Resumo: Chad largou sua matilha, seus amigos e seu melhor amigo para viver ao lado de seu grande amor, Jeffrey, na Matilha do Sul. Ele não esperava que seria fácil se adaptar a uma matilha diferente nem achava que iria conquistar rapidamente a simpatia dos lobos de lá. Mas Chad definitivamente não contava que depois de ter deixado tudo para trás ainda teria que lutar para conquistar o direito de ter Jeffrey só para ele.
Aviso 1: Essa fic é uma versão paralela da fic The World. Para melhor entendê-la, sugiro que leia The World primeiro.
Aviso 2: Essa fic possui cenas de sexo, violência e possivelmente rituais de magia.
Aviso 3: Essa é uma fic homoerótica baseada nos romances de Lynn Hagen, Stormy Glenn, Joyee Flyn e Stephenie Meyer que utiliza os nomes das celebridades que interpretam a série Supernatural e pessoas relacionadas a elas como personagens. Os acontecimentos da fic não possuem real relação com as personalidades aqui citadas.
I
Chad até poderia continuar a repetir para si mesmo que a viagem estava sendo tranqüila, mas não estava. Havia certa tensão no ar. Jeffrey e ele estavam no banco de trás e os dois lobos brancos enviados para escoltá-lo, Steve Carlson e Christian Kane, sentavam-se na frente. Havia um silêncio incomodo no interior do carro. Ninguém parecia sentir a menor necessidade de falar o que quer que fosse e isso o fazia se sentir um intruso. E, de fato, ele o era. Chad era um lobo madeira indo viver entre os lobos brancos. Logo os lobos brancos que eram tão preconceituosos! Aquilo era loucura. Loucura! Por que, raios, Chad quisera fazer aquilo mesmo?
Jeffrey fez um afago suave em seus ombros. Chad, que até então estivera de cabeça baixa, voltou seus olhos para os do lobo branco. Havia ali um sorriso brincalhão e havia tanto amor, Deus, tanto amor, que deixavam Chad quase sem fôlego. Era por aqueles olhos apaixonados que Chad estava abandonado sua casa, sua matilha, sua família, seu melhor amigo. Sua própria vida parecia sem sentido se não pudesse estar com Jeffrey.
– Está tudo bem, querido? – Jeffrey perguntou.
– Sim. – Chad se apressou em concordar. Não queria que Jeffrey percebesse o quanto estava assustado com a mudança. – Tudo ótimo!
– É assustador, não é...? – Jeffrey passou um braço em torno de seus ombros. – Vamos fazer de tudo para que você se acostume conosco.
– Obrigado. – Chad sussurrou. Sabia que Jeffrey o amava e faria de tudo para agradá-lo, mas esperar o mesmo dos outros era querer demais.
Já estavam na estrada há pelo menos duas horas quando entraram numa pequena vila. Chad leu: "Moonville" em uma placa. Conhecia o lugar, mas só de nome. Algumas pessoas de Stª. Bárbara conheciam moradores dali ou faziam negócios com os comerciantes locais. Chad nunca fora ali, mas nunca ouvira falar que os lobos brancos tivessem qualquer influência sobre o local. Se bem que a vila ficava ao sul de Stª. Bárbara. Era bem possível que aquela fosse a vila da Matilha do Sul.
Ficou atento às casas comerciais da vila para ver se identificava algum símbolo que remetesse à matilha dos lobos brancos, mas não viu nada. Assustou-se quando viu que estavam saindo da vila sem ao menos uma parada. Não era ali? O carro parou no que pareceu ser uma velha fazenda nos limites da vila. Um velho saiu da casa da fazenda e foi até um celeiro enorme e abriu as portas. Chad pôde ver que ali, na verdade, era uma garagem improvisada, pois guardava vários carros. Steve conduziu o carro até o celeiro e o estacionou junto aos outros. Os lobos brancos desceram do carro, Chad atrás, e cumprimentaram o velho com leves meneares de cabeça. Chad repetiu o gesto e reparou que o olhar do homem se demorou bastante nele. Lobos madeira não tinham um olfato tão apurado, mas Chad percebeu claramente que aquele era um humano. Estranho. Lobos brancos não gostavam de se relacionar com humanos. Jeffrey tirou sua bagagem do porta-malas e a dividiu entre ele, Steve e Christian.
