Oi Pessoal... Aqui estou eu com meu mais novo trabalho
Uma songfic, de duas partes, com a música "Vampire Romance", da banda alemã BlutEngel... A música também tem duas partes, por isso a fic também terá
Agradeçam a Thyana por ter me apresentado a música, porque se não, essa fic jamais sairia XD
Boa Leitura!!!
Vampire Romance
"Part I"
You're running through the darkness
We don't need no light
You're looking for a place to hide
We protect you from the cold
Your life seems so meaningless
We satisfy Your dreams
You search for a gate to a better life
You just need to take my hand
As mãos delicadas tremiam. Todo o seu corpo transpirava excessivamente e ainda podia sentir os vestígios das lágrimas em seu rosto úmido. Sua respiração estava alterada e ela segurava com força a colcha branca de sua cama, numa tentativa de acalmar o coração agitado. Fazia apenas alguns dias que começara a ter o mesmo sonho perturbador. Sempre o mesmo corredor escuro, as mesmas vozes tenebrosas pedindo seu sangue e no momento seguinte, sufocava-se. Sempre a mesma agonia.
Eram apenas cinco da manhã. Suspirou. Aquele pesadelo constante estava começando a parecer um aviso de que algo ruim estava para acontecer. Levantou-se da cama, apesar de não querer fazê-lo. Às vezes, sentia uma imensa vontade de ficar vegetando o dia inteiro em sua cama. Preferia isso, ao invés de encarar a sua realidade... A sua vida. Caminhou até o banheiro e lavou o rosto, olhando-se no espelho logo em seguida. Tinha a pele muito clara, fazendo com que as maçãs do rosto fossem levemente rosadas. Prendeu os longos e ondulados cabelos negros, que lhe cobriam a cintura, num rabo de cavalo alto. O que mais admirava em si, eram os expressivos olhos verdes esmeralda. Sempre lhe diziam que sua mãe colocara esmeraldas no lugar de seus olhos, de tão verdes que eram.
"Pois é Melanie... Você puxou a mãe" – disse ela para o seu próprio reflexo no espelho.
Era engraçado como todos seus amigos a achavam uma mulher de beleza inigualável já que sempre se achou uma mulher simples, sem muitas exigências. Caminhou até a cozinha e preparou seu desjejum, comendo-o silenciosamente. Em seguida, começou a fazer a limpeza do pequeno apartamento, começando pela cozinha. Estava limpando a mesa, quando parou de repente o que estava fazendo para observar uma rosa vermelha em cima do balcão da cozinha. Estranhou.
"Não me lembro de ter trazido e muito menos ganhado uma rosa..." – pegou-a entre os dedos finos e a levou ao nariz, aspirando o perfume adocicado – "Que cheirosa..." – um sorriso escapou por seus lábios – "Nunca vi uma tão perfeita como essa" – ficou mais alguns segundos observando-a, para em seguida coloca-la num copo com água.
Deixando a rosa de lado, voltou a fazer a limpeza da casa.
Você está correndo por dentre os pesadelos
Nós não precisamos da luz
Você está olhando para um lugar escondido
Nós protegemos você contra o frio
Sua vida parece tão sem sentido
Nos satisfazemos seus sonhos
Você procura por um portal para uma vida melhor
Você só precisa pegar minha mão
---xxx---
Acordou cedo no dia seguinte. Era um domingo de tempo fechado e para ela, parecia ter grande relação com a data: fazia três anos que sua mãe falecera. Nessa data, costumava ir visitar o túmulo dela e não seria aquele tempo ruim a impedi-la. Também de costume, fazia a visita somente ao pôr do sol. Lembrava de quando era pequena e da forma como ela adorava observar o sol se pôr. Tomou um banho longo e relaxante, afinal, iria passar o dia todo fora. Assim que terminou, colocou um vestido negro simples e rodado, que lhe cobriam os joelhos. Possuía um pequeno decote em "v" e este se amarrava no pescoço, deixando boa parte das costas nuas. Uma delicada fita branca rodeava sua cintura e o laço era feito de lado. Colocou uma sandália preta, de salto médio e deixou apenas algumas mexas presas atrás numa presilha prateada. Pegou a bolsa pequena, também preta e saiu do quarto. Quando entrou na cozinha, ficou pasma ao ver novamente a rosa vermelha sobre o balcão.
