Capítulo Um
Se algum dia alguém conseguiu me tirar a santa paciência, esse dia chegou mais rápido que eu tinha previsto. Quero dizer, depois de ser empregada, garçonete e também secretária em várias empresas, eu finalmente consegui o que tanto ansiava... Ser uma das secretárias da Corporação Asakura. Secretária, acredita? Meu deus, porque o azar me persegue?
Só que eu não imaginava o que veria á seguir. Eu estava tranqüila em minha mesa, digitando algumas coisas que eu deveria ter feito á alguns seis minutos. Isso até a porta ser aberta pelos seguranças e os olhares de meus colegas de trabalho se dirigirem discretamente na pessoa que entrava elegantemente no prédio. Eu não o tinha visto, já que a minha preocupação era acabar aquele planejamento de uma vez e ir direto para casa.
Até que eu ouvisse um riso zombeteiro vindo atrás de minha nuca. E com toda a curiosidade que se concentrou na minha mente, eu me virei para ver qual era a criatura que estava me olhando com ar superioridade.
Na verdade, não era aquela criatura, mas aquele deus grego. Um homem de vinte e seis anos – dois anos a mais que eu mesma. – me olhava com arrogância com seus olhos azuis cintilantes. Seus cabelos azul-escuros estavam muito bem arrumados – mas ainda com alguma rebeldia, mas era isso que lhe dava o poderoso charme. – com uma franja que caía sob os olhos de tons mais claros que os cabelos. E usava um paletó, além de um relógio de prata e o seu típico óculos.
Ami Bidouji, minha colega de trabalho – uma tímida loirinha que tem dois anos de experiência. – fez um sinal que ele tinha alguma importância a mais que a minha.
Foi aí que me toquei que o tal deus grego era o chefe da Corporação Asakura, Keiichi Asakura, o tal T.P.D. (Tirano, Perverso e Deus-Grego) que comentaram antes dele aparecer. O cara era famoso na empresa por ser um tirano – visto que eu, Sakura Hoshina, teria que lidar com um homem de paciência zen. – e também elogiar´ seus empregados – o que não é exatamente que você pode pensar, já que ele não elogia. Maltrata mentalmente, isso sim. Isso foi o que eu ouvi de minhas colegas. -, mas ele se mantém na empresa por sua aparente inteligência. Será?!
Eu não falei com ele na entrevista, já que falei com o pai dele. O meu querido chefinho estava em uma reunião das as empresas aliadas.
E voltando onde estávamos... O meu chefe sorriu para mim, mas ainda com seus olhos com um visível brilho que parecia querer rir de mim. Eu logo pensei quando vi o fato: Esse trabalho não vai dar certo.
Além de eu ODEIO humilhação. Herança paterna.
- Então você seria a Hoshina? – perguntou ele, com o seu tom calmo e ao mesmo tempo arrogante.
Wow, ele sabe quem eu sou ou não sabe? Eu falo isso porque TINHA uma foto minha no meu currículo que certamente Asakura-sama deveria ter visto. Pensamentos ecoavam na minha cabeça confusa, se eu ia ser secretária de um cara não-esperto.
Eu tenho que dar o braço á torcer para o meu irmão que ser secretária aqui não era uma boa idéia. Eu pensei que era por causa de algo dos meus colegas, mas eles eram gentis. Só que o chefe era aparentemente diferente das pessoas de seu redor. Isso porque notava-se que seu sorriso era de plástico., o que indicava que não é o tipo de chefe que eu adoraria ter – apesar do corpo e aparência bonita que parecia á de Apolo - . Mas não vou cair nessa.
Ele sabe dois mais dois? Não sei, já que não sou um jovem adulto rico que é chefe de uma corporação.
- Sou sim, Asakura-sama. – sorri, falando estas palavras na maior falsidade. – Alguma coisa que eu possa fazer pelo senhor ou está saindo de alguma reunião para me cumprimentar?
Acho que isso foi o suficiente para que eu sentisse que ele não iria gostar de mim tão facilmente. Isso era visto em seus olhos azuis muitíssimo bem, tal como seus punhos estavam cerrados. Isso é o que ocorre quando se mexe comigo.
