1º Capítulo: Mais alguém para almoçar

1º Capítulo: Mais alguém para almoçar.

Avisos, por favor leiam.

Olá, a todos os leitores desta fic, quero deixar alguns recados...Bom, primeiro quero dizer que esta é a minha fic que mais deu trabalho, passei aulas inteiras escrevendo- a, briguei com minha mãe por causa dela(mas a briga durou só uma noite) e estou com muita dor nos braços e na cabeça depois de digita- la e escreve- la.

Depois, queria dizer que ela é meu projeto mais ambicioso, porque tem 22 capítulos e demandou muito tempo para ser escrita. Portanto, queria pedir, encarecidamente, que todos aqueles que por ventura vierem a lê-la, deixem comentários, bons ou maus, elogios ou críticas(educadas, claro), para que eu sinta que valeu a pena.

Com relação à fic em si, já vou dizendo que gira em torno da chegada de uma PO (personagem original) na história; sei que, normalmente, as POs não são tipos muito amados por caírem quase sempre no mal de se tornarem- se "Mary Sues".

Para aquelas pessoas que não sabem o que significa isso, é o seguinte: personagens lindas, poderosas, inteligentes, habilidosas( tudo isso ao mesmo tempo ou separadamente, mas ainda assim de maneira exagerada), que roubam a história, que relacionam- se com trio principal, que tem nomes estranhos e que fazem apaixonar- se por si meia Hogwarts.

Bom, eu ia escrevendo minha personagem quando acabei por ler, em fóruns, críticas duras às "Mary Sues"...daí, fiquei neurótica imaginando se minha pobre menina encaixava- se nesse grupo. Fiz um teste para saber, um desses de internet, e muitas poucas respostas deram afirmativas, mas nem por isso me acalmei.

Minha personagem chama- se Abssy(nome estranho!!) e eu arranjei o nome após ver essa seqüência de letras num jogo on- line; minha personagem relaciona- se com o trio principal e ela pretendia ser bonita, com cabelos longos e negros, mas num momento de total desespero "Marysúico" eu queimei mais da metade dos cabelos dela, como convém à autora cruel que eu sou(brincadeira, eu queimei, mas fiquei bem triste).

Por medo de que ela não fosse bem aceita entre os leitores, mudei muitas coisas da vida dela(inclusive a impedi de jogar quadribol) e, ainda, modifiquei o final, onde eu pretendi faze- la irmã de Draco. Como li, também, que "Mary Sues" vira e mexe descobrem- se irmãs de personagens de destaque, fugi desse problema.

Espero que ela realmente seja legal e conquiste os leitores, apesar de temer muito que não simpatizem com a personagem. Quanto ao nome dela: Abssy lê- se "Ébssei" e o apelido, Ab, lê- se "Eibi".

Outros pontos sobre a fic são os seguintes: trata- se se uma história sobre Harry Potter que conta TUDO o que NÃO aconteceu nos livros e isso porque eu despedi o Voldy da história; em outras palavras, quero dizer que na minha fic ele jamais existiu ou existirá.

Isso nos leva a outro ponto que é o da motivação para escreve- la...sei que muitas pessoas gostaram do último livro de HP e sei que muitas outras não, eu pertenço à segunda categoria. Não gostei do livro, achei que muita coisa foi equivocada e tenho uma teoria sólida a esse respeito. No entanto, isso não significa que eu despreze a série como um todo ou ache Rowling uma má escritora; de forma alguma, apenas não gostei do último livro.

Então, aqui na minha fic vocês verão ships fannon, mortos que ainda vivem, ninguém terá caído atrás do véu, ninguém terá morrido de desabamento, não haverá Comensais da Morte, etc. Isso tudo quer dizer que se você quiser ler, terá de saber que nada é como deveria ser...se você ama de paixão algum casal cannon e está disposto a discutir por isso, não leia.

