Sentimentos: Lágrimas da incerteza

Autora: Perséfone-san

Este é meu primeiro fic e por ser adoradora de Saint Seiya ( Em especial os saints de ouro), resolvi iniciar dessa forma. Escolhi Kamus e Miro como casal principal pois sou fã desses dois juntos. Simplesmente acho perfeito!

N/A.: Para melhor situar aos leitores, "Pensamentos" estarão entre "" e em itálico, Flashbacks estarão em itálico e negrito. Por achar melhor e mais bonitinho, aqui Kamus será com "K" e Miro com "R", Assim como Aioria e Aioros.

Direitos autorais ao grande Masami Kurumada e cia. A mim, pertence os pais de Kamus e seu mestre.

Dedicatória: Dedico esta fic para ChibiusaChanMinamino, minha miguinha

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1- A chegada.

Era uma manhã ensolarada. Os pássaros cantavam e um vento leve soprava balançando os cabelos compridos e azuis esverdeados de um garotinho que caminhava devagar pelas terras da Grécia com uma mochila nas costas. Suas vestes já estavam sujas, sua aparência cansada e seus olhos já sem brilho. Caminhava sem rumo. Não sabia por que e nem pra onde estava indo.

Entrando nas ruínas gregas, passou por vários turistas sem ser notado. Seguiu em frente onde, depois de um tempo de caminhada, pode avistar uma imponente escadaria e templos grandiosos ao seu percurso. Estava surpreso. Nunca tinha visto nada igual e estava paralisado com tal visão.

– Hei Guri! Como veio até aqui? É proibido.

Um garoto pouco maior e de cabelos azuis, curtos e bagunçados e com uma expressão agressiva o repreendera, mas ele nada falou. Só olhou nos olhos do outro garoto.

– É mudo é? – O garoto o empurra, fazendo com que caia no chão. – Nessas terras pessoas normais não podem pisar. Essa é uma terra santa e se você não quer dizer o que está fazendo aqui, farei com que diga a força... – O garoto se aproxima lentamente e com os punhos fechados.

No chão, sem saber como explicar como ele estava lá, o garoto preferiu ficar calado, só observando o outro se aproximar.

– Deixa ele em paz, Máscara! - Um outro garoto aparece e se põe entre os dois.

– Não se meta Miro! Sabe as regras.

– Sei sim, mas o que está fazendo é injusto. Se meta com alguém do seu tamanho...

– Quer saber, idiota? Já que quer se meter, será castigado como ele...

Miro olha sobre o ombro para o garotinho que ainda estava sentado no chão. Notou o olhar triste que o observava e o leve movimento com a cabeça em sinal negativo não querendo que outro se machucasse por causa dele. Viu que deveriam ter a mesma idade. Seu olhar volta para o Máscara, sério, vendo que se aproximava. Estava disposto em enfrentá-lo.

– O que está havendo aqui? – Se aproxima um Garoto ainda maior que Máscara. Sua aparência indicava ser mais forte. Tinha uma expressão séria, seus cabelos eram azul mais escuro que os de Miro eram lisos e longos. Seus olhos verdes pareciam desaprovar as atitudes de Máscara. Tinha uma postura altiva e prepotente.

– Ssa...Saga! – Máscara para e aponta para o garoto que estava atrás de Miro - Um intruso... e Miro quer protege-lo...

– Não vejo intruso algum, agora vá embora e deixe-os em paz.

– Mas...

– Nem mais nem menos. Ou quer se meter comigo? Sabe bem que tenho mais experiências que você.

Máscara sai resmungando. Deixou os três pra trás. Miro se virou para o outro garotinho e o ajudou a se levantar, estendendo a mão com um sorriso.

– Obrigado Saga. Chegou na hora certa! – Miro estava feliz com a aparição do amigo.

– Quem é este garoto, Miro?

– Não sei... – Miro olha pro garoto - Qual seu nome?

O garoto olhou pra Miro e depois pra Saga, abaixando a cabeça, mas nada respondeu.

– O que foi? Por que não responde? – Saga se aproximou.

Miro ergueu o rosto do amiguinho gentilmente pelo queixo e olhou nos olhos dele dando um belo sorriso, fazendo com que o outro tivesse mais confiança.

– Confie em nós...

– Ka... Kamus... Meu nome é Kamus.

– Legal, Meu nome é Miro. - Dizia todo animado

– O meu é Saga. Agora me diga: como veio parar aqui?

– Não sei... Estava caminhando sem rumo e quando me dei conta estava aqui...

– E seus pais? – Saga continuou.

– Morreram. O navio em que vínhamos naufragou. Meus pais me salvaram me pondo em um bote, mas não puderam se salvar...

– Mas de onde você é? Tem um sotaque diferente... – Miro Muda de assunto. Via que Kamus tinha se entristecido.

– Sou francês... é que meus pais me ensinaram um pouco de grego antes de virmos.

– Aê Saga... Ele pode ficar por aqui conosco, né? – Miro passa o braço pelo pescoço de Kamus.

– Onde Miro? E de qualquer forma, o Mestre tem de saber...