– Não precisa... – Chad protestou tentando tirar uma mala das mãos de Christian. – Eu posso...
– Não se preocupe com isso. – Jeffrey disse segurando a mão de Chad. – Temos que andar um pouco.
Constrangido, Chad seguiu guiado pela mão forte de Jeffrey. Os quatro seguiram até a entrada de uma floresta. Chad sabia que aquela era a mesma floresta que se estendia entre os territórios das duas matilhas. O nome dela era Moon. Embora a floresta fosse bem conhecida, ali, naquela parte, ela parecia bem mais densa. As árvores pareciam mais velhas, seus troncos eram mais grossos e mais longos. Eles entraram, mas não haviam andado nem cinco minutos e os lobos brancos começaram a tirar os sapatos. Chad estranhou. Quando terminaram de tirar os sapatos, Steve e Christian dividiram entre si a bagagem de Chad. Jeffrey, para o espanto de Chad, o carregou nos braços.
– Mas o quê...?! – Chad se sentiu uma donzelinha. – Eu posso andar.
– Não como nós. – Jeffrey disse com um sorriso matreiro. – Olhe para trás.
Chad olhou. Nada demais. Seus rastros vinham desde a entrada da floresta e... Os rastros desapareciam do nada a partir do ponto onde os lobos tiraram os sapatos.
– Mas... – Chad estava sem palavras. Desde que se tornara um guerreiro da matilha sempre se perguntara como os lobos brancos faziam para encobrir seus rastros. – Como?
– Magia. – Jeffrey lhe deu uma piscadela.
Após mais ou menos uma hora de caminhada, Chad pôde ver a entrada de uma vila ainda menor que Moonville. Havia bem poucas casas, mas todas eram grandes e bonitas, embora fossem meio uniformes. Praticamente o mesmo estilo para todas as casas. Os lobos pararam na entrada e calçaram os sapatos. Jeffrey colocou Chad no chão e fez o mesmo. As pessoas da vila, ao vê-los se aproximando, pararam seus afazeres para observá-los. Não. Para observá-los não. Para observar Chad. O lobo madeira corou e meio que se escondeu atrás do corpo de Jeffrey. O lobo branco lhe sorriu e voltou a segurar sua mão.
– Está tudo bem. – Jeffrey disse com meiguice. – Só estão curiosas...
Ao reparar melhor, Chad viu que havia ali umas quinze mulheres adultas, algumas adolescentes e crianças. Apenas entre as crianças se encontravam meninos. Parecia não haver ali um único menino com mais de sete anos.
– Cadê os homens da vila? – Chad perguntou baixinho.
– Ty e Dj estão fazendo a ronda. – Jeffrey informou. – Os outros estão fora ou em suas casas descansando.
Chad já ia fazer mais perguntas, mas se lembrou que os lobos brancos mandavam seus filhos não lobos embora quando esses ainda eram crianças. Isso explicava por que tantas mulheres.
– Vocês mandam os meninos não lobos embora, mas por que não mandam as mulheres? Elas também não são lobos... – Quando se deu conta, Chad já havia feito a pergunta. Jeffrey pareceu não se ofender.
– Logo você vai entender, querido. – Jeffrey apertou sua mão. – Agora vamos ver o alfa.
Quando passaram pelas mulheres, Chad reparou em uma mulher de cabelos loiro escuro que lhe olhou feio. Chad estranhou. Steve e Christian seguiram por outro lado levando suas coisas. Estavam já no meio da vila quando Chad viu o que pensou ser a casa do alfa. Todas as casas da vila eram bonitas, mas diante da que estava no centro, todas pareciam ser relativamente simples. Aquela era a única casa com um estilo diferente e com a fachada pintada de forma colorida e alegre contrastando com as cores mais sóbrias das demais casas. Chad automaticamente se dirigiu para lá, mas um puxão de Jeffrey o fez se virar para uma das outras casas da vila.
