OBLIVION

Chapter 1; Partidas e Chegadas.

Caos!

A vida naquele lugar jamais foi à mesma depois de tudo que aconteceu ali. Nada estava igual à antigamente, e infelizmente a única palavra que descrevia a cidade de Londres naquele momento era caos. A paz foi tirada das casas e ruas, o azul do céu foi substituído por cinza, mesmo em dias de sol. E parece que assim que eles surgiram dos céus a alegria do rosto dos cidadãos foi arrancada também.

Então, oque aconteceu exatamente aqui?

Essa era a frase que os jornais e repórteres falavam nas mídias de televisão, os cidadãos não sabiam descrever como tudo surgiu. Ninguém sabia. Aconteceu tudo tão rápido, num momento eles viram duas pessoas (pareciam ser pessoas) tentando se matar caindo das nuvens, logo depois começaram a surgir vultos pretos e depois disso ficou difícil de observar. As pessoas só sabiam afirmar que assim que as duas pessoas caíram ao chão, tudo ao seu redor foi destruído rapidamente e apesar da queda absurda eles não morreram. Eles so sabiam afirmar que algum tipo de guerra 'magica' havia começado, e que a humanidade era apenas uma coadjuvante nisso tudo.

Porem, oque a humanidade sabe não é exatamente como começou. Houve outra historia em cima disso tudo, e outra mais antiga ainda que eles não fazem a mínima ideia. Pela primeira vez, depois de varias gerações de bruxos e trouxas viverem separadamente, isso também chegou ao fim.

Horas antes ..

"HARRY!"

Hermione implora e olhava seu noivo com certo receio. Ela segurava fortemente sua barriga que sangrava muito enquanto seu outro braço esmurrava o vidro da câmara onde o moreno havia a colocado. Ela chorava e gritava e clamava para ele não fazer algo que ela tinha absoluta certeza que iria doer mais nele do que nela.

"Por favor, Harry não faça isso!"

Harry parou em meio a todo aquele caos que estava acontecendo e fitou aquela mulher, que implorava para ele não apagar tudo aquilo que ela havia sido um dia, tudo que ela viveu e sentiu. O Potter sabia que essa decisão de tirar isso dela não cabia a ele, porem, isso era para o próprio bem da garota. Oque seria do mundo magico sem a mente mais brilhante do século depois de romena ravenclaw? Oque seria dos pais se soubessem que ela havia sido morta por ele? Ou pior ainda .. Oque seria de sua consciência se ela fosse morta por ele.

Talvez fosse egoísmo, pensar em como somente ele sairia machucado com tudo isso, mas, ele preferia vê-la feliz sem se lembrar dele, do que toda vez que pensasse nela, só lembrasse-se de uma mulher que ele amou incondicionalmente e acabou morrendo para salva-lo. Ele não suportaria, não com ela.

Enquanto Remo e Ron tentavam neutralizar todo aquele inimigo que chegava perto da sala onde estavam, Harry olhava para ela, apreciando seus últimos momentos, depois de um tempo perdendo sangue Hermione começo a ficar pálida e não demorou muito ate de desmaiasse, ele abriu a câmara de vidro e a tomou em seus braços por apenas meio minuto antes de ir ajudar Ron e Remus. Com um rápido feitiço ele curou o corte aberto que estava em sua barriga, deixando uma cicatriz de aproximadamente sete centímetros, encostou sua testa na dela e ficou assim por breves segundos, ele esqueceu o local que estava, os bombardeios, as azarações sendo lançadas, por breves segundos ele esqueceu o local que estava e tentou apreciar a respiração pacifica dela uma ultima vez.

Quando a parede do ministério explodiu e ele teve a terrível visão de ver Hermione a um passo de morrer ele se desesperou, ele não poderia passar por isso novamente, o medo de perder a pessoas que conseguiu faze-lo amar novamente. O medo de perdê-la naquele momento o cegou e ele só pensou em tira-la dali, naquele exato momento. E a péssima ideia de apagar ele da memoria de Hermione lhe pareceu a mais sensata a se fazer.

