Ae, gente, esse é o meu primeiro fic que eu publico, espero que gostem. Sakura e cia estão com 23 anos e estamos no mês de fevereiro.
E A VIDA CONTINUA...
Capítulo um: gotas de problemas
Era domingo pela manhã e, como de costume, Sakura ia para o templo rezar. Fazia duas semanas que não tinha notícias de Shaoran, que partira para Hong Kong em uma batalha em defesa de sua família (ela estava indo ao templo todo dia, coloquei domingo só por colocar). Ele não quis que ela fosse, não queria arriscar. Sakura o ouviu, pela primeira vez na vida, diga-se de passagem, e ficou esperando seu retorno. Mas algo havia mudado nela naquelas duas semanas: ela descobrira que estava grávida dois dias depois da partida dele. Ela não ligou, ele disse que ligaria assim que pudesse, mas passaram-se duas semanas e nada. Eles haviam se casado nove meses antes, e estavam muito felizes juntos. A partida dele a abalou muito, ela pensara que nunca mais teria que passar um dia sequer longe dele. Como se enganara, corria o risco de nunca mais vê-lo.
Yukito sempre a olhava de longe, todo santo dia, na mesma hora ela estava lá. Ele se preocupava com o estado de saúde de sua dona, desde que Shaoran partira, ela não era a mesma. Ele a via chorar com um peso no coração, não podia fazer nada para confortá-la. Mas nesse dia outra pessoa se aproximou dela, era Eriol. Eriol vivia em Tomoeda há muito tempo. Ele e Meiling se casaram pouco antes de Sakura e Shaoran.
- Sakura, posso conversar com você? – perguntou o jovem médico.
- Fale, Eriol. – ela secou as lágrimas.
- Vamos para outro lugar.
- Não, ainda não acabei o que vim fazer. Diga logo. – insistiu a jovem.
- Sakura, o que pretende fazer? Shaoran te prometeu que voltaria, não fique assim.
- Ele também me prometeu que ligaria e até hoje nada.
- Ele deve ter um bom motivo, Sakura.
- Ele pode estar morto, Eriol! – ela caiu em lágrimas.
- Não, ele não está. – disse Eriol. – Yelan teria nos avisado. Além disso, vocês dois têm uma ligação muito forte, você sentiria algo se ele corresse perigo eminente.
- Pode ser, mas essa possibilidade ainda existe, você sabe.
- Mesmo assim, Sakura não se angustie. Pense no mal que essa depressão pode fazer ao bebê.
- Não me peça para esconder o que sinto, Eriol. Sabe bem que não posso esconder meus sentimentos dessa forma. Eu só não entendo como tudo isso acontece logo agora. – nessa hora, Sakura começa a sentir uma imensa falta de ar e desmaia.
- Sakura! – Eriol a segurou antes que caísse no chão. – Yukito, me ajude!
Os dois levaram Sakura para um hospital próximo onde Eriol pôde verificar o que acontecera com Sakura. Felizmente não era nada, ela somente se sentiu um pouco mal, nada que um pouco de descanso não curasse. Sakura acordou lá pelo começo da tarde e viu Eriol, Yukito, Meiling e Touya em volta da cama.
- O que aconteceu? – perguntou, meio tonta.
- Você passou mal no templo, eu e Yukito te trouxemos para cá.
- E o que eu tenho?
- Nada demais, você só sentiu um pouco de falta de ar. Pode ir para casa se quiser.
- É o que eu vou fazer. – ela se levantou da cama e todos saíram do hospital com ela.
