Circulo fechado.

Cap 1: Vítimas.

"Era uma quinta feira muito fria já passava das nove e eu estava indo para minha casa quando uma ligação da Delegacia de Homicídios me chama ao dever, era na rua principal em um prédio comercial. Eu e meu parceiro entramos na sala do crime e em todos os meus anos de trabalho aquela foi a pior cena de todas: um homem estava morto havia sangue para todos os lados, ele estava com a cabeça quase que decapitada e seu corpo estava em péssimas condições fora o fato que estava aberto... foi o pior dia de toda a minha vida como policial".

-Heero Yuy da Delegacia de Homicídio, meu parceiro Trowa Barton.

-Duo Maxwell, sou médico legista. –diz o jovem rapaz parando de olhar o corpo.

-O que poderia nos fornecer de útil? – pergunta Trowa pegando um caderninho.

-Bom ele foi morto com o golpe no pescoço, mas posso afirmar que teve luta deve ter morrido a umas quatro horas mais detalhes só depois de uma perícia mais detalhada no corpo dele.

-Tem alguma identidade? – pergunta Heero.

-Sim... Achei isso na carteira. – diz Duo entregando a carteira de motorista do homem.

-Trowa anote, por favor, Zechs Darlian 49 anos.

-Anotado.

-Bom, eu vou levar o corpo assim que tiver noticias comunico ao seu departamento. – diz Duo.

-Espere... Tome. – diz Heero dando um papel a Duo - este é o meu celular, é mais fácil me encontrar por aqui.

-Obrigado, entrarei em contato em breve. – diz ele levando o corpo com ajuda de mais algumas pessoas.

Heero e Trowa continuaram na cena do crime por mais alguns minutos descobriram mais ou menos o ponto no qual o agressor deveria ter atacado entre outras coisas.

"Acabamos voltando para casa sem descobrir muitas coisas, só sabíamos de uma coisa aquele assassinato foi brutal e em quer que tenha cometido ia pagar muito caro".

Heero entrou no seu pequeno apartamento acompanhado de Trowa, os dois se sentaram no sofá e ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Trowa resolve quebrar o silêncio.

-Bonitinho aquele médico legista.

-É. - diz Heero com uma voz seca e impessoal.

- Você esta afim dele.

- Mas eu acabei de conhecê-lo. Como posso estar interessado nele?

-Deu seu telefone celular, você nunca faz isso.

-Mas era importante, Trowa. – Heero para e respira por alguns minutos e depois recomeça a falar - esta cena que vi hoje foi a pior de toda a minha carreira e o que eu mais quero neste momento é pegar o desgraçado que fez isso.

-Eu também, mas não dei meu telefone para ele.- diz Trowa com um sorriso. – confessa que você gostou dele.

Heero não respondeu se retirou par ao seu quarto e não saiu mais de lá, Trowa deu uma boas gargalhadas antes de ligar a tv e fazer um sanduíche.

"Era sexta feira úmida e chuvosa, meu celular tocou outro homicídio, mas dessa vez era em uma rua, não muito distante da minha casa, eu e Trowa nos dirigimos imediatamente e o que vimos foi muito pior do que o da noite passada. A rua inteira estava interditada, quando passei pela faixa encontrei o médico legista Duo, ele estava com uma cara péssima".

-O que aconteceu?- perguntou Heero se aproximando de Duo.

-Menina de 6 anos morta, seu corpo foi mutilado, golpe fatal não posso dizer já que não tenho o corpo inteiro. – diz ele se virando para Heero.

-Identificação?

-Hilde Bloom, eu a conhecia era amiga da minha irmã. – diz ele olhando desolado para o chão. – e Detetive Yuy...

-Heero, por favor.

-Heero, eu já fiz a autopsia do Zechs Darlian depois passe no IML que eu te darei as informações.

-Tudo bem, mas será que eu poderia dar uma palavrinha com a sua irmã?

-Claro. Ela esta dentro do prédio 206.

-Obrigado.

Heero se encaminhou para lá, estava inconformado com o que havia ocorrido, mas tinha que se manter calmo principalmente depois que viu quem ele teria que interrogar.

-Oi...- diz Heero se abaixando ficando do tamanho da menina - qual seu nome?

-Não posso falar com estranhos.

-Mas o seu irmão, Duo deixou você falar comigo. Agora qual seu nome?

-Relena Maxwell.

-E você conhecia a Hilde?

-Sim, ela é da minha sala e é minha melhor amiga. – diz a menina de longos cabelos castanhos sorrindo.

-E ela foi ontem à escola?

-Foi.

-Ela saiu que horas?

-Não sei, ontem ela saiu mais tarde.

-Porque? Que horas ela sai normalmente?

-Porque não era a mãe dela que ia pegá-la, era a Sally, normalmente ela sai as 16:00 horas comigo!

-Quem é Sally?

