N/Bru: Hey, pessoas! Primeiro, MUITO obrigada pelas reviews em The Stalker of a Dead Person. Como prometido, aqui está a continuação ("Bones está grávida, papai."). Espero que gostem E que continuem me mandando reviews. É muito importante para mim saber o que vocês estão achando. Até o próximo capítulo.
Capítulo Um.
Ela atirou apenas uma vez - bem no centro do alvo - e a sua companhia rompeu em breves e fortes aplausos. Quando seus olhos se encontram, elas trocaram um sorriso tímido, uma pequena aglomeração se formando ao redor delas.
"Isso é para você." - O homem responsável pela barraca interrompeu o momento e as duas voltaram sua atenção para ele. A da criança focou-se instantaneamente no elefante de pelúcia roxo em cima do balcão.
Antes de esticar o braço e pegar seu prêmio, ela checou com sua mãe se podia seguir em frente. Um leve aceno positivo foi o sinal necessário para ela continuar, suas pequenas mãos segurando o bicho pelos lados.
"Você sabe que isso está errado, não sabe?" - Brennan a pegou pela mão e afastou-as do grupo que as cercava. A pergunta era basicamente retórica, já que ela não esperou por uma resposta. - "Elefantes não são roxos. Está errado."
Uma risada e um suspiro frustrado fizeram-nas levantar os olhos e encarar os recém-chegados.
"Bones! O que eu falei sobre o que não ensinar a ela?"
"Sophie já tem idade suficiente para saber que elefantes não são roxos, Booth."
"Ela tem 4 anos, Bones!" - Parker aumentou sua risada quando Brennan se pôs de pé e cruzou os braços, ela e Booth a poucos centímetros de distância.
"Ela tem que aprender alguma hora."
"Eu sei. Mas não aqui. Não agora." - Ele suavizou sua expressão, entregando-a a pipoca enquanto Parker trocou um olhar divertido com a irmã e sentou-se ao lado dela, colocando em seguida o algodão doce em uma das mãos da pequena. - "Onde minha princesa ganhou esse presente, huh?" - Booth se ajoelhou na frente da garota, um sorriso bobo em seus lábios.
"Nossa filha tem uma ótima pontaria. Aparentemente ela só precisou de um tiro certeiro no alvo para ganhar o prêmio." - Ele fechou os olhos - em parte para apreciar melhor o modo como ela falou, 'nossa filha', e a verdade é que ele nunca se cansaria de escutar aquilo, e em parte por não acreditar no que ela acabara de falar. Tiro? Sua Sophie?
"Você está brincando, não está?" - Mais uma vez, eles estavam frente a frente, as duas crianças se entreolhando e sorrindo, aproveitando seu espetáculo particular. Nenhuma das duas admitia, mas esses momentos em que seus pais discutiam - ou seja lá como eles consideravam essas conversas - eram um dos seus preferidos. A forma como eles eram esquecidos não os incomodava, apenas fazia crescer o desejo de estar presente quando tudo começava.
"Eu não sei o que você quer dizer com isso." - Ela deu de ombros, seu cenho ainda franzido.
"Tiro? Sophie e uma arma?"
"Não são armas de verdade, Booth. Você sabe disso. A propósito, foi no mesmo lugar que você e Parker atiraram hoje. Se ele pode,"
"Ele tem 11 anos."
"Sophie me pediu para tentar, ok?" - Eles olharam para ela, que acenou, seu rosto completamente melado de açúcar. - "E ela claramente herdou as minhas habilidades com uma arma." - Brennan concluiu com um sorriso convencido.
"Agora você está brincando." - Booth chacoalhou a cabeça, entre o fascinado e o descrente. - "Você quis dizer que ela herdou as minhas habilidades com uma arma."
"Não. Você está com problemas de audição? Eu disse que ela," - O movimento rápido e inesperado dele, puxando-a pela cintura de encontro ao seu corpo, calou-a. Ele abriu seu próprio sorriso convencido, satisfeito por ter concretizado seu plano. Calá-la.
"Ex-franco atirador. Melhor agente do FBI." - Ele sussurrou perto da boca da sua parceira. -"Você não pode lutar contra os fatos, Bones. Eu sou melhor que você atirando. E de onde ela herdou essas habilidades."
"Eu tenho que discordar, já que você não me permite ter uma arma então eu não posso provar que sou melh," - No instante seguinte, os lábios dele estavam nos dela, pela segunda vez silenciando-a. Ela sorriu contra a boca dele, sabendo que aquilo era o fim da discussão.