"HARRY TEMOS MAIS DOIS MINUTOS!"

Gritou Ronald da porta, sua varinha em punho azarando comensais por perto. Assim que ouviu a voz de Ronald apressa-lo toda sua confiança foi por agua abaixo. Ele tinha certeza de como ficaria, ele se lembraria dela, de tudo que viveram juntos mais a pergunta era: Será que ele suportaria mesmo apenas observar ela progredir sem fazer parte de nada?

Essa era a pergunta que martelava na cabeça de Harry, se ele ganhasse a guerra, ela não estaria mais ao seu lado, ele teria a paz que tanto queria só que ela não estaria mais ao lado dele para compartilhar. Ele suportaria essa pequena eternidade sem ela? Isso era certo? Talvez insano? Ou então errado? Ele não conseguia se decidir, ela estava bem agora, curada, não estava mais a beira de morte.

Por quanto tempo?

Ate tentarem mata-la de novo? Ele não podia se certificar de todos estivassem a salvo no final, ate porque nem essa certeza de um final ele tinha pra si próprio. Ele a colocou no armário de vidro para que ficasse parada enquanto fazia o feitiço.

Assim que levantou sua varinha ela abriu os olhos sonolento, e Harry pode perceber que oque iria fazer era totalmente insano, como ele poderia acordar sem poder ver isso todos os dias? Assim que ele abaixou varinha Hermione sorriu para ele, quando Harry deu seu primeiro passo ouviu uma explosão forte atrás de si que o jogou para o outro lado da sala.

"REMUS APAGUE!"

"Harry por favor ..!"

O lupin implorava para ele considera, mas não havia mais tempo havia comensais entrando e Ronald já não estava mais a vista. Remo estava jogado ao chão com sua perna sangrando forte porem ainda sim tentava dar mais uma chance a Harry pensar talvez, a pior decisão que ele iria tomar.

"REMO AGORA!"

"OBLIVIATE!"

Gritou o professor logo depois de ser atingido por um feitiço que agravou ainda mais o ferimento em sua perna. No momento em que remo gritou o feitiço Harry ativou a chave do portal e jogou ela em direção a Hermione, atravessando a metade da sala onde estava, assim que a bota tocou no braço de Hermione ela sumiu. Antes da bota atingir ela, ele a viu sorrindo para ele, foi tudo que conseguiu ver antes dela sumir complemente.


Cinco anos depois

Hermione colocava tranquilamente sua última peça de roupa na mala, um suéter de camurça cor-de-vinho. Era horrível, mais lhe trazia lembranças de seus pais. Foram levados por um acidente de carro fatal, estavam voltando de algum lugar e um ônibus desgovernado os jogou para fora da estrada. Seus pais morreram naquela noite, a morena que também estava no carro somente teve um corte na barriga profundo.

Ela apertou o casaco contra seu peito sentindo os pelinhos desconfortáveis da camurça tocar sua pele, o som repentino de passos chegou aos seus ouvidos, à garota assustou-se e largou o suéter. Caminhou lentamente até a cozinha de onde vinha o barulho e deparou-se com William, olhando sua passagem para Londres.

"Então é verdade?"

O homem a sua frente disse olhando fixo a sua passagem de avião para a cidade vizinha a Londres.

"É já estou formada, e há pessoas morrendo! Não vejo o porquê de ficar aqui de braços cruzados.."

"Isso é loucura!"

O rapaz se deslocou do seu lugar e começou a andar em círculos pela cozinha de Hermione.

"Pessoas fugindo dessa maldita guerra e você querendo entrar nela! Não vá Hermione, por favor."

Willian era Ex-namorado de Hermione há três anos, quando Hermione decidiu ir à guerra em Londres tratou de terminar o relacionamento, Willian nunca aceitou bem isso, sempre tentava reatar, ou fazer com que ela ficasse, mas a morena era audaciosa, sempre enfrentava tudo e tinha uma inteligência de dar inveja a qualquer estudante.

"Deste que essa loucura começou você só pensa nisso! Vive fascinada por esses magos desgraçados, que vieram bagunçar nosso mundo!"

