes estavam presentes, a liberdade de voar, a alegria de estar com seus amigos, o carinho por seu padrinho, o amor de seus pais, que protegiam a entrada para Torre da Grifinolia. Depois de dentro de sua mente a pessoa só sairia se ela permitisse. Depois criou uma barreira de ilusão, caso alguém sondasse sua mente, só sentiria emoções felizes e ouviria seus pensamentos mais banais, como era comum acontecer na aula de poções.
O guardou de novo e pegou seu livro de Runas, havia pagado a aula no terceiro ano para ter um maior tempo com Hermione, era uma época que a menina já começara a desenvolver sua paixão por Rony e que o ruivo tinha se tornado impossível. Não se esforçara muito no inicio, copiando parte dos deveres de sua amiga, mas logo desenvolvera uma atenção pela matéria.
Isso aconteceu quando estudavam selos de mão, uma arte muito antiga, comum na China antiga, naquela época qualquer um poderia realiza-lo, mas agora muitos poucos bruxos tinha alguma afinidade com a magia sem varinha ou com qualquer elemento da natureza.
Harry descobriu que se com esforço, conseguia realizar alguns encantos mais simples sem sua varinha, se esforçando um pouco mais conseguiu decorar todo o alfabeto runico Chines e Latino em três meses, os livros de selos antigos eram raros e caros, por isso o moreno decidiu criar seus próprios movimentos, foi nesses experimentos que descobriu que tinha um dom, como a historia dos selos classificava, era um inventor, capaz de criar um selos mágicos em segundos se posto sobre pressão. Também conseguiu revelar se possuía elementos naturais com alguns selos, e realmente tinha. Relâmpago. Vento e Água.
No ultimo fim de ano, não usou nada disso, havia entrado em panico quando Cedrico havia sido morto e não conseguiu realmente sair do choque até receber o primeiro crucio e já era tarde para fazer muita coisa.
Suspirando olhou para o relógio e viu que era ainda quatro horas, seus companheiros de quarto só voltariam por volta das seis horas, teria tempo para fumar. Nunca deixava seu cigarro no malão, eles ficavam em um selo de armazenamento oculto em seu braço direito desde que os comprou no Beco Diagonal antes do inicio do ano letivo. Os seus não eram cigarros trouxas que podiam causar inúmeras doenças, os cigarros mágicos, causavam a mesma sensação mais não tinham as propriedades nocivas, seus dois efeitos colaterais era que causava dependência e enfraquecia a magia com uso prolongado.
Seu primeiro cigarro havia sido pego escondido de Duda e não conseguira parar mais, sempre que se sentia estressado acabava com um na boca. A unica pessoa que sabia era Hermione, e ela reprovara sem pensar duas vezes, mas não contou a ninguém. Desde o mês passado vinha parando de usa-los, não se vira capaz de parar de uma vez mas diminuia progressivo, antes fumava um maço por dia, agora era só um ou dois.
Guardando o maço sem retirar nenhum, decidiu fazer seus deveres de Runas e Poções, nunca entendeu até ano passado como poderia fazer ensaios tão bom como os outros alunos e se sair tão mal na pratica. Foi quando descobriu que um ingrediente mudava de propriedade depois que era cortado, como a raiz doce, em cubos eram doces enjoativas, em fatias eram salgadas, amassadas eram amargas.
Viera melhorando nas aulas desde então e apesar de ainda ser criticado por Snape, sabia que havia melhorado para um nivel médio no minimo. Também viera pensando no que faria depois de Hogwarts, tivera a ideia de ser auror, mas depois do retorno de Voldemort começou a pensar que após passar pela guerra que provavelmente viria, não iria querer ficar em meio de fogo cruzado. Então decidiu que seria fascinante ser Haler, e para o ultimo ano mais ou menos vinha estudando a cura magica e, o que lhe fascinou muito, a trouxa. Fora mais fácil conseguir livros de Biologia humana no mundo trouxa e agora Harry sabia praticamente tudo sobre a estrutura do organismo. Conseguira achar livros médicos para iniciantes no mundo mágico com Madame Pomfrey. A senhora fora muito feliz de entrega-los a ele, dizendo que outros alunos a buscavam com o mesmo objetivo. Claro que quando questionado disse que não queria vir a enfermaria sempre que tivesse um arranhão.
É claro que logo encontrou uma barreira, tinha que ter os Noms e Niems de Aritmancia e ele não tomava essa matéria, pegando todas as notas de Hermione dos últimos dois anos não podia acreditar que achara terrível, agora entendia a fascinação da castanha para essa matéria, em menos de seis meses era tão bom com os números como era com Runas e Defesa Contra as Artes das Trevas. Pensar nessa aula o fez olhar para sua mão esquerda. Não devo contar mentiras era permanente em sua pele agora e o que impedira seus amigos de descobrirem foi um charme simples de ocultamento. Umbrigte sempre foi sádica em suas detenções, e a recente demissão de Sibila Trelawney e a admissão de Firenze deixara a sapa rosa muito vingativa, lhe dando detenções até o ultimo dia antes do recesso de férias.
Ele sabia que penas de sangue eram ilegais, mas se sentia tão afastado de todos que não queria compartilhar suas dores com ninguém. Ultimamente a mulher se tornara muito estranha e sempre que o via tinha um brilho perverso malicioso para ele que o fazia sentir um arrepio por toda a coluna.
Sentindo que ficar sentado ali iria somente deixa-lo inquieto desceu para o salão cumunal e saiu pelo buraco do retrato, passando pelo familiar corredor do setimo andar, sorriu sabendo que a AD vinha fazendo muito progresso e estava orgulhoso dos integrantes, mesmo que não havia sido a favor no inicio estava feliz que havia sido feito, ele havia modificado a lista de Hermione com alguns selos, achou que seria arriscado deixa-la onde podia ser lida por qualquer um.
Quando estava no terceiro andar decidindo que talvez fosse bom ir a cozinha, se viu no mesmo corredor que Cho e sua amiga Marieta. Harry havia tido uma paixão pela menina asiática no ano anterior, mas ela havia sido namorada de Cedrico na época. Agora a sexto-ano queria algo com ele, mas só estava tentando usa-la como um substituto e ele não sentia mais nada pela corvinal.
Sem se importar passou pelo corredor fingindo não realmente vê-las, mas não foi para as cozinhas, decidindo que a biblioteca era um lugar menos propicio a ser encontrado.
Esperava que seus tios fizessem algo por ele pelo menos uma vez na vida, pelo menos esperava que sua tia lesse e convencesse Vernon, pois apesar de sua tia não gostar dele, seu tio absolutamente o odiava.