Apenas me diverti mentalmente quando ele me deu aquele olhar de implicância e ódio. Os meus colegas apenas observavam a cena, atenciosamente.
O mais legal era que eu queria ser demitida daquele lugar.
- Não, nada, Hoshina. – disse o meu querido chefe. Querido não, odiado.
- Então tudo bem, chefia. – eu falei calmamente, mas sem nenhuma emoção. Esperei que o T.P.D. pudesse entrar em sua sala particular para eu suspirar de alívio.
Foi quando Ami me mandou um e-mail.
ElleFan: Sakura, eu acho que você não entendeu o que eu quis dizer. Sobre ele ser o chefe.
SakuraHoshi: Você ACHA que eu daria todo o direito daquele meu querido chefe cara-de-pau tirar satisfação de mim? Pelo amor de Kami-sama, parece que nem olhou o meu currículo. Quero dizer, eu tenho certeza que o T.P.D. não aprendeu á ler o meu nome. E ah, é proibido trocar mensagens. Já pensou se ele olhar o que a gente está fazendo?
ElleFan: Que o idiota do T.P.D. se dane. Sakura, você é nova por aqui e por isso que eu acho que ele não vai te vigiar tanto assim.
SakuraHoshi; Não vai? Oh, querida, eu conheço muito bem o fator chamado ódio que está impregnando o Sr. Asakura. Vamos falar de outro assunto que não SEJA o Sr. Asakura? Só de pensar nele me dá a vontade de ir até ele para dar uns tapas. Se ele não fosse o meu chefe, claro.
ElleFan: Eu acabei – finalmente – o planejamento. Então, Sakura, você tem algum homem em sua vida? Ou você nunca namorou?
SakuraHoshi: Não namorei, na verdade. Quero dizer, eu tenho a maior ocupação com trabalhos, e mal tenho tempo para conhecer alguns gatos em Tokyo. E quem pode substituir os caras americanos? Quero dizer, eu vivo assistindo alguns seriados. Bem, eu ser a secretária do T.P.D. não é lá coisa boa de se falar. Além que a Aoi está uma verdadeira piranha hoje. Ela deu em cima do T.P.D.! DO NOSSO CHEFE! Quem de tal inteligência teria raciocínio para tal coisa?
ElleFan: Você tem que admitir que a coisa boa de ter o T.P.D. como chefe é que ele sempre fala da incompetência dela – da Aoi. – sobre o fato de ela ter tido vários namorados. Mas também, o T.P.D. é belo. BEM belo á ponto de uma garota que não o conheça direito gostar dele perdidamente.
SakuraHoshi: Eu NUNCA vou namorar o T.P.D. Nem se ele for o último homem da Terra INTEIRA. Porque eu não sou uma da lista de Mulheres que Não Tem Inteligência Suficiente para Saber que o Asakura é um Cara-de-pau. E aiaiai, eu estou louca para ver Charmed. E ah, acabei o relatório de planejamento.
ElleFan: Você gosta do Cole, não é? Porque eu estou vendo da minha mesa a foto dele.
SakuraHoshi: Ami, não fale NADA disso para ninguém.
ElleFan: Está bem, eu não falo. Mudando de assunto, Sakura-san, você sabe quando o cara da sua direita vai sair? Ele é um gato total.
SakuraHoshi: Infelizmente, ele não vai. Sabe, o Arata é casado, Ami. Ei, você conhece o cara de sua esquerda?
ElleFan: Até você ta querendo falar com ele? Eu...
DirKeiichiAsakura: log on
DirKeiichiAsakura: Desculpem interromper as senhoritas, mas eu devo-lhes lembrar que não é permitido a troca de mensagens sem a minha devida permissão. Srta. Bidouji, por favor, traga-me o planejamento de publicidade. E Srta. Hoshina, venha á minha sala, por favor.
DirKeiichiAsakura: log off
ElleFan: log off
SakuraHoshi: log off
ElleFan: log on
SakuraHoshi: log on
ElleFan: O TIRANO PERVERSO E DEUS-GREGO TEM QUE SER MORTO!
