A porta ainda trancada, garrafas e mais garrafas de cerveja atiradas pelo chão. Todas as de vinho jaziam quebradas pelo chão da cozinha, seu líquido tingindo o piso branco de um vermelho sangue. Todas as rolhas foram queimadas e as minhas gravatas cortadas. Traziam lembranças de mais a mim.Mas isso foi há três dias. A situação agora é diferente. Meu corpo exala um odor nauseante de álcool e nicotina. Por quê? Você me pergunta. Simples. Eu sou um monstro que acabou de decepcionar o cara que eu mais amo.- Eu não sabia. E-eu sou um merda. - É. Dessa vez eu tenho que concordar com você Iero.Eu realmente não sabia. É verdade, mas eu tinha que abrir minha boca enorme. Como se não bastasse tê-lo deixado uma vez. E tê-lo visto indo embora pouco depois. Mas quando tudo parecia estar ficando bem eu tinha que estragar, ou meu nome não seria Frank Anthony Iero.Tudo que eu disse foi um "desejo toda a sorte do mundo pra você e o Biil eu estava tentando apoiá-los, mas ele não sabia. Ele não sabia que você havia me deixado porque amava a ele. Eu não pretendia. A última coisa que eu iria desejar em toda minha vida seria te ferir, te decepcionar.Agora, todo o que me resta é ficar aqui, sozinho, pois um monstro como eu não merece ninguém. Eu não quero que você sinta pena de mim. Longe disso; eu compreenderei se você nunca mais quiser olhar na minha cara. Eu deixei de ser o seu pequeno e passei a ser um monstro. Eu não espero mais a "despedida perfeita" prometida por ambos anteriormente, que até eu estragar tudo ainda era cogitada. Eu não espero nada, eu sei que não mereço. Mas eu te amo e eu preciso do seu perdão. Eu preciso saber que você acredita em mim quando eu digo que não foi proposital e que eu nunca me arrependi tanto como agora. Perdoa-me Biil?Apaguei mais um cigarro, o 4° e último maço havia acabado e eu não tinha a menor vontade de sair de casa para comprar.

Puxei mais uma garrafa de cerveja e deitei-me naquele sofá moribundo, ingerindo até a última gota daquele líquido que passava queimando minha garganta. Juntei a garrafa às demais que se acumulavam ao lado do sofá e lá mesmo eu apaguei. Esperando que ele leia a minha carta e me perdoe, e caso não eu só ficarei aqui deitado esperando a velha senhora vestida de preto que carrega a foice; para que esta me tire a vida.eu te amo.E assim carta e caneta jaziam no chão, a primeira regada por lágrimas.