N/A: Olá ! Como estão ? Espero que muito bem. Muito prazer, eu sou Sakura Tachikawa, e lhes agradeço por terem tomado um pouco de seu tempo para clicar em minha fic !
Espero que gostem, e que a comentem ! É a minha primeira fic de Spice and Wolf, por isso não sejam muito duros.
Qualquer coisa, deixem reviews.
Disclaimer: Spice and Wolf não me pertence, e sim a Isuna Hasekura, e posto esta fic sem visar nenhum tipo de lucro.
N/T: Esta fic também não me pertence, ela é uma tradução da fic "La Verdadera Felicidad", de Sakura Tachikawa. A autora me deu carta branca para traduzi-la.
A VERDADEIRA FELICIDADE
Capítulo 1: Lawrence
O mercado de Kumerot estava em um completo caos, como sempre. Vendedores oferecendo os seus produtos, compradores procurando obter a melhor oferta.
Tudo estava exatamente como antes.
Há poucos instantes, um jovem adolescente, ajudante de comerciante, tinha acabado de apanhar uma encomenda de seu mentor. Caminhava pela movimentada rua quando sentiu o seu ombro chocar-se contra outro.
- Desculpe ! - o rapaz se desculpou, fazendo uma reverência.
- Não há problema, meu rapaz - o homem tranqüilizou-o amavelmente.
O rapaz de cabelos castanhos subiu a sua vista e flagrou-se olhando para as costas do homem com o qual havia se chocado, aquela cabeleira branca...
- Sr. Lawrence ? - ele chamou-o inconscientemente, e o homem se deteve - Sr. Lawrence !
O homem virou-se, e depois de ter reconhecido o rapaz como o pupilo de seu amigo Mark, cumprimentou-o com um sorriso.
- Lanton, como você cresceu – disse o jovem comerciante - Passou-se muito tempo.
-É... mesmo - comentou o jovem, emudecendo ao ver que Lawrence não estava só, e, ao invés disso, estava acompanhado por um pequeno casal, que carregava em seus braços.
Lawrence notou a surpresa estampada no rosto do rapaz, e de como o seu olhar ia da carga de um dos braços para a do outro.
Ou, para ser mais exato, de um de seus filhos para o outro.
- Lanton, eu apresento-lhe os meus filhos - ele disse, enquanto mostrava as crianças, colocando-as no chão - Ela é Yuuki - disse, apontando para a menina de cabelos brancos como os seus, mas com os olhos dourados da mãe - E ele é Lewis - indicou o menino ruivo, ambas as crianças fizeram uma educada reverência.
- Muito prazer - Lanton fez a sua própria reverência, surpreendido com a educação das crianças, apesar de terem o senhor Lawrence como pai, não havia porque duvidar dele - Quem diria que já se passaram quatro anos.
Lawrence sorriu ansioso. Sim, quatro anos desde a última vez em que ele estivera naquela aldeia. Aldeia na qual ele estivera muito próximo de perder a coisa mais preciosa da sua vida.
Se bem que, olhando por outra perspectiva, também foi graças e esse incidente que seus sentimentos ficaram claros, e ele podia, agora, ser feliz com a sua família.
- O Sr. Mark sabia que viria ? - perguntou o jovem, atualmente um adolescente de catorze anos.
- Não, nós acabamos de chegar - o que lhe lembrava o que ele estava procurando.
- Então sigam-me, eu tenho certeza de que ele ficará muito feliz ao vê-los - instigou-os o castanho, apressando Lawrence, que não teve outro remédio que não segui-lo.
- Sr. Lawrence - chamou o mais jovem, enquanto eles caminhavam - , onde está a senhorita, perdão, Sra. Horo ?
Lawrence deteve-se e começou a procurar sua mulher pelo movimentado mercado.
- Papai, e a mamãe ? - perguntou o seu filho, de pé, olhando-o. Ele aproximou-se para recolher ambos do chão.
- Isso o papai também quer saber - ele sussurrou, com um tom de preocupação na voz. Com um pouco de sorte, Horo estaria no armazém de Mark - Por isso eu estou andando com vocês, para que não se percam.
Eles caminharam um pouco, até chegarem ao estabelecimento de seu amigo. Ao longe, ele pôde ver como o amigo estava agachado em frente a uma mercadoria e a um menininho.
- Sr. Mark, olhe quem apareceu ! - exultou, eufórico, o jovem, fazendo com que o amigo se virasse, e, com o filho nos braços, começasse a cumprimentá-lo.
- Lawrence ! - cumprimentou o homem ao seu amigo, tão surpreso quanto o seu pupilo, ao vê-lo acompanhado pelos seus filhos. Seu peso parecia ter aumentado com o passar dos anos, e uma discreta barba começava a aparecer em seu rosto. O menino em seus braços tinha tímidos cachos a cair-lhe pelo bonito rosto.
- Mark ! - cumprimentou-o com igual entusiasmo o homem de cabelos brancos - Quem é o homenzinho que está acompanhando você ?