"Mas o que...? Eu tinha deixado-a no copo e co..." – parou de falar ao olhar o copo cheio de água, mas sem nenhuma rosa – "Podia jurar que a deixei lá ontem" – disse.
Desistiu de perder tempo e saiu, trancando a porta atrás de si.
Caminhou até o pequeno, mas modesto parque perto de seu apartamento. Era cheio de árvores e flores coloridas, lugares para caminhar, parquinho para as crianças, um extenso campo de grama verde, um lago central e vários bancos. Um lugar perfeito para se passar a manhã. Melanie sentou-se em um dos bancos que dava vista para um campo verde, onde várias crianças brincavam de bola. As risadas, o perfume das flores, a calma do lugar. Era tudo muito relaxante e fazia-a se esquecer de todos os problemas. De sua bolsa, retirou um pequeno livro que imediatamente começou a ler. Não sabia quanto tempo ficara lendo e só voltou á realidade quando sentiu algo bater de leve em seus pés. Era uma bola. Fechou o livro e olhou para frente, vendo alguns garotos parados, olhando-a e de certa forma, com medo de se aproximarem dela. Sorriu, pegando a bola e entregando ao garoto mais próximo. Deveria ter uns seis anos.
"Aqui..." – entregou á ele.
"Obrigado moça" – o garoto parecia ter perdido o medo dela.
"De nada" – respondeu e ia voltar para o banco, quando a voz dele chamou sua atenção.
"Moça"
"Sim?" – voltou a olhá-lo.
"Você quer brincar um pouco com a gente? Você parece tão sozinha aí".
Ela apenas sorriu.
"Está bem... Só um pouco" – retirou as sandálias e colocou-as junto com a bolsa e o livro.
There's so much beauty in our world
Beauty of the night
There's so much pleasure in our world
Pleasure of the night
We're drowning in a see of blood
Sacrifice your life
We have the gift of eternal existence
Sacrifice your soul
Há muitas belezas em nosso mundo
Belezas da noite
Há muitos prazeres em nosso mundo
Prazeres da noite
Nós estamos afogando em um mar de sangue
Sacrifico sua vida
Eu tenho um presente da existência eterna
Sacrifico sua alma
Quem a visse brincando com aquelas crianças, podiam jurar que ela virara uma delas. Corria atrás da bola, sempre com um sorriso no rosto, pisando na grama levemente úmida e rindo junto com as crianças. Por um momento, esqueceu-se de sua mãe, de seus amigos, de todos os inconvenientes e voltou a ser uma criança. As horas se passaram e logo as crianças foram embora, assim que seus pais os chamaram. Ela voltou ao banco, planejando pegar suas coisas, quando estancou o passo. Em cima do seu livro, estava uma rosa vermelha. Sentiu um pressentimento horrível e a sensação de que a pessoa autora estava próxima. Olhou de um lado para o outro, apavorada. Sentia! Sentia que alguém estava a observá-la. Colocou as sandálias numa velocidade incrível e saiu á passos largos e rápidos para longe dali, com a rosa em suas mãos. Depois de minutos caminhando, acalmou-se. Avistou um restaurante e entrou. Durante todo o almoço, encarou a rosa vermelha sobre a mesa. Toda vez que se lembrava do ocorrido á minutos atrás, sentia medo. Parecia algo típico dos filmes de terror.
We try to catch you in the dark
With a certain kind of kiss
We invite you to the darker side
A kingdom without light
Nós tentamos agarrar você na escuridão
Com uma certeza de todos os tipos de beijos
Nós convidamos você para o lado negro
Um reino sem luz
Ficou o resto da tarde em um shopping e aproveitou para ir ao cinema. Assim que acabou a sessão, percebeu que era hora de visitar sua mãe.
