(N/A): Oii gente, olha eu aqui de novo. Eu tento mais não fico satisfeita enquanto não tenho um monte de fanfic para atualizar. E como prometido "aprendendo a seduzir" está sendo adaptada, é uma história incrível de Meg Cabot, que super recomendo.
Tem umas partes "pesadas" nessa história, se alguém não gostar de ler, afinal cada um tem o seu gosto, só é falar para eu destacar ou dizer ainda começa que eu faço, ok ? Agora se ninguém reclamar...
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Oxford, Inglaterra.
Dezembro de 1869
Uma lua cheia suspensa acima dos altos muros do colégio, iluminava o caminho do jovem, tão claramente quanto qualquer lâmpada de gás.
Não que não houvesse lâmpadas de gás, é claro. Havia. Mas o brilho da redonda lua branca tornava quase supérflua a bruxuleante claridade amarelada das lâmpadas a gás. Se todas as lâmpadas de gás da Inglaterra desaparecessem, ainda assim ele poderia se mover com relativa facilidade pela luz desta notável lua.
Ou talvez, simplesmente, ele simplesmente estivesse bastante bêbado. Sim, era muito provável que esta lua não fosse absolutamente diferente em nada do que qualquer outra lua, e que ele ainda estava completamente intoxicado com tudo o que ele havia bebido de uísque durante o jogo. E que o motivo pelo qual ele foi capaz de encontrar o seu caminho tão facilmente através da meia-noite escura, não tinha nada a ver com a luz da lua, mas tudo a ver com o simples fato de que ele tinha chegado desta forma muitas vezes antes.
Ele nem sequer teve que olhar, de verdade, para onde estava indo. Seus pés o levaram na direção correta, então, ele foi capaz de parar para se concentrar em outras coisas. Como pensar que não podia se concentrar em nada, devido ao fato, de que estava bêbado. Mas ele se preocupou com outra coisa além do frio, ele se preocupou onde raios conseguiria o dinheiro
Não que ele realmente se sentisse obrigado a pagar. É claro que as cartas haviam sido marcadas. De que outra forma ele tinha perdido tanto, em tão pouco tempo? Ele era um excelente jogador. Realmente excelente. As cartas com certeza haviam sido marcadas.
O que era estranho, tendo em conta que Rony Weasley estava convencido de que o jogo fera limpo. Weasley conhecia todos os melhores jogos da cidade. Tommy tinha tido sorte, sabia, por ter sido admitido nessa partida, visto que como ele era, afinal, apenas um conde - um título recém adquirido. E, o cara com bigode. Era um duque. Um maldito duque!
Claro, que ele não tinha agido como um grande duque. Sobretudo quando, depois de perder mais uma rodada, Tommy tinha declarado o jogo fora preparado. Em vez de rir da acusação, da forma como um duque real poderia ter feito. O sujeito lhe apontou uma pistola. Realmente, uma pistola! Tommy tinha ouvido falar de tais coisas, é claro, mas ele nunca tinha esperado que efetivamente fosse acontecer com ele.
Graças a Deus que Ronald estava lá. Ele acalmou o colega, e garantiu-lhe que Tommy não quis dizer aquilo, embora não fosse a verdade. Mais tarde quando estavam sozinhos, Rony explicou a Tommy que ele não podia acusar alguém de trapacear se não pudesse provar. E a única prova de que Tommy dispunha - o desenho no verso das cartas parecia estranho e ele nunca tinha perdido daquele jeito - não era convincente.
Mas ele tinha sorte, por supostamente, ter escapado com vida. Esse duque o tinha olhado como se tivesse vontade de lhe colocar uma bala no cérebro. E ele soube através de um colega de jogo, que era algo que aparentemente isso era algo que o duque fazia todos os dias. Embora ter o cérebro atravessado por uma bala, talvez fosse preferível a tentar encontrar as mil libras que ele precisava pagar pelas suas dívidas.
Ele não poderia, obviamente, solicitar ao seu banco. A fortuna que o pai havia deixado para ele, após a sua morte há um pouco mais de um ano, estava sendo guardada em confiança para ele até o seu vigésimo primeiro aniversário, e ainda faltava dois anos. Ele não podia tocar esse dinheiro. Mas ele poderia, ele sabia pedir emprestado. O problema foi saber a quem perguntar. Não poderia tocar naquele dinheiro. Mas sabia que podia pegar um empréstimo dando-o como garantia.
A dificuldade era: a quem pedir? Não a um informariam a sua mãe, e ela iria querer saber por que ele precisava do dinheiro, e ele não poderia dizer-lhe isso.
Sua irmã era uma possibilidade. Ela já era maior de idade, e tinha tomado posse de sua herança exatamente naquele mês. Poderia apelar a ela para conseguir um empréstimo. Também iria querer saber para que era o dinheiro poderia, mas ela era bastante fácil de enganar. Bem mais fácil do que mentir para sua mãe.