- Você sabe muito bem que é o meu filho, mas e eles ? - indagou, apontando para a menina de cabelos brancos e para o menino ruivo.
- Meus filhos, Yuuki e Lewis - ele apresentou a sua prole.
- Ora, mas que surpresa - surpreendeu-se o homem de cabelos negros, examinando as crianças - Quantos anos eles têm ?
- Dois anos, daqui a alguns meses, farão três - explicou, enquanto colocava-os no chão, sobre um pano limpo destinado a eles - Ele é Vince - ele apresentou às crianças o filho de seu amigo - Façam amizade - ele instigou as crianças.
Os homens mais velhos sentaram-se, e logo em seguida Lanton apareceu com dois grandes copos de cerveja, para o deleite de ambos os cavalheiros.
- Eu tenho de admitir - disse Mark, depois de ter sorvido o primeiro gole de seu copo - Essas crianças são lindas.
- Tenho de devolver o elogio, o pequeno Vince é o retrato masculino de Adelle - Lawrence caçoou com o amigo.
- Dois anos - o jovem dono da loja meditou por alguns instantes - A princesa e você não perderam tempo e tiveram logo dois, ao invés de um.
O homem de olhar ametista ficou ruborizado com o comentário malicioso. E, bem, seus dois filhos eram uma bênção, ele se sentia afortunado por tê-los, sem contar o fato de que Horo havia lhe contado que os lobos podiam ter até quatro filhotes por ninhada. Fora uma bênção que seus filhos fossem apenas gêmeos.
E, modéstia à parte, seus filhos eram uma preciosidade. Assim como inquietos e travessos.
Seus filhos eram uma perfeita mistura de ambos. Yuuki havia herdado sua passividade, apesar de que, quando ficava brava, fazia vir à tona todo o seu sangue de loba. Isso sem contar o fato de que sua cabeça tinha de estar sempre coberta por um belo chapéu que cobria as suas belas orelhinhas. Lewis, por outro lado, herdara o temperamento explosivo da mãe. Não era nada incomum vê-lo provocando sua irmã, apesar de ser extremamente protetor com ela.
E isso ele podia ver bem diante de seus próprios olhos.
Vince queria brincar sozinho com Yuuki, mas Lewis não permitira isso. Era ciumento e superprotetor, e isso não incomodava a Lawrence. E se seus pressentimentos estivessem certos e sua garotinha se tornasse tão bela quanto sua mãe, iria precisar de toda a ajuda possível para protegê-la das moscas ao seu redor.
- O que você acha se arranjarmos o casamento de Yuuki e Vince desde já ? - soltou Mark abruptamente enquanto ele tomava sua cerveja.
- Você está louco - ele disse, aborrecido. Yuuki era sua princesinha, não ia entregá-la a ninguém, assim tão nova.
- Talvez eu devesse tratar disso com a princesa - cantarolou o homem - Aliás, onde ela está ?
- Eu esperava que ela estivesse aqui, mas...
- Mamãe...
A frase de Lawrence foi interrompida pelo sussurro de seu filho, que cheirava o ambiente, ao mesmo tempo em que as orelhinhas de sua filha mexiam-se através do fino tecido do chapéu.
Horo estava por perto.
- Eu já volto, Mark - disse ele, levantando-se e carregando seus filhos consigo durante o percurso. Horo estava por perto, ele tinha de dizer-lhe onde eles estavam.
- Então, os seus negócios estão indo muito bem. Fico feliz por isso.
Essa voz, era ela. Ele virou-se rapidamente para a esquerda, e imediatamente encontrou sua esposa. Mas não estava sozinha, e sim acompanhada por cavalheiro alto e atraente, de cabelos loiros e olhos azuis.
Quem era ele ?
- Mamãe ! - gritaram, em uníssono, os seus dois filhos, brigando um com o outro, porque ele os soltara e deixara-os onde estava a mãe de ambos.
Bem-aventurados eram os seus filhos.
- Oh, Lawrence - Horo cumprimentou-o ao longe enquanto aproximava-se com o jovem seguindo-a de perto - Meus filhotinhos - ela incitou-os, recebendo a ambos em seus braços.
- Onde você estava ? - perguntou Lawrence, um tanto quanto impaciente. Era verdade que Horo já não tinha a aparência de uma adolescente de quinze anos, ela agora estava mais madura, mas nem por isso menos bela aos olhos de qualquer homem.
- Fui procurar maçãs para as crianças e para mim, e quando percebi, havia me perdido de vocês - ela explicou, displicentemente - Eu tive muita sorte por ter me encontrado com ele enquanto estava procurando por vocês.
Lawrence franziu o cenho, aborrecido, e tomou Yuuki dos braços da mãe, e colocou-se protetoramente à frente deles.
- E quem é você ? - o comerciante exigiu uma resposta do loiro, que viu-o e sorriu.
Horo não conseguiu se segurar mais e riu sem reservas, surpreendendo, inclusive, ao pequeno Lewis, em seus braços.
- Você não o reconhece ? - perguntou a sábia deusa ao seu marido mortal, que negava com a cabeça - É Fermi Amarti. Ele apenas cresceu um pouco.