Caminhou até o cemitério, chegando ao local rapidamente. Na entrada, comprou algumas flores coloridas e meia dúzia velas. Percorreu uma pequena distância entre os túmulos até chegar ao de sua mãe. Era de um mármore escuro com manchas mais claras. Depositou as flores em cima do túmulo e pousou a rosa vermelha em cima da lápide. Acendeu algumas velas e as colocou ao lado da foto dela presa na lápide.
"Oi mamãe..." – começou a falar, como se sua mãe estivesse presente – "Já faz três anos desde que você partiu. Espero que esteja feliz no lugar em que você está, porque por aqui, só sinto infelicidade" – sorriu tristemente – "Sim, sou infeliz. Tenho uma vida infeliz, desempregada, cheia de dívidas e com ódio desse mundo tão hipócrita" – abaixou a cabeça, continuando – "Sinto sua falta" – não foi possível conter uma lágrima escorrer por seu rosto.
Limpou-a rapidamente e olhou para o horizonte, vendo por entre as nuvens, os raios do sol se pondo no horizonte. Era uma visão belíssima.
"Queria que você estivesse aqui, me apoiando como sempre fazia e vendo esse sol tão lindo, apesar das nuvens" – disse.
We try to catch you in the night
The moon shines in a different light
We see into your fragile eyes
No more time to cry
Nós tentamos agarrar você na noite
A lua brilha com uma luz diferente
Nós enxergamos através de seus olhos frágeis
Sem mais tempo para chorar
Apoiou-se no túmulo e continuou a falar. Em minutos, a escuridão tomou conta do lugar e apenas as fracas luzes do local iluminava o seu redor. Melanie estava em absoluto silêncio e absorta em seus pensamentos. Pulou de susto no lugar ao ouvir o portão de ferro do cemitério bater com violência. Olhou ao redor, mas não viu ninguém, devido á escuridão. Ouvira passos e folhas secas sendo pisadas, para em seguida o fogo da vela se extinguir. Assustada, agarrou a bolsa e a apertou contra o peito, agachando-se atrás de um túmulo para se esconder. Escutou uma voz.
"Agora sim... Ande, onde está?" – a voz masculina era fria e cortante.
Queria sair dali, mas suas pernas não lha obedeciam. Era como se tivesse criado raízes e estivesse grudada ao chão.
"Aqui mestre..." – outra voz masculina se pronunciou.
Melanie ergueu o rosto para ver quem era e mesmo com a pouca luminosidade, viu seus rostos. Um deles, de aparência cadavérica e pálida, tinha poucos cabelos brancos, olhos fundos e negros e usava uma roupa toda negra. Este entregou ao segundo um pequeno embrulho. O outro homem usava um sobretudo negro e possuía longos cabelos azuis petróleo e olhos da mesma cor. Assim que pegou o embrulho em suas mãos, viu os olhos escuros dele ficarem da cor azul piscina. Melanie arregalou os olhos. Era um vampiro. Mesmo com medo, não conseguira afastar o olhar do belo homem á frente, mesmo sendo um vampiro. Era algo surreal e de beleza hipnotizante. Para o seu azar, ele sentiu sua presença e virou-se para ela. "Droga!! Ele me viu!!" – pensou. Tirou as sandálias numa velocidade incrível e assim que o fez, saiu correndo, não se importando com nada. Parou no portão de ferro, respirando rapidamente. Estava trancado. Olhou para trás. Ele estava á poucos metros e mantinha os passos normais, caminhando. Resolveu fazer uma coisa que normalmente não faria: pular o muro. Foi o que ela fez. Pulou o muro, caindo desajeitadamente do outro lado. Correu em direção á ponte e assustou-se ao vê-lo aparecer de repente na sua frente. Ele havia chegado ali numa velocidade impressionante.
"Onde você pensa que vai?" – a voz cortante e os olhos frios a fizeram tremer.