BB
Como antropóloga, ela naturalmente observava as pessoas. Como elas se comportavam em um ambiente e as diferentes culturas que as envolviam. As regras que as disciplinavam. Ela analisava seus estereótipos, classificava-os e suas conclusões os definiam.
Ao passar dos anos, essa parte nela mudou – como várias outras. O grupo em que uma pessoa se encaixava já não mais dizia quem ela era. Como ela era. Suas relações pessoais eram os mais claros exemplos que ela poderia ter. Hodgins era rico, poderia esbanjar do seu dinheiro como desejasse, e mesmo assim, escolhera trabalhar para conquistar o respeito. A admiração. Angela, esposa dele há 5 anos, mãe do seu primeiro filho – Johann Adam Hodgins – nascera dentro do mundo artístico e escolhera se transformar em uma squint, dedicar seu talento ao combate ao crime.
Booth, seu Booth, diferente da maioria dos ex-atletas que se acham superior, e dos militares traumatizados, evoluiu. Precisou superar seus próprios defeitos e medos para se tornar quem ele era. Transformou-se em um excelente agente do FBI, um amigo exemplar e um esplêndido pai. Seus dois filhos não eram diferentes.
Parker era capitão do time juvenil de hóquei, e o melhor da sua turma. Uma combinação nova, mas que não a surpreendeu. Sophie era outra prova, a mesma combinação. A melhor jogadora do time infantil de basquete, e com apenas seis anos, de longe a melhor da sua turma.
Naquele momento, um grito ecoou pela quadra, e ela pulou no seu acento, fazendo Booth olhá-la curioso. Ele não a questionou, indicando com a cabeça na direção em que a filha deles comemorava a sua primeira cesta – assim como a primeira do time – no jogo.
"Sophie fez um gol?!" – Seus pensamentos anteriores foram esquecidos, e ela sorriu sem antes mesmo obter uma resposta. Estava satisfeita por ter mudado sua forma de olhar para as pessoas. Enxergá-las além do meio ao qual pertenciam.
"Cesta, Bones. Ela fez uma cesta."
"O que?"
Booth sorriu, não acreditando no que acabara de escutar. Ela não cansava de surpreendê-lo.
"Nada, Bones. Esqueça."
Ela lançou-o um olhar irritado, e voltou a focá-lo em sua filha, que acenava e dedicava os seus dois pontos a eles.
"Em basquete, você faz cestas, Bones." – Parker tocou sua mão de leve, atraindo a atenção da antropóloga para si. – "Em futebol, por exemplo, é que você faz gols."
"Isso é uma resposta apropriada." – Ela apertou a mão de Booth que estava na sua, provocando-o. – "Você deveria aprender com seu filho, Booth."
"Meu filho? Faz anos que ele é mais seu filho do que meu filho, Bones. Olhe pra ele!"
Ela sabia a verdade naquela declaração. Em oito anos de convivência, ela e Parker desenvolveram uma relação diferente de todas as que ela conhecia. No começo, apenas amigos. Ela era Bones, a parceira do seu pai. Depois, tornou-se sua "namorada". E após bons e maus acontecimentos, ela era mais do que tudo isso. Mais do que amiga. No fundo, e talvez ela admitisse em voz alta algum dia, Brennan se sentia como mãe dele também. Assim como de Sophie. De fato, quando sua filha tinha três anos, chegou a se referir a ela e Parker como 'seus filhos'. E o que ela lembra depois de ter falado isso, foi o sorriso surpreso que Booth lhe dera. Nenhum comentário foi feito. Não era preciso.
Ela virou o rosto para o adolescente e o encontrou fitando-a. Ele sorria genuinamente feliz com aquela idéia. Filho dela. E ela sorriu de volta, assegurando-o que a idéia era tão real quanto poderia ser. Mãe e filho. De um jeito diferente. Mas verdadeiro.
BB
Como ex-franco atirador, sua paciência era absurdamente grande. No Exército, uma missão poderia requerer horas deitado, uma arma posicionada na sua frente e sua mente lutando para não divagar e se perder. Aquela característica, ele levara consigo. O que provavelmente foi a chave para o sucesso na parceria dele com a famosa antropóloga. Em seu primeiro caso juntos, jurou que se precisasse, ajoelharia no chão e pediria a Cullen para arranjar-lhe uma nova parceira. Não agüentaria aquela mulher tão certa de si e inteligente ao seu lado. Confrontando-o. Irritando-o.
