Amor e Traição
Olá, meu nome é Kagome Higurashi e estou hoje escrevendo uma coisa que aconteceu comigo há dois meses. Tudo aconteceu quando tinha feito quinze anos e meus pais propuseram que fossemos á praia passar uns dias. Mar, sol e gatinhos. Mas quem disse que eu queria ir...
Não, não e não!
Meus pais estavam tentando me convencer a viajar no meu aniversário. Respirar um ar mais puro do que esse de cidade grande. Por um lado até que ia ser legal, mas ficar longe do meu namorado; não,não, sem chance. Namorávamos há dois anos, aonde um ia o outro estava lá do lado. Até estudamos na mesma escola. Uma manhã sem ele já era um sacrifício, imagina as férias inteiras.
Foi esse sufoco de ir ou não o dia inteiro, até um membro de minha família me deu um argumento muito bom.
Por favor! Eu quero conhecer o mar! – com os pequenos olhos se enchendo de água – Por favor maninha! Aí você me ensina a nadar Além do mais a Sango e o Kohaku também vão...
Meu irmão Souta. Ele sabia fazer o gesto e as palavras certas pra me convencer. Mas também, quem não sucumbiria aos pedidos de uma criança aos prantos nos seus pés.
Mas se a Sango também ia não ia ser uma tortura total. Nós nos conhecemos praticamente desde que nascemos, sempre fomos vizinhas. Inclusive fui eu que apresentei o Miroke a ela e ela me apresentou meu anjinho. Ops, desculpa, esqueci de contar o nome do meu amor. Ele se chama Inuyasha e o "ficante" da Sango é o Miroke. Eu disse ficante porque ela odeia que eu falo que eles são namorados, os dois vivem discutindo, mas depois tudo volta ao normal.
Tá bom Souta – finalmente cedendo ao seu olhar pidão – só por você.
Eba! – foi correndo contar a notícia pra minha mãe – Mãe, bem que você disse que a chantagem emocional funcionaria. Deu certo, ela vai.
¬¬ - "sabia que tinha caroço nesse angu" – O que você disse Souta?
Disse que a chanta...- minha mãe foi correr tapar a boca dele.
Ele disse que se lá na casa da praia as portas são de alvenaria.
o.Õ - "família louca" - Então mãe, já que o maninho tocou no assunto, onde a gente vai ficar?
Na casa de seus tios, Kagura e Narake, a filha deles, Kanna, nasceu e sabe se lá porque eles não querem ficar com ela na praia. Foram pra casa de campo e deixaram as chaves com a gente.
Ah... tá... – forcei um sorriso, não gostava de meus tios, nem o Inuyasha – Lembrei! (Plaft) Ai! – tinha batido a mão com muita força na testa – tenho que avisar o cachorrinho que eu vou mesmo pra praia. (N/A: quando se tem namorado é tudo assim, cada um chama o outro de um apelido fofo e que termina com inho)
Saí da cozinha deixando meu irmão se contorcendo no chão de tanto dar risada, não sei porque, ele sempre dá risada quando eu chamo o Inu de cachorrinho. Peguei o telefone que ficava na estante da sala e comecei a digitar os primeiros números do telefone dele quando quem bate na porta? Isso mesmo, meu fofinho. Parece que ele adivinhou que eu tinha me decidido. Fui correndo atender, nessa afobação acabei por enroscar o pé no tapete e caí de bruços na frente da porta. O Inuyasha abriu a porta e não me viu caída. Lá se ia mais um no chão.
Kag... (Ploft) Ai! – se levantou e me ajudar a me ajeitar, quase que a minha saia foi parar no pescoço – O que você estava fazendo no chão? Não me diga que estava caçando pulgas no tapete ou coisa parecida?
Tá bom, então não te digo – adoro rir das minhas piadas – Então fofinho, o que você veio fazer aqui?
Ver o Souta.
Jura? – imaginem minha cara de desolação.
Claro que não sua boba! Vim te ver. – agora era ele que ria – Resolveu o que vai fazer da vida?
Sim, eu vou pra praia –meu astral tinha ido lá pro fundo ao pronunciar essas palavras.
Que bom! – me deu um abraço de urso – Você me traz uma concha?