E se Tommy viesse com uma boa história, algo que envolvesse crianças pobres, por exemplo, ou crueldades com animais abandonados, já que a irmã dele era bastante solidária com o sofrimento alheio, ele tinha a certeza de que conseguiria pelo menos, quatrocentas ou quinhentas libras.
O problema era que ele não gostava de mentir para Hermione. Oh, irritar ela era uma coisa, mas mentir tão abertamente? Isso era completamente diferente. Isso ofenderia sua moral, mentir tão escandalosamente para a sua irmã, mesmo que isso significasse, como no presente caso, salvar a sua própria pele. O fato de Hermione, certamente poder saldar suas dívidas, não facilitava a sua consciência. Não, Tommy sabia que ele teria de encontrar um outro alguém para emprestar a ele as mil libras.
Então ele pensou mentalmente em uma lista de amigos e conhecidos, tentando lembrar-se, se algum deles lhe devia qualquer favor. Seus pés, o levaram até o portão de sua universidade e pararam ali. Ele chegou lá, ainda sem conscientemente, pensar no que estava fazendo, e não foi de todo, uma surpresa ao encontrar o portão solidamente trancado. Tinha que ser assim, naturalmente, uma vez que ele fechava as nove, e agora já passava muito da meia-noite.
Seus pés, novamente por sua própria iniciativa, começaram a avançar de novo, desta vez tendo-lhe passado o portão, indo ao longo do alto muro de pedras que o círculo do alojamento que ele compartilhava com duzentos ou mais dos seus colegas acadêmicos. Ele ainda estava correndo sua lista de amigos mentalmente, sem nem ao menos pensar no que estava fazendo. Porque o que ele estava fazendo, tinha-se tornado bastante habitual ao longo dos últimos meses. É evidente que estava pulando o muro. Logo, ele chegou ao local onde havia um apoio suficiente, a pedra.
Nenhum de seus colegas estudantes tinha dinheiro nenhum, ele sabia. Eles estavam todos na mesma posição que ele estava... À espera de seu vigésimo primeiro aniversário, e suas heranças. Poucos ainda tinham os pais vivos, e alguns dos rapazes ocasionalmente haviam recebido somas em dinheiro. . Mas nenhum daqueles com quem tinha intimamente o suficiente para pedir um empréstimo de mil libras havia recebido essa importância ultimamente.
Quando já estava para pular o muro, ouviu uma voz, gritando o nome dele. Ele virou a cabeça, deixando soltar uma imprecaução. Tudo o que não precisava agora era de um vigia sendo alertado para o fato de que o Conde de Bartlett mais uma vez havia escalado os muros.
Ao se virar, viu que não era um vigia, mas sim do eminente asno do duque. O cara devia ter-lhe seguido desde a taberna onde eles tinham jogado. Seria de pensar que O duque tinha coisas melhores a fazer do que ficar seguindo condes por aí, mas aparentemente não.
- Olhe - disse Tommy, deixando seu pé onde estava e apoiando o cotovelo sobre os seus joelhos. - Você receberá seu dinheiro, Vossa Alteza. Não disse que iria lhe pagar? Não imediatamente, naturalmente, mas logo.
- Não é sobre o dinheiro - disse o duque. De fato,ele não se parecia em nada com um duque. Será que realmente um duque ondulava seu bigode daquela maneira? E esse colete, embora fosse de veludo, não era um tanto... brilhante?
- Isto é sobre o que você me chamou - disse o duque, e pela primeira vez, Tommy viu que ele conservava algo na sua mão. E na brilhante luz da lua, Tommy também foi capaz de ver exatamente o que era.
- Como eu te chamei? - Bem, de repente, Tommy esperava que sua conversa fosse ouvida. Ele rezou muito fervorosamente que aquele idiota do vigia os ouvisse,abrisse o portão e exigisse uma explicação. Muito melhor receber uma detenção por estar fora dos muros tarde da noite do que ter as entranhas atravessadas por uma bala, mesmo que essa bala, provavelmente, aliviasse a sua dívida.
- Certo. -O duque mantinha a boca da pistola apontada para o peito de Tommy. - Trapaceiro. Isso é o que você me chamou. Bem, um Duque não trapaceia você sabe.
Tommy tomou conhecimento de duas coisas de uma só vez. A primeira era que parecia improvável que um duque verdadeiro possuísse um vocabulário daquela maneira. A segunda foi que ele ia morrer.
- Diga boa noite, my lord -disse o homem-que-não-parecia-um-duque, e apontando ainda mais a pistola na direção do peito de Tommy, ele puxou o gatilho.
Então, muito de repente, a brilhante luz da lua desapareceu, levando consigo os problemas de Tommy.
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