Angel Sanctuary e seus personagens relacionados não me pertencem... Infelizmente.
Bom, eu coleciono o mangá (tá certo que, por falta de grana, parei no número 14) e fazia algum tempo que queria escrever uma fic sobre este universo. Papo pai, oportunidade vem... E vem em forma de amigo secreto!
Lady Kourin, espero que goste, apesar de morrer de medo de ter errado a mão...
Feliz Natal e um excelente ano de 2008 para ti!
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Através do espelho...
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Dizem que eles são o espelho da alma de todos nós. Se isso for verdade, o que eles revelariam sobre si a quem os mirasse? Uma alma pura? Não... Talvez alguém que há muito se deixou levar e corromper.
Pureza... Era o que deveria ter. Era o que deveria ser. Não foi assim que Ele os criou: Mas, sem em Sua existência acredita de fato... Dor. É, talvez seja isso que seus olhos possam revelar a quem se atrever a mirá-los.
O vento sopra. Ele o sente esvoaçar por entre suas melenas loiras. Fecha os olhos por um instante, sentindo aquela brisa. Como se assim, pudesse ter algum sentido em sua existência.
Ela adormece ao seu lado, com um leve sorriso. O que estaria sentindo? Talvez, estivesse tendo sonhos bons. Sonhos que ele não tinha. Que poderia destruir com um simples sorriso irônico em sua face. Ele não a ama. Apenas se satisfaz.
Satisfação. Seria apenas isso mesmo? Não via muito sentido naquilo, mas então, porque continuava fazendo? A sua existência se resumia a isso? Existir. Ele apenas existia. Bom, ao menos isso, se parar para pensar nos demais à sua volta, companheiros ou não.
Um, por sentir uma imensa culpa, por ter feito algo do qual se arrependia profundamente, existia por teimosia, mas agora era um exilado. Em Hades, comandando o submundo. Usando uma máscara fria para esconder suas angústias e sentimentos. Para esconder seus olhos, a porta de entrada para sua alma.
Pobre rapaz, o outro. Um moleque. Cujos olhos, por mais que diga não, só deixam entrever a raiva. Dor. Ódio. Tristeza. O abandono. Será que existiria, em algum lugar daquele mundo, dor maior do que o abandono? Amar tanto a alguém, devotar sua fé nele e, simplesmente, ser deixado para trás?
Ao menos ainda pode ver algo em seus olhos, mesmo que não sejam sentimentos bons. São espelhos que ainda refletem algo. Não são como os dela. Vidrados. Sem brilho. Sem vida. Há quanto tempo ela está lá, naquele jardim? Mirando o vazio, sentada em seu trono, rodeada de flores e perfumes?
Um suspiro. Com os olhos cansados, mira o vazio que vê de sua janela. Um vazio que se reflete em seus olhos, percorre sua alma e chega ao coração. Um coração que não crê, mesmo sabendo que Ele está ali, e simplesmente existe.
Um fraco gemido. Ela está despertando. Ele deixa a janela e vai até ela, com seu melhor sorriso. E os mesmos olhos que refletem o que é, não o que gostaria de ser ou ter.
Espelhos que não podem salvá-lo da destruição. Nem curar suas feridas e sentimentos.
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Nossa, ficou curtinho. Desculpe, Kourin-sama, mas é que é a primeira vez que escrevo Angel Sancturay e fiquei tremendo de medo de errar, embora minhas duas betas tenham dito que, para uma primeira vez, até que fui bem.
Mas a sua opinião é quem me importa, fiz com muito carinho e espero que goste. Ah, se não deu para perceber, o personagem principal é o Raphael, com algumas reflexões sobre os outros três elementais (confesso que queria escreve sobre o uriel, meu preferido, mas o Raphael tomou conta e deu nisso).
Um super beijo!