Ele estava com um tom tão empolgado. Sua reação foi exatamente o contrário do que eu imaginara. Estava pensando que ele gritaria que eu não ia me deixar sozinha com nenhum surfista metido a besta, me pegaria no colo, montasse em seu cavalo branco e me prendesse em seu castelo com ele pra todo o sempre. Tá bom, eu exagerei um pouco, mas eu não posso ser feliz?
Então? Você me traz uma concha? – ele fez um olhar ansioso que só ele sabe fazer.
Claro. – meu astral continuava lá embaixo.
Que foi gatinha? Não tá querendo ir? – parece que ele adivinha o que eu estou sentindo – Tá tão caidinha.
Ficar um mês sem te ver não é fácil – já disse que meu astral estava lá embaixo?
Fica assim não. Eu prometo que te escrevo todo dia.
Até parece Inu, eu te conheço.
Está certo. Pelo menos uma por semana eu mando.
Tá.
Se anima! Vamos lá em cima arrumar suas malas! – me pegou pelo pulso e praticamente me carregou até o quarto, parecia que ele quase voava quando corria, era muito veloz.
Duas horas depois tínhamos conseguido arrumar as roupas dignamente dentro da mala. Metade do tempo passamos tacando roupas um no outro. Até que percebemos a bagunça que fizemos e resolvemos arrumar as malas. A gente colocou tantas roupas na minha mochila amarela que ela não estava fechando, e olha que ela é grande pra chuchu. O Inu teve que sentar em cima da mochila para que eu conseguisse fechar o zíper. Descemos as escadas segurando cada um em uma das alças. Deixamos a mochila no sofá da sala e fomos para a cozinha onde já estava todo mundo. Meus pais decidiram isso encima da hora, e me convenceram mais encima ainda. Sentados à mesa estavam meus pais e a vó da Sango, Kaede, meu irmão estava correndo pela cozinha com o Kohaku e mais ao canto estavam Sango e Miroke entretidos em uma conversa que teria acabado em pancadaria se não fosse por nós termos chegado. Ele tinha acabado de passar a mão na bunda dela, ela odiava que ele fazia isso em público. Inuyasha ficou lá conversando com ele, enquanto eu levava Sango até a sala para conversarmos melhor.
O Miroke também veio se despedir de você? Parece que ele estava querendo saber se estava tudo na mala né? – estava me referindo á cena anterior, não agüentei segurar a piada.
Ha ha - disse em um tom monótono – Você está muito engraçadinha hoje. Seus olhos estão até brilhando. Nem parece que você vai se separar de seu "fofinho".
Verdade? Nem percebi. Acho que é por causa da farra que fizemos lá no quarto. Mas já que você fez o favor de me lembrar dessa triste notícia. – respirei fundo – Estou triste sim. Você também deveria estar.
Nem me lembre. Quanto mais tempo eu passar longe desse tarado melhor.
Sei... tarado né... Mas vai falar que você não gosta? – tinha atingido o ponto certo, suas bochechas ficaram vermelhas como fogo.
Gosto nada! – ela sempre muda de assunto – Você tá levando aquela blusa aberta atrás que eu adoro? – não disse?
E aí gente? Vamos por o pé na estrada? – disse minha mãe energicamente.
Abrimos a porta e colocamos as malas no carro. Porém não antes do Inuyasha fazer uma ceninha. Ele estava gozando da cara do Miroke porque ele mal conseguia levar a mala da Sango. O Inu foi balançando a mochila de um lado pro outro até que a mochila pegou um certo impulso e levou ele junto, e pra ajudar ele estava descendo um dos degraus que dão pra fora de casa. Não deu outra, caiu quase comendo a grama.
To bem, to bem – ficando um pouco corado – to vivo.
Os adultos e as crianças entraram no carro. Eu e a Sango demoramos mais porque estávamos nos despedindo de nossos respectivos namorados.
Você vai ficar bem aqui sozinho? – meu coração ainda relutava um pouco para deixar ele.
Vou – agora sua voz era mais reconfortante – Não se preocupa comigo, se divirta lá que eu também me divertirei aqui.
Tá bom.
Deu um selinho nele e falei tchau. Sango fez o mesmo. Entramos no carro e ficamos olhando eles desaparecerem com a distância.
OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO
Essa viagem promete hein? Vocês nem imaginam o que acontecerá com nossa protagonista preferida. Espero que gostem da fic e por favor: COMENTEM.
Bjuss
