É, é, eu sei que está confuso, mas a fotografia me agradou desta forma, só aconselho que preste atenção às características das letras, ou apenas leiam separadamente:

Itálico: Presente.

Negrito: Passado.

Itálico e Negrito: Ambos.

Disclaimer: Inu-Yasha não me pertence. Simples.


Prólogo

Pôs a mão masculina sobre a maçaneta prateada, virando a chave logo em seguida. Quem diabos seria àquela hora da noite?

Puxou o trinco, forçando ao ver que ele não cedia. A porta estava trancada. Quem estaria ali há tanto tempo?

A porta aberta deu passagem a uma figura a qual ele não estava acostumado.

Encarando-o com um sorriso simples, estavam os olhos mais doces que ele já conhecera em toda a vida.

- Já era hora! Sabe há quanto tempo eu estou tocando isso? – perguntou a voz feminina, movendo o braço direito para evitar que a enorme pelúcia caísse.

- Ah, perdão pela demora, não tinha reparado que alguém tentava entrar – comentou a voz feminina, esticando os dedos finos até colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Provavelmente a mesma quantidade de tempo em que eu estou tentando ignorar a campainha! – resmungou, recostando-se contra a porta para poder analisar melhor a figura diante de si.

- Não se preocupe, o tempo que eu esperei foi compensado – respondeu, com a voz rouca de um felino, enquanto inclinava-se contra a porta para observar melhor o monumento diante de si.

Deveria ser proibido construírem mulheres assim!

- O que diabos faz aqui a essa hora da noite? – inquiriu, correndo os olhos pelo rosto cansado, as olheiras marcadas – que não conseguiam tirar a suavidade dos traços -, o cabelo negro embaraçado, emoldurando o par de jóias azuis que ela tinha por olhos, a caixa para carregar animais, a mala e... o jacaré gigante. "Espera um pouco!", piscou e repassou na mente o que seus olhos acabavam de captar: um enorme jacaré de pelúcia.

- O que uma dama faz por aqui sem a devida companhia? – perguntou, dobrando os lábios no que seria o seu sorriso mais galante, concentrando-se em ignorar os cabelos escuros formando cachos ao redor do rosto infantil, o brilho inocente dos orbes azuis, os lábios pintados e carnudos, o corpo curvilíneo preço num vestido curto, as longas pernas... "Concentra-te!".

- Importas-te de falarmos sobre isso lá dentro? – respondeu, apontando com a cabeça o interior do apartamento.

- Importa-se em não me encarar desta forma? – murmurou, abraçando-se e desviando o olhar – Me deixa constrangida.

- Importas-te de não falarmos? – acrescentou, fechando a porta e postando-se do lado de fora, junto a ela.

- Importa-se em falar por mais alguns segundos com um idiota? – respondeu, voltando a fitá-la nos olhos – Creio que me distraí, mas garanto que foi uma distração digna de uma aliança de noivado.

- Inu-Yasha, eu sei que temos os nossos problemas, mas podemos agir como adultos e conversar de forma civilizada? – perguntou, soltando o ar dos pulmões como se até ele pesasse.

- Senhor, eu sei que na cidade vocês agem desta forma, mas creio que seja melhor que eu me retire – sentenciou, tratando de passar pela muralha humana que ele se tornara.

- Não até que tu me expliques o que diabos fazes na minha casa, a essa hora, com toda essa tralha – decretou, batendo o pé direito inconscientemente.

- Não até que me garanta que vai me dar seu telefone, e aceitar encontrar-se comigo um dia desses para tomar um café – decreto, sentando o pé contra o solo de forma inconsciente.

Ela mordeu os lábios, como se considerasse por alguns segundos, passando os olhos por todos os cantos antes de encarar os orbes dourados.

- Posso ficar aqui por um tempo?

- Parece que você ganhou um encontro.


Nota:

É, eu admito, sem sentido, mas não se preocupem, o capítulo um é normal.

Caso considerem-na digna de um elogio ou necessitada de uma reprimenda, fiquem à vontade.

Ah, sim, tudo isso é a visão do Inu-Yasha da situação, não necessariamente a realidade.

Beijos, morangos e muito chocolate.