– Não íamos ver o alfa? – Perguntou.
– E vamos. – Jeffrey respondeu. – Ele mora aqui. – Jeffrey disse já subindo na varanda de uma elegante casa pintada de azul.
– Se aqui é a casa do alfa, de quem é aquela casa?
– De ninguém e de todos. – Jeffrey deu de ombros. – Ali é meio que um centro social. Serve de escola, posto médico, biblioteca e auditório de reunião da vila.
– Ah... Mas eu pensei que sendo alfa, ele moraria numa casa melhor...
– Por quê? Ele é tão lobo quanto qualquer um de nós...
Antes que Jeffrey batesse na porta, ela se abriu e uma moça loira de olhos verdes profundos saiu da casa.
– Jeff! – Ela gritou antes de dar um abraço apertado no lobo. – Bom te ver! E esse deve ser o Chad... – Ela lhe deu um abraço também. – Eu sou Mackenzie, mas pode me chamar de Kenzie.
– Você é irmã do Jensen! – Chad constatou. – É a cara dele...
– Somos quase gêmeos. – Ela brincou sorrindo de um jeito que lembrava muito o do ômega. – Mas entrem. Meu pai está esperando... Eu vou indo. Té mais!
Ela passou por eles meio agitada. Estava vestida de forma bem social, terninho rosa e meias de seda, mas usava botas. No braço ela levava uma bolsa grande ainda meio aberta de onde se podia ver um par de sapatos de salto enfiados lá. Chad deduziu que ela usava as botas por que teria que caminhar pela floresta até o celeiro que servia de garagem para os lobos.
Eles entraram. Ali viram uma morena baixinha correndo atrás de um garotinho de mais ou menos três anos. Quando os viu, o menino parou para estudá-los e a mulher o tomou nos braços.
– Peguei! – Gritou. Ao vê-los ali, ela sorriu. – Oi, Jeff! Esse é o Chad? Ele é lindo!
– Obrigado. – Chad corou.
– Eu sou Kristen e esse é o Luck. O Roger está esperando na sala...
– Prazer. – Chad foi atrás de Jeffrey até a sala onde o alfa se encontrava sentado tranquilamente numa poltrona assistindo a uma partida de futebol. Antes mesmo de vê-los, Roger Ackles desligou o aparelho e sinalizou para que se sentassem no sofá.
– Seja bem vindo, Chad! – O lobo abriu um sorriso. – Você era muito esperado.
– Obrigado. – Chad estava nervoso. Nunca antes ficara tão perto do lobo. Bom, só uma vez, em um restaurante em Seatle. Mas seu alfa e o outro beta estavam ali também. Agora só havia Jeffrey ao seu lado.
– Vai ser meio complicado para você se acostumar conosco. – Ackles disse. – A vila é diferente, as pessoas são diferentes e nossos costumes, então... Mas faremos o possível para que sua adaptação seja tranquila. Sei que deve ter um monte de dúvidas. Pode perguntar o que quiser.
– Bem... – Já que estavam lhe dando a oportunidade... – Por que vocês mandam os meninos não lobos embora e as meninas ficam? Elas não se transformam em lobo, transformam?
– Ah, não! – Ackles gargalhou. – Se elas pudessem se transformar em lobo, minha filha Kenzie seria o próximo alfa, não o Luck, por que, Meu Deus, aquela garota... O que acontece é uma troca. Nós precisamos delas para gerar filhos, é claro, e para nos manter em contato com os humanos e elas precisam de nós para protegê-las.
– Protegê-las? Isso parece tão...
– Machista? – Ackles não pareceu ofendido. – Seria se elas não fossem filhas de lobos brancos. Há magia em nosso sangue. Até no delas.
– Cientificamente falando, os mesmos genes dos...
– Esqueça sua ciência. – Ackles o cortou. – Aqui lidamos com magia pura e simples. Nossas mulheres possuem nossos dons, mas de uma forma latente. O cheiro delas atrai predadores.
