Título: Bad Day, Good Night
Autoras: Tati Cullen Hopkins e Nina Rickman
Beta Reader: Dany Fabra
Personagens: Severus Snape/Marlene McKinnon
Rated: T/M – Cenas de Sexo (NC)
Quando: Quinto Ano, NOMs (1976) – Época dos Marotos.
Disclaimer: Severus Snape, Marlene McKinnon e cia são personagens de JKR.
Não vamos ganhar nenhum dinheiro com isso, essas humildes irmãs autoras de fic só querem reviews!
"REVIEWS, ASSIM COMO SEVERUS, FAZEM MILAGRES!"
Avisos: Como citado acima, os personagens são de JKR, mas a fanfic Bad Day, Good Night, sua temática, seu enredo, e tudo mais que a compreende, é de autoria única e exclusivamente nossa. Portanto, qualquer cópia – integral ou parcial –, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a nossa autorização será denunciado sem piedade. Agradecemos pela atenção.
Sinopse: Severus Snape e Marlene McKinnon tiveram um dia ruim. Mas à noite seria diferente. A noite haveria de compensar.
Resumo do Capítulo: Um dia ruim.
– CAPÍTULO UM –
BAD DAY
Quando Lily Evans atravessou o buraco do retrato, Severus Snape entendeu. Havia acabado.
Depois de toda aquela humilhação passada à tarde após o NOM de Defesa Contra as Artes das Trevas, ainda acontecia isso para encerrar aquele dia ruim. Sua amizade com Lily havia chegado ao fim, por causa de duas palavras imperdoáveis.
"Sangue-Ruim!"
Severus olhou mais uma vez para a entrada grifinória. Até mesmo a Mulher Gorda parecia lhe dirigir um olhar de desprezo. Ele virou as costas e começou a andar para longe dali.
– Severus, me espera! – gritou uma voz às suas costas, vinda da mesma porta onde ele estava parado, instantes atrás.
Ele interrompeu o andar de seus passos imediatamente. Por um momento pensou que seria Lily, que ela havia reconsiderado suas desculpas. Mas o tom de voz melodioso e urgente de quem o chamou não lhe deixava dúvida, só podia ser uma pessoa, pensou Severus. Ele então se virou a tempo de ver Marlene McKinnon vindo apressada em sua direção.
Sua amiga corvinal era uma das poucas pessoas que – até mais do que Lily – ainda lhe dispensava alguma atenção. Mas a amizade deles andava estranha, e Severus sabia exatamente o porquê disso. Uma atitude impensada, há duas semanas, quase fez com que Marlene se afastasse dele. Porém, ela conseguiu fingir que nada daquilo havia acontecido e eles continuaram sendo amigos.
Somente amigos.
– Oi Lene – ele limitou-se a dizer educadamente quando ela o alcançou.
– Oi – respondeu Marlene, e pediu: – Vai comigo até lá embaixo? – ela perguntou, referindo-se à Torre Corvinal.
– Claro – disse Severus. Marlene então enganchou seu braço ao dele sem pedir permissão e em silêncio, eles começaram a caminhar juntos pelo corredor que levava para as escadas.
Logo nos primeiros passos, incomodada com o silêncio dele, Marlene voltou a falar.
– Eu não vou perguntar se está tudo bem, eu já sei que não está – e acrescentou com tristeza: – Eu vi o quanto a Lily estava chateada quando entrou na sala comunal...
"Não, não, não, não, não..." – Severus pensou. Ele não queria brigar, não podia brigar, não com ela. Mas Marlene não era cega. Ela sabia muito bem quais eram os motivos das recentes discussões entre ele e Lily.
Porém, antes que ele pudesse dizer qualquer palavra em defesa, Marlene o interrompeu.
– Mas independente do que tenha acontecido – ela completou –, ou do que foi dito, eu não consigo virar as costas pra você – e deu um meio sorriso.
O que Marlene disse era verdade. Ainda gostava muito de Severus para ter que fazer isso, bani-lo da sua vida por conta de determinadas escolhas.
– Obrigado – ele disse com sinceridade e então desconversou: – Mas diga-me você; já é tarde... – pontuou. – O que fazia lá?
Ela sorriu e lhe mostrou a mão direita.
– Eu estou sem a minha aliança – comunicou ela.
Ah, a aliança...
A aliança do "namoro" com Sirius Black. Severus jamais esqueceria quando, dois meses atrás, ela lhe mostrou o anel pela primeira vez. Ele tinha se sentido praticamente traído quando ela abriu o seu sorriso mais lindo e anunciou que estava namorando o insuportável Black. Na época, Marlene lhe disse que queria que ele fosse o primeiro a saber. Grande ironia.