Eles a deixaram em casa, era uma casa razoavelmente grande, com dois andares e branca. Ela e Shaoran escolheram essa casa um pouco antes do casamento, era próxima ao templo e à casa de Eriol. O ponto estratégico perfeito para os dois. Ela entrou em casa e foi logo para seu quarto. Não pensou duas vezes antes de arrumar suas malas e esperar que Eriol adormecesse para que ela pudesse ir para o aeroporto sem que ninguém notasse. Eriol poderia sentir sua presença então ela esperou que ele dormisse para ir. Yukito também, mas este nada poderia fazer contra a vontade dela já que poderia ser facilmente impedido de sair de casa se assim ela desejasse. Dez e meia ela saiu de casa, comprou a passagem no aeroporto e embarcou para Hong Kong. Sakura não dormiu por um minuto, se concentrava cada vez mais na cidade que se aproximava, na aura dessa cidade. Uma aura esplendida, humilhava a fraca aura que envolvia Tomoeda. Não era para menos, o lar do clã Li teria muitas pessoas que possuíam magia poderosa. O que a espantou é que não havia sinais de batalha, todas as presenças estavam calmas, com exceção de uma, que Sakura reconheceu na hora. Shaoran estava lá, ela sabia exatamente onde. Pensava para onde ir, onde Shaoran estava era tentador, mas iria esperar um pouco para analisar a situação. Sakura sabia que era uma cidade perigosa, ela com tantos poderes mágicos no meio de uma cidade completamente estranha. Foi para um hotel, por fim. Passou uma noite calma, dormiu melhor por saber que Shaoran estava bem.
Na manhã seguinte, tomou um ótimo café no hotel e logo foi atrás de Shaoran. Chegou em uma enorme mansão. Olhou na placa em frente da mansão e leu "Mansão Li". Chegara no local certo, enfim. Ela apagara sua presença desde que saíra do hotel, então a liberou com força total em frente ao portão. Logo uma empregada veio recebe-la.
- A senhora Li a espera. Acompanhe-me.
- Obrigada, mas eu sei onde ela está. Posso ir por mim mesma. – Sakura entrou na mansão com o passo apressado e chegou ao escritório onde Yelan Li se encontrava. – Bom dia. – disse Sakura, séria.
- Bom dia, sente-se, por favor.
- Não, obrigada. Tenho pressa e a senhora sabe do que vim atrás. Não sairei daqui sem Shaoran.
- Então pretende ficar aqui conosco para sempre?
- Shaoran sai comigo desta mansão hoje mesmo.
- E se ele não quiser ir?
- Essa probabilidade não existe, só a agitação em que ele estava quando cheguei à cidade ontem de noite já me diz que ele não mudou seus sentimentos em relação a mim.
- Sério? – ela estalou os dedos e Shaoran entrou na sala.
- Sinto muito, Sakura, mas percebi que não posso viver mais em Tomoeda contigo. Meu lugar é aqui. – Sakura o fitou com atenção por alguns instantes e depois soltou uma gargalhada, uma gargalhada sem emoção alguma, que não combinava com o feitio doce dela.
- Acha mesmo que iria me enganar com um truque tão estúpido? Está me subestimando demais, não sabe do que sou capaz. – Sakura estalou os dedos e Shaoran desapareceu, revelando a magia que havia sido feita para que ele parecesse real. – Amo e observo Shaoran desde os onze anos, consigo distinguir ele de uma magia. Além disso, Shaoran nunca me diria algo assim.
- Certo, então parece que não tenho outra escolha, a não ser destruí-la antes que destrua tudo o que estou tentando conservar.
- Está enganada, não quero destruir nada. A única coisa que quero é ter a pessoa que amo comigo. A senhora que está destruindo minha vida o mantendo preso aqui.
- Por que não entramos em um acordo?
- Minhas exigências são poucas, simples e não negociáveis: Quero que liberte Shaoran e nos deixe em paz!
- Não vai conseguir isso.
- Ah eu vou. – ela saiu decidida da sala e foi para uma ala escura e bem vigiada da mansão. Passou pelos "guardas" nocauteando todos com poderes simples e chegou em uma porta que estava trancada por uma magia poderosa. Sakura desfez a magia com facilidade e viu Shaoran amarrado em um canto. – Você está bem? – ela o desamarrou e tirou a fita que o impedia de falar.