SakuraHoshi: Ou ele tem problemas com os miolos ou é um idiota para ser bastante mal-educado. Será que a esposa dele o agüenta? Nem sei.
ElleFan: log off
SakuraHoshi: log off
É... Seria interessante ver o que o T.P.D. gostaria de falar comigo. Quero dizer, eu sou apenas a secretária dele, certo? Certo. E eu SABIA que ele queria me espionar depois de tudo que ocorreu no ínicio desse dia. Eu levantei-me lentamente da cadeira e lancei um olhar á Ami, que se levantava com um olhar incrédulo. Não sei por que, mas os nossos colegas nos encaravam.
Ela pegou o envelope que continha o relatório e eu fui rapidamente para o pequeno corredor onde no final estava a sala de Asakura-sama. A sala do centro do inferno, resumindo. Estávamos lado-a-lado e não podíamos falar nada senão algum de nossos colegas começaria uma fofoca que chegaria aos ouvidos de nosso chefe. E não sabia coisa á mais do que isso: Ele era realmente um tirano.
Quando iria abrir a porta, eu vi uma figura meio estranha. Uma fadinha de cabelos loiros e asinhas verdes voava no teto da sala, trazendo-me uma carta. E jogou-a do alto para que eu pudesse pega-la. E peguei.
Bem, como posso explicar a minha relação com fadas? Eu não sou deste mundo. Não sou, mas gosto e moro nele. Só que tenho que ter o irritante compromisso de ser a princesa de um mundo mágico chamado Áster. E estava prestes á ser uma rainha. Eu sei bem como é esse negócio de governar – ou coodernar, como é o caso de Asakura-sama. -, porém eu não aprovo a maneira de Asakura-sama.
Antes de eu ir á sala dele, ele tinha gritado cinco vezes. CINCO vezes por apenas A questão de algumas pessoas serem incompetentes e estarem ali á toa. Claro que a Aoi é uma, mas o resto não merecia. Digo, eles estavam muito assustados.
A sorte é que aquela era a segunda vez que eu ia á sala do meu chefe. O T.P.D. não conheço sua maneira de ser, mas sim que as palavras que o definem são certas.
Ele parecia o rapaz mimado. Eu sabia disso porque trabalho em horário noturno como babá dos filhos ricos dos meus vizinhos. E nem todos eram. Ele era o pior.
Ami me olhou apressada, depois para a minha carta.
- Engraçado. – ela disse, sorrindo um pouco, ajeitando os cabelos. – Eu pensei que algum anjo nos noticiou que seríamos mortas antes do inferno chegar.
- Já estamos no inferno, Ami-san. – eu falei. – Além que estamos perto do centro dele.
Ela deu de ombros, com uma cara nem tão preocupada.
- Que os anjos estejam conosco. – ela comentou antes de abrir a maçaneta de diamante da porta da sala do T.P.D. E demos um passo para frente, adentrando na sala dele.
O nosso chefe estava com o celular em um ouvido e digitava com o outro no note book de uma maneira apressada. Era melhor que ele não nos visse naquele momento, já que meus ouvidos estremeciam á cada palavra que saía da boca dele.
Culpa dos gritos estridentes que ele causa. Papai tinha razão sobre que quando se trabalha bastante e mal tem tempo para outra coisa, causa stress. Olha que eu trabalho dobrado e nem tenho. Mas apenas como o chefe, Asakura-sama tinha algo meio perturbador: Paciência zero.
E ele estava já se despedindo do alguém do outro da linha quando seus olhos azuis me fitavam intensamente. Os olhos azuis que eu estava chegando á odiar com aquele brilho sempre zombeteiro. Ele parou de digitar em seu note book, entrelaçou as suas próprias mãos e voltou á posição de respeito. Aparente respeito, mas para mim era outra insinuação que ele queria me ver humilhada. Solução? Fingir que ele não é daquele jeito, mas falar formalmente.
Como ele fosse a estátua do meu avô.
- Senhorita Bidouji, pode deixar o relatório na mesa, por favor. – ele pediu com nenhuma gentileza – mas a falsa gentileza. – para a minha amiga que colocou a pasta e voltou á ficar em pé. – Pode voltar á sua mesa.