– Quer ajuda pra procurar? – foi o que ele conseguiu perguntar.
Eles pararam de andar, já a poucos metros da entrada corvinal.
– Não – Marlene respondeu, então soltou o braço que estava preso ao de Severus e parou à frente dele explicando: – Eu estou sem a aliança... porque eu terminei o meu namoro com Sirius. E eu queria que você fosse o primeiro a saber – ela acrescentou como se soubesse o que ele estava pensando –, já que foi por sua causa também que isso aconteceu...
A sobrancelha dele se ergueu.
– Por minha causa? – Severus perguntou surpreso. – Explique.
Ela suspirou.
– Hoje à tarde, eu já estava com a intenção de terminar tudo, tentei falar com Sirius depois do NOM, mas ele me ignorou – Marlene disse. – E depois, quando eu soube o que aconteceu, o que eles fizeram com você no lago... – ela fez uma pausa, agitando a cabeça como se não acreditasse. – Eu fiquei muito indignada! Voltei aqui, peguei os presentes que ele me deu e fui até a Grifinória para terminar com ele! E quando ele finalmente apareceu, ainda veio me contar sorrindo o que ele e o James tinham feito! – enquanto falava, ela gesticulava de maneira incomodada. – Sirius disse tudo com a maior cara de pau do mundo, como se você não significasse nada pra mim, como se ele não soubesse que eu... que você é meu amigo! Eu senti ódio dele!
Severus também sentiu raiva ao se lembrar do que Black e Potter haviam feito.
– Quanto a Black, em parte eu compreendo – debochou ele. – Acho que o seu namoradinho percebeu que eu nunca quis ser só seu amigo! – ele disparou, para logo em seguida se arrepender.
"Que coisa mais estúpida para se dizer!" – pensou Severus. E então esperou que naquele momento Marlene lhe virasse as costas. Afinal, foi isso o que ela fez num passado não muito distante quando ele tocou nesse assunto pela primeira vez.
Porém, a resposta dela o surpreendeu completamente.
– Eu queria falar sobre isso também – Marlene disse com certo receio, tentando manter a firmeza na voz. – Você lembra... quando... – ela hesitou, por mais que tentasse demonstrar o contrário, tinha uma imensa dificuldade de prosseguir com aquilo – ... quando você me beijou?
Severus suspirou fundo. Como ele poderia esquecer? Impossível. Apesar da reação exagerada de Marlene, tinha sido o melhor beijo da sua vida.
Ele a encarou novamente, e viu nos olhos dela que eles compartilhavam a mesma lembrança.
– Lembrança –
Ele e Lily estavam no Laboratório de Poções de Slughorn, nas Masmorras. Há alguns minutos, eles haviam começado a trabalhar na Poção Redutora, crentes que Marlene não viria mais.
Momentos mais tarde, quando Marlene chegou sem dizer nada mais do que um "oi" sem expressão, Severus observou os olhos dela, castanhos e muito tristes. Então percebeu que ela havia chorado. Ele não gostava quando Marlene chorava, pois sempre – ou quase sempre – tinha a ver com Black.
E embora tentasse, Marlene não conseguia disfarçar que havia acontecido alguma coisa, pois não estava prestando atenção em nada. Por duas vezes, quase colocara as raízes de Margarida na hora errada; então desistiu de cuidar das raízes e passou a mexer o seu caldeirão pacientemente.
– Vamos, Lene? – Lily chamou a amiga quando terminaram de trabalhar no processo.
– Depois eu vou – Marlene respondeu de cabeça baixa enquanto ela e Severus guardavam os materiais.
– Sozinha? – indagou Lily. – Até a Torre Corvinal? Lene...!
Severus tomou a palavra antes que Marlene respondesse.
– Pode ir, Lily – ele disse. – Depois eu vou com ela.
Marlene ergueu os olhos para ele, e eles apenas trocaram um olhar estranho.
– Tudo bem, então – concordou Lily por fim, apesar de desconfiada. – Até amanhã – e saiu.
Depois que Lily foi embora, Severus se voltou para Marlene, ainda em silêncio. Ela continuava com a expressão apática. Ele então tirou das mãos dela o caldeirão que ela pensava em guardar.
– O que você tem? – ele viu-se obrigado a perguntar.
Marlene deu de ombros e um meio sorriso indiferente.
– A pergunta é: o que eu não tenho, Severus – ela respondeu com amargura.
– Por que diz isso? – indagou ele.
Ela suspirou, cansada. Dando-se por vencida, ela resolveu desabafar.
– Quando eu estava vindo pra cá... eu vi... – Marlene começou. – Sirius estava lá, aos beijos com uma lufa-lufa loira... com peitos que pareciam maiores do que balaços e... – ela hesitou, as lágrimas querendo voltar aos seus olhos – ... ele negou TUDO! Ele negou e ainda teve a pachorra de dizer que "foi sem querer"! Agora olha bem pra minha cara e me diz: eu tenho cara de idiota?
Ele a encarou sério antes de responder.
– O idiota é ele, se quer saber – Severus disse firme. – Somente um imbecil como Black para conseguir tal feito: comportar-se como um boçal tendo uma garota maravilhosa como namorada...
E com aquelas palavras, Severus ainda conseguiu ver um meio sorriso sincero se formando no rosto de Marlene. Ela se aproximou mais dele e o abraçou.
– Ah, Sev... – ela murmurou contra o peito dele. – Você só está dizendo isso pra me agradar.
– Me desculpe se pareceu isso, Lene – ele respondeu. – Mas é o que eu realmente penso. Eu gosto de você.
– Eu também gosto – ela disse com sinceridade. – Você é meu amigo.
"Eu não queria ser só seu amigo..." – Severus não conseguiu refrear o pensamento.
Sua mente já ia se perdendo em mais um devaneio. Há quanto tempo gostava dela? E há quanto tempo ele havia determinado que não iria dizer nada por medo de estragar a amizade que tinham até então?
Severus simplesmente esqueceu-se de todas as suas reservas naquele momento e pensou que deveria "pôr as cartas na mesa". Agora que Marlene já sabia que o namorado "perfeito" não era tão perfeito assim, ele precisava tentar, e ela precisava saber o que ele sentia.
– É, eu sou... – ele disse, levantando o rosto dela e afastando uma mecha do cabelo castanho escuro que insistia em cair sobre sua testa. – Mas eu poderia ser mais, eu queria ser mais, se você me permitisse...
– Sev... – Marlene ainda tentou se afastar, mas ele a manteve segura em seu abraço. – Eu não estou entendendo...
– Pra mim, não é difícil imaginar porque Black se apaixonou por você... – Severus disse, voltando a ela toda a intensidade dos seus olhos negros. – Eu sinto o mesmo...
Marlene queria perguntar o porquê de ele lhe dizer isso, mas as palavras pareciam ter sumido. Ou talvez no fundo ela já soubesse. Um longo silêncio se instaurou e ela apenas suspirou, fechando os olhos diante daquela declaração.
Com suavidade, Severus levou a ponta dos dedos até o rosto dela. Lentamente, viu-a abrir os olhos e apenas o fitar em silêncio. Ele sustentou aquele olhar enquanto com a ponta dos dedos ainda brincava com os contornos delicados do rosto de Marlene: as maçãs rosadas, os olhos castanhos de longos cílios, tudo nela era delicado e belo, mas aquela boca pequena, aqueles lábios rosados e cheios pareciam pedir maior atenção.
Ele tocou sutilmente os lábios dela com os seus, sentindo o quanto eram macios e cálidos. Marlene o encarou confusa, porém não pensou em se afastar de Severus quando o sentiu segurar seu rosto delicadamente entre as mãos. Quentes e úmidos, seus lábios cobriam os dela, movendo-se com suavidade, despertando os arroubos de paixão que ardiam em seu peito.
Marlene sentiu uma espécie de letargia a envolvendo. A doçura daquele beijo era algo inimaginável, algo que jamais sentira antes e que nem em seus sonhos imaginou sentir tão plenamente. Era impossível resistir e ela entreabriu os lábios para Severus, sentindo o toque quente de sua língua, tão doce quanto seus lábios.
Era como se tivesse asas e voasse para longe, muito longe...
Ela sentiu uma das mãos dele deslizar até suas costas e a puxar para mais perto de si, enquanto a outra afundava entre seus cabelos e a puxava pela nuca num beijo que além de doce começava a se tornar ardente. Suas mãos pequenas buscaram os ombros dele, depois avançaram entre os fios negros e agarraram-se a sua nuca, arranhando-o e lhe tirando um fraco gemido.
Marlene sentiu-o inclinar-se sobre si contra a bancada de poções, e gemeu baixo ao sentir os braços dele se estreitarem em seu corpo, lhe proporcionando um calor gostoso, misturado ao frio que subia pela espinha ao sentir o corpo de Severus contra o seu. Queria que o tempo parasse, que nunca mais tivesse que se separar dele, de seus lábios, mas algo bem lá no