– Predadores? – Chad perguntou em tom cético.
– Você não faz ideia das criaturas que existem na noite, lobinho. – Ackles se recostou na poltrona. – Nos as protegemos, elas nos dão filhos e nos ajudam a nos relacionar com os humanos. Todo mundo sai ganhando...
– E não podem ficar com os meninos por quê? – Chad insistiu.
– Os meninos não lobos são diferentes. – Ackles fechou os olhos por um instante como se estivesse relembrando algo doloroso. – Os dons deles são tão fracos que não precisam de nossa proteção, além disso, eles mínguam nossas possibilidades de gerar lobos. Nunca um não lobo gerou um lobo com uma de nossas mulheres. E como lobos são cada vez mais escassos... Temos que diminuir a concorrência. Esse é o caso.
– É injusto. – Chad taxou.
– O mundo não é justo. – Ackles rebateu. –Mais alguma pergunta?
– Que tipo de contato as mulheres têm com os humanos?
– Elas são nossas intermediárias... Algo como relações públicas. – Chad franziu as sobrancelhas em dúvida. O alfa resolveu explicar melhor. – Como eu já lhe disse, aqui lidamos com magia. E os humanos pagam para que usemos nossa magia em seu beneficio. Faziam isso desde antes de virmos da Europa perseguidos por sermos acusados de bruxaria e satanismo. As famílias humanas mais antigas e mais ricas conhecem nosso poder, ainda que não saibam que somos shifters. Elas nos consideram místicos... Bem... Os humanos entram em contato com as mulheres, elas combinam o serviço e o preço. Na data marcada um lobo vai, faz o trabalho e elas recolhem o pagamento e dividem. Vinte por cento para a intermediária, trinta para o lobo que fez o serviço e cinquenta para a matilha. Pronto.
– Mas que tipo de serviço mágico vocês fazem? – Chad ainda custava a acreditar.
– Você viu o que o Misha fez com o não lobo aquela noite, não viu? – Ackles o lembrou. – Misha era o nosso mago da memória.
– Os humanos pagam para ter memórias apagadas? – Chad se surpreendeu.
– Às vezes sim, mas na maioria das vezes eles querem relembrar coisas esquecidas por traumas ou malefícios. – Chad olhou indagadoramente para Jeffrey. – Ah, Jeff é nosso guru do amor. – Ackles sorriu divertido. – Ele prevê o futuro amoroso das damas. É o nosso mago mais requisitado.
– Ei, fui eu quem mais enriqueceu a matilha, lembra? – Jeffrey queixou-se de brincadeira.
– E Jensen? – Agora Chad estava curioso.
– Jen identificava e purificava objetos amaldiçoados. – Ackles respondeu.
– Eu esperava mais de um ômega... – Chad ficou meio decepcionado.
– Jen, nunca teve os dons de ômega desenvolvidos. O dom que ele usava... – Ackles deu de ombros. – É o mesmo dom que o meu.
– Ah... – Chad ficou constrangido.
– Mais perguntas?
– Acho que não...
– Se pensar em mais alguma coisa, pode vir me procurar. – Ackles disse. – Jeff não é muito de dar explicações...
– Obrigado.
Chad e Jeffrey se despediram de Ackles e foram embora. Jeffrey o conduziu até uma casa não muito longe da casa do alfa. O tempo todo ele segurava sua mão. A casa de Jeffrey possuía o mesmo estilo arquitetônico das demais casas, mas a fachada era toda de azulejos azuis antigos estilo barroco e o arco das janelas era de tijolos coloridos. Assim que entrou na casa, Chad sentiu um cheiro agradável de carne assada. Uma moça veio recebê-los.
– Então, você é meu padrasto? – Ela sorria de um jeito tão encantador que fazia Chad ficar meio sem fôlego. Não havia dúvida. Era filha de Jeffrey.
– Chad, essa é Dabria, minha lobinha. – Jeffrey a apresentou.
– Prazer. – Chad estendeu a mão, mas assim como a filha do alfa fizera, Dabria o puxou para um abraço.