Ela se virou para mim com olhar preocupado. Ficar com T.P.D. não devia ser coisa boa para os olhos de Ami perguntarem se eu iria ficar bem. Eu assenti com a cabeça.
Ami suspirou, meio aliviada.
- Srta. Bidouji, pare de bobear e volte para a sua mesa. – disse o mal-educado. Mas ele não é um baita mal-educado?
- Sim, senhor. – quando ele dirigiu os olhos para um objeto de cristal, Ami girou os olhos, literalmente, deu meia-volta e foi para a sua mesa, onde provavelmente xingaria o T.P.D. eternamente. Quem não xingaria? Só a única pessoa que agüentaria ele em todo o mundo.
Porque as revistas de fofocas falam muito dele. E que eu não estou o suportando no primeiro dia, o que é anormal quando isso ocorre comigo.
Droga, ele parece a Miranda do Diabo Veste Prada. Só que na versão masculina, japonesa e jovem. Que ódio.
E ainda bem que não o agüento 24 horas por dia.
- Bem, eu gostaria de saber como que a senhorita está se sentindo em seu primeiro dia de trabalho. – ele disse, ajeitando os papéis. E estava os amassando. Ele estava me odiando.
Legal, eu podia ser despedida. Estava torcendo para isso ocorrer, mas eu tinha que pensar rápido. Isso porque ele veio depois com um de seus sorrisos levemente marotos e colocara levemente os papéis em cima de sua mesa novamente.
E eu ainda nem tinha falado. Ah sim, ele queria me pegar desprevenida. Mas ele não vai pegar não. NUNCA.
- Eu estou me sentindo muitíssimo confortável, Asakura-sama. – e sorri. Um sorriso falso, de plástico. Se eu estava mentindo? Claro que eu estava mentindo para claramente não fazer anda de bobeira diante do Senhor-todo-Poderoso. Ah, mas ele não ganha só de Deus e do americano Bush. Além do imperador, reis e rainhas, presidentes, Deus e Jesus. E se ele fosse asteriano, ele não ganharia de mim.
Mas ele não era, então eu que arque as conseqüências. Mas ao invés dele me pedir para eu fazer alguma coisa ou me xingar diretamente, ele me pedir para eu sentar no elegante sofá da sala. E seu sorriso mudou de maroto para malicioso. Maldito!
Como toda secretária faria, eu me sentei. E xinguei mentalmente aquele ser. Afinal, o que ele estava pensando em fazer comigo?
Nessas horas que eu adoraria papai ao meu lado. Coisa boa: O T.P.D. estava três metros de distância. E lá vem a maldição... Quer saber a má novidade? Ele botou uma cadeira na minha frente, se endireitou quando se sentou nela.
Duas coisas á falar sobre essa ação do Sr. Asakura: Cretino. Desgraça. Eu não me impressionei mesmo, já que ele era um tirano.
E seja do que fosse que ele iria pensar, não era coisa boa. Para ele não, pra MIM. Quero dizer, porque todo o mal vai para cima de mim? Droga.
Minha reação: Fechando as pernas e encarando na tentativa de imaginar-lo com cara de criança. A operação imaginária falhou.
- Pelo que eu vejo da senhorita, algo a está incomodando. Poderia dizer o que seria? – ele perguntou ainda com a maldição do sorriso malicioso.
Só se fosse você, seria a resposta certa, mas não sou íntima dele. Porque isso seria mais um motivo para o cara me demitir diretamente. Por ser uma secretária mal-educada. O que estava começando a me irritar era que ele quer me ver de olho na rua. Calma, pensei, isso não vale á pena. Eu ajeitei docemente – a palavra que aparentemente poderia definir isso. – os meus ombros e a minha coluna como uma boa secretária e falei, tentando sorrir:
- Nada, além que o meu irmão está me esperando na nossa casa. – eu disse. Parte disso era verdade, menos o nada.
- Deve ser algo que deve a incomodar bastante. – disse ele.
Um. Dois. Três. Esse cara tem que MORRER imediatamente. Ele está afetando a minha raiva. Não é a toa que ele seja um Perverso total.
Controle-se, Sakura.
