I dreamed. I was missing, you were so scared.
But no would listen, cause no else cared…
A musica dos Linking Park bloqueou o meu cérebro, ao mesmo tempo quando eu estava deitada numa posição desconfortável na minha pequena cama.
After my dreaming, I wore with this fear…
What I am leaving, when I'm done here?
Meti o meu MP3 a altura máxima e fui a casa de banho; O meu pai estava de novo a bater na mãe. Eu fui a correr para o quarto, tentando esconder me para que ele não me veja. Eu não queria ouvir as desculpas dela e os gritos da dor, eu sabia os muito bem.
O meu pai, Jacob Black, era forte, muito forte. Eu sempre perguntava a mim própria, porque é que ele é assim.
Eu outra vez concentrei me nas palavras da musica, agora não era o melhor momento para chorar. Ele estava de mau humor, e eu não queria dar-lhe motivos para me fazer mal, sabendo que disto já esta a sofrer a minha mãe.
When my time comes, forget the wrong that I've done
Help me leave behind some, reasons to be missed
Don't resent me, and when you're feeling empty.
Keep me in your memory, leave out all the rest.
Leave out all the rest…
Estava prestes a adormecer quando ouvi passos… Para o meu quarto ia o homem da neve! Pensei eu a brincar. Eu sabia, quem é que era. A porta abriu-se com grande força e foi contra a parede. Consegui ouvir os gritos da minha mãe e as suas lágrimas da sala. Ela não conseguia esconde-los. Deixei os olhos fechados. Não me apetecia olhar nos olhos da pessoa que cada dia estraga a vida da minha mãe, e tanto me fazia o que ela sentia por ele.
Ele não era o meu pai. Eu até tinha vergonha ser filha dele. Eu queria fugir e nunca mais voltar, eu pensei nisto antes. Mas no último minuto a única pessoa que me prendia ali, era a pessoa, que sempre sem nenhuma palavra amava-me. A minha mãe. Eu amava a mais que tudo na minha vida. Ela era a minha pequena luz do sol que saia das nuvens no céu, que se chamava a minha vida. Mas quando aquilo chegava ao meu pai, nos não tínhamos forças. Ela sempre dizia, que ama o muito para fugir. Mas eu sabia que na verdade ela não gosta nem um bocadinho dele, só tem medo. Nas suas palavras de amor estava inscrito "medo" e "odeio". Era fácil descobrir isto, a minha mãe é um livro bem aberto.
Eu senti, como se inclinou a cama, quando o meu pai sentou-se ao pé de mim. Ele estava a espera que repare nele. Eu estava a ignora-lo, mas ele esperava…esperava…esperava. Eu ouvia como ele resmungava.
-Lizzie, porque é que não falas comigo, eu sou o teu pai, tu gostas de mim, - reparem, ele não disse que gosta de mim.
- Vá lá – o seu tom mentiroso e inocente enjoava me. Também não lhe ia dizer nada.
-Se tu não me falas agora, eu prometo, tu levas, - eu ia levar na mesma.
-Bem, e quanto a isto? VAI TE EMBORA! – Senti uma forte estalada. O golpe dela fez o meu rosto ir para o lado, causando tensão no pescoço. A dor fez uma onda do pescoço ate as costas. Cai para o chão e mantive-me quieta tentando ficar melhor depois do golpe. De novo dor não!
Fechei os olhos e mantive me quieta no frio chão de madeira. Também não iria mexer me, mas ele queria obrigar-me. Ele pegou me pelos cabelos e segurou a frente do seu rosto. A pressão do meu corpo enviava dores da cabeça para os cabelos. As pernas balançavam me, e eu fechei os olhos, recusando-me a olhar para os seus olhos frios e negros.
Tentei não gritar e implorar, porque aquilo não ia ajudar. A minha vontade lutava contra o meu orgulho, enquanto a violência física durava a noite toda…