– Sem cerimônia. – Ela disse. – Somos família agora.
Duas outras moças pouco mais velhas que Dabria também vieram recebê-lo. Seus nomes eram Lucinda e Tory. Ambas eram filhas de Jeffrey. Os cinco jantaram um cordeiro assado que Dabria preparou. Após o jantar, ficaram um tempo apenas conversando. Lucinda e Tory eram casadas com lobos dali. Dabria era solteira e morava com o pai. Havia mais uma filha, Madeline, mas ela era casada com um lobo de outra matilha. Todas eram muito parecidas e ao mesmo tempo diferentes. Explicaram que cada uma possuía uma mãe diferente. Chad ficou meio confuso. Jeffrey não era gay? Como um gay podia ter tantas filhas? Será que ele já havia sido casado?
Quando escureceu, Lucinda e Tory foram para suas casas e Dabria disse que iria dormir na casa do alfa, pois ela e a filha dele fariam uma festa do pijama. De repente, Chad se viu a sós com Jeffrey.
– Já te mostrei a casa? – Jeffrey perguntou.
– Já. –Haviam feito um pequeno tour pela casa ao chegarem.
– E o nosso quarto? Já te mostrei onde vai dormir?
– Ainda não... – Chad disse timidamente.
Jeffrey estendeu a mão e Chad a segurou. O lobo branco, então, o conduziu até o quarto principal da casa. Era um lugar espaçoso, mas decorado num estilo bem masculino, como se nunca tivesse sido habitado por qualquer mulher.
Chad abriu um sorriso ao ver a cama Queen. Teriam espaço de sobra... Jeffrey se aproximou dele por trás e o envolveu em seus braços. Chad deitou a cabeça para trás, pousando-a no ombro de Jeffrey.
– Você não sabe o quanto esperei por isso... – Jeffrey sussurrou em seu ouvido.
– E eu, então...?
Jeffrey pousou os lábios no lóbulo macio de sua orelha, depois a mordiscou. Chad se largou em seus braços deixando que todo o peso do seu corpo fosse sustentado por eles. As mãos de Jeffrey passearam por seu corpo o despindo lentamente. Chad se deixou despir e quando estava nu se virou para que seu lobo o visse inteiramente. Os olhos de Jeffrey, cheios de luxúria, o devoraram. Chad, então, voltou a se colar contra seu corpo. Seus lábios buscaram os dele e logo se viram presos num beijo profundo e molhado. As mãos de Jeffrey acariciavam sua nuca enquanto as suas procuravam despi-lo. Quando Chad o livrou totalmente de suas roupas, se ajoelhou diante dele.
– Eu te desejo tanto... – Sussurrou com a voz rouca. Os olhos de Jeffrey se estreitaram na antecipação do prazer oferecido.
Chad mordeu o lábio de nervosismo. Não era nenhuma garotinha virgem e aquela não era a primeira vez que faria aquilo, mas com Jeffrey tudo era diferente. Ele se sentia uma donzelinha inexperiente e temerosa de desagradar seu primeiro homem.
Quando as mãos de Jeffrey pousaram em sua cabeça e seus dedos se afundaram em seus cabelos numa carícia suave, todo medo passou. Chad abocanhou o sexo túrgido diante de si. Suas mãos foram parar entre suas pernas encontrando os testículos ansiosos por atenção. Seus lábios ora faziam uma sucção suave e lenta, arrancado gemidinhos de Jeffrey, outrora o sugavam com força fazendo-o quase gritar. Sua língua passeava pela glande e seus dedos brincavam com seus testículos. Jeffrey retribuía afagando seus cabelos e o chamando de "lindo", "meu lobinho", "meu amor" e "minha lua".
Chad já fora chamado de muitas coisas na cama. Muitas coisas até mesmo baixas que na hora o haviam enchido de tesão, mas que, após o sexo, o fizera se sentir péssimo. Mas com Jeffrey não era assim. Sua voz era tão meiga e apaixonada que até mesmo se ele estivesse o insultando, cada palavra soaria com uma jura de amor. Ainda assim, Jeffrey só possuía palavras doces para ele.