Outra coisa é que minha personagem chama a Hermione por um apelido que aparece muito nas fics em espanhol: Herms; portanto, não se surpreendam.

Pretendia indicar, para efeitos de imaginação, que vocês imaginassem os gêmeos com a aparência que estavam no 4º filme, mas, atualmente, cheguei à conclusão que imaginando de qualquer jeito, com qualquer aparência(cabelo curto ou comprido) fica ótimo do mesmo jeito.XD

A fic é para aqueles que estão preparados para ler e se divertir.

Ah, sim, se acaso Abssy lhes pareça uma "Mary Sue", contem- me para que eu possa pular do despenhadeiro.(essa preocupação não me abandona!). Contem- me se, por ventura, algum personagem estiver descaracterizado, também.

Acabaram- se os avisos, eu acho. Então, só acrescentar que a fic podia ser melhor, em especial os últimos três capítulos, mas eu os escrevi em uma madrugada, rezando para chegar ao final e dizer "The End". Dadas as circunstâncias, foi o melhor possível!

Agora, vamos à última parte... na fic existem três homenagens: ela é Dramione como presente para minha amiga Sarah e porque eu gosto do casal; num dos capítulos há uma homenagem às minhas amigas Sparrabeths que vierem ler e, noutro, uma homenagem à minha banda favorita, do coração, Queen, tendo uma música deles mencionada ( A crazy little thing called love " Uma coisinha louca chamada amor").

Aí estão os avisos e eu espero que as pessoas os leiam, ainda que duvide disso porque são extensos.

Sobrou apenas dizer: boa diversão!! E comentem!! Bjus

Aquela manhã na Toca começou como qualquer outra daquelas férias. Molly preparava o café da manhã, enquanto os seus filhos e os amigos destes dormiam nos andares superiores.

Usando a varinha ela fazia com que pães feitos em casa virassem torradas e com que pratos voassem e pousassem na mesa, quando um barulho na sala chamou- lhe a atenção.

A lareira estava preenchida por um fogo verde mágico e a cabeça um tanto calva do Sr. Weasley surgiu entre as chamas. Ele parecia nervoso e preocupado ao se dirigir a esposa.

Molly, querida, ponha mais um prato para o almoço, por favor. Estarei levando uma pessoa comigo. Um beijo em você e nos meninos todos, até mais!

Antes que a mulher pudesse perguntar qualquer coisa, as chamas se apagaram e o rosto dele sumiu. Um segundo depois, Ron e Harry desciam as escadas e Ron vinha perguntando:

Era o papai, mãe? O que ele queria?

Ah, nada de mais, acho que vai trazer algum colega para almoçar. Dormiram bem, queridos? Está com fome, Harry? Vejo que não engordou um grama desde o começo das férias!

Molly virou e foi para a cozinha colocar o café da manhã para os meninos. Atrás dela, Ron olhou para o amigo e girou os olhos, porque, obviamente, achava que Harry estava com um peso saudável.

Enquanto os dois comiam, os outros desceram fazendo barulho na escada. Na frente vinham Fred e George, batendo os pés nos degraus com gosto, no único intuito de atormentar a mãe; um pouco depois vinham Giny e Hermione com caras de sono, tampando os ouvidos para não ouvir a barulheira.

O café da manhã passou rápido e logo foram todos para a sala. Molly animou suas agulhas de tricô que puseram- se a trabalhar imediatamente, sob o olhar atento da dona.

Ron e Harry jogaram muitas partidas de Xadrez de Bruxo, jogo no qual Harry sempre perdia feio. Hermione, amiga dos dois, lia um livro grosso intitulado "Hogwarts: uma história revisada e atualizada"; Giny, irmã de Ron, observava seus outros dois irmãos Fred e George, que eram gêmeos entre si, jogarem Snap Explosivo, com George levando a melhor desta vez. Foi com surpresa que a Sra. Weasley exclamou:

Gente, já é hora do almoço! Como o tempo passou rápido...

