N/A: Fic pós-Act your Age.
Disclaimer: Eu não sou dona do House. Bem que eu queria. Assim, eu e minhas amigas faríamos os roteiros, e mandaríamos o pessoal do "Writers Guild of America" pro inferno!
Sumário: "Você só dá valor a algo quando perde."
ACHADOS E PERDIDOS
An original story by Ligya Ford
PROLÓGO
- Vai logo. Rola esse negocio. – alguém pede.
Cinco pessoas dentro de um quarto mal iluminado brincavam de verdade e desafio. Haviam dezenas de garrafas de Heineken espalhadas pelo chão.
Polly, encostada numa das camas, gira a garrafa.
A garrafa verde girou, girou e parou.
O fundo apontando para Leah, e a boca apontando para Amanda.
Amanda, que estava sentada com as pernas dobradas, arregalou os olhos, e exclamou:
- Ah, não! Lá vem! – ela tragou o cigarro de maconha e encarou a amiga.
- Humm... – Leah levantou as sobrancelhas divertida. – Verdade.
- Manda.
Amanda tinha os olhos pintados de preto, e tatuagem nos braços. O oposto da companheira de quarto, Leah, que usava roupas de grifes e de estilistas famosos.
- O que você teve que fazer pra conseguir aquela "Indian"?
Amanda estreitou os olhos, e engoliu mais cerveja.
- Sabia que você ia perguntar isso.
- Vai, responde. – gritou Jake, namorado de Leah.
- Eu tive que... dormir com o mecânico.
Todos gargalharam.
- Ele não queria nem a pau reformar ela pra mim. – ela se defendeu. – Até que o cara não era de se jogar fora. Eu só tive que... fantasiar.
- Mas a valeu a pena. Você tem uma motocicleta de US$ 30 mil. – riu Jake, completamente feliz.
- Pois é, só custou uma noite de sexo. – riu Polly.
- E cinco mil. – disse Amanda.
- Acho que eu não faria nada parecido. – disse a mais nova dos amigos, Jennifer.
- Eu também achava, Jenny, eu também... – Amanda riu.
- Gira a garrafa, Amy. – pediu Leah.
Com um empurrão, mais uma vez, a garrafa rodou.
O ar do quarto 42 da "Ford's House" estava impregnado de maconha. Os cinco amigos aproveitavam o fim de semana do feriado, enchendo a cara de cerveja e usando drogas recreativas.
Eles riam e faziam piada de tudo.
A boca da garrafa parou na direção de Polly. Jake escolhia se era a verdade ou o desafio.
- Verdade. Qual foi a pior coisa que você fez?
Polly, parecendo enjoada, tossiu.
- Putz... – ela parou. – Acho que tenho que pensar.
- Foram tantas assim? – Jennifer perguntou, rindo. Ela estava encostada na parede, meio sentada, meio deitada.
Todos gargalharam.
- Humm... quando eu tinha dezesseis anos, eu espalhei no colégio... que uma garota, que eu odiava, tava grávida. Aquilo chegou na diretoria, que chegou no ouvido dos pais dela. Ela foi tirada da escola e mandada para um colégio interno na Europa.
Todos estavam com a boca aberta de choque.
- Por que você fez isto?
- Porque eu gostava do namorado dela. Eu tinha que humilhar aquela garota. Dizem que ele brigou com ela, achando que ela tava grávida mesmo.
- Você ficou com o cara? – perguntou Jake, com a voz grossa devido a fumaça.
- Não. Ele ficou sabendo que fui eu que espalhei o boato.
- O que foi que ele te disse? – perguntou Jennifer, que parecia enjoada.
- Que eu era louca. Dentre outros insultos. – ela fumou de novo.
- Isso é que eu chamo de ameaça. Quero morrer sua amiga. – soltou Amanda.
- No ultimo ano, eu fiquei com ele. Só que ele não era mais aquele cara. Ele era um idiota jogador de futebol.
- Hey! – exclamou Jake.
- Desculpe, Jake, você não é... idiota. – Polly se desculpou.
- Só um pouquinho. – murmurou Amanda, que desviou de uma almofada, jogada por ele.
- Idiota! – a própria namorada ria, imbecilmente.
- Roda a garrafa. – pediu Jennifer. – Aposto que vai cair pra mim.
Foi dito e feito. Assim que Polly girou, a boca da garrafa virou para Jennifer.
- Que boca! – exclamou Amanda.
- Vai, Amy, você vai escolher desafio mesmo.
Amanda tragou a maconha e gargalhou.
- Okay! Desafio!
- Claro que é. – alguém disse.
- Jenny, baby, eu te desafio a nadar pelada no Carnegie Lake.
Todos gargalharam.