Sentiu as mãos de Jeffrey se fecharem com mais força contra seus cabelos e logo irem para os seus ombros o puxando, levantando-o. Chad se deixou levantar e logo ele compartilhava boca a boca com Jeffrey seu próprio gosto. O lobo o conduziu até a cama e o deitou ali. Chad se esticou na cama e recebeu entre as pernas o rosto de Jeffrey que aspirava profundamente seu cheiro. Quando sua língua deslizou por seu sexo, apenas instigando-o, Chad não pôde conter um gemido alto. Jeffrey abocanhou seu sexo e começou a sugá-lo com força, como se estivesse sedento por seu gosto. Chad levou as mãos aos seus cabelos acariciando-os.
Mas Jeffrey não se demorou muito em seu sexo. Logo ele afundou o rosto entre as carnes macias de suas nádegas enfiando a língua em sua entrada. Chad se retesou. Aquilo era um sonho... Quanto mais Jeffrey o chupava, mais ansioso Chad ficava pelo momento em que seria penetrado, mordido e reclamado como seu companheiro. Esperara tanto por isso. As mãos de Jeffrey tatearam sobre a cômoda ao lado da cama e alcançaram um tubo de lubrificante que ele abriu imediatamente e despejou seu líquido sobre os dedos. Chad abriu mais as pernas para que os dedos de Jeffrey entrassem mais fácil. Jeffrey começou enfiando apenas um. Mas não era o bastante. Chad tomou sua mão e o fez enfiar mais um. Com os dedos dentro dele, Jeffrey começou a abri-los e fechá-los como se fossem uma tesoura. Chad gemeu extasiado. Jeffrey sabia bem o que estava fazendo.
Quando decidiu que Chad estava esticado o bastante, Jeffrey retirou os dedos, despejou lubrificante em seu próprio sexo e posicionou-se para entrar. Seus olhos buscaram os de Chad em busca de consentimento. Chad sorriu. Se Jeffrey demorasse um pouco mais, teria que ele mesmo tomar o sexo de sua mão e forçá-lo para dentro de si. Jeffrey, então, o penetrou. Foi lento, suave. Seu sexo ganhando gentilmente cada pedacinho de seu íntimo. Quando se viu inteiro dentro dele, Jeffrey alisou suas pernas o mimando. Chad entrelaçou seus dedos aos de Jeffrey e sorriu de um modo sugestivo indicando que Jeffrey já podia se mover. Jeffrey entendeu bem o que ele queria e começou a penetrá-lo com força num ritmo que o tinha gemendo e rebolando no mesmo lugar. Suas estocadas eram firmes e sempre acertavam aquele ponto que fazia Chad revirar os olhos de prazer. O lobo branco realmente sabia como fazer. E como sabia...
Quando as estocadas ficaram mais rápidas e mais intensas, Chad já mal sabia mais qual era seu nome. Tudo o que saia de sua boca eram gritos de prazer que o faziam ficar agradecido por Dabria estar dormindo na casa do alfa. Já estava vendo estrelas quando ouviu as palavras que o fizeram gozar como nunca antes.
– Chad, eu te amo!
Jeffrey gozou logo depois e deixou que seu corpo resvalasse sobre o dele. Chad o enlaçou em seus braços. Seus lábios pousaram de leve em sua testa suada. Ficaram ali assim, apenas ouvindo o arfar suave um do outro. Chad já estava achando que tudo era lindo e perfeito quando se lembrou de algo. Jeffrey não o mordera. Jeffrey não o reclamara como companheiro. Por quê? Antes, tudo bem. Eles estavam separados pela rivalidade de suas matilhas, mas agora Chad largara tudo para ficar com ele. Jeffrey não tinha razão para atrasar a reivindicação. A não ser... Chad gelou com esse pensamento. A não ser que Jeffrey não tivesse a menor intenção de reivindicá-lo. Seria esse o caso? O coração de Chad se encolheu dentro do peito.