Ao fim do caso, e ao olhar pela primeira vez verdadeiramente dentro dos olhos dela, pôde ver quem ela escondia por trás daquele muro de jargões científicos e racionalidade. Ele foi capaz de ver a alma dela – por que ele acreditava nisso – e ao voltar para o FBI, jurou nunca deixá-la para trás. Eles lutariam juntos para trazer justiça aos que mereciam.
Ele parou seus passos ao entrar na sala de estar e vê-los no sofá, a cabeça dela encostada no peito dele, seus olhos voltados para a enorme televisão de plasma e o filme que ali passava. A imagem – e Booth inevitavelmente a comparou com as deploráveis imagens de guerra, duas realidades tão diferentes que pareciam pertencer a duas vidas distintas – entrava para a galeria das suas preferidas. Encostando-se na moldura da porta, decidiu adiar a separação entre eles.
"Booth?" – Ele colocou o dedo indicador sobre os lábios, pedindo silêncio. Brennan franziu o cenho, aproximando-se das costas dele e olhando por cima do seu ombro. Ela imediatamente entendeu o que ele quis dizer e encostou seu corpo no dele, envolvendo-o pela cintura e abraçando-o por trás. Ela também não negava uma bela visão.
Parker remexeu-se no sofá, posicionou-se mais confortavelmente e puxou Sophie para mais perto, acomodando-a em baixo do seu braço direito, a cabeça dela voltando ao seu peito. Ele era bem-definido para um adolescente de 15 anos e sabia disso, sua beleza sempre atraindo o olhar de diversas garotas onde quer que estivesse. Sophie era pequena perto dele, seu corpo de apenas 8 anos perdendo-se nele. Apesar da diferença de idade, eles eram grandes amigos. As brigas sempre se originavam do super protecionismo dele sobre ela, mesmo ele sabendo que ela apreciava ser sua irmã caçula.
"Papai escolheu seu nome por causa do homem aranha?" – Entre todas as perguntas que ela poderia fazer ao fim do filme – O Homem Aranha – escolhera justamente aquela. Parker gargalhou, e Brennan e Booth – ainda ocultos – trocaram um olhar.
"Não, Sophs. Não foi por causa do Peter Parker." – Ele balançou a cabeça, observando-a se sentar ao lado dele e encará-lo.
"Mas papai ama super heróis. Ele sabe tudo!"
"Não significa que meu nome tenha vindo de um. Não tire conclusões precipitadas, Sophs."
Ela sorriu junto com ele, revirando os olhos.
"Você soa como a mamãe." – Ele deu de ombros. Adorava as qualidades que havia incorporado de Brennan. – "Você sabe de onde veio o seu nome ou não?"
"Na verdade, veio de um herói."
"Parks! Agora você parece o papai quando não consegue me explicar algo e me confunde totalmente."
Booth ameaçou entrar na sala, mas Brennan o segurou pelo braço, divertindo-se com a conversa que se desenrolava na frente deles.
"Você sabe que nosso pai foi para a guerra, certo?"
"Sim. Ele já me contou algumas histórias. As que eu posso escutar."
"Então, ele tinha esse jovem soldado e amigo chamado Edward Parker no seu acampamento. Em uma missão, ele morreu. Em homenagem a ele, papai botou esse nome em mim."
"Oh." – Ela assentiu, seus olhos brilhando de excitação. Deliciava-se em aprender algo novo. Uma história inédita da família deles. Do passado. – "Parece algo que papai faria."
"É, parece." – Os dois olharam por cima do sofá ao escutarem a voz de Brennan se aproximando, um Booth estupidamente sorridente ao seu lado.- "E também parece que já é hora das crianças dormirem." – Ela apontou para o relógio na parede e depois para o corredor que os levariam aos seus quartos.
"Eu não sou mais uma criança, Bones." – Parker resmungou, mas mesmo assim se pôs de pé, colocando Brennan em seus braços e desejando-lhe boa noite com um beijo no rosto. – "Boa noite, pai." – Ele repetiu os gestos, acenou para sua irmã e seguiu para cama.
"Você pode me contar sobre esse seu amigo Parker?" – Sophie parou na frente do pai, seu pescoço inclinado para conseguir enxergá-lo. Booth permaneceu com seu sorriso, agachando-se para pegá-la em seus braços. Mesmo com 8 anos de idade, ela permitia, sentido-se mais segura nos braços dele do que qualquer em outro lugar.