- Oh, não, o meu irmão ele é bem responsável com seus dezesseis anos. – eu disse e era absoluta verdade.
- Eu ouvi algumas reclamações vindos de poucos de seus colegas, mas que me afetaram bastante sobre você. – Primeiro: Isso é boato. B-O-A-T-O. Não estava na cara? – Como você estar morando em três mansões, sendo que uma é de uma de nossas empresas. – O que ele estava pensando? – Por acaso, você andou ligando para algum membro da empresa qual assunto eu possa me interessar?
Silêncio total, mas minha mente trabalha. O QUE ELE ACABOU DE DIZER? Que eu, uma garota que nunca fez tanta coisa de errado, seria uma galinha patricinha? Céus, eu estava realmente no inferno que era comandada pelo homem na minha frente. E não, aquilo que ele tentou falar não era verdade. E nenhum assunto que eu poderia achar divertido ou interessante NUNCA contaria para um canalha como ele.
Nunca mesmo.
- Eu acho que o senhor entendeu tudo perfeitamente errado, Asakura-sama. – respondi com toda a minha melhor falsidade possível. Eu preferia estar falando com o meu tio Jeile do que o ser na minha frente. – Eu não conheço aquela empresa. Por acaso você conhece alguém ou já namorou alguma filha dos Akaii?
Ele estreitou mais os seus olhos azuis, á ponto de explodir. Se eu não soubesse que ele era o meu chefe, eu dava risada. Sério, eu me impressionei comigo mesma. Preciso ter aulas de arrogância com o meu pai.
Droga, ele voltou ao normal.
- Eu não conheço ninguém de lá, exceto que estou conhecendo a senhorita que mora ali. – O idiota falou com o SEU maldito sorriso.
- Bem, já que o senhor já perguntou, eu tenho que sair para ir para a minha mesa e trabalhar na questão de fazer os meus compromissos para o bem da empresa. – eu disse gentilmente. Droga, eu falei gentilmente? Está bem, eu fui meio gentil. E não foi falso. Mil vezes droga.
Quando eu me levantei, eu fui impedida de ir embora pelo braço forte do T.P.D. que me segurava como alguém que tem uma firmeza impressionante. E em seus lábios havia um outro daqueles seus sorrisos maliciosos.
- Então, eu não perguntei outra coisa. - ele disse. Apenas fiquei parada. – Você tem a ridícula fobia de ter medo de ser olhada?
Ele. É. Um. Tirano. Cretino. Miserável. Perverso. E Maldito Chefe Deus-Grego. Ele não sacou que eu não TENHO o medo de ser vista? Será que ele é burro?
Mas mesmo assim, eu estava com raiva suficiente para a minha paciência ir para o espaço. Ou ele tem medo que eu não tenho medo ou ele é MESMO um idiota. Mais provável a segunda opção. Sorri lindamente e falsamente, quando respondi sem indicar que eu estava com raiva:
- Eu não tenho, senhor. O senhor não sabe que isso são apenas fofocas que não são reais? – perguntei indo na direção da porta. Bomba! Eu ferrei Asakura-sama. Isso merece uma página no meu diário.
- Sei, mas sei também que há algum fundo de verdade. – eu ouvi isso depois de verificar que a porta e a parede eram contra-sons. E saí rapidamente, acenando para ele. Quando fechei a porta, eu desabafei tudo:
- Aquele cretino é um desgraçado de uma figa! – falei.
- Por que isso não é novidade para todo mundo? – perguntou Adam Samuels, o americano da nossa empresa, enquanto virava a sua cadeira giratória para mim. – Todo novato não é entrevistado por ele, mas ele fala com eles de uma maneira meio diferente do normal. Ele é meio calmo. Mas no outro dia, ele é uma fera.
- Hm, nem se fale nos outros dias. – comentou Ami.
- Mas Asakura-sama é um amor! – defendeu a chata da Aoi.
- Claro que ele é um amor nos seus sonhos, mas eu não o quero nos meus. – protestei.
- Cretina. – sussurrou Aoi.
- Ótimo, me chame disso que te chamo de algo melhor. – eu falei, furiosa. Não com ela, mas com Asakura-sama. Mas ela era irritante. E me sentei em minha mesa e sorri para uma curiosa Ami.
