As compras

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sempre podiam ficar para depois.

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Para a Natalie, que me diverte todos os dias. Pegael, gatz.

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Certa vez, em um passado distante, reza a lenda que Gregory House havia sido uma pessoa feliz. Sendo assim, como toda pessoa feliz, ele possuía coisas que gostava e odiava – não necessariamente nessa ordem – fazer. Dentre essas coisas, existiam três em especial que acabavam com o humor do médico:

a) Ser acordado no meio da noite pelo barulho do bip para uma emergência no hospital;

b) Ser incomodado pelo entregador de pizzas enquanto está no meio do sexo com Stacy;

c) Ser acordado pela mesma para fazer compras aos domingos.

Certamente, se tivesse que escolher a pior delas – ao menos naquele momento – seria a terceira, pois Stacy o despertava com um safanão, puxando os lençóis que cobriam seu corpo.

- Vamos, Greg, você disse ontem que iria comigo às compras. Estou esperando. – a voz autoritária da advogada soava como um alarme de incêndio nos ouvidos de House. Tinha a impressão de que isso se devia ao fato de ter exagerado... um pouco no whisky na noite anterior.

- Stacy, não podemos deixar para amanhã? Ou mais tarde? Finalmente consegui uma folga e quero aproveitá-la com minha querida companheira. – murmurou manhoso, abraçando-se ao travesseiro que ela puxava com as duas mãos.

- Sua.. – fez uma pausa, puxando o travesseiro com força - ...querida companheira... – fez mas força - ... quer fazer compras!

Ao que House largou o travesseiro, Stacy, como bem dizia a segunda lei de Newton, voou de encontro ao armário onde bateu as costas com força equivalente ao seu puxão. Isso, é claro, serviu para diminuir seu humor.

- Stacy...

- Diga, Greg.

A entonação na voz dela dizia a House que deveria medir bem suas palavras. Era uma pena que sua língua afiada pensava muito diferente disso.

- Eu estava falando da cama.

-...

É necessário deixar bastante explicita a pausa de cinco minutos que houve entre esse momento e a cena seguinte. Na mente de House, ele imaginava que podia ter se levantado, feito sua higiene matinal e quem sabe até mesmo tocar algo no piano? Na mente de Stacy, apenas um furacão destruidor de médicos metidos a espertinho.

- Cinco minutos para você estar pronto e no carro. – ela ergueu-se, pronta para sair do quarto quando sentiu os braços dele lhe envolverem a cintura. – Greg, eu já disse...

- Tem mesmo certeza que quer fazer compras agora? Sabe que sou melhor pela manhã. – ele abriu um sorriso maldoso e mordeu-lhe a orelha em um ponto que sabia causar arrepios à ela.

Stacy, advogada formada e seguidora fiel de sua rotina, respirou fundo. As compras estavam programadas, devia fazer as compras, os beijos desciam para seu pescoço...

- Acho que alguns minutos não farão diferença. – ela virou-se para ele e o empurrou de volta para a cama, ficando sobre seu corpo.

Talvez, pensava ela, pudesse ralhar com ele mais tarde quando descobrisse o tamanho da fila do mercado por não terem ido mais cedo. Mas com Gregory House em sua cama, as compras sempre podiam ficar pra depois.


N/A:

Tenho a impressão de que as minhas insânias estão se tornando cada vez piores e – ou – mais pervertidas. Não sei, talvez seja apenas impressão também. É. Enfim.

Eu disse à Nata que faria algo bobinho com House e Stacy pra ela, porque realmente não consigo imaginar uma situação séria entre os dois. Foi bem bobinho e curtinho, mas espero que você goste, mon amour S2

30cookies, tema 07. compras

P.S: Eu queria um Gregory House na minha cama D8

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