- O quê? – ela tentou gritar, enquanto todos riam abertamente.
- Isso eu quero ver. – Polly gritou.
- Você pegou pesado agora. A Jenny nuuuuunca faria isso.
- Quer apostar? – Jenny se levantou.
Todos se calaram e olharam pra ela.
- Quero. – disse Amanda. – Cem paus.
- Fechado. – ela soltou.
Todos se levantaram. Jake cambaleou ao levantar e Polly o segurou.
- Calma aê, cara.
- Eu to muito louco. Não vou conseguir ir em lugar nenhum. – ele exclamou, voltando a se sentar.
- Se a segurança parar a gente, vamos ser todos presos. – disse Jennifer. – Ou pior, expulsos.
- Tá dando pra trás? – perguntou Leah.
- Não, só estou informando os riscos.
- Vamos logo. – disse Amanda.
- Ah, não. A gente tem que cruzar todo o campus. – reclamou Jake.
- Fique então. – Leah levantou os ombros. – Frouxo.
- Eu não sou frouxo. Eu só to...
- Vamos embora.
Eles se viraram para a porta, e Leah checou o corredor. Estava vazio. O Ford's House havia se esvaziado de manhã. A maioria dos estudantes foram para casa, ver suas famílias.
- Vazio. – ela direcionou com a cabeça. – Vamos.
Amanda, e Polly a seguiram, andando na pontas dos pés. Leah se virou, quando chegaram perto das escadas.
- Cadê a Jenny? – ela sussurrou.
- Leah! – Jake gritou, fazendo eco no corredor. – Leah! Amy! Polly!
Ele apareceu no corredor.
- Acho que a Jenny desmaiou. – ele disse com um meio sorriso
As três se entreolharam e correram. O barulho dos sapatos batia forte no chão de madeira. Entraram no quarto.
– Jenny! - gritou Polly.
Amanda se aproximou.
- Jenny! Pára de brincar. Você tá fingindo pra não nadar.
Elas esperaram Jenny abrir os olhos e matar todo mundo de susto.
- Você não vai fugir dessa. – Leah gargalhou.
Ainda nada. Jenny continuava deitada no chão, fedendo a maconha.
- Jenny... – sussurrou Polly.
- Ele não tá morta, não? – riu Jake.
- Cala a boca, Jake. – Leah disse.
- Jenny... – Amanda se aproximou. Colocou o rosto perto do nariz da amiga, e prestou atenção. – Acho... acho que ela não tá respirando.
- Como é que é? - Leah gritou. – Põe ela no carro.
- Será que ela teve uma overdose? – Jake ainda estava sentado na cama, abobalhado.
- Maconha não dá overdose, Jake.
- E um coma alcoólico?
- Se ela tivesse um coma alcoolico, ela estaria... sei lá... vomitando.
- Vamos logo, merda! – Leah e Amanda levantaram Jennifer, que parecia uma boneca de tão mole que estava.
- Vai Jake, porra, tira a bunda daí. – Polly gritou enquanto pegava as chaves do carro de Leah.
- Ai, merda... – Jake engasgou e vomitou no chão.
- Ai, não. Seu bosta! – exclamou Leah, enquanto carregava Jennifer, apoiada no seu ombro. Amanda pegou o outro braço de Jennifer, e ambas saíram pela porta.
- O único homem aqui é o único que não consegue ficar de pé. – soltou Polly.
- Qual hospital vocês vão? – ele perguntou, tentando se recompor.
- Princeton- Plainsboro! – gritou Amanda.
- Por que nesse hospital? É de graça? – perguntou Polly.
- Acho que é. – emendou Amanda. – Eu conheci um médico muito legal que trabalha lá. E eu sei que os caras são foda demais.
XxLFxX
N/A: Eu idealizei esta historia a muito tempo. Não foi concretizada, devido a falta de internet, e a falta de consultoria médica.
Mas tendo a ajuda da Poli e da Jordana, duas estudantes de Medicina, peguei pra desenvolvê-la. E saiu da cabeça e foi pro papel. Digo, pro Word.
Agradecimentos as duas, e a Ni, a mascote da comu Cham.
Relaxa, Ni...
Você vai ser a paciente, mas estou guardando algo especial pra você.
NOTENHAS:
Heineken – é uma cerveja alemã.
Indian – é uma marca de motocicletas. São fabricadas desde 1901. Elas se parecem um pouco com a Harleys, mas são menores. Ideal para mulheres.
Ford's House – não é uma homenagem a mim. Mas sim a James "Sawyer" Ford. El Grand Lorão. Só repetindo: Faltam 29 dias para Lost!
Carnegie Lake – é o lago que há no meio de New Jersey. Ela banha quase todo o campus de Universidade de Princeton.
