N/A: Olá pessoal! Decidi escrever esta história em português a pedido de um grande amigo meu que gosta da série E.R. Pessoalmente, não tenho por hábito assistir à mesma mas espero ter-me saído bem nesta pequena história. Gostaria de ler o que tiverem a dizer e não se esqueçam de ler as minhas outras histórias (que por agora ainda é só uma xD). Tenho estado a trabalhar numa outra de Harry Potter e espero não demorar muito a publicá-la. Sem mais conversa desinteressante, fica aqui a mini-história... Não se esqueçam de fazer a review! =D

Disclaimer: As personagens aqui presentes não me pertencem nem eu tenho nenhum tipo de lucro com esta história. Pura diversão.


Capítulo 1 - Insensível

- Não vale a pena. – disse Luka

- Vale sim, não podemos deixá-lo assim! Tem que haver uma maneira...

- Não há, Abby! Tentámos tudo! – disse ele, tentando agarrar os braços da enfermeira, puxando-a para longe dali.

Não havia nada a fazer. O paciente fora tratado como todos as pessoas que por alguma infelicidade iam parar aquele local e às mãos daquela equipa. Como muitos outros, também ele não tinha muitas probabilidades de sobrevivência ao entrar no bloco. Duas horas de cirurgia, várias reanimações e transfusões sanguíneas, possíveis e impossíveis foram feitos, mas o paciente acabara por sucumbir aos graves ferimentos após um acidente de viação. Abby não se conformava.

Luka finalmente conseguira arrastar Abby para longe dali e dirigi-la para os vestiários. Ela estava com a cara num mar de lágrimas e Luka não compreendia porquê. Ele não sabia porquê mas pressentia que havia algo de errado com Abby nos últimos tempos. Ela comportava-se de modo diferente, de certa forma.

- O que é que se passa contigo? – perguntou Kovac

- Nada! Não consigo ficar a ver alguém morrer assim e não fazer nada para o impedir!

- Sabes que isso não é verdade. Todos fizeram os possíveis e os impossíveis para salvar o paciente. Tens a certeza que é só isto que te incomoda? Passa-se alguma coisa contigo?

Não lhe respondendo às perguntas, começou:

- Estou farta... Todos os dias, a todas as horas, dor e sofrimento, mágoa e escuridão... Eu acho que não consigo manter esta máscara muito mais tempo, não consigo, Kovac...

- Tens que fazê-lo. Todos temos. É o nosso trabalho. – disse ele com uma cara séria mas compreensiva, passando levemente a mão no braço de Abby em modo de conforto.

- Peço desculpa se não consigo ser uma insensível que não se importa se alguém está a morrer à minha frente! – disparou ela. Kovac arregalou os olhos em modo de surpresa mas logo voltaram à sua posição inicial quando este falou:

- Não estás a ser razoável, Abby. Sabes que não é ser insensível, é manter o sangue frio para conseguir lidar com as situações com que nos deparamos. - Ela mal ouvia o que lhe estava a ser dito, mas ainda assim, o suficiente para responder:

- Sangue frio e insensibilidade estão cientificamente ligados como deves saber. E sim, vocês são todos insensíveis e não vêm aquilo que se passa mesmo diante dos vossos narizes. Tu, és o maior insensível de todos. – Esta última frase foi a derrota de Kovac. Ele virou costas e foi-se embora.

A Dra. Neela ouvira tudo e entrara no momento da saída de Kovac.

- Achas que isso foi aceitável da tua parte, Abby? O Luka estava só a tentar ajudar-te.

- Estou tão farta de tudo, Neela.

-A única coisa que te aconselho é a pensar nas tuas acções. AH, e começa também a pensar duas vezes antes de chamares insensível a alguém.

Kovac fora para casa. O seu turno tinha acabado aquando da discussão com Abby e mesmo que assim não fosse ele teria ido à mesma.

Ele jantou, tomou um duche, vestiu umas calças de pijama apenas para por causa do frio de Inverno que se fazia sentir, e deitou-se na cama a pensar nos acontecimentos recentes.

Abby fora tão injusta com ele. Ele estava apenas a tentar ajudar e ela chamara-lhe insensível. Ele não era insensível, antes pelo contrário, ele tinha vários sentimentos que o acompanhavam ao longo do dia. Muitos desses sentimentos deviam-se, principalmente, à pessoa que negara que ele possuía algum tipo de sentimento – Abby.

Os minutos iam passando lenta e dolorosamente enquanto os seus pensamentos vaguevamm pela noite, imaginando a mulher que Luka desejava. Quando o sono estava prestes a levá-lo até ao Vale dos Sonhos, a campainha soou na entrada.

- Mas quem, no seu perfeito juízo, toca a campainha de alguém a estas horas? – olhou para o relógio e, continuando a praguejar, abriu a porta – Sinceramente! Uma da manhã! È preciso ter lata para... – mas as suas palavras não encontraram forma de sair da sua boca quando ele viu quem o viera incomodar.

Ali, à sua porta, à uma da manhã, com os olhos vermelhos de um choro recente e um ligeiro sorriso nos lábios, estava Abby...