Em seguida, ela olhou para um curiosíssimo relógio na parede

E Arthur está...chegando!- ela concluiu, assim que um ponteiro nomeado "Sr. Weasley" apontou para o escrito "em casa".

No mesmo instante, a porta se abriu e um homem ruivo e um pouco calvo, usando roupas simples, mas impecáveis, entrou por ela. Ele cumprimentou a família e virou- se para trás, dirigindo- se à alguém que esperava lá fora:

Venha, pode entrar!

Quem entrou e postou- se ao lado dele, com uma cara preocupada, foi uma completa estranha alta, com cabelos negros e ondulados, olhos pretos ornamentados por espessos cílios de mesma cor e rosto delicado que acenou um oi geral.

Arthur, quem é ela?- perguntou- lhe a esposa intrigada.

Bom, bem, hã...Molly querida, como eu poderia lhe dizer? Ela é uma trouxa que...

TROUXA, Arthur? Você perdeu o juízo?

Após aquele formidável grito, três coisas ocorreram. Primeiramente, todos os filhos da mulher e seus amigos saltaram de seus lugares e se apinharam num canto da sala, junto da parede.

Segundo, o marido dela correu e se meteu no meio dos filhos, tão assustado quanto estes. Terceiro, a recém- chegada colou- se à parede mais próxima, desejando fundir- se à ela.

Nisto, uma voz levemente zombeteira soou naquele mar de cabeças ruivas:

Mamãe, não grite assim, olha a cara da moça!

E outra voz, quase tão igual a primeira, emendou:

E a do papai, também!

A garota, mesmo assustada com a reação da mulher, não pode deixar de pensar no estrago que o berro de uma mulher baixinha, cheinha e de expressão amável podia causar.

Molly virou- se para ela e pediu desculpas, depois foi até o marido e disse, calmamente:

Explique- se, Arthur.

Apesar de parecer um pouco inseguro, ele falou:

Ela é uma bruxa- tardia, ou seja, os primeiros poderes se manifestaram somente aos quatorze anos e só agora ela está pronta para ingressar em Hogwarts.

Oh, meu Deus, e quantos anos ela tem agora?

Ela tem dezesseis, já! Viveu como trouxa todo esse tempo, mas, esta manhã, num acesso de claustrofobia, provocou uma pane num elvador de um prédio.

Elevador, Sr. Weasley.- corrigiu Hermione, que era filha de trouxas ou não- bruxos.

Molly resolveu que continuariam aquela conversa durante o almoço e carregou todo mundo, inclusive a recém- chegada, para a cozinha. Todos sentaram- se na enorme mesa e panelas pousaram à frente deles.

Cada um serviu- se de uma grande quantidade de comida, enquanto a Sra. Weasley fazia considerações acerca do quanto cada um fazia bem em comer.

Assim que começaram a almoçar, ela dirigiu- se à moça e perguntou:

Qual seu nome, meu bem?

A garota ergueu a cabeça e sorriu constrangida, respondendo:

Ah, meu nome é ridículo! Eu chamo Abssy, mas costumam me chamar de "Ab", fica melhor. O nome todo é Abssy Irwin Rodin.

A mulher sorriu para ela e alguns dos filhos sorriram entre si, então, subitamente preocupada, Molly perguntou ao marido:

Você avisou aos pais dela que ela está aqui?

Oh, querida, ela mora num orfanato...- ele respondeu, chateado.

A Sra. Weasley, sinceramente penalizada e com seu instinto materno aguçado, murmurou um "sinto muito, mesmo", sentindo- se mal por ter perguntado aquilo na frente de Ab.

Não sinta!- a garota disse em voz alta.

Percebendo que um silêncio estranho caíra sobre o grupo, ela notou que suas palavras haviam soado grosseiras e emendou rapidamente, procurando sorrir:

Eu não sou órfã, ou coisa do tipo. Na verdade fugi da casa de meus pais há anos...incompatibilidade de gênios.

