Título: Mudança de Hábito

Sinopse: Nick e Sara, cuidam de um corpo encontrado dentro do carro em um beco; Catherine e Warrick, uma prostituta possivelmente assassinada; e Greg, Sofia e Grissom, um assalto em uma mercearia. Quando sara acaba acidentalmente ficando cega, Grissom vai fazer de tudo para ajudar o amor da sua vida, mesmo que inicialmente ela seja contra.

Disclaimer: os personagens de csi não me pertencem. E sim a CBS.

A/N: essa hist eu escrevi com uma amiga minha da internet, a Cleide. Ficou legal!


Os csi's chegaram para o turno da noite, às 18h e conversavam sobre programas de televisão, quando Grissom apareceu na sala, pouco tempo depois, para entregar os casos com os quais iriam trabalhar: para Nick e Sara, um corpo encontrado dentro do carro em um beco; para Catherine e Warrick, uma prostituta possivelmente assassinada; e para Greg, Sofia e ele, um assalto em uma mercearia.

"Vocês sabem o que fazer!" falou Grissom.

Todos acenaram, com exceção de Sara que se levantou e apressou Nick. O rapaz olhou para os demais, não entendendo a pressa, mas apenas fez o que ela pediu. Os demais foram deixando a sala na seqüência. Grissom bem que percebeu, que a jovem não olhara para ele, em nenhum momento. Não era comum isso acontecer: ela o tratar com certa frieza. Apesar de decepcionado, apenas olhou para o chão e saiu andando.

Chegaram no beco e um policial os esperava.

"Sidle e Stokes, do laboratório criminal" falou a moça.

"O que temos?" Perguntou Nick

"Homem, Branco, 54 anos. Estávamos esperando vocês e o legista".

"Quem o achou?" Perguntou Sara.

"Um rapaz estava passando pela rua e viu que o carro estava com a porta aberta" respondeu o policial. "Quando se aproximou, tentou falar com o homem, mas ele não respondeu, então ligou para a emergência".

"Onde ele está?!" Perguntou nick.

O policial apontou para a parede onde o rapaz estava com outro policial e Nick foi falar com ele. Enquanto isso, Sara foi até o carro colher evidências. Colocou as luvas de borracha, acendeu a lanterna e deu uma primeira olhada no interior do carro. Antes de mexer em qualquer coisa, tirou algumas fotos.

Deixando a câmera de lado, ela pegou com a pinça os fios que encontra no encosto do banco do motorista, e colocou em saquinhos distintos. Depois, tentou procurar por impressões digitais no banco, mas só encontrou parciais.

"O rapaz está limpo, em todo caso, peguei o telefone dele" falou nick ao se aproximar. "O que temos aqui?"

"Olhos esbugalhados, boca aberta, pescoço para trás... Poderia ter sido estrangulado" respondeu Sara. Nick achou bastante interessante a hipótese, e foi verificar por evidências no banco traseiro.

"Talvez devêssemos levar o carro para o laboratório, lá com certeza vamos achar mais coisa" comentou o rapaz.

"Sim" respondeu Sara olhando agora para o carpete, que estava embaixo do pé da vitima. "O que temos aqui?! " Disse ela em voz alta, observando um pó diferente.

Nick foi até ela, para verificar.

A jovem juntou o pó com os dedos, colocou sobre a palma da mão e resolveu cheirar para ver se identificava - não descobriu! Pegou um dos envelopes pardos pequenos e colocou o pó dentro dele. Quando chegassem no laboratório, ela iria analisar. Recolheram mais algumas evidências e decidiram voltar para o laboratório.

Sara colocou os apetrechos de trabalho no carro dos csi's, e antes de entrar, tirou as luvas de silicone. (essas luvas eram bem chatas para colocar e tirar, elas grudavam demais na mão, ainda mais quando eles suavam). Entrou em seguida no carro e disse que eles já podiam ir. Nick notou que a jovem estava coçando os olhos e perguntou o que estava acontecendo.

"Alguma coisa entrou no meu olho... Mas está tudo bem".

Nick então não fez mais perguntas.

Os demais grupos também estavam nas suas respectivas cenas. Grissom estava coletando evidências no corpo na mercearia, e pedira a Greg que verificasse se havia algo errado na caixa registradora. Enquanto isso, Sofia conversava com os funcionários, tentando obter mais detalhes do que teria acontecido.

