Boa Sorte, a saint seiya fanfic

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Ãhn... não, Yuka não tem um pingo de cultura, não se enganem. Pode parecer que eu sei alguma coisa sobre costumes japoneses, mas na verdade eu aprendo tudo de última hora com a Nai-chan e com o jornal. O fato a seguir eu ouvi no jornal de meio-dia hoje, enquanto lutava com o Photoshop. Eu assisto o jornal, meu! Alguma coisa eu tenho que fazer nas férias xD Voltando ao esclarecimento, minha dose de cultura veio daí, do jornal de meio-dia. To no chinelo, satisfeito?

ATENÇÃO! Shounen-ai minusculículo da Yuka se aproximando! Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e demais associados, e imagino que aos herdeiros deles também u.u

Ah! Esse também é um fanfic de Ano Novo, apesar de ter sido escrito depois dele.

BOA SORTE

(Yuka)

Enrolou a linha no carretel resistente, respirando fundo. Havia muito tempo que não fazia aquilo. Passara a tarde toda do dia anterior munido de linha, agulha, papéis e tecidos coloridos, espalhados por cada canto do quarto naturalmente em total desordem. Dedos machucados, vários projetos perdidos, mas tinha valido a pena.

Um coro de risadas atrás de si denunciou a chegada dos outros, ele conversando animadamente com o chinês de cabelos compridos. Parecia feliz, carregando um embrulho nos braços. Avistaram-se, sorriram sem nenhum motivo além do de sorrir. Então todos se sentaram na grama nova e rasgaram os embrulhos de papel pardo, sacolas plásticas e arames enrolados.

O céu manchou-se de pontos coloridos. Um mais alto, um mais baixo, todos se espalhando entre as nuvens como pássaros em brasa e arco-íris. Os gritos de exultação e risadas das crianças no parque, algumas participando da tradição, outra correndo em torno dos empinadores, era contagiante. Riu, sentindo-se de volta a uns bons dez anos atrás. E a risada ao seu lado foi ainda mais sincera e infantil.

Olhou-o. O cabelo comprido era bagunçado pelo vento enquanto segurava o carretel com força, a corda dançando enquanto escapava conforme queria. Parecia extremamente feliz. Podia existir recompensa para dedos furados melhor que aquela?

Sorriu. O vento mudou de direção e perdeu força, e pássaros começaram a tombar aos poucos, um a um. Mas não ia desistir do seu tão fácil. Segurou o carretel com as duas mãos e começou a correr, não muito rápido, mas o suficiente para mantê-la no ar. Então parou, a vendo subir e bailar, de um lado ao outro, num jogo de azul e verde.

"Hyoga!" rindo, vinha correndo pelo mesmo lugar por aonde viera, arrastando a linha presa no conjunto de tecidos coloridos lá em cima.

Hyoga respondeu com um sorriso, sem dizer nada. Não havia nada para dizer, a companhia e olhares satisfeitos sendo o suficiente para ambos. Não ia ficar só naquilo, é claro, mas por enquanto bastava.

"Shun, acredita mesmo que elas trazem boa sorte?" perguntou depois de certo tempo, observando as duas pipas em sincronia pelo céu de brigadeiro.

O garoto sorriu como sempre sorria, aqueles sorrisos que pareciam tímidos e não diziam nada, ao mesmo tempo em que eram os mais ousados do mundo e dotados de vida própria.

"Claro que sim. Ao menos para mim elas estão trazendo agora mesmo"

Olhares, onde tudo se perdia e tudo se guardava. O céu coalhado de pontos multicoloridos anunciava mais um ano, mais um pouco de vida, mas um pouco de amor e boa sorte para cada um. O céu tinha a mesma cor dos olhares e sorrisos trocados pela certeza. E pelo destino também, talvez.

.OWARI.

Não, eu não comi um saco de açúcar antes de escrever essa meia dúzia de parágrafos aí não u.u Seu baka.

Explicando: próximo do Ano Novo (ou é depois do Ano Novo? O.O) é costume no Japão empinar pipas (papagaios, como queiram) para pedir boa sorte no ano que se aproxima (ou que chegou, se no caso for depois da comemoração). Eu não tenho certeza, eu vi no jornal xD Cadê minha sensei pra ajudar essa hora?

PS.: alguém não notou que era Hyoga e Shun? xP

Feliz Ano Novo, folks!