Resmunga o loiro chegando perto de Hermione.

"Bruxos.."

Foi tudo que a garota conseguiu dizer, diante da aproximação dele.

"Oque?"

"São bruxo, e não magos.."

Sussurra a garota.

"É qual é a diferença! Hermione, por favor."

A garota, no entanto não respondeu nada, estava absolutamente sem resposta, apenas desviou os olhos a revista com a capa de um jovem bruxo moreno de olhos verdes e cabelos muita rebeldes, Harry Potter.

"É por causa dele não é?"

"Oque? Willian percebe o quanto está soando ridículo?"

Responde Hermione indignada

"Eu nunca vi Harry Potter na minha vida! Você deveria entender o motivo da minha partida, qual seu problema? Nos formamos juntos juramos ajudar ao próximo diante das circunstâncias."

"Eu tenho certeza que nunca o viu Hermione, mais é como se você já o conhecesse é difícil explicar. Você olha, fala dele como se o conhecesse. Por Deus Hermione já vi você o chamando quando .."

"Não ouse terminar essa frase!"

"Oque você sabe Hermione? Oque você tem com esse cara? Por deus se em alguma vida vocês viveram juntos isso daria uma boa explicação!"

O rapaz estava alterado, andada de um lado pro outra com a revista que continha a capa de Harry Potter. Por cada palavra que saia da sua boca ele apertava mais, Hermione achou que naquele momento ele estava falando tudo que sempre quis.

"Me reponde algo, e eu te deixo em paz! Me diga em que nenhum momento que esteve comigo pensou nele, me diga que nunca desejou beija-lo, me diga pelo amor de Deus que nunca ao menos sonhou ou pensou em Harry Potter.."

Hermione abriu a boca algumas vezes para responder para responder mais não emitia nenhum som. Oque poderia fazer? Mentir? Mentir assim quando já estava prestes a ir embora e talvez nunca mais o vir? Ou arrasar o coração dele com a verdade?

Willian chegou mais perto e tomou as mãos dela nas suas, e olhou bem em seus olhos para que ela não tivesse coragem de mentir a ele.

"Diga-me, se tem algum mínimo sentimento por mim, mais forte que por ele .. não vá!"

O loiro encostou os lábios com os dela, foi um beijo calmo, não correspondido no inicio. A ultima coisa que Hermione queria naquele momento era o deixar confuso ou esperançoso, achando que um dia ela voltaria para ele e que ficariam juntos novamente. Mas através do pequeno beijo que ele deu nela, ela sentiu como ele precisava disso, nem que fosse por uma ultima vez.

Assim que ela sentiu as mãos dele passarem pelo seu cabelo, ela o afastou quase que imediatamente. Ela amava William sim, só que não do jeito que ele amava ela, esse amor tinha passado há muito tempo.

Ele deu alguns passos ate a porta e a abriu, caia uma chuva forte ali, e ele pensou se seria melhor ir embora ou insistisse mais. Hermione o olhou curioso, William era sempre aberto a conversas e diálogos longos. Então quando ele abriu a porta e observou a chuva por alguns instantes, ela se alarmou.

"Eu devo ir?"

Ele perguntou, Hermione viu que os olhos claros de William já estava vermelhos e que lágrimas ameaçaram cair. Ela não soube oque fazer, não sabia se o abraçava e ficava, ou se apenas continuava essa conversa estranha.

"Oque?"

"Ir.. Eu devo ir embora ?"

"Porque esta fazendo todo isso? Oque quer que eu diga?"

"Você vai ficar?"

"Willian eu não posso.."

"Hermione você pode, só não quer ficar. É bem diferente."

Ele falava vagamente parecendo em interessando no céu de repente, Hermione percebeu que ele olhava para cima para não ousar cair nenhuma lagrima na frente dela. Ela percebeu como sua voz em questão de segundos tinha ficado embargada e como os ombros dele caíram de repente.

