Bella pov.
http : / www . 4shared . com / audio / q1cAVqVk/ Snow_Patrol_-_Open_Your_ (n/a: tire os espaços)
Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não quero perder um só momento sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansado e tão velho
Fazia exatamente uma semana que eu tinha tido a pior experiência da minha vida, fazia uma semana que eu não olhava mais nos olhos do meu melhor amigo, ou devo dizer, ex- melhor amigo, porque no final ele só era igual a todos os outros.
Sempre foi assim...
Eu me apaixonei por ele exatamente no momento em que os meus olhos encontraram os deles, eu só tinha seis anos, mas nunca esqueceria aquele dia.
A raiva me corrói por dentro
E eu não vou sentir os pedaços e os cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe nos meus
Ele não veio nem tentar se explicar, eu queria que ele pelo menos negasse tudo o que eu ouvi e vi. A minha primeira decepção com ele doeu muito, mas eu não deixei que ele percebesse, assim seria melhor, pode parecer besteira, mas eu o amo o bastante para sofrer em silencio.
Flashback on
Eu chutava distraidamente as pedrinhas soltas no asfalto, os meus olhos estavam fixos na tela do Ipod enquanto eu pensava em Edward, e sorria me lembrando das nossas aventuras e façanhas.
Sentei no banco verde do parque e esperei que o meu melhor amigo chegasse, tínhamos marcado as três horas e ele já estava atrasado, mas nada muito preocupante.
Esperei, esperei, esperei... Começou a chover fortemente, mas eu continuei sentada naquele banco, com o tempo eu desisti daquela posição e abracei os meus joelhos, deixando eles juntos ao meu corpo.
Ele não esqueceria, esqueceria?
Hoje faria exatos onze anos que nos conhecemos, então decidi continuar esperando, a chuva continuava, mas diferente de antes, agora também ventava, eu tremia muito sentada naquele banco.
Peguei o meu celular na esperança de ter alguma ligação ou mensagem perdida, mas não tinha nada.
Levantei e andei a passos lentos para minha casa, quando de repente eu o encontrei sentado confortavelmente em uma cadeira dentro da única sorveteria de Forks, junto com a Tanya, mais um de seus encontros.
Abaixei o rosto e acelerei o passo, chegando a minha casa em tempo recorde, não parei nem para conversar com os meus pais, subi direto, adentrando o meu quarto, trancando a porta e me jogando na cama com as roupas encharcadas mesmo.
Acabei adormecendo.
Flashback off
Claro que eu o perdoei, em partes.
As conseqüências daquela tarde estão presentes até hoje, o meu corpo esta todo dolorido, mal consigo respirar, toda hora eu fico com febre e dor de cabeça. Mas acabei não contando para ninguém, não queria que se preocupassem comigo.
Me diga que você abrirá seus olhos
Mas foi a outra que realmente me deixou magoada.
Flashback on
Eu estava sentada em baixo de uma arvore gigante enquanto observava a floresta, quando ele parou do outro lado da arvore com um de seus amigos, deu para perceber que eles se sentaram no banco de concreto.
- Ela não me deixa em paz cara. – ouvi a sua voz. – Será que não da para perceber que não somos mais crianças? Eu tento mandar indiretas para ela, mas, será que não da para perceber? Nós não temos mais seis anos de idade, eu não sou mais o mesmo e quero muito que ela se afaste. – ele estava um pouco alterado, de quem ele estava falando?
- Você já conversou com ela? – o amigo dele perguntou.
- A Bella não vai entender se eu fizer alguma coisa. – assim que eu ouvi o meu nome, as lagrimas se acumularam nos meus olhos e eu adentrei a floresta com a intenção de dar a volta.
Se era isso que ele queria, era isso que teria.
Flashback off
Joguei as chaves do carro que estavam na minha mão, em cima da mesa, e sai andando para a escola, em passos lentos eu pude avistar os prédios com um letreiro escrito em negrito o nome da escola, apertei mais os meus dedos em volta do tecido do casaco e puxei o capuz para que ele cobrisse o meu rosto.
Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não entendem sua alma ou seu fogo
pegue minha mão, entrelace seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez
Passei entre as pessoas sem encontrar olhar de ninguém, mas como eu sou desastrada por natureza, esbarrei em alguém e cai no chão, percebendo em tão que todos os alunos já estavam entrando em suas salas, menos aquele que estendia a mão em minha direção.
Mas não foi por falta de educação que eu recusei aquele ato de gentileza, ou pena. Eu tinha reconhecido aquela mão que possuía um bracelete em volta do pulso extremamente branco, o brasão da família Cullen.
Sem olhar para o seu rosto eu falei.
Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe nos meus
- Não é necessário, com licença. – a minha voz saiu amarga, mas eu não liguei, precisava me desligar dele, ajeitei a alça da mochila no meu ombro e andei a passos largos até a minha sala, sem antes ser puxada brutalmente para trás. – O que você quer? – tentei me soltar, inútil, eu sei.
- Preciso conversar com você. – falou com a voz melancólica.
- Não será agora, pode ter certeza. – não me preocupei em segurar a risada seca.
Puxei o meu braço com mais força e corri de lá, entrei ofegante na sala e obviamente levei uma bronca do professor, só assenti a tudo que ele falava e me sentei na única cadeira vaga.
Me diga que você abrirá seus olhos
Eu estava me sentindo mal, então apoiei o rosto em uma das mãos, abrindo lentamente os olhos, a sala estava diferente, com muitas cores diferentes, elas dançavam pela sala inteira e eu podia ouvir uma musica melancólica tocando, senti o meu corpo ser puxado e me segurei por extinto na mesa.
- Professor, eu não estou me sentindo bem. – falei com o tom bem engasgado, ele me olhou assustado e permitiu que eu me retirasse.
Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não vou perder um só momento sem você.
Os meus pareciam mais pesados enquanto eu me arrastava pelos corredores vazios, até encontrar a porta da enfermaria, assim que girei a maçaneta e adentrei o ambiente senti a escuridão me tomar.
Edward pov.
http : / www . 4shared . com / audio / zlaSt6tI / Greenday_-_Last_Night_On_
Eu tinha errado, com certeza, mas só porque eu a amava.
Eu escrevi um cartão postal e mandei pra você
Ele chegou?
Enviando todo meu amor pra você
Você é o luar da minha vida toda noite
Dando todo meu amor a você
Os batimentos do meu coração pertecem a você
Eu andei por milhas até te encontrar.
Eu estou aqui para homenagear você
Se eu perder tudo no incêndio
Estou enviando todo meu amor pra você
Flashback on
Hoje nós fazíamos onze anos de amizade, mas eu precisava me afastar dela, me doía muito amar sem ser correspondido, então a solução seria me afastar.
Por falta do que fazer marquei um encontro com a Tanya, nos encontramos na sorveteria mesmo, ficamos até tarde sentados lá, mas os meus pensamentos não saíram da Bella.
Deixei a minha acompanhante em casa e fui direto para a minha, encontrando uma Alice furiosa, ela deixava escapar todo o tipo de insulto, no final que eu acabei entendendo e me amaldiçoei pelo que fiz, a Bells com toda certeza estava magoada comigo.
Flashback off
Ela aceitou as minhas desculpas, mesmo eu percebendo que aquilo era só uma mascara de felicidade, porque por dentro ela estava muito magoada comigo.
Com cada respiração que me vale
Aqui na Terra
Estou enviando todo meu amor pra você
Então se você se atrever a pensar duas vezes
Você pode ter certeza
Que todo meu amor é por você.
Não tinha se passado muito tempo quando eu fui comentar isso com o meu amigo.
Nos sentamos no banco de concreto que tinha no colégio e comecei a falar sem parar, me exaltando as vezes.
Depois desse dia ela parou de falar comigo, já tinha se passado uma semana que nem olhar para mim ela olhava, então decidi me manifestar.
Os batimentos do meu coração pertecem a você
Eu andei por milhas até te encontrar.
Eu estou aqui para homenagear você
Se eu perder tudo no incêndio
Estou enviando todo meu amor pra você
Como ela sempre foi desastrada, conseguiu esbarrar em mim e cair, ofereci a minha mão para que ela se levantasse ma fui negado.
- Não é necessário, com licença. – ela falou com a voz amarga sem nem olhar para mim. Segurei apressadamente o sem braço, sem me importar. – O que você quer? – aquela pergunta me machucou.
