Um Homem de Familia – Parte 2
Autoras: Buka e Natália
Resumo: Carter teve a chance de vivenciar tudo o que ele sempre sonhou, agora esta em suas mãos os caminhos e escolhas que ele deve tomar para quer todos os seus sonhso e desejos se tornem realidade.
Notas:
1) ER e seus personagens são propriedade da Constant Productions, Amblim Television, NBC e Warner Channel. Não há nenhuma intenção de violação de direitos autorais.
2) Reproduções ou publicações desta estória só com autorização das autoras.
3) Elogios e críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas ofensas não. Se tiver algo a dizer, por favor, seja educado!
Parado num farol, eu deixo que meus pensamentos me invadam. O que ela estaria pensando de mim a uma hora dessas? Eu sinto um leve temor do que possa acontecer nas próximas horas. São quase 5 horas da madrugada e eu estou indo a um "café" para reconquistar quem eu nunca deixei de amar. Vai dar certo? Sim, vai. TEM que dar certo.
Dobrando a última esquina antes de chegar a rua do lugar combinado, eu corro meus olhos pelos poucos carros que ainda estavam parados no estacionamento. Não reconheci o carro dela. Ela viria? Eu desço do carro e faço meu espaço até uma mesa. Meu corpo estava tremendo de ansiedade, eu não podia me conter. Minha bexiga começa a encher, minha mão a suar, meus pes a tremerem. O que diabos esta acontecendo comigo?
"O sr. Vai querer pedir algo pra comer!" – a garçonete pergunta com um bloco de anotações na mão.
"Esstou esperando uma pessoa chegar. Daqui a pouco eu peço. Obrigado."
Eu olho para os lados e percebo a movimentação que ainda estava no County. Será que eu não tinha um canto melhor pra convidala, não? Talvez e queira que seja aqui, pois foi nesse espaço que "tudo começou".
Mais 15 minutos se passaram eu eu já esta prestes a ir embora quando eu a vejo atravessar a porta de entrada. Deus! Ela está linda! Aquela beleza doce e neutra que ela sempre teve, mas que nem sempre eu consegui apreciar. Ela caminha na minha direção, balançando os cabelos molhados. Haveria tomado banho para vir ao meu encontro?
"Desculpa!"- ela me dá um beijo no rosto- "Você viu a chuva que está lá fora? Me molhei toda!"- ela me da um daqueles seus sorrisos. Não. Ela definitivamente não tinha tomado banho para vir ao meu encontro.
"Não tem problema..." – eu falo ainda hipnotizado.
"Então.. o que o sr. Deseja conversar às, - ela olha pro relogio – 5 da manha!"
"Café e torta.. eu estava com fome" – foi a primeira coisa que me passou pela cabeça, eu não podia ser tão direto nas minhs ações.
"O que os senhores desejam comer?" – a garçonete insistia mais uma vez que eu fizesse o pedido.
"Café e torta pra mim..." – eu finalmente falo.
"Pra mim tambem." – ela fala colocando sua bolsa na cadeira ao lado.
Um silêncio incômodo começa a reinar. Eu precisava dizer algo. Eu precisava fazer algo.
"Então..." - ela tentou quebrar o gelo. O Ambiente estava péssimo!
"Então..." - DEUS! O que diabos eu estou fazendo? O que dizer numa hora dessas?
"Você não quer me falar nada não?"
"Eu?" – eu falo assustado. Sera que estava tão na cara o que eu queria com ela?
"Você... você esta bem!" – ela fala colocando sua mão na minha, fazendo meu corpo tremer.
"Estou tentando ficar bem." – eu falo olhando pra sua mão.
"Eu estou aqui pra te ajudar.. pode se abrir comigo..." – ela fala tirando sua mão da minha e sorrindo.
"Talvez as coisas não sejam tão simples assim" - eu lhe dou um sorriso amarelo, expressando todo o meu medo.
"Coisas? Simples? Como assim? O que há de errado?"- eu a vi com uma expressão séria no rosto. Não era isso que eu queria.
"Nada, calma - eu sorri- desesperada como sempre"- eu tornei a sorrir.
"Algumas coisas nunca mudam" - ela me disse, numa mistura louca de sensualidade e rigidez.
"Outras mudam. E como mundam!"- eu retruquei ao comentário dela.
Ela me encara confusa pelam palvras ditas e pensamentos cortados. O silêncio veio a tona novamente mas eu fui salvo pela garçonete que veio nos trazer os nossos pedidos.
"Obrigada" - ela agradeceu a moça e eu permaneci calado.
Eu fico observando ela comer um pouco da torta e deixo a minha de lado.
"Você não vai comer não! – ela fala tomando um gole do seu cafe. – Pra quem estava com fome.."
"Ja estou comendo – eu falo me apressando ecolocando uma pedaço enorme na boca. – Viu?" – eu falo dando um gole no cafe, fazendo-a rir.
"John..." – ela de repente fica seria.
"Hum!" – eu falo colocando comida na minha boca, talvez pra evitar responder alguma coisa mais comprometedora.
"Eu te conheço. Você não ia me ligar de madrugada pra só tomar um café.."
"Me conhece? Quem dera eu não precisar dizer tudo o que eu preciso dizer..."- eu passei as mãos pelos meus cabelos nervosamente.