Depois disso ele não conseguiu dizer mais nada, abaixou sua cabeça olhou para ela e pela primeira vez desde que conhecia Will viu seus olhos marejarem, ele sorriu torto e fechou a porta atrás de si quando saiu. Ele não conseguiu dizer nada não queria que soasse como uma despedida definitiva e deprimente. Ela o observou sair fechando fortemente a porta.

Ela achou que ficaria mais triste por deixar Canada que sentiria falta dos amigos, mas quando comprou sua passagem, uma sensação estranha de liberdade, de confiança veio, não parecia que ela estava indo embora, em sua mente parecia que ela estava apenas no inicio. Começando algo novo. Oque não era diferente disso.

Ela sentiria falta de William, ele foi seu primeiro amor, e realmente parecia que ela gostava dele, mas não foi forte o bastante para fazê-la ficar. Nada foi.

A menina pegou a revista que foi o motivo de William ter ido embora, observou o jovem bruxo que estava estampado na capa "Quem será Harry Potter? Amigo ou inimigo?" Ela observou seu rosto, tão jovem e tão cansado, seus olhos cheios de olheiras e os cabelos rebeldes, mas apesar daquilo ele era muito bonito. Será que quando estivesse em Londres o encontraria? Séria um máximo, mas muito improvável, seria uma chance em um milhão. Cansada de debater com seus pensamentos, abandonou a revista e voltou a seu quarto para terminar as malas.

Amanhã seria um longo dia.


O Potter andava mancando pelos corredores do Lago Grimmauld, estava preocupado com Ronald Wesley seu melhor amigo desde os tempos de infância. Sua perna direita doía profundamente, mas nada daquilo era comparado com a dor que seu coração senta naquele momento.

Os últimos cinco anos de guerra foi um inferno, muitas pessoas trouxas morreram muitos aurores morreram e agora estava perto de perder seu braço direito. Seu coração já havia se partido no início desta maldita guerra, oque ele fez tinha sido a coisa mais dolorosa que fez na sua vida apesar de tudo que ele passou. O moreno rapidamente abriu a porta da biblioteca que agora era um espaço enorme para feridos, e localizou um ruivo deitado sobre uma das macas, desesperado andou o mais rápido que sua pobre perna pode aguentar e olhou ternamente o seu amigo todo ferido, agora levemente.

Assim que a pobre mulher que trabalhava ali sozinha ouviu passos apressados se virou para olhar. Madame Pomfrey tinha um velho coração frágil, então assim virou-se e teve a visão de um Potter pálido, com seus olhos esbugalhados e metade de sua roupa coberta de sangue, ela quase teve um infarto. Não o culpava, a maioria das vezes que encontrava com Harry ele estava desse jeito, essa era a vida de um pobre jovem de 24 anos, parecia que o nome Harry Potter tinha junção com a palavra guerra.

Ela não precisou deduzir o porquê dele estar ali daquela forma, tinha total certeza que não era por conta de seus machucados, e sim, por conta de seu amigo que ela cuidava pouco antes dele surgir. O Potter era assim, antes os outros do que a si próprio.

"Ele precisa apenas de alguns minutos, vai ficar bem!"

A voz de madame Pomfrey era tão doce e calma, que por tipo que fosse a noticia as pessoas conseguiam manter a calma perto da velha senhora. Harry sempre imaginou que sua aparência ajudava muito, ela tinha um semblante de senhora boazinha e seus olhos passavam muita confiança. Foi bom tê-la por perto quando Hermione não estava mais lá, muitas vezes ela a lembrava.

Por fim Harry se permitiu sentar na poltrona de frente a cama de Ron e descansar enquanto a velha senhora cuidava de sua perna.