- Estou. Como não caiu na magia que minha mãe fez?
- Você acha que um feitiço tão simples poderia me enganar, principalmente quando se trata da pessoa que eu amo?
- Parece que não.
- Escute bem, senhorita, não vai tirar Shaoran daqui. – disse Yelan, da porta do quarto.
- Está muito enganada se pensa que vai me impedir. – disse Sakura, tomando posição de batalha.
- Parece que vai ter de entender isso na marra. – Yelan se posicionou também.
- Mãe pare, por favor! – berrou Shaoran.
- Shaoran, não se meta nisso. – disse Yelan.
- Mas...
- Shaoran, pode deixar, não vou desistir tão fácil. – disse Sakura.
- Sakura, sua magia já está debilitada. Não pode lutar assim. – disse Shaoran, preocupado.
- Não se preocupe, essa fraqueza tem justificativa. – disse Sakura. – Shaoran, queria te contar isso em uma ocasião mais adequada, mas parece que pode ser minha única chance: estou grávida.
- Como?! – perguntou Yelan, estupefata.
- Sakura, isso é sério? – perguntou Shaoran, bobo.
- Nunca falei tão sério na minha vida, amor.
- Sakura, meu anjo, você não pode lutar assim.
- E ela nem precisa. – disse Yelan. – Após chegar a esse ponto, não tenho mais como separar vocês e nem teria coragem para matar essa criança.
- Mãe, a senhora não precisa nos separar. Vou continuar sendo seu filho sempre, poderemos vir visitá-la e você pode ir nos ver no Japão. Não é, Sakura?
- Claro que sim. Sem problemas. – disse Sakura, sorrindo.
- De quem é essa presença? – perguntou Yelan ao sentirem a presença de Eriol em frente da mansão.
- Eriol ficou preocupado comigo. – disse Sakura. – Não se preocupe, senhora, é só um amigo.
- Sakura! – Eriol entrou correndo no quarto. – Você é louca?
- Acho que sim, desculpe. – disse Sakura.
- Clow... – Yelan arregalou os olhos.
- Ah, parece que é a última pessoa que faltava. – disse Eriol.
- Ah, Eriol, não reclama. – disse Sakura.
- Sakura, quando você soube do bebê? – perguntou Shaoran.
- Dois dias depois que você veio. Você me pediu pra não ligar e nem vir, mas eu não tinha notícias suas.
- Desculpe, eu não tinha idéia... – disse Yelan.
- Não se preocupe, só estava tentando proteger a pessoa que ama. Sei que minha vida é bastante agitada e qualquer um que conviva comigo corre perigo também. Não me arrependo de ter aceitado me casar com Shaoran, mas posso dizer que hesitei muito antes de aceitar. – nessa hora, Shaoran a abraçou. – Agora sou a mulher mais feliz do mundo.
- Você hesitou? Pelo que me lembro aceitou um segundo depois que te propus. – disse Shaoran.
- Eu sabia que você ia me pedir em casamento, pensei muito e acabei me decidindo. – nesse momento a expressão dela ficou muito séria. – Espere um segundo, que presença é essa? – ela sentira uma presença extremamente forte.
- Quando disse que havia uma batalha iminente aqui em Hong Kong, não foi uma total mentira. – disse Yelan, saindo do quarto, correndo para a frente da mansão seguida por todos.
Esse é o primeiro capítulo do meu primeiro fic. Espero que tenham gostado. Sei que peguei um ângulo meio forçado, a Yelan desistiu muito fácil, eu sei, mas muita água ainda vai rolar nesse fic. E quem não gostou, me avisa q vou tentar melhorar o fic, mas se ninguém me falar nada eu não vou saber, né? Qualquer sugestão, dúvida, ou crítica é bem-vinda (principalmente sugestões) me mandem um mail (stella_oro@terra.com.br) ou postem um comentário. Queria agradecer a Hime Hiiragizawa que me incentivou a começar essa fic. Bjs, Hime, te adoro.