-É a melhor amiga da mãe dela, as duas dividem apartamento como o meu irmão.

-Entendo e onde esta a Sally?

-Não sei.

-Muito obrigada Relena.

-De nada moço, manda um beijo pro meu irmão.

Heero saiu do prédio e anotou tudo no caderno de Trowa que no momento estava ajudando a equipe de Duo a encontrar os restos mortais da menina. Após terminar a dolorosa tarefa Duo dá um leve aceno para os policiais e caminha em direção ao carro que o levaria para o seu trabalho. Mas ele preferiu ficar por causa de sua irmã, sabia o quanto ela gostava da amiga.

Trowa e Heero ficaram horas e horas revirando a rua, reconhecendo cada cantinho para poder achar algum indicio que levasse ao assassino.

-Heero...Venha aqui!- diz Trowa de dentro do beco próximo a rua.

Heero sem perde tempo corre para lá, de tudo o que esperava encontrar aquela era a última coisa. Havia sangue vindo do alto do prédio.

-Isole este local, agora. Retire todas as pessoas do prédio.

-Mas não era só isso que eu queria te mostrar. –Trowa abre o lixo.

-Isso é...

-Cal e gelo.

-O cal não deixa o corpo cheirar...- diz Heero olhando com incredulidade.

-E o gelo não deixa o corpo entrar em decomposição. – completa Trowa.

Heero imediatamente sai do beco e procura algum rastro de pó branco por perto, mas o criminoso tinha sido cuidadoso e nada havia sido encontrado lá. Enquanto isso Trowa e alguns policiais sobem as escadas de incêndio seguindo o rastro de sangue que marcava as paredes do prédio branco. Chegaram no nono andar, tudo parecia calmo dentro do apartamento. Alguns segundos depois Trowa desce e cochicha algo no ouvido de Heero, que corre imediatamente ao prédio de Duo.

-É Relena, a Hilde foi para um lugar muito melhor!

-E quando eu vou ver ela de novo, mano? – pergunta a menina limpando uma lágrima que descia por seu pequeno rosto.

-Não sei, mas sei que ela sempre estará olhando por você. – diz duo tentando parecer feliz. Mas neste momento o interfone toca e ele se levanta para atender. –Sim?

-Duo?

-Heero?

-Eu sei que provavelmente você deve estar tentado conversar com sua irmã, mas temos outro corpo.

-Outro? – Duo fica completamente pasmo, nunca tivera tantos corpos em menos de 24 horas. – Assassinado também? – fala Duo sussurrando ao fone.

-Infelizmente sim. – diz Heero abaixando o rosto.

-Já irei descer. – fala Duo que rapidamente coloca o telefone no gancho.

Heero estava andando de um lado para o outro impaciente, esperando a chegada do médico.

-Desculpe a demora! – diz ele aparecendo atrás de Heero. – e agora, onde esta o próximo corpo?

-Não demorou nada. Ele esta no prédio.

Os dois entraram no prédio e sobem diretamente para o nono andar, aonde encontram a cena do crime, Duo se movimenta com agilidade e investiga cada cantinho a procura de algo que possa ajudar aos policiais, mas nada é encontrado, então ele se concentra na retirada do corpo.

-Catherine... – sussurra Duo enquanto olha o corpo estendido, Heero não deixa escapar e logo pergunta.

-Conhecida?

-Sim... Ela é a mãe daquela menina da rua, muito minha amiga, vivíamos no parque conversando.

-Desculpe a pergunta...- fala Trowa – mas sabe de alguém que possa ter querido fazer mal a ela?

-Não... Catherine sempre foi um amor de pessoa, tratava a todos com o mesmo carinho, não sei quem seria tão cruel a ponto de fazer isso com ela. – diz Duo desolado.

-Eu acho melhor você largar o caso, isso esta começando a ficar muito pessoal. – diz Heero colocando a mão no ombro de Duo, que no momento estava ajoelhado ao lado do corpo.

-Não. Nunca abandonei um caso e não é agora que vou fazê-lo, eu dou conta do recado – diz ele sorrindo para Heero.

Heero acenou com a cabeça e depois começou a rodar o apartamento a procura de alguma pista, enquanto isso Duo já chamara o IML e eles já haviam retirado o corpo.

-Informo aos meus mais novos colegas policiais que vou fazer a autopsia agora, se quiserem me acompanhar?

Os dois se entreolharam e balançam as cabeças indicando que sim, todos descem e se acomodam no carro de Duo. Não demorou muito para chegarem ao necrotério.

-Espero que goste de sangue e órgãos! – brinca Duo ao entrarem no enorme prédio.

Sem muita demora uma senhora com aproximadamente uns 50 anos se aproxima de Duo e lhe fala algo.

-Oh, sim eu já sei! E senhora Melson você poderia arranjar alguma roupa para estes jovens cavalheiros eles vão participar da autopsia de hoje!

-Sim senhor Maxwell.