Um pouco ? O jovem o passava por vários centímetros, e antes era bem menor do que ele. Ele crescera muito e o ultrapassara. Involuntariamente, Lawrence lembrou se de como, no passado, ele havia sido aquele que tentara afastar Horo do seu lado, e tinha de ser casualmente com ele que sua esposa viera a se encontrar.
- Amarti - ele cumprimentou-o, recuperando o seu tranqüilo semblante - Já faz muito tempo.
- É verdade - afirmou o loiro - Eu imaginei que o encontraria com a senhorita Horo quando a vi.
Ele comentou isso com uma pitada de desdém ao ver seus filhos. Lawrence sorriu satisfeito, era óbvio que ele não esperava encontrá-la com seus filhos. O jovem de cabelos prateados limpou a garganta antes de falar.
- Eles são Yuuki e Lewis Kraft - disse ele, apresentando-os - Nossos filhos.
Lawrence pensou que nunca havia falado isso com tanto orgulho.
- Oh, estou vendo - limitou-se o jovem a dizer - São crianças muito lindas - afirmou o loiro, olhando para os seus dois filhos, extasiado.
- Se você se apressasse em ter um filho, poderíamos estar falando sobre compromisso, afinal, um filho seu seria um partido muito bom para Yuuki - falou a sábia Horo, com o único propósito de aborrecer o seu marido.
- Horo !
Plano que saiu à perfeição. Amarti limitou-se a sorrir.
- Bom, foi um prazer vê-los, senhor Lawrence, senhora Horo - despediu-se o educado cavalheiro, fazendo uma reverência - Crianças, foi um prazer conhecê-las.
E, assim como chegara, ele partiu.
Horo despedia-se com as mãos, propositalmente ignorando o desconforto de seu marido. Sabia o quanto ele era ciumento e tinha medo de perdê-la. Embora desde que as crianças haviam nascido, ele parecia sentir-se mais seguro, e até certo ponto, era realmente assim. De vez em quando, era bom ver que não podia se confiar demasiadamente.
E o fato de Amarti ter aparecido acabara caindo como uma luva. Ele lembrava de que até mesmo quando os filhos nasceram, decidiram nomeá-los, ela se aborreceu quando ele disse que os únicos nomes masculinos humanos que conhecia eram Wes, Mark ou Fermi.
Por isso, acabaram mudando de idéia, e assim ela terminou por nomear por Yuuki a filha que, originalmente, se chamaria Isabelle, e Lawrence nomeou por Lewis o seu pequeno primogênito.
- Senhor ? - ela chamou ao marido com aquela voz de garota mimada, e o viu girar o rosto, ofendido - Não se aborreça.
- Você acha que eu não deveria estar irritado ? - ele perguntou, aborrecido.
- Sim, porque eu não falei sobre a minha família com o jovem Amarti. Cedi esse prazer a você - ela confessou, altiva.
Touché.
- Tudo bem, tudo bem - ainda que não gostasse de dar sempre razão à loba, ele sentira-se muito bem ao deixar claro para Amarti quem era o único dono de Horo - Mas não volte a falar a respeito de compromissos com minha filha.
- Ciumento, meu senhor ? - perguntou a deusa, travessa.
- Claro - ele admitiu, dividindo um sorriso com sua esposa.
- Horo !
Mark apareceu cumprimentando a família, acompanhado pela sua, desta vez com Adelle incluída.
Lawrence observava deslumbrado como Horo cumprimentava e reunia-se com todos, e sentiu-se o homem mais feliz da face da Terra.
Já à noite, no hotel em que eles haviam se hospedado, o homem de olhos ametistas desenhava algo à luz de velas.
Sua casa.
Não havia dito nada a Horo, ainda, mas estava prestes a estabelecer-se, e Kumerot não lhe parecia uma má opção. Ele tinha o dinheiro e a mercadoria, mas ainda era surpresa. Porque tinha de pensar desde já em morar em uma casa maior.
Voltou a olhar para as três pessoas que dormiam profundamente na cama. Lewis havia bagunçado o seu lado do lençol, para variar. E, como todo bom pai, ele aproximou-se para deixar tudo arrumado. Quando estava perto o bastante, ele pôde apreciar como a cálida e espessa cauda de sua esposa abrigava ainda mais os seus filhos, e enterneceu-se diante da cena.
Ele sempre achara que ser um comerciante itinerante fosse o suficiente para satisfazer a sua vida. Mas só agora, que tinha uma família, ele conseguia sentir-se completo.
Amava-os.
Ele havia encontrado algo que amava mais do que fazer um bom negócio ou obter um bom salário, e isso era:
A verdadeira felicidade, sua família.
FIM
N/A: Reviews ?
Elas são bem-vindas, obrigada por lerem, eu espero por seus comentários.
Despede-se com um beijo:
Sakura Tachikawa.
N/T 2: Só para avisar que a fic não termina aqui. Apesar do "Fim" postado, ela tem mais um capítulo, se for possível eu o posto hoje mesmo.
Espero que tenham gostado.