Além que eu necessitava urgentemente de uma casa nova. Quero dizer, não por causa do T.P.D., mas era porque a casa era muito pequena. E também porque eu tinha dinheiro suficiente para comprar uma casa nova e coisas novas.
E que também eu precisava sair mais. Passavam algumas horas, quando eu ia digitar a outra metade da última página. Só que precisava eu ser a única da sala deserta. Eu estou começando á achar que Asakura-sama me fez demorar de propósito.
Tokyo começava á ficar mais escura e suas luzes mais brilhantes á cada segundo que eu gastava naquele note book. Foi ia digitar a última palavra, um e-mail veio.
Era do meu irmão, Akito Hoshina, um rapaz cujos dezesseis anos já é o interesse em quase todas as meninas de sua idade. Além de ser um elegante garçom, claro. Seus cabelos eram castanho-escuros – os meus parecem loiros. – e seus olhos verdes são brilhantes – e os meus também -.
E como todo irmão faz, ele ia me dar uma bronca.
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Para: Sakura Hoshina Aki Hoshina Atrasada.
Sak, onde você se meteu? Vi que a Aoi Kaguzaka anda muito na frente da sua casa. Como sei? Uma tal de Ami Bidouji ligou para cá para saber se você estava. Respondi que sim. Aí ela me perguntou se havia uma tal loira peituda perto daqui. Eu disse que sim. E ela me contou tudo. TUDO mesmo.
Desde quando xinga o chefe por meio de um e-mail? Eu sei que ele é um chefe que você odeia, mas tente superar isso. Sério. Senão eu sou obrigado á te fazer dormir para eu não ouvir você gritando em alto volume. Além que eu te avisei e agora não pode fazer de tudo para se despedir. Isso porque ela me falou que lá é legal – menos o chefe – e que você pode conseguir agüentar você-sabe-quem em dois anos. Outra novidade é que o nosso vizinho, Samuel Smith, quer se encontrar com você na próxima sexta. Então, quando chegar em casa, você me fala a resposta?
O jantar já está pronto. Miyu está em casa. Sabe, a garota do fim da rua. Espero que volte logo.
Com amor do seu irmão que te ama,
Akito H.
P.S.: Está passando Charmed. Você deve vir MESMO voltar para casa.
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Droga, a Aoi queria acertar contas comigo. Eu sabia que aquela peituda poderia fazer de tudo para proteger o seu amado Asakura-sama. Ótimo, uma idiota amando outro idiota. Mas porque eu sentia que aquilo não ia dar certo?
Porque Keiichi Asakura era o tipo de idiota que agia como um, mas não era um idiota bobão. Era um idiota esperto.
E Aoi é uma barbie com aquele corpo que me faz enjoar de tanta perfeição de silicone e lipo que havia ali. Cara, ela é uma maníaca por ficar magra.
Enquanto eu tenho que me manter com treinamentos duros, como corridas, caminhadas e musculação. E uma dieta variada. Falando em OS idiotas, eu notei uma segunda presença perto de mim. Eu virei charmosamente – não sei como tem algum charme, mas isso encanta todo mundo. Quero dizer, quando os meus cabelos balançam. – para o meu lado esquerdo. Ele estava me observando enquanto eu pensava em como ele era um idiota e como o meu irmão iria se dar certo com a sua garota – digo, a Miyu. -. O pior que ele tinha um olhar observador caindo sobre a tela do note book com algo que parecia o atormentar. E seus lábios mantinham um sorriso travesso e maroto.
Nunca pensei que chegasse á essa conclusão, mas eu acho que fiquei simplesmente babando pelas cenas românticas que se passava em minha mente. Eu sou uma jovem mulher romântica demais. Preciso parar de ver a cena do Titanic.
E nunca pensei que ele, justo ele, ficaria me esperando o ínicio da noite toda. Justo o cara que eu acho que é o pior homem da face da terra.
Justamente Keiichi Asakura.
- O que o senhor está fazendo aqui, Asakura-sama? – eu logo fui perguntando enquanto imprimia as trinta folhas do relatório. Eu não o fitava, pois estava ocupada demais fechando a janela do e-mail. E por que ele não sai do meu pé? Quero dizer, ele tem esposa. Uma esposa muito falada nas revistas de fofoca.
