Sua pele tinha um perfume delicioso. Deveras fascinante para mim. Tinha impulso de tocá-la e rasgar aquela carne macia. Era uma jovem muito branca, com cabelos ruivos por toda sua volta.
Era interessante observá-la antes de tê-la. Os passos curtos sob o vestido de veludo, o veludo não poderia ser mais macio que sua pele, era um defeito da minha parte toda essa fascinação por mulheres tão indefesas, mas eu aceitava que o sabor era delicioso, um sabor que mantinha minha imortalidade.
O desejo pelo poder me livrara da humanidade e de sua mortalidade. O desejo pelo sangue era apenas alimento, o necessário para me consolidar eternamente.
E o sabor de mulheres tão bobas e indefesas era o mais doce e quente possível. E aquela era Ginevra Weasley, noiva do Capitão da Guarda Real Harry Potter.
O cheiro, o cheiro era tão doce, tão violentamente convidativo, nunca havia sentido um cheiro tão bom anteriormente.
Não poder andar durante o dia, o sangue, a sede, a raiva. Conseqüências da imortalidade, conseqüências da vontade.
Meus passos não ecoavam, Ginevra não podia ver, muito menos ouvir minha aproximação. Meus dedos frios e brancos tocaram seu ombro rapidamente e ela girou assustada, seu coração acelerou violentamente, eu pude escutar perfeitamente.
Fazê-la seguir meus passos foi fácil, foi simples. Aquela pele branca e quente logo seria ferida por meus dentes e seu sangue...
Os olhos castanhos me encaravam, sentindo-se perdidos. Em algum lugar, ela não sabia por que caminhava com um desconhecido em direção àquele beco escuro, mesmo assim caminhava, segurando minha mão, permitindo-me guiá-la.
E quando mais ninguém podia nos ver, deslizei meus dedos por seu pescoço, pelo decote do vestido. Ela era tão jovem. Ginevra era tão jovem e inocente. O pulsar das veias gritava sua juventude. Os lábios carmim estavam abertos e se abriram mais quando os toquei com os meus.
Meus lábios pálidos e frios contra os seus. Nunca antes havia beijado qualquer uma delas, não assim. Senti-me diferente ao fazer isso, desesperado.
E essa foi sua má sorte, Ginevra. Eu não poderia permitir que vivesse um segundo mais por me fazer sentir.
Meus dentes afundaram na pela macia e perfumada, escutei Ginevra deixar o ar escapar pelos lábios, a dor enquanto seu sangue era drenado para meu corpo que ficava cada vez mais quente na medida em que o dela esfriava.
Eu não poderia me permitir sentimentos. Eles não existiam.
NA: Pro Wanderson de novo, vou te dizer, TE AMO MUITO, PORRA! Nem guento mais!
Rewiews, sim?