– Vou levar ele lá pra casa para que possa se cuidar e comer algo e já o apresento ao mestre...

– Certo... Comunicarei que logo vocês estarão lá.

Saga se retirou, subindo as escadarias com pressa. Miro pegou a mochila de Kamus e caminhou devagar com ele ao seu lado, seguindo para as escadarias.

– Sua casa fica lá em cima?

– Sim. Minha casa é a oitava, também conhecida como Escorpião. Meio longe né?. É que cada casa dessas corresponde a um signo zodiacal e possui um guardião.

– Guardião... Como assim?

– Cada casa é guardada por um cavaleiro de ouro. Eles estão no topo da hierarquia. Saga por exemplo é o guardião da casa de Gêmeos, a terceira; ele já ganhou a armadura. É um dos mais velhos. O Máscara, aquele encrenqueiro, cuidará da quarta casa, Câncer... Entendeu?

– Sim. Então você defende Escorpião...

– É, defenderei. Meu treino começa amanhã. Depois lhe apresento aos outros. – Miro olhou pra Kamus e sorriu.

– Ta...ainda não entendi direito o porquê disso tudo mesmo...

Eles seguem subindo as escadarias e Miro observa as outras casas vazias. Imaginava que estariam na sala do Mestre, aguardando por eles.

Em Escorpião, Miro mostrava sua casa para Kamus. Pegou uma de suas roupas e a entregou. Enquanto seu novo amigo se banhava e se arrumava, arrumou uma mesa com muita comida para eles, com a ajuda de uma serva.

– Obrigado por tudo... – Kamus falou timidamente. Já estava pronto. Usava agora uma camisa branca e uma calça azul claro. Seus cabelos estavam bem penteados e mesmo úmidos se mostravam lisos e sedosos. Seus olhos, agora, mostravam mais vida, num tom azul que Miro não tinha percebido.

– Ahh... que isso. Sente-se e coma a vontade. O refeitório já está fechado, por isso não te levo lá...

– Tudo bem. Obrigado...

Eles se sentaram e se serviram. Comiam e conversaram bastante, até que chegou a hora de irem ver o Grande Mestre. Miro arrumou as coisas no lugar de novo com a ajuda de Kamus e começam a subir as escadarias.

– Acha que ele vai me aceitar por aqui? – Não podia esconder seu temor. – Eu... gostei daqui...

– Não esquenta... Ele é bonzinho!

Após uma longa subida, eles entram no Templo do Mestre. Uma figura imponente sentado em seu trono, com uma roupa branca e elegante e uma máscara escura ocultando seu rosto. Miro se ajoelha o reverenciando e Kamus faz o mesmo.

– Fiquem de pé e se aproxime jovem. – O Mestre o chama num tom calmo e terno.

Kamus se aproximou um pouco. Observava a figura do Grande Mestre a sua frente.

– Como se chama, jovem?

– Kamus, senhor.

– Sabe dizer como veio parar aqui?

– Não senhor. Caminhava sem rumo e quando me dei conta, estava aqui.

Miro, mais atrás, reparara em seus amigos que estavam afastados na lateral do templo, acompanhando a conversa do Mestre. Por algum motivo estavam ali.

– Pois então eu lhe direi. Você foi o escolhido por Athena para proteger o Santuário com a própria vida e eu o guiei até aqui pelo cosmos. Agora me responda: Aceita ficar aqui e se tornar um Cavaleiro de Athena e defender a Deusa e o Santuário com a própria vida? Sei que isso foi muito repentino, mas preciso de sua resposta. Você tem o direito de recusar.

Kamus parou uns instantes pra pensar. Seria uma importante decisão para sua vida que já havia mudado completamente até aí. Ele desviou o olhar do Mestre e percorreu a sala como se procurasse uma resposta. Notou os outros garotos ao fundo da sala o observando com Saga pouco mais a frente. Percorreu um pouco mais a sala e olhou sobre o ombro para Miro, que por sua vez deu um sorriso motivador ao amigo. Imediatamente voltou a olhar para o Mestre.

– Sim senhor. Aceito. Defenderei o Santuário e a Deusa Athena com minha vida.

Os outros garotos se aproximam, ficando ao lado de Miro.

– Pois bem, então seja bem vindo, Kamus de Aquário. – O Mestre levantou-se e caminhou até ele.

Kamus arregalou os olhos ao ouvir tais palavras. Imaginava que seria um cavaleiro inferior, mas fora escolhido para proteger a décima primeira casa zodiacal. Ele tinha noção da responsabilidade que teria, pois Miro já o havia explicado tudo.

– Você agora irá se juntar a este grupo – O Mestre apoiou a mão em seu ombro, o virando, mostrando seus companheiros de futuras batalhas. – Nós o aguardávamos já faz um tempo.

Kamus deu um passo à frente na direção de seus companheiros. Ainda não acreditava e seus olhos ainda pareciam meio perdidos e confusos com tudo. Miro se adiantou, saindo de perto dos outros e indo até Kamus dar os parabéns. Passou o braço por trás de seu pescoço e o levou pra fora com os outros para que se conhecessem. Miro adorou seu novo amigo.

CONTINUA...