"Dizer? Então diga, oras!"- ela parecia impaciente.
"Você não quer ir até o meu apartamento, pra nos conversarmos com calma?"
Não! O que eu tinha feito! Agora eu estraguei tudo de uma vez! "ir até o meu apartamento"? "Conversarmos com calma"? Onde eu estava com a cabeça?
Eu a vi fechar a cara do jeitinho que eu conhecida. Ela já tinha mudado de humor. Também! Pudera!
"Carter...- isso era um mal sinal- eu não estou te entendendo."
"Desculpa... – eu falo tentando melhorar a situação. – Eu não sei o que deu em mim." – eu vejo que minha mão esta tremendo.
"VocÊ esta bem! – ela fala olhanda pra minha mão. – você não voltou a..."
"Não, claro que não... – eu falo em um pulo. – Eu estou limpo."
"Ufa – ela respirou aliviada – Você ainda me mata."
"Desculpa.." – sera que é so isso que eu consigo falar?
"Hoje mais cedo você estava tão abatido... estava com tanto medo que você fizesse uma besteira..."
"Mais uma?- eu lhe dei um sorriso irônico- chega de besteiras na minha vida. Agora estou só tentando consertar as burradas que eu fiz na vida"
"Todos nós cometemos erros, Carter."- Carter? Não! Eu precisava escutar um "John" para saber que estava tudo bem. Eu iria em busca dele.
"Erros, Abby. Alguns erros mudam a nossa vida de um jeito" - por um momento minha mente foi até o meu sonho, a minha vida perfeita. Por um momento eu tive vontade de calar a boca e beija-la como se nunc ao tivesse feito. Mas não. Eu precisava ter calma e paciencia.
"Nem tudo no mundo é igual ao que a gente deseja.." – ela fala olhando pra sua xicara de café.
"Mas pelo menos uma vez poderia ser... eu queria que pelo menos uma vez na minha vida, eu conseguisse realizar os meus sonhos..."
"Nada nem ninguem é perfeito... a gente normalmente se contenta com o que a vida nos dá."
"Eu estou cansado de esperar pela felicidade. Parece que a cada dia que passa ela fica mais distante de mim... Quem dera eu poder voltar ao passado e consertar tudo o que eu errei. Queria poder desfazer os erros... fazer coisas que eu não fiz.. lutar por tudo o que eu abandonei... "
"Mas afinal, Carter. Você não fez nada de errado!"- ela começou a discursar contra mim, como se descontasse a mágoa, camuflada por uma lição de moral.
"Lógico que sim, Abby. Muita coisa errada".- ela me interrompeu novamente.
"Não, Carter. Fazer o que se acha que é certo não é errado. Você fez o que seu coração mandou. Foi bom pensar em você, não se importar muito com as pessoas."- aquilo teria sido ironico? Ela já sabia do que eu estava falando. Ela tinha trazido os fatos para a nossa vida.
"Eu estava completamente cego.. eu estava perdido quando eu fiz aquilo com a gente."
"Desculpa a minha sinceridade.. mas parece que você não se importou muito pelos sentimentos que VOCÊ alimentou em mim.. Eu te amava John... como eu nunca amei nenhum homem."
Me amava! Não ama mais! Como eu poderia estar tão cego! Eu a tinha machucado mais do que eu imaginava. Eu era um idiota, eu merecia tudo o que ela estava falando.
"Eu preciso consertar o meu passado."
"Eu acho que talvez seja tarde demais.." – ela fala levantando-se da cadeira.
"Abby" – eu falo segurando o seu braço.
"John, vamos deixar as coisas como estão, tá bem? Se ficarmos revirando o passado..isso não vai dar certo. Eu sou sua amiga. Acima de tudo sua amiga."
Eu sorri as palavras dela. Apesar de tudo, eu sabia disso. Podia contar com aquela mulher a minha frente pro quer que fosse. Ela já tinha me salvado, me salvaria outra.
"Eu amo você" - foi a minha cartada final para aquela noite. Eu a vi ficar estática, me olhando como se fosse a primeira vez.
"Eu tenho alguém, John."- Não! Eu não queria acreditar no que tinha ouvido. Seria verdade?
"Isso não vai mudar o que eu sinto por você..."
"Por favor! Pare com isso John! – ela fala incomodada olhando pros lados. – Não me machuque mais do que você me machucou. Eu não quero me magoar de novo.. você precisa esquecer disso e me deixar em paz.." – ela fala correndo pra fora do restaurante.
"Abby – eu falo deixando um dinheiro na mesa. – Me desculpe, por favor – eu grito correndo. – Eu.. não quero te machucar."
Ela ja tinha entrado no seu carro e partido pra longe de mim. Eu dou um murro em um carro, eu não acredito no que eu acabei de fazer. Eu me sento no chão começando a chorar.
Eu chorei por pouco tempo. Chorar não ia adiantar. Eu precisava agir. Agir e como minha avó disse, correr atrás do que eu queria. E era isso que eu teria que fazer. Voltei ao meu apartamento e comcei a matutar. Precisava saber se ela realmente tinha alguém, se ela ainda me amava, muitas coisas. Era tarde. Eu precisava dormir. Dormir e estar disposto no dia seguinte para começar a conquist-la de novo. Pelo que pude ver, não seria nada fácil.
Contina...
