Senti algo me cutucando por trás, dedos finos que me empurravam levemente, mas apesar de todo meu esforço para ignorar, ele não cessava.
-O que é? – perguntei rispidamente.
-Me empresta o seu livro de aritmância? – sussurrou ele.
Eu lhe lancei um olhar de nojo. Faltando plenos 2 minutos para acabar a aula de feitiços, ele me pede meu livro de aritmância? Por que diabos eu estaria com ele aqui?
-Está na sala comunal da Grifinória.
-Não, eu sei que não está.
Suspirei frustradamente, e disse em um tom arrogante:
-Ah é, senhor Malfoy, e como poderia saber se eu estou ou não com o meu livro de aritmância aqui?
-Toda sexta-feira você traz ele para a sala de feitiços; depois da aula, você vai para a biblioteca e fica analisando essas palavras chatas e que não fazem o mínimo sentido para mim.
Eu fiquei assustada com as suas palavras. Sim, era exatamente o que eu fazia todos os dias. Retirei o meu livro da minha bolsa e mostrei para ele.
-Estou com ele aqui – disse, apontando para o livro – Viu? Mas eu não quero emprestar para você. Meu pai me disse que os Malfoy sempre trouxeram problemas para a nossa família.
-Já meu pai – disse ele, me lançando um sorriso zombado – Sempre me disse que achou sua mãe uma sangue-ruim pentelha que se mete no que ao devia. Mas ele me disse para ter cuidado com você e não me aproximar, porque seu sangue também é manchado.
-Então por que diabos está falando comigo? – perguntei, frustrada.
Ele deu de ombros. –Preciso de um livro de aritmância emprestado. E aí? Vai me emprestar ou não?
Revirei os olhos e fechei o meu livro de feitiços. Depositei a pena na mesa e disse, mais calma:
-Por que você quer o meu livro emprestado?
-Tenho que estudar. Os NOM'S são amanhã.
-Ora, eu também tenho que estudar.
-Estude depois, eu preciso do livro agora.
-Ora, que ousadia! – disse, praticamente cuspindo as palavras. Ele me lançou um sorriso debochado e disse:
-Mas isso é o que eu faço.
-O que?
-Eu irrito os outros.
-Por que gosta tanto de irritar os outros.
-Não é de todo mundo.
-Por que gosta tanto de me irritar?
-É o meu jeito de chamar a sua atenção.
-E por que quer a minha atenção?
-Porque eu não ligo pro que os meus pais dizem, eu não te acho uma sangue-ruim pentelha.
-Então o que eu sou?
Ele corou um pouco – Sei lá. Bonita? Inteligente? Talvez os dois.
-Talvez eu também te ache bonito e inteligente.
-Talvez – disse ele, me lançando um olhar presunçoso – Fosse melhor irmos juntos a Hogsmeade.
-Talvez. Isso soa como um plano.
O sinal tocou e eu me levantei, contente. Eu tinha um encontro com Scorpius Malfoy!
-Peraí! Rosie! – me virei ao escutar o meu apelido, que somente pessoas muito íntimas de mim usavam, e vi Scorpius, com seu sorriso debochado sexy – Me empresta o livro de aritmância?
OoOoOoOoOoOoOoO
ooooie!
Como vão vocês?
Eu tive a idéia dessa fic logo depois de ler algumas das fics da Pollita. Então, créditos pra ela!
Beijinhos lovebeijos,
Gigi Potter