"Claro, princesa."
"Não hoje, Booth. Está tarde." – Brennan tocou-o no braço, guiando-o para o quarto da garota e entrando com eles no cômodo.
"Amanhã?" – A pequena insistiu, sendo colocada em pé na ponta da cama, seus pais parados na sua frente.
"Amanhã." – Booth prometeu e adiantou-se, ajudando a filha a se deitar na cama e cobrir-se com o lençol. – "Durma bem, Sophie."
"Você também, papai." – Ela recebeu um beijo na testa. E depois outro, quando Brennan se ajoelhou, e imitou seu parceiro.
"Boa noite, Sophie."
"Boa noite, mamãe." – Ela virou de lado e em direção a porta a tempo de ver seus pais entrelaçarem os dedos e saírem.
Minutos mais tarde, Brennan saiu do banheiro vestida no roupão preto dele, encontrando-o deitado com a cabeça apoiada em seus braços cruzados, seus olhos fechados e seu tronco nu. Ela parou e apreciou a visão, um sorriso malicioso se formando em seus lábios.
"Gosta do que vê, Temperance?" – Ele permaneceu com os olhos fechados, sempre a impressionando com sua capacidade de senti-la antes de enxergá-la. Brennan não respondeu de imediato, e o mais rápido que conseguiu, se livrou do roupão e se sentou em cima do corpo dele.
"Eu prefiro aquilo que eu posso tocar, Booth. Nós dois sabemos disso." – Ele abriu os olhos surpreso ao sentir as mãos dela descendo pelo seu peitoral, depois pelo seu abdômen e ao alcançá-lo, encontrá-lo totalmente ereto, da forma que só ela conseguia deixar naquele curto espaço de tempo.
"Deus, Bones! Um aviso antes e eu,"
Ela calou-o com um beijo, devorando a boca dele na intensidade que seu desejo a impulsionava, suas línguas batalhando por espaço. Ele tentou girá-los e ficar por cima, mas ela previu o movimento e apertou mais forte suas coxas contra os lados dele. Ele suspirou frustrado, suas bocas ainda encaixadas e ela sorriu.
"Fique quieto, Booth. E eu prometo que você vai gostar."
Brennan deu atenção ao pescoço dele, mordendo-o e sugando-o onde podia alcançar. Seus quadris se moviam na barriga dele, e Booth segurou-a pela cintura, forçando-a a descer mais um pouco, para ele.
"Quieto, Booth." – Ela sussurrou no ouvido dele e soprou, sentido-o tremer embaixo do seu corpo. Antes que ele se recuperasse, ela sentou nele, movimentando-se para cima e para baixo. Ele sentiu-a quente, e segurou os seios delas em suas duas mãos, apertando-os firmemente.
"Temperance..." – Ele a soltou, usando suas mãos para livrar-se da sua própria calça.
"Você é teimoso." – Ela afastou as mãos dele, substituindo-as pelas suas. – "Eu dispo você."
Booth jogou sua cabeça no travesseiro, um gemido preso na sua garganta. Ele queria entrar nela, sentir aquele calor através da sua calça nele mesmo. Brennan levantou-se o suficiente para abaixar a calça dele, levando a cueca junto. Ele a ajudou, balançando as pernas e chutando a peça de roupa para qualquer lado. Ela riu da expressão dele, quase dolorida, e naquele momento de distração, ele a empurrou no outro lado da cama, por pouco não a penetrando.
"Você gosta de sentir, Temperance? De tocar?" – Ela já tinha os olhos fechados, suas mãos apertando os braços musculosos dele. Ela levantou seu quadril, tentando senti-lo mais, mas Booth se afastou, apreciando o controle que detinha. – "Responda, Temperance."
"Sim, Booth. Droga, apenas..."
Ele a interrompeu do seu próprio jeito, encaixando-se nela com uma forte entrada. Ela segurou o gemido e o soltou alto quando a boca dele estava seguramente na sua, abafando o som. Ele aumentou o ritmo e o manteve o mesmo até provocar o orgasmo dos dois, sempre em sintonia.
Brennan desabou exausta de um lado e ele do outro. Em silêncio, eles se prepararam para dormir, as costas dela no peito dele. Os braços dele na cintura dela. Era assim toda noite, mas sempre uma sensação diferente. Confortante. Familiar.