"Eu não sei" disse uma das moças que estava lá dentro. "Ouvi um barulho e de repente quando vim até o corredor, encontrei o cara morto".

"Viu alguém estranho?"

"Não".

"se lembra de mais algum detalhe? (a moça balançou a cabeça negando) Obrigada", disse a detetive.

Sofia foi então falar com o gerente. Mas ele não pode dar mais informações, pois estava nos fundos, quando tudo aconteceu. Tentou conversar com a moça do caixa, mas ela estava nervosa demais, para falar naquele momento.

Do outro lado da cidade, Catherine e Warrick estavam falando com outras prostitutas, tentando descobrir quem era realmente a vitima - a maioria, senão todas elas, usavam apelidos diferentes dos seus nomes: "cachinhos dourados" (a vítima), "barbie", "borboleta", etc. Quem sabe alguém poderia dar uma dica de onde ela morava, se tinha família ou não.

Assim que chegaram no laboratório, Sara e Nick separaram as evidências.

"O que quer fazer?" Perguntou ele, deixando a cargo da companheira, escolher a evidência quer queria processar.

"Primeiro, vou levar essas impressões digitais para o Archie, já que Greg está em campo hoje. Depois vou ver se descubro que substância era aquela encontrada no tapete. E por fim vejo o negócio dos fios".

"Eu vou cuidar das fotos então... "

A jovem acenou concordando.

Achando estranha a atitude da moça, e já não era de hoje, Nick resolveu perguntar:

"O que aconteceu?"

"Nada".

"Então porque está agindo assim?"

"Assim como?" questionou ela séria.

"Tentando resolver tudo logo e sozinha... Extremamente série e quieta... E ainda: ignorando Grissom..."

"Grissom, ele consegue estragar tudo!" Pensou ela.

Ela ficara bastante decepcionada quando, noites atrás, eles jantavam juntos, num restaurante gostoso, elegante, e Grissom simplesmente não conseguiu parar de falar sobre trabalho e coisas que ele gostava. Parecia mais um jantar como todos os outros e com qualquer pessoa, do que um jantar com a pessoa que o amava.

"Estou apenas cansada" respondeu ela finalmente, tentando ver se o assunto morria ali.

"Se precisar conversar, sobre qualquer coisa... Estou aqui!" Falou nick.

"não há sobre o que conversar " respondeu ela.

Percebendo o quanto estava sendo rude, completou: "mas mesmo assim, obrigada".

Nick acenou e após pegar a máquina fotográfica, saiu da sala. Sara ficou parada por alguns minutos e depois, tentando esquecer do incidente com grissom, deixou as impressões digitais com Archie e foi processar a sua substância, na sala de evidências.

Despejou um pouco do pó num pequeno frasco de vidro, misturou com outras substâncias e colocou sob o microscópio, para ver se identificava o que era. Parecia ser chumbo. Para ter certeza, ela colocou outro frasco, com os mesmo ingredientes, dentro da máquina processadora e esperou pelo resultado.

Assim que ela pegou o papel com o resultado, grissom adentrou na sala.

"Está tudo bem por aqui?" Perguntou ele.

"Sim. Nick e eu já processamos toda a cena do crime" respondeu Sara, voltando ao microscópio.

"Certo. Eu queria falar sobre uma coisa..."

"Pb(N3)2 , foi essa substância que achamos no carro " falou a jovem, impossibilitado qualquer comentário dele que pudesse vir a piorar o seu dia.

"Nitreto de chumbo. Usado principalmente em explosivos" falou Grissom.

"Ou nossa vitima, ou o nosso assassino, ou mesmo ambos, trabalham com munição".

Os dois ficaram em silêncio. Grissom ia perguntar por que ela estava chateada, mas Nick entrou na sala naquele mesmo instante.

"Aqui estão elas. Hei Gris, não sabia que estava aqui!"

"Cheguei há pouco tempo." respondeu o chefe. "Estava perguntando a Sara como andam as coisas".

"Ainda estamos esperando carro chegar, para processar melhor..."

"Sei. E o que você está na mão?"

"As fotos da cena do crime" respondeu Nick entregando-as para Grissom.

"Hum. Interessante... Estrangulamento é o mais provável."

"Sara disse a mesma coisa sobre a causa da morte" falou Nick.

Grissom gostou de ouvir aquilo e olhou para Sara sorrindo. A jovem estava um pouco ocupada, coçando o olho esquerdo, e nem percebeu.