Era realmente incrível assistir Madame Pomfrey trabalhar, ela cuidava de uma enfermaria improvisava que todos os dias cerca dúzias de aurores passavam varias e varias vezes por ali, e ela tinha que trata-los ao mesmo tempo, sozinha. A cinco anos atrás quando Dumbledore abandono a set, a mulher que antes se dedicava a enfermaria de Hogwarts, mudou-se completamente de lá montando a sua própria a favor de Harry Potter. Havia boatos que Dumbledore voltou para Hogwarts e que Minerva McGonagall nunca havia saído do lado dele. Todos da casa tinham fortes suspeitas que fosse verdade, Dumbledore sempre amou aquele castelo, mesmo ele sendo incendiado em 2011, Dumbledore ainda estava por lá para reerguer, já minerva, nunca houve indícios de onde ela realmente estava e Harry duvidava muito que ela estivesse escondida entre os outros – foi oque a maioria dos bruxos fizeram – Harry suspeitava que o time de professores e os funcionários mais antigos ficariam em Hogwarts como o diretor, por amor a escola. Ele não se surpreendeu que nessa surpresa de guerra, que já duravam cinco anos, somente seus amigos e a força de aurores do norte estavam ali com ele.

A mulher se dividia em duas, não eram tantos aurores agora, porem, todos chegavam feridos gravemente e sempre em bandos oque dificultava ainda mais o trabalho da mais velha. Ele queria às vezes ajuda-la de alguma forma, mas se ele não fosse as ruas não haveria motivo para essa guerra acontecer. Possivelmente se Hermione tivesse ali, ela estaria ajudando madame Pomfrey todos os dias.

Lembrar-se dela não era nada fácil, por muitas vezes Harry pensou em apaga-la de sua memoria, assim como fez com ela, mesmo assim depois disso haveria motivos para ele realmente lutar? Houve vezes, momentos breves que ele pensou em se matar, mas o pensamento passava na mesma hora quando se lembrava dela. Então se não fosse por ela, ele teria se entregado há muito tempo. Não tinha mais a esperança de um dia poder vê-la, estar com ela como antigamente juntos, nada disso se passava em sua cabeça, oque mantinha a sua fé, era que ele poderia acabar com tudo isso, para ela viver em paz, uma vida normal, que todos os dias ele desejou para eles.

Harry tinha a certeza que ela estava bem, em algum lugar do mundo, longe de ser um algo de Voldemort. Isso bastava, só faltava agora acabar com tudo isso, por ela.

"Pronto pra outra?"

A voz grave de Ronald o tirou de seus pensamentos longos. Ele estava de pé com um sorriso sínico torto, seu rosto estava com alguns arranhões e seu braço totalmente enfaixado, porem ainda sim ele estava de pé para ajudá-lo.

Ronald Wesley era oque Harry e Draco chamavam de maldito otimista, pouco antes disso tudo começar o ruivo havia se casado com Luna Lovegood, o romance deles foi meio tosco e brega no inicio, aqueles desajeitado e que ninguém achava que passaria de três meses, mas Ronald teve como um grande maldito otimista teve seu primeiro filho em meio a guerra, Luna deu a luz a um menino. Atrás de destroços de um prédio que havia caído minutos antes que com Ronald, Harry, Draco e Ginny defendendo ela de comensais enquanto Pomfrey cuidava do parto. Foi um dia milagroso.

"Harry você não vem?"

Indaga o Wesley preocupado.

"Porque você não vai embora Ron?"

Perguntou o Potter. Ron sorriu, sabia que esse era um daqueles momentos Eu vou sozinho de Harry Potter que ele e Hermione sempre ouviram antes de enfrentar qualquer coisa.

"Quer dizer.. Estamos nessa a cinco anos! Cinco longos e tortuosos anos! A cada dia que passa ele fica mas forte e nós mais fracos. É melhor aceitamos Ron, perdemos. "

"Harry percebe oque fez com você?"

Pergunta o ruivo indignado com oque acaba de ouvir.

"Oque eu fiz?"

"Sim Harry oque fez! Olha pra você não come e nem dorme há dias, não percebe? Ter obliviado Hermione está fazendo efeito agora, ela era sua força e .. Agora que ela se foi.. Você está fraco."

Lamenta-se Ronald.

"Harry! Harry!"

A voz da Lovegood interveio assim que Harry iria responder. Ela chegou e abraçou Ron rapidamente já que não se viam a duas noites.

"Oque houve?"

"Harry.. Remus me contou que uma pessoa entrou essa madrugada aqui em Londres."