E finalmente o T.P.D. acordou-se de seu transe mental, com os olhos azuis se arregalando e mirando em meus olhos verdes. Arregalei uma sobrancelha ao ver que ele estava pensativo demais. Bem perto de mim. Mal sabia que ele tinha deixado seus óculos de lado e que eu poderia ver seus olhos mais claramente. Os olhos que Aoi tanto almejava. Os olhos que os empregados de seu dono tremiam em ser vistos por ele. Os olhos que me faziam confusa. Os belos orbes azuis de Asakura-sama.
Outra coisa: Porque ele não me esperou em outro lugar á não ser do meu lado? Oh, eu acho que ele fez o que eu estou pensando. Não, ele não poderia ter visto. Mas seus olhos diziam palavras mudas. Que ele sabia que eu odeio ele.
Bem, isso é verdade. E não tenho medo em dizer essas palavras. Mas como Akito pode me matar se eu for despedida, eu não posso fazer nada.
Eu apenas estava terminando de imprimir o relatório e pensando também no episódio de Charmed. Além que neste mundo eu não sou a Princesa Sakura de Áster, apenas a Sakura Hoshina que trabalha como secretária. E não posso ordenar á meu próprio chefe o que ele estava pensando.
E que eu não quero usar magia.
- Eu estou esperando a senhorita para poder a levar em casa. – respondeu ele, ainda com o olhar arrogante de sempre. Que bom, ele não se afetou. HEY, eu estava me preocupando com o T.P.D? Claro que estava, efeito das crianças. Mas a questão era: O T.P.D. estava se preocupando com a novata? Comigo?
- Não é necessário, Asakura-sama. – eu disse, arrumando a minha bolsa da Prada. – Eu posso arranjar um táxi em algum dos cantos da grande cidade de Tokyo.
- Você deve estar pensando se eu vou reclamar diretamente com você, Hoshina, mas é claro que eu não vou e nem devo reclamar com você durante o caminho. Necessariamente eu apenas preciso conversar com você. – ele disse, de uma forma tão séria que me espantei com ele.
- Mas, Asakura-sama... – eu tentei argumentar os meus motivos – verdadeiros - , mas ele pediu silêncio.
- De alguma forma, o que não sei, os secretários de minha empresa tem o ruim costume de me chamar pelo meu sobrenome, o que me faz constantes ataques de raiva. Além dos apelidos que me dão quando eu não estou no meio, além que creio que já devem ter falado sobre o meu mau-humor com distorções. – Ele falava demais, como alguém que não se importa em gastar saliva para falar tudo aquilo. Peraí, ele tem ataques de raiva? E ele tem um mau-humor, não? Eu PRECISAVA contar isso para Ami-san. Pelo menos pra ela e meu irmão – meu confidente -. E não, não terminou. – E por favor, poderia não me chamar assim?
- Tudo bem, Asakura. – eu falei.
Ele cruzara os braços em sentido que não aprovava o que eu tinha falado. Não! Não era o que eu estava pensando, era? Os olhos dele confirmavam tudo. Suspirei, derrotada.
- Hm, Keiichi-san? – perguntei.
Ele sorriu, satisfeito. Porque eu – justo eu – tenho que ter a difícil missão de ser os alvos das pessoas ao meu redor? E ah, ele não estava brincando. Ele estava falando a verdade. O problema era esse mesmo. Que ele estivesse falando a verdade.
Céus, POR QUE? Não que eu tenha problemas com homens, mas porque eu a minha vida era assim?
Falando na parte boa, é até bom ver que seu chefe não é o tipo de chefe realmente chato. Mas, na lógica, este foi o meu primeiro dia de trabalho! O primeiro! E consigo conquistar a confiança de meu chefe?
Eu tenho o quê, a benção dos anjos? Eu acho que é isso mesmo.
- Se você está me chamando pelo meu nome, eu deveria chamar a senhorita pelo nome também, Sakura-san. – ele comentou, divertido.
Ele é um abusado. Ah, como era.
