Título: Can't Fight This Feeling
Shipper: Edward/Bella
Gênero: Universo Alternativo, Romance, Drama, Lemon.
Classificação: NC/17
Resumo: Depois que Bella Swan presencia a terrível morte de sua mãe, ela muda muito. Sua vida, antes luminosa e feliz, passa a ser sombria e sem-graça.
Até que, depois de dois anos, ela se muda com seu pai para a pequena e chuvosa cidade de Forks e encontra lá, a pessoa que pode ajudá-la. A única pessoa que a faz verdadeiramente feliz.
Mas os problemas não param por aí... Edward Cullen, o seu anjo, na verdade não é tão angelical assim, e as coisas que estavam seguindo tão bem... Passam agora a virar um pesadelo.
Mas Bella... Não se importa com o perigo que está correndo. Na verdade... Ela gosta dele!
Prólogo – Tears in Heaven
Bella POV'S
Would you know my name if I saw you in Heaven?
Would it be the same if I saw you in Heaven?
I must be strong and carry on,
'Cause I know I don't belong here in Heaven.
Eu caminhei lentamente até meu pai.
Charlie tinha o semblante sombrio, e seus olhos estavam preocupados. Ele pousou sua mão em minha cintura, e eu encostei minha cabeça em seu ombro, enquanto nós começávamos a caminhar vagarosamente.
As palavras não eram necessárias. Nosso sofrimento, e a dor profunda que tínhamos em nosso peito, falavam por si só.
Eu fechei os olhos, e comecei a respirar lentamente pela boca, enquanto era guiada para dentro de casa.
Oh. Eu estava com tanto medo. As lembranças pareciam dançar em minha cabeça, me atormentando, me deixando tonta.
Isso tinha que parar. Isso tinha que parar.
Eu tentei respirar normalmente, mas não foi possível. Havia um bolo em minha garganta, que me impedia de falar.
-- Filha... – Charlie começou, enquanto pisávamos em casa. – Eu... Acho que você precisa da ajuda de um profissional.
Eu o olhei, aterrorizada, envergonhada e acima de tudo culpada, e desabei em seus braços, chorando como um bebê.
-- Shii... – Ele sussurrou, enquanto me pegava no colo com uma facilidade inimaginável. – Vai ficar tudo bem, querida... Se você não quiser... Não precisa falar com ninguém.
Eu assenti, enquanto afundava minha cabeça em seu peito. Eu senti meu rosto corado de vergonha, e suspirei, enquanto ele me botava deitada no sofá.
-- Pai... – Eu finalmente disse. – Eu... Sinto muito.
-- Bella! – Ele me repreendeu. – Não foi sua culpa! Meu Deus! Você tem que parar com isso!
Eu assenti, tentando tirar as imagens da minha cabeça... O beco escuro... A tontura... Minha mãe me sentando no chão... Os três homens...
-- Eu só queria... Ter feito alguma coisa. – Sussurrei, enquanto fechava os olhos. Minha mente começou a dar voltas, enquanto lembranças desconexas povoavam meu pensamento. – Ela poderia estar viva agora... Se eu...
-- Não, Bella. – Charlie falou, enquanto acariciava meus cabelos. – Você não poderia ter feito nada. E agora... Você está aqui em Phoenix comigo. É uma nova chance. Talvez... Você possa ser um pouco... Feliz.
Eu percebi que ele hesitou, enquanto as palavras saiam de sua boca.
E ele estava certo em hesitar. Porque eu nunca havia morado com ele.
Eu vivi minha vida inteira com minha mãe. E agora... Eu me sentia podre.
Eu estava gelada por dentro. Havia uma pedra dentro do meu coração, agora que minha mãe estava morta.
E nada mais importava. Eu não queria amigos, nem namorados, nem festas, nem roupas de grife. Tudo o que eu sempre quis antes... O que eu sempre tive...
Não importava mais. Eu estava sem vida. Desde aquela noite, tudo estava mudado. E nada mais fazia sentido.
Era tudo tão fútil, que me dava vontade de chorar.
E agora, enquanto minhas ex-amigas se divertiam e felizes, eu estava aqui, como um zumbi, morrendo aos poucos, e não vendo nenhum sentido em continuar viva.
Porque minha mãe havia morrido. E ela havia morrido no meu lugar.
Would you hold my hand if I saw you in Heaven?
Would you help me stand if I saw you in Heaven?
I'll find my way through night and day,
'Cause I know I just can't stay here in Heaven.
-- Eu preparei seu quarto para você. – Charlie suspirou. – Talvez você precise ficar um pouco sozinha.
-- Pai... – Eu murmurei. – Obrigada por... Tudo.
Ele me olhou bem nos olhos, e segurou minhas mãos.
-- Eu sou seu pai. E eu te amo. Você não precisa agradecer.
Eu assenti derrotada, e abaixei meus olhos, sentindo-me corar intensamente. Era... Complicado pra mim, demonstrar meus sentimentos. Eu sabia que para Charlie, era exatamente igual, e me sentia imensamente grata pelo apoio.
Sem ele, eu realmente não conseguiria enfrentar tudo sozinha. Mas eu sabia que ainda havia um longo caminho a se percorrer.
Porque por mais que você tente fugir, ou esquecer o passado, ele sempre está dois passos atrás de você.
E um momento de hesitação, pode fazer com que ele te alcance.
E no momento, aquela noite estava bem nítida em minha mente. E eu tinha que fazê-la dar dois passos para trás, para que eu pudesse respirar.
Para que ao menos, eu tentasse viver.
Time can bring you down; time can bend your knees.
Time can break your heart, have you begging please, begging please.
--Eu vou me deitar, pai. – Sussurrei, mesmo sabendo que não eram nem cinco da tarde ainda. – Eu acho que preciso descansar um pouco.
--Pode ir, querida. – Ele me disse, e abriu um pequeno sorriso. – Tente dormir um pouco.
Eu assenti, e subi as escadas bem devagar, enquanto focava minha mente no livro Orgulho e Preconceito. Eu pensei no Sr. Darcy, e suspirei, enquanto entrava em meu quarto.
Mas o beco escuro não saía de minha mente. E quando eu tirei meu tênis, e deitei na cama me cobrindo, a imagem do homem corpulento e loiro veio a meu pensamento.
Eu ofeguei, e seu hálito de bebida preencheu minha mente, enquanto lentamente as figuras dos outros dois emergiam em meu cérebro.
-- Não... Não... – Eu sussurrei para mim mesma. – Não...
Eu pude ouvir o grito de minha mãe. Ela me mandando correr... E eu ficando parada como uma estátua.
Eu me lembrei da náusea, da tontura... Das respirações ofegantes, enquanto eles lentamente tentavam tirar as roupas dela...
-- Não... – Eu voltei a murmurar... – Por favor... Saia da minha cabeça.
E então, eu me levantei correndo, e entrei no banheiro. Eu me despi rapidamente, e entrei na água quente, enquanto passava uma bucha por minha pele, bruscamente.
Mas não era minha culpa. Não era minha culpa. Eu não pude fazer nada.
Nada. Eu só...
Corri.
E agora, minha mãe estava morta. E eu... Absurdamente viva.
Ou melhor... Eu também estava morta.
E nada mais fazia sentido.
Eu era uma menina de quinze anos, que não tinha mais vida.
Huh.
Beyond the door there's peace I'm sure,
And I know there'll be no more tears in Heaven.
Would you know my name if I saw you in Heaven?
Would it be the same if I saw you in Heaven?
I must be strong and carry on,
'Cause I know I don't belong here in Heaven
'Cause I know I don't belong here in Heaven