A loira pouco depois da guerra espantou a todos quando entrou para o curso de Aurores da Inglaterra, e chocou ainda mais quando anunciou seu casamento com Ronald Bilius Wesley. A garota que foi, durante muito tempo, alvo de piadas sem graça e comentários absurdos, estava hoje escalada como umas das melhores aurores do país, e notavelmente se tornou uma mulher magnifica. Luna Lovegood se juntou ao pequeno exercito contra Voldemort no set juntamente com os outros. Ela passava a maior parte do tempo longe de lutas e riscos demais, agora que ela e Ronald tinham que cuidar de um ser humano que colocaram no mundo.

"Não sabemos quem, possivelmente médicos, Lupin me pediu para te avisar mesmo assim."

Luna e Ronald estavam casados há quase sete anos, o ruivo começou a sair com a garota no baile do "Fim da guerra", logo depois de terminar as coisas com Hermione, foi uma conversa um tanto engraçada, já que os dois queriam isso há muito tempo. Então não houve problemas, continuaram o trio de ouro como sempre. Ronald era e sempre foi um exemplo de homem forte a Harry. Ele se casou um ano depois do baile e quando o outro caos começou novamente, ele e Luna não interromperam sua família, tiveram a convicção que tudo isso passaria logo e tiveram Lucas em meio a toda essa confusão.

Hoje com quatro anos, o menininho passava as horas do dia com sua mãe na set, e as vezes via seu pai. Lucas nasceu com os olhos sonhadores e azuis, como os de Luna, e para a alegria e espanto de todos, o menininho teve a dadiva de nascer com dom Metamorfomago¹, então seus cabelos não era ruivos como os lendários Wesley's. – Lucas deixa ruivo apenas a pedido do pai.

"Tudo bem, contanto que não sejam mais comensais!"

Harry disse antes de seguir pelo corredor com Ronald ate desaparecer da vista de Luna.


Vazio..

Era a única palavra que descrevia Londres agora, ela nunca esteve ali, mas já ouvira falar que era um lugar belo de se viver. Ela andava pelas calçadas nas ruas com certo receio em seu peito, pelas sombras ela observou oque à cidade se tornou. Não havia mais prédios, somente poucos edifícios de um ou dois andares no máximo. Não tinha qualquer sinal de luz, alguns postes ainda permaneciam de pé mais completamente sem iluminação. Ela viu pessoas ali, nos destroços de algumas casas, pessoas apavoradas, com fome e sem qualquer sustento para sair daquela cidade. Ela fez uma nota mentalmente de passar ali com alimentos mais tarde.

Não muito longe dali, ela viu uma casa com um letreiro ainda acesso. O porteiro assim que viu a moça se aprontou em acolher suas malas. Não era uma espécie de hotel, estava mais para um acolhimento a quem necessitava muito, ela viu algumas camas improvisadas no saguão. Havia pessoas que realmente moravam ali, havia também apartamentos em cima que ficaram reservados aos paramédicos que vieram ajudar.

"Quer ajuda com as malas senhorita?"

Perguntou gentilmente o velho senhor.

"N-não senhor obrigada, não esta pesado."

Agradece a Hermione, sorrindo-lhe gentilmente.

"Hã senhor.. Sabe de algum mercado aqui perto ?"

Continua ela colocando suas malas no chão.

"Há um aqui perto dobrando a esquina.. Tens cuidado ao andar por aqui, tem muitos ataques daqueles magos."

Diz o velho senhor num resmungo. Era incrível como todos no mundo conheciam os bruxos como magos somente porque tinham varinhas. Ela sempre achou graça quando Willian falava assim, pelo visto não era o único. Hermione acenou e subiu ao seu novo alojamento, não era exatamente de luxo havia uma quarto, uma mini cozinha com divisa com a sala e um banheiro, somente oque um ser humano precisa para viver. Ela se impressionou com o tamanho das janelas, era demasiadamente enorme. Ela imanou como deveria ser ótima a luzes entrando ali pela manhã, sua vista era impecável, ou deveria ser, se o parque a frente não estivesse aos destroços.