-Ah sim e mais uma coisa, onde esta a Une?

-Estava na cozinha a alguns minutos, disse que não queira começar sem você.

-Muito obrigado! – diz Duo sorrindo para a senhora – nos encontramos na sala 12, meninos...Cuidado para não se perderem!

Trowa deu um pequeno sorriso e Heero dignou-se a apenas olhá-lo. Duo deu uma boa volta no prédio para poder localizar a amiga.

-Depois me diz que quer emagrecer! Comendo rosquinhas! – diz Duo rindo para a menina.

-Duo, pensei que não viesse hoje! O que aconteceu para te tirar de casa?

-Outro assassinato... E você sabe do que eu tenho medo...

-Sim eu sei. Então vamos logo. – diz Une ficando incrivelmente séria.

Os dois tiveram que esperar alguns minutos, por como Duo prevera os dois se perderam.

-Desculpe, demoramos a achar a sala. – diz Trowa.

-Tudo bem, todos se perdem aqui dentro! Só um morador tecnicamente poderia conhecer este lugar! Ah sim, Heero, Trowa esta é Lady Une esta fazendo faculdade e por ser minha prima resolvi dar uma forcinha deixando-a trabalhar aqui!

-Muito prazer em te conhecer. – fala Trowa.

-Igualmente.

-Espero que a gente se de bem. – fala Heero.

-Sim, mas vamos?

Os quatros entraram na sala.

-Recomendo aos novatos que coloquem a mascara, pois o cheiro dos mortos é insuportável!

-Percebi!- reclama Heero- como alguém pode suportar ficar aqui?

-Eu e ele! – sorri Une com a observação, já estava bastante acostumada com aqueles comentários dos policiais.

-Descobriu algo? – pergunta Trowa.

-Você nasceu de quantos meses?

-Seis porque?

-Agora eu sei porque você é tão apressado! Eu acabei de começar e você já quer que eu descubra algo, sabe às vezes demoramos dias para descobrir alguma coisa! – diz Duo olhando para o corpo da jovem criança. –Une pede para o Carlos fazer os exames de rotina, desses frascos!

-Sim...

Une saiu correndo, enquanto Duo continuava a olhar cada parte do corpo com bastante calma, observando cada detalhe, cada corte.

-A pessoa que cometeu esses crimes é muito cuidadosa, mas deixou algumas pistas para nós.

-Poderia falar ?

-Não, quanto eu não olhar os outros corpos! – diz Duo se deslocando para a mesa fria ao lado, que sustentava o corpo de Zechs. Observou de novo atentamente, observou desta vez principalmente o pescoço e fez o mesmo com Catherine, e em Hilde, fez isso inúmeras vezes a tal ponto que deixou Heero e Trowa completamente tontos. Depois tirou algumas fotos e colocou no computador e analisou as fotos colocando uma em cima da outra. Esperou alguns minutos e Une apareceu com os exames.

-Nada de especial, comeram tudo normalmente, mas eu tenho uma surpresinha para vocês... O Zechs é pai da Hilde, e pelo que pesquisei, eles andaram um bom tempo juntos, mas nunca registrou a menina no nome dele.

-Isso é muito interessante, se o Zechs tivesse outra pessoa...

-Essa pessoa poderia querer se vingar. –Trowa completa a frase de Heero.

-Você adora completar as minhas frases em? – fala Heero rindo. – bom, mas temos que descobrir mais algumas coisas! Não podemos mais ficar aqui! Muito...

-Vocês não querem saber o que eu descobri? – pergunta Duo com um sorriso enigmático.

-Claro. – fala Trowa.

-A primeira pessoa a morrer não foi Zechs, foi Hilde e depois dele Catherine foi à última. Houve briga em no caso da Catherine e do Zechs, o criminoso usava luvas, e essa pessoa tem um instrumento musical ou toca algo, porque todos os três foram mortos por uma corda muito afiada e fina e pelo que reparei, ele usou uma corda diferente em cada vitima. Hilde morreu por volta das 16:30, há um registro no nome de Sally Poo que a menina desapareceu ontem no departamento de polícia da rua Conr (1). Zechs tinha um namorado, que trabalha na empresa de Holly (2), parece que o dono com mais dois amigos, e era muito namoradeiro.

Tanto Heero quanto Trowa ficaram abobados ao ouvir ele falar tudo isso, nunca haviam conseguido tanta informação de um médico-legista como de Duo.

-Duo adora o seu trabalho, sempre dá bastante informações.

-Espero que isso ajude em algo! – diz Duo.

-Como assim? Isso nos deu todas as pistas para onde procurar. Muito obrigada! – diz Heero sorrindo.

Não deu tempo para Duo responder os dois tiras já corriam para a saída, enquanto tiravam a roupa.

-Só espero que eles encontrem a saída!

Continua

Rua inventada pela autora. (2) Empresa inventada pela autora.