E aqui estou eu com mais uma fic de Harry Potter… Assim até parece vício! É que… Sei lá, deu vontade, sabe? Então decidi começar mais uma! Mas vou tentar variar, eu juro! Enfim, espero que curtam!
Era o primeiro dia de aula, os alunos estavam todos no Expresso de Hogwarts, a caminho da escola. Em um vagão isolado, uma garota de longos cabelos negros estava sentada no banco, com o braço apoiado no batente da janela e o olhar perdido na paisagem. Foram as batidas na porta que fizeram com que a garota desviasse os orbes negros da janela.
- Desculpe incomodar… É que não tem mais nenhum outro vagão disponível… Posso ficar aqui com você? – quem perguntava era uma garota baixinha, mesmo para a pouca idade que tinha, com cabelos bem curtos e também bastante escuros. A diferença era que estavam tingidos, ganhando um tom meio avermelhado. Seus olhos também era negros.
- Claro, claro. Eu sou Ana Rosemary. E você? – a garota distraída com a janela até pouco tempo, agora parecia interessada na pequena visitante.
- E-eu sou… Ebi Umino. – a pequenina engoliu em seco, desconfortável com o repentino surto de empolgação da outra. Talvez devesse ter procurado outro vagão…
- Ora, ora. É descendente de japoneses então! – Ana parecia bastante feliz.
- Sim, sou. E você? – Ebi sorriu de canto, sem graça.
- Eu sou americana. Quero dizer, mais ou menos. Minha mãe é de Portugal e eu deveria ter nascido lá também, mas acabei nascendo em solo americano. – Ana deu os ombros – Diz uma coisa… Você tem parentes trouxas?
- Ah, não. Não tenho. Pessoas assim, no entanto, não me incomodam. – Ebi estranhou a pergunta.
Ana riu aliviada.
- Que bom. Então não tem problema em contar que sou metade trouxa para você.
- E por que teria…? – a pequena parecia confusa.
- Ora, você não sabe? Dizem que alguns alunos não gostam… Aqueles que não são descendentes de bruxos são chamados de "sangue-ruim" e os alunos que não têm muita afinidade com esse tipo de gente podem fazer malvadezas com os tais "sangues-ruins". – Ana sussurrava com um tom de mistério, atraindo a atenção de Ebi totalmente. Ao continuar, porém, ela já falava normalmente – Mas já que você não tem nada contra, então eu fico feliz de conhecê-la.
Ebi sorriu largamente.
- Também estou feliz de conhecê-la.
Em outro vagão, longe do ocupado pelas duas morenas, uma estranha movimentação agitava os arredores. Alguns alunos se amontoavam para ver o que acontecia, outros se espremiam para passarem pelo corredor. Ainda não era grande coisa, apenas dois alunos novos se desentendendo. Isso era o que muitos pensavam, mas os interessados viam o que havia além disso. Era uma aluna nova completamente desconhecida discutindo com o mais famoso bruxo. Harry Potter.
- Olha aqui, senhor Potter. Eu realmente não ligo para quem você é, ok? Nem para seu senso de justiça ou o que for. Então faça o favor de liberar um espacinho aí para que eu e minha amiga possamos nos sentar em algum raio de lugar durante a viagem! – quem falava com um tom alto era uma garota alta e loira, de olhos azuis um pouco escuros. Talvez até esverdeados. Ela agitava as mãos enquanto falava.
- Desculpe, er… – Harry hesitou na hora de dizer o nome.
- Clarissa! – a garota parecia extremamente inconformada.
- Isso, certo… Clarissa… Acontece que nosso vagão já está realmente cheio e não dá para mais ninguém sentar conosco… Vocês podem ocupar um outro vagão mais para frente, que deve estar mais vazio.
- Olhe aqui, Potter…!, eu fui criada em um ninho de cobras e me recuso a me juntar a eles enquanto não sei se pertencerei a Sonserina ou não. Então não me diga para ocupar outro vagão mais para frente, onde vários sonserinos se encontram. Entendeu?!
- Desculpem a intromissão, mas será que podemos acabar tudo isso? – a pergunta veio de Rony.
- E quem raios é você?! – Clarissa olhou com certo desprezo para o ruivo.
- Ninguém, esquece. – Ron viu que era inútil discutir com a loira.
- Hei, Cla. Deixa quieto. A gente pode achar outro vagão. – o comentário veio de outra garota, que se manteve quieta todo o tempo ao lado de Clarissa. Como a mais alta, ela também era loira, mas vários centímetros menor. Seus orbes eram completamente azuis e, contrastando com o cabelo liso da primeira, o seu era todo enrolado.
- Ora, Elouise. Não me venha com essa. – Clarissa revirou os olhos.
- Ora, Clarissa. Não faça todo esse escândalo! – Elouise, a loira mais baixa, parecia inconformada com toda a atenção que a amiga estava chamando.
- Você quer um lugar para sentar ou não? – Clarissa tinha um tom ácido.
- Quero, mas não precisa ser em um vagão onde vamos ficar socadas só porque você não quer contato com sonserinos até saber se será ou não um deles. – Elouise tentava manter a indiferença, mas estava começando a ficar difícil.
- Com essa atitude, ela com certeza será. – o comentário veio em coro de Fred e George.
- Quietos! – o coro feminino feito por Clarissa e Elouise fez com que os ruivos se encolhessem.