- Hã? – não processei a informação dada direito. O quê? Ele ia me chamar de Sakura? Estrategista.
E eu uma mulher boba.
- Eu acho que você já entendeu. – ele suspirou, segurando seus óculos e a sua pasta de trabalho, pronto para sair daquela cadeira. Antes de qualquer coisa que fizesse, ele recolocou os óculos novamente, indo se levantar lentamente. E antes que eu pensasse em alguma coisa para me distrair, ele lançou um olhar apressado para mim. – Vamos, Sakura-san, venha logo.
- Está bem. – peguei o relatório e a minha bolsa e fui atrás dele.
Ele esperou que eu passasse pela porta para poder trancar o portão do prédio e que os guardas tomassem conta da segurança. Andamos pelo estacionamento até que uma limusine negra-cintilante estava nos esperando pacientemente em uma das vagas. Eu me virei para Keiichi-san e os raios lunares pareciam faze-lo mais belo.
Nunca mais coro na frente dele. É vergonhoso.
- O que houve, Sakura-san?
- Nada. – menti.
Entramos na limusine, que era dirigida por um velho de roupas de segurança. Foi quando ele perguntou:
- Asakura-sama, quem seria esta linda senhorita?
Quem? EU? Eu era bonita? Por favor, eu não venço a Aoi nos seios sedutores e boca de batom vermelho. Além que os homens babam por ela. E eu? Uma jovem mulher séria demais.
Mas quem mais estaria ali com Keiichi-san?
- Ela é Sakura Hoshina, minha nova secretária. Eu vim dar á ela uma carona para casa. – ele, Keiichi, rapidamente disse isso.
Eu pude ver que o segurança deu um sorriso gentil.
- Está bem, Asakura-sama. – disse o segurança.
Quando o segurança continuava á dirigir nas ruas de Tokyo, Keiichi estava olhando-me atentamente. Parecia querer falar alguma coisa, porque abria e fechava a boca. Por que ele não fala de uma vez?
Epa, parece que algum anjo ouviu o meu pedido.
- Sakura-san, você entende sobre stress, não entende? – perguntou ele, com a voz que parecia querer falar algo da vida pessoal dele. Assenti a cabeça. Eu sabia exatamente, porque mamãe tinha MUITO disso. – Bem, eu não peço isso á qualquer pessoa, mas... Poderia me ajudar?
- Por que? – perguntei.
- Porque, diferente de alguma maioria dos secretários, você tem o fator chamado competência e responsabilidade. – respondeu Keiichi, calmo. Ele não estaria calmo quando alguém perguntasse algo que você não esperava. – Além de um bom senso de humor e algo que chamamos de uma personalidade realmente interessante. Eu sempre procurei em alguém alguma coragem de me enfrentar, o que você conseguiu. Então, aceita?
Meus pensamentos tomaram á funcionar novamente. Eu não era tão boa em dar conselhos e dar aulas de calmaria, sério. Além que ele não devia pedir ajuda da esposa? Devia. Mas de mim? Oh, isso é muito esquisito da parte dele.
Mas ele era o meu chefe. E um homem que realmente precisava de ajuda.
- Claro. – respondi alegre, enquanto o motorista estacionava a limusine na calçada perto de uma casa bela entre quatro mansões. Peguei a minha bolsa e entreguei o relatório para Keiichi. – Até amanhã, Keiichi-san e tchauzinho. – acenei para os dois.
- Sakura-san... – Keiichi me impediu de fechar a porta.
- Hum? – estava confusa.
- Eu não tenho esposa. – Peraí, ele leu a minha mente? Ele era parente de algum povo bruxo? – E nos encontramos no final desta semana, está bem?
- Hã... Er... O.K. – disse.
E isso foi o início de tudo.
N/A: Oi gente! Desculpem-me por muitas fics de MP serem excluídas, mas juro que não vou excluir esta aqui. Baseei-me um pouco em um dos livros da Meg Cabot, além de O Diabo Veste Prada. A fic é uma continuação do mangá, com a filha do casal principal tentando ser independente no planeta Terra. Além que Keiichi Asakura pode entrar em sua história.
Beijão, Lúh.