Fugiu?- repetiram os gêmeos ao mesmo tempo, parecendo achar a idéia interessante.

Fred, George, deixem ela em paz. Não ligue para eles, são muito curiosos.- ralhou a mãe.

Não somos curiosos!- reclamou um deles, o que se chamava Fred.

Ab, neste caso, não tendo mais uma casa em outro lugar, imagino que você tenha de ficar aqui.- interveio o homem, silenciando os dois filhos.

Percebendo que o senhor não parecia muito tranqüilo em oferecer um lugar para ela na casa, Abssy sugeriu:

De repente eu posso ficar em outro lugar!

Não, não, querida, fique aqui mesmo, não se preocupe.- disse Molly, sorrindo.

Bom, se os senhores dizem, fico agradecida.

Depois que cada um comeu ao menos duas vezes, por insistência da mulher, foram para a sala onde sentaram- se. A Sra. Weasley começou as apresentações:

Eu sou Molly e meu marido é Arthur. Temos sete filhos, mas três deles não estão aqui hoje; os três que faltam são Gui, Carlinhos e Percy. Em seguida, com a mesma idade sua, temos Fred e George; dois anos mais novo vem Ron e três mais nova, Giny.

Então, ela apontou Harry e Hermione e continuou:

Estes são amigos da família e tem a idade de Ron: Harry Potter e Hermione Granger. Ela é filha de trouxas e Harry é órfão, mas tem o padrinho que...bom, que saiu da prisão há alguns meses.

Abssy bem que tentou se controlar, mas tinha uma curiosidade terrível e deixou escapar:

Nossa, por que ela estava preso?

Porque um amigo dele da escola matou um monte de gente e acharam que fosse ele, mas já foi inocentado no final de junho.- explicou Harry, sem esconder a raiva que sentia pela injustiça.

Oh, que horror!- a garota exclamou, enquanto pensava que seria legal conhecer o padrinho do garoto.

Sentados na sala, Ab e a família Weasley passaram uma hora conversando, o que rendeu boas risadas. A conversa só foi interrompida quando o Sr. Weasley deu um salto e exclamou:

Puxa, eu já devia ter voltado ao trabalho! Nos vemos à noite...- com essas palavras, ele sumiu no ar, fazendo Ab pular de susto.

Querida, ele só desaparatou, ou seja, desapareceu aqui e apareceu lá no Ministério onde ele trabalha. Você fará isso no futuro, quanto tiver 17 anos e se passar num teste que será aplicado à você.

Uau!- foi tudo o que conseguiu dizer.

Com a partida do Sr. Weasley, um novo assunto surgiu: o que fariam a tarde toda? Molly sugeriu que dessem uma volta pelo Beco Diagonal e mostrassem alguma coisa para Abssy, enquanto ela arranjava um lugar para a garota dormir.

É uma pena que os quartos de Ron e Giny estejam cheios e os outros sirvam de depósito, atualmente.- disse a mulher.

Ah, mamãe, tem espaço no nosso quarto!- argumentaram os gêmeos.

E ela vai ficar a noite toda sozinha com vocês dois?- perguntou a mãe, apertando os olhos, desconfiada.

Fred entreabriu a boca e com expressão horrorizada, exclamou:

O que a senhora pensa de nós?

Sim, sim. Por quem nos toma?- ajuntou o outro, mas ambos faziam força para não rir.

Penso que pela manhã ela corre o risco de acordar com orelhas gigantes, furúnculos verdes ou tromba de elefante.

Os gêmeos suspiraram e puseram a mão sobre o peito, fingindo alívio:

Oh, menos mal! Muito menos.

Todos riram com gosto e Ab, que não imaginava como poderiam surgir orelhas gigantes em si mesma, riu mais das caras exageradas que os dois rapazes faziam.