- Preciso conversar com você. – falei com a voz melancólica.
- Não será agora, pode ter certeza. – ela soltou uma risada seca e correu, me deixando parado e completamente sem ação.
Sem paciência para as aulas comecei a caminhar pelos corredores vazios, mas me surpreendi quando passei em frente a enfermaria no exato momento em que a Bella desmaiou, corri para que ela não caísse no chão e segurei o seu corpo, do seu nariz saia sangue e o ela queimava em febre.
Os batimentos do meu coração pertencem a você
Eu andei por milhas até te encontrar.
Eu estou aqui para homenagear você
Se eu perder tudo no incêndio
Eu consegui superar isso ?
Uma moça correu para o meu lado e mandou-me levar a minha pequena direto para o hospital, segurei o seu corpo mais próximo do meu e corri para o meu carro, a deitei no banco de trás e pulei no da frente, acelerei o carro e freei as pressas, fazendo a parte de trás deslizar, corri para a porta de trás e a tirei de lá, praticamente voando para o ambiente branco.
O meu pai que estava pegando uns papeis na recepção, me viu e com pressa retirou a Bella dos meus braços, a colocando em uma maca e indo examiná-la, esperei sentado em uma poltrona deixando os meus dedos batucarem nervosamente na madeira da mesinha.
Minutos depois ele apareceu na minha frente.
- O que ela tem pai? Ela ta bem? MEU DEUS, é tudo minha culpa. – falei disparado.
- Ela vai ficar bem, mas não posso negar que é um pouquinho grave, a febre esta muito alta, mas já estamos conseguindo estabilizar, as alucinações também aconteceram por causa disso. – ele falou e eu fiquei confuso.
- Que alucinações? – perguntei preocupado.
- Ela começou a falar umas coisas sem sentido... Palavras soltas... – o meu pai respondeu pacientemente.
- Eu posso vê-la? – perguntei realmente muito preocupado.
- Acho melhor não.
- Mas, por quê? Ela não esta bem?- eu praticamente quicava de nervosismo.
- Ela não parece disposta a te ver, se eu bem conheço a Bella, você fez alguma coisa muito errada. – ele me repreendeu.
- Eu queria me desculpar pelo que disse... – suspirei.
Ele só balançou a cabeça e saiu de perto de mim enquanto balançava a mão como quem diz para que eu fosse rápido.
Entrei rapidamente no quarto de hospital e a encontrei deitada, ela estava pálida e com os olhos vermelhos.
- Bella. – me sentei na cadeira ao lado dela e fui completamente ignorado. – Bella? – tentei de novo enquanto a balançava um pouco.
- O que você quer Cullen? – perguntou com frieza.
- Você nunca me chamou de Cullen. – comentei chocado.
- As coisas mudam, não? – ela me olhava com uma expressão de dor.
- O que você esta fazendo Bella? Eu não te reconheço mais! – falei.
- Foi simples, as palavras tem poder Cullen. – citou me deixando mais confuso do que antes.
- Que palavras Bella?
- Você pediu para que eu me afastasse, foi o que eu fiz... – ela falou enquanto se afastava de mim, ocupando o outro lado da cama.
- Eu nunca... Você me ouviu? – eu estava em pânico.
- Sempre... Você quis crescer, mas eu gostava de como a minha vida era, você quis esquecer, eu gostava das minhas memórias... Mas infelizmente, eu acabei te considerando um grande amigo, coisa que você certamente não aceitou.
- Bella, eu não... – ela me interrompeu.
- Eu cansei de te esperar na chuva. – falou.
- Espera, você... Como assim? Ficou louca? – eu já estava me descontrolando.
- Eu só pensei que a nossa amizade fosse importante, que EU fosse importante para você, mas pelo visto, eu me enganei.
- Bella, você É importante. – falei enquanto secava as suas lagrimas.
- Eu não acredito mais em você, na ultima fez eu fiquei muito mal.
- Eu te amo Bella. – falei tentando me aproximar.
- Você sabe que eu não gosto desse tipo de brincadeira. – falou seca, mas a sua voz falhou um pouco.
- Eu não estou brincando. – falei enquanto colava os nossos lábios.