We try to catch you in the dark
With a certain kind of kiss
We invite you to the darker side
A kingdom without light
Nós tentamos agarrar você na escuridão
Com uma certeza de todos os tipos de beijos
Nós convidamos você para o lado negro
Um reino sem luz
Olhou para os lados e viu o pequeno rio que corria por debaixo da ponte. Jamais daria aquele gostinho á ele. Correu até a mureta da ponte e olhou para baixo. Não iriam pega-la viva. Preferia a morte á ser pega por aquele animal. Jogou seu corpo para frente e fechou os olhos, esperando a morte. Mas seu corpo não caíra para baixo, já que fora puxado para trás pela cintura, de volta ao asfalto. Tentou soltar-se, mas ele a imobilizara, segurando seus pulsos com apenas uma mão. Sentiu-o abraça-la por trás, tentando faze-la parar de se debater. Cansada de lutar, ficou quieta, respirando rapidamente e com o coração prestes a pular pela garganta. Sabia que iria morrer ali e agora, pelas mãos imundas de um vampiro. Sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo ao sentir a respiração dele em seu pescoço.
"Que bom que se acalmou..." – era outro homem já que a voz era calma e cheia de malícia.
"Solte-me, por favor" – pediu, num acesso de desespero e lágrimas escorreram por seu rosto.
Sentiu a mão gélida tocar-lhe o rosto e enxugar suas lágrimas delicadamente. Fitou-o pelo canto dos olhos, mas devido á escuridão quase total do local, apenas vislumbrou algumas mexas de seus longos cabelos azuis claros caídos em seus próprios ombros. Os olhos azuis piscina brilharam em meio á luz prateada da lua. A mão pálida e de unhas compridas deslizou de seu rosto até seu pescoço, acariciando-o de forma provocativa.
"Nos encontramos afinal..." – disse.
Soltou-a e se afastou alguns passos para trás. Pensou em fugir, mas sua curiosidade gritou mais alto. Porque ele não a matava logo?? E porque estava deixando-a escapar?? Virou-se para encará-lo e graças a luz lunar, viu uma sombra alta usando um sobretudo na escuridão, de longos cabelos azuis e olhos da mesma cor, penetrantes e que a encaravam fixamente. Ele estendeu a mão á ela.
"Venha comigo..." – disse.
"Para onde?" – perguntou.
"Para o meu mundo".
Can't you see our burning souls
We hide a secret deep inside
We show you pleasures without pain
Take our gift this night
Não posso ver você
Nossas almas estão queimando
Nós escondemos um segredo dentro das profundezas
Nós mostramos os prazeres sem dor
Pegue nosso presente está noite
Hipnotizada pelos seus olhos, aproximou-se dele e pegou em sua mão fria. O contato fez com que um arrepio lhe percorresse a espinha. Parecia que havia dado a mão á morte.
Sentiu-o aproximar-se e entrelaçar seus dedos aos dela. Melanie levantou o rosto para observá-lo e viu uma pequena pinta em seu rosto, no canto de seu olho esquerdo. Levou a mão livre ao rosto pálido, tocando-o delicadamente. Viu-o sorrir e os caninos desenvolvidos aparecerem nele. Ficou na ponta dos pés e aproximou-se mais dele. Um calor invadiu-a ao vê-lo se aproximar também. Tocaram os lábios num primeiro contato, incertos. Os lábios dele eram tão frios quanto gelo e os dela eram completamente o oposto, dando uma sensação diferente. Entreabriu os lábios e imediatamente sentiu a língua dele sobre a sua, movimentando-se calmamente, provando cada sensação e guardando-a na mente. Deslizou a mão do rosto dele ao pescoço e ele reagira aquele gesto rapidamente, pois a puxara para si com força pela cintura e não a soltando. A cada segundo, sentia que perdia o controle de seu corpo e de sua mente. A partir daquele momento, daqueles gestos, daquele toque, sabia que estaria ligada á ele para o resto de sua vida.
Bom... Espero que tenham gostado
Sinceramente, tentei fazer alguma coisa diferente para essa songfic... Sei lá, algo mais enigmático, já que estamos falando de vampiros... Acho que vocês vão notar isso na parte dois
Porfavor, irei AMAR receber reviews... Sejam gentis e doem um minuto de seu tempo pra deixar um review humilde para essa ficwritten humilde olinhos brilhando
ahsuahsuahsuashu
Tô viajando hoje XD
Reviews Onegai!! .
Beijos