Assim que entrou tirou os saltos e jogou-se no sofá, Hermione estava tão cansada e com tanta fome que necessitava de um tempo para recobrar a sua consciência. Observou da janela e viu o mercado que o homem havia falado, ela percorreu o caminho com os olhos e parecia pacifico desde quando chegou, colocou seus saltos de volta e saiu correndo antes que algo mudasse.

Ao sair do hotel sentiu um breve vento soprar em seus cabelos, uma angústia tomou-lhe contra imediatamente e a morena agarrou suas vestes ainda mais. Em Passos leves e rápidos ela andou até o mercado, pegou o necessário, e continuou seu caminho até o caixa. Em questão de segundos as luzes do comércio se apagaram e todos imediatamente abaixaram com as mãos na cabeça, nervosa e mordendo o lábio inferior Hermione faz o mesmo.

Oque esta havendo? Ela pensou.

Estava tudo completamente escuro, a única iluminação que continha ali agora era os reflexos coloridos que vinham da vidraçaria do mercado. Ela tentou olhar em volta, observar se tinha uma saída de emergência, qualquer que fosse. Ela notou que havia duas crianças ali perto e uma mãe, a senhora abraçava seus filhos e sussurrava algo no ouvido deles. Outro homem que estava perto dela estava apenas ajoelhado fixando o nada. Ela notou como as pessoas pareciam estar apavoradas, porem acostumadas com esse tipo de reação.

Um grito forte e agudo. E um dos jatos acertou a vidraçaria do local. As pessoas começaram a ficar cada vez mais desesperadas, os três bruxos estavam dentro da loja tentando desesperadamente matar somente um que era ágil e astuto. Ele desviava, rebatia e lutava sem nunca parecer se cansar. Um dos homens de preto conseguiu acerta-lo que voo e caiu entre duas prateleiras do supermercado, os dois homens sorriram vitoriosamente e caminharam ate ele.

A luz de todos os postes e ate da loja foram explodidas e o homem que antes estava caído entre prateleiras levantou e olhou furioso para os dois cuja se entreolharam apavorados. A testa dele que havia um corte em forma de raio começou a ficar avermelhada e seus olhos que antes eram verdes viraram brancos como a neve, ele levantou a varinha e uma onda invisível pareceu joga-los para o mais longe possível. O impacto foi tão forte que chegou a rachar a parede do local, ele caiu exausto no chão e sorriu quando a luz voltou e ele foi aplaudido e ajudado pelas pessoas dali.

Hermione tentou levantar e recobrar a consciência quando as luzes se acenderam, assim que levantou para ir ao local que estava supostamente um bruxo de verdade, ela sentiu alguém puxar seu braço fortemente fazendo com que ela soltasse um grito agudo e desesperado.

Em meio ao seu desespero de se soltar daquele homem bruto, ela conseguiu observar um rapaz alto se jogar contra eles e sentiu estar sendo puxada por algo invisível, em questão de segundos, o mercado e tudo mais havia desaparecido, eles se encontravam numa rua totalmente diferente da que ela estava.

"Solte a moça Dave!"

Ela ouviu a voz grossa do outro homem dizer, ainda não conseguia vê-lo muito bem seu desespero de sair dali e seu cabelo estava tapando sua visão.

"Não estou afim seu maldito, eu adoraria brincar com você, mas arrumei companhia melhor!"

O homem lambeu a bochecha de Hermione e ela aproveitou que a mão dele havia se afrouxado de sua boca e mordeu o dedo do rapaz com toda força que seus caninos puderam. Ele a empurrou enquanto gritava de dor, e o outro bruxo o apagou com apenas um soco bem dado no nariz.

"Está ferida?"

Pergunta o homem de cabelos revoltos.

"Nã .. Não."

Respondeu Hermione trêmula, ela sentiu que estava prestes a desmaiar, só não o fez assim que afastou os cabelos dos olhos e olhou o herói que a salvou duas vezes em menos de quinze minutos.

"Mione .. "

'Deixa escapar o bruxo.

"'Harry .. "


¹ Metamorfomago: Bruxo com capacidade de mudar a sua aparência física á vontade, sem auxílio de poção polissuco.

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