Disclaimer: Os personagens não me pertencem e sim a Masashi Kishimoto.


~ Bem acompanhada ~


Capitulo- I. O convite.

Passou os dedos entre as mechas negras azuladas enquanto com a outra mão amassava o convite que acabara de receber. Agia desorientadamente, desnorteada respirava com dificuldade, as letras douradas ofuscavam seus olhos e confundiam seus sentidos. Hanabi iria se casar... Se casar. Mal podia acreditar naquilo, toda a família e os amigos haviam sido convidados para passarem aquele feriado prolongado em uma das propriedades da família Hyuuga no norte da Inglaterra onde seria realizado o casamento. Só poda ser brincadeira pensou Hinata se encostando à cadeira, uma brincadeira de muito mau gosto, mas infelizmente não era, estava escrito ali em letras detalhas a data e o local. Para piorar era uma das madrinhas da irmã significando que não poderia fugir do compromisso. Aquilo era o fim, pois comprovaria diante de todos que a primogênita da família não passava de uma solteirona, encalhada. Coisa que já não soubessem, pensou irônica.

Tinha vinte e quatro anos, uma vida profissional bem sucedida como professora de literatura de uma das melhores faculdades do Japão cursava doutorado e era respeitada na comunidade acadêmica, porém uma vida amorosa e social desastrosa. Tímida ao estremo e desajeitada não chamava atenção de nenhum homem a única coisa que conseguia era arrancar brincadeiras debochadas dos seus alunos. No final era uma idiota que nunca beijara na boca e muito menos um namorado, até a irmã cinco anos mais nova conseguira o que sempre sonhou em toda sua vida; encontrar alguém que a ame, se casar, formar uma família ter filhos. Era um sonho que a cada dia percebia que nunca se realizaria, estava fada a ficar sozinha e se tornar uma velha feia e rabugenta.

Mexeu-se na cadeira nervosa, não queria encontrar seus amigos de infância e sua família e saber que por suas costas eles comentarem o fato de ser uma solteirona sem jeito e ser obrigada a sorrir como se nada de errado estivesse acontecendo e seus comentários sobre esse fato não a magoassem. Não queria ser mais humilhada e muito menos fingir está feliz.

▬ Não quero ir para esse casamento – suspira olhando despreocupada o jornal enquanto desdobrava o convite que amassara durante seus pensamentos deprimidos. Faria qualquer coisa para não enfrentar a família. Naquele momento desejou poder mostrar a eles que havia mudado naqueles seis anos, se tornado outra mulher, uma mulher confiante segura de si, bem sucedida e melhor que superara sua timidez e encontrara um namorado, um homem; assim por se dizer e não que continuara a mesma menina tímida e virgem. Nesse momento uma luz invadiu seu cérebro, a solução para seus problemas encontroava-se em um pequeno quadradinho das paginas amarelas. – Quer satisfazer seus mais profundos e pervertidos desejos? Então encontrou o homem certo, um profissional do amor, 350 $ por hora, Jiraiya. – encostou-se à cadeira enquanto a idéia surgia em sua mente – é perfeito, contrato um "profissional" para fingir que é meu namorado, ninguém vai descobrir. – sorriu animada.

Levantou-se elétrica, caminhando na direção do telefone sem fio do outro lado da sala. Durante esse pequeno percurso várias indagações surgiram em sua cabecinha. Estaria fazendo a coisa certa? Mentir para todos era a melhor solução? Sua consciência e bom senso se perguntavam. Mordiscou os lábios, apreensiva, só havia dois caminhos em sua desgraçada vida; o primeiro seria ir do jeito que estava "sozinha" mostrando para todos que ela fracassara definitivamente em sua promessa. Aquela na qual fizera no dia que sairá de casa, na fatídica tarde de verão pronunciada pela raiva, decepção e desilusão. Despejou para todos ali quando a vissem novamente ela seria outra pessoa, outra Hinata, não mais a idiota que a enganaram, ou mentir fingindo que conseguira tudo que pretendera retirando assim a fama de encalhada e desajeitada que tinha. Pensou muito, mesmo sabendo que aquilo não era certo a imensa vontade de pelo menos uma vez na vida não ser o motivo de decepção da família, de seu pai e o assunto de todos falou mais alto, afinal já haviam pagado uma vez para saírem com ela por que não fazer isso novamente, pensou amargurada.

•••

Abriu a porta do apartamento, soltando um longo suspiro ao ver a bagunça de roubas e comidas instantâneas espalhadas pelo chão. Pulando amontoados de tranqueiras desejou intimamente matar o causador daquela desordem, o velho pervertido. Subiu as escadas entrando na primeira porta, xingou ao ver o chão completamente molhado, aquilo começava a o irritar. Resolveu que não tomaria mais um banho e sim dormiria direto, adentrando seu quarto o único lugar da residência que poderia se dizer "arrumado". Jogou o cape em uma cadeira próxima a porta tirando logo em seguida a farda branca e os sapatos, se preparava para dormir daquele jeito mesmo quando a porta se escancarou em suas costas é um homem de cabelos grisalhos surgiu com um sorriso estridente no rosto velho.

▬ Chegou garoto?! – pergunta adentrando o local. O homem loiro afundou a cabeça no travesseiro desejando que aquilo só passasse de um pesadelo. – vamos acorda moleque – cutuca o ocupante da cama.

▬ O que você quer ero-sennin? – pergunta o loiro irritado.

▬ Ero-sennin uma ova – resmunga – e ai conseguiu o dinheiro?

Afundou ainda mais a cabeça no travesseiro. Aquele maldito velho tinha que se lembrar daquela divida. Era a segunda vez que pedia um empréstimo para seu superior, porém daquela vez não conseguira o dinheiro deixando ainda mais seu patrão desconfiado, se ele descobrisse que está devendo para agiotas perderia imediatamente o cargo além de ser expulso da marinha. No banco era inviável, pois esgotara toda a sua linha de credito em empréstimos anteriores, um deles para a compra de seu apartamento.

▬ Não. – responde amargurado. Apesar de todo o sacrifício no final não havia adiantado, havia a perdido para sempre.

▬ Há pivete, eu já disse por que não trabalha comigo nas horas vagas, você pode ganhar um bom dinheiro...

▬ Cala boca seu velho pervertido – joga um travesseiro na cara do homem – você acha que eu sou como você? – o homem suspira aquele seu aprendiz realmente era cabeça dura.

▬ Olha aqui! Você precisa de sei mil para semana que vem se não você sabe o que eles irão fazer...

▬ EU SEI...– responde irritado.

▬ Por isso que eu digo, trabalhe comigo! – diz olhando o aluno.

▬ Eu me recuso a fazer algo desse tipo e mesmo que aceitasse não conseguiria arranjar todo esse dinheiro até segunda que vem. – responde áspero.

▬ Você é quem sabe. – responde o homem saindo do quarto.

•••

Os dedos discaram rapidamente o numero indicado no anuncio. Roia as unhas, nervosa enquanto ouvia o som do telefone chamando. Não sabia se sua idéia daria certo, mais tinha que tentar. Seu coração deu um salto ao ouvir o ruído do aparelho sendo tirado do gancho um silencio se instalou por alguns segundos afligindo ainda mais Hinata.

▬ Alô! – ouviu uma voz firme e grosa do outro lado da linha. Sentiu seu coração parar no mesmo instante. – quem esta falando? – pergunta, irritado pelo silencio do outro lado.

▬ Des-desculpa é-é o se-senhor Ji-jiraya? – perguntou gaguejando, estava muito nervosa nunca fizera algo do tipo. O homem suspirou do outro lado da linha era outra cliente do velho pervertido, ele não aprendia mesmo, pensou desanimado.

▬ O que você quer? – perguntou o homem, sua voz seria e firme abalou as pernas de Hinata que teve que se sentar para não cair. O homem loiro parou por um instante. Por que estava perguntando afinal sabia muito bem o que ela queria com certeza era uma mulher de meia idade encalhada que precisava se divertir, só de pensar naquilo sentiu se estomago revirar.

▬ Eu-eu quero com-contratar se-seus se-serviços.. – agarra as pernas, pois estas tremiam descontroladas. Não acreditava no que estava fazendo. O homem limpou a garganta, incomodado, iria matar o velho pervertido pensou, como ousava dar o numero do telefone de sua casa para aquelas coisas indecente.

▬ Olha aqui eu n..

▬ Eu preciso que você finja ser meu namorado esse final de semana. – diz de uma vez, fechando os olhos firmemente.

▬ Como? – pergunta Naruto se entender nada, arqueando um das sobrancelhas matinha a boca entreaberta.

▬ Pago seis mil, esta bom assim? – oferece esperançosa – a vista – conclui percebendo o silêncio do outro lado da linha.

▬.. - nenhuma palavra saia da boca de Naruto, era o pedido mais absurdo que já ouvira. A mulher do outro lado queria contratar um gigolô para fingir ser seu namorado, para que alguém faria isso? Perguntou-se. Mas ela oferecia seis mil.. seis mil justo o dinheiro que precisava para quitar sua divida. – seis mil. – sussurra.

▬ Sim, por favor, eu suplico – se desespera Hinata aquela falta de respostas, o silêncio tudo estava acabando com os seus nervos.

▬ Está bem – respondeu automaticamente a aquela voz doce porem nervosa, aflita havia bloqueado completamente seu raciocínio, os dígitos e o seu problema serio apagou seu bom senso e principalmente seu orgulho.

▬ Que bom – diz mais animada – Me chamo Hyuuga Hinata. Vou mandar a passagem de avião para o endereço do anúncio. Há esqueci-me de avisar, vamos para a Inglaterra. Que bom que aceitou!. Lá eu dou o dinheiro e a passagem também é por minha conta. Vou te encontrar no avião no dia marcado para viagem, esta bem. – tagarelava mais aliviada e animada, as coisas estavam dando certo. O homem ouviu calado Hinata falar. – obrigado.

▬ ei... – tenta dizer se dando conta do que respondera, mas a mulher já havia desligado o telefone – pêra ai o que eu disse? Eu não acredito que aceitei? – senta no sofá olhando o aparelho. – mas que droga.

▬ Não foi tão difícil assim não é - comenta o homem de cabelos brancos encostado no batente da porta sorrindo.

▬ Cala a boca ero-sennin. – esbraveja irritado. – vou recusar, dizer que foi um engano.

▬ Mas e a divida? – pergunta olhando o rosto distorcido do jovem loiro. Não havia jeito teria que aceitar a oferta e acompanhar uma desconhecida por um feriado inteiro. Jogou-se no sofá irritado enquanto do outro lado do bairro uma mulher de cabelos negros azulados sorria feliz, enquanto mantinha os olhos fechados. Tudo daria certo pensava sonhadora.

•••


Mas uma fic by me XD

Bom ela será composta de oito capítulos podendo se estender para dez.

É, ela vai ser curtinha .

Eu me inspirei para escrever essa fic depois que assisti a um filme; podendo assim ter algumas semelhanças, mas não é fiel historia é claro...

Bom, espero que tenham gostado

Inté mais o/