"Já sabem o motivo?" Perguntou Grissom.

"Não ainda. Seu olho continua coçando, Sara?"

"Um pouco, sim".

Antes que o chefe perguntasse, Nick explicou que alguma coisa havia caído no olho dela, enquanto estavam na cena do crime. Mas que não era nada demais. Grissom levantou a sobrancelha, pensativo: se fosse poeira, não seria problema, mas se tivesse sido o nitreto de chumbo... não era coisa boa.

Esse tipo de material, quando entrado em contato com a pele pode causar danos nos tecidos e poderia trazer problemas de visão. Não achando legal mostrar maior interesse na frente de Nick, o chefe resolveu deixá-los trabalhando e foi cuidar das suas coisas.

Nick e sara ficaram conversando sobre o caso por mais um tempo. Os dois juntos processaram a parte dos fios encontrados no banco - cada um ficou com um. Como resultado, um era da vitima e o outro de um rapaz que tinha a raiz do cabelo muito fraca. Ou por motivos de má alimentação ou até mesmo calvície, uma doença genética que enfraquece os fios e alguns não nascem novamente.

"Infelizmente isso não ajuda a reduzir o número de pessoas que possam ser suspeitas" comentou Sara enfurecida. "Não tem catalogo com nomes para isso!"

"Se procurarmos pela substância que você encontrou, talvez ajude nessa parte" falou Nick.

"Tem razão. Boa idéia. Sabemos de quem era o carro?"

"Brass está checando isso".

"Certo".

"Porque não vai para casa descansar um pouco, e eu continuo aqui?".

Sara olhou no relógio e achou que ir para casa era uma boa idéia mesmo. Já estava quase amanhecendo e talvez se ela descasasse a dor de cabeça desapareceria.

Grissom estava na sua sala quando a jovem passou indo para o elevador. Ele ia chamá-la para conversar, quando Greg apareceu trazendo novas informações sobre o caso da mercearia. Ele olhou para o rapaz e depois para o elevador: sara já entrara e a porta estava se fechando. Não adiantaria fazer nada. Ele voltou sua atenção cansada para o rapaz e perguntou:

"O que é Greg?"

"Analisei a fita de segurança da mercearia".

"E..." (Grissom sabia que Greg tinha algo mais a dizer, e precisava que ele mostrasse que estava realmente prestando atenção)

"O atirador estava com máscara, mas sabemos que é um homem".

"Hum. E qual a ligação com a vítima?" falou o chefe.

"Nossa vítima era bem sucedida no trabalho, tinha um seguro de vida relativamente alto, Sofia esta falando com os familiares, para ver se eles sabem de alguém que quisesse matá-la".

"Certo".

"Estava pensando: se ele conhecia a moça, porque matá-la no meio da mercearia, com bastante gente em volta?"

"Talvez o caso fosse tratado como um mero assalto" respondeu grissom com a sobrancelha levantada

Greg olhou para o chão desapontado - deixara escapar essa! Grissom ficou esperando para ver se ele tinha algo mais para dizer, mas Greg apenas saiu.

Sara chegou em casa e preparou algo para comer, estava faminta. Enquanto a comida estava esquentando no microondas, foi trocar de roupa e ficar mais a vontade. Ela abriu o guarda-roupa e procurou uma blusa roxa. Ela estranhou que só encontrou blusas brancas e pretas.

"Tinha certeza que ela estava aqui" disse ela.

Olhou atentamente, mas não achou.

O microondas apitou, avisando que a comida estava pronta, e sara pegou uma blusa branca qualquer e foi até a cozinha. O que ela não percebeu, é que a blusa roxa estava bem perto de onde ela estava mexendo.

Resolveu comer vendo um pouco de televisão, mas não foi uma boa idéia, pois a imagem da televisão incomodou ainda mais seus olhos. Ela apoiou o prato sobre a mesa de centro, e foi lavar o olho com água fria. Já estava começando a ficar irritada com isso!

Voltou para a sala, sentou no sofá e reparou que a televisão estava totalmente sem cores. "estranho" disse ela. Olhou em volta e a luz do abajur não era mais amarela, era branca. A cortina vermelha da sala, não era mais vermelha. Sara tentou não se desesperar, podia ser um problema de visão momentâneo.

Mas e se não fosse?

"isso não pode estar acontecendo!" falou ela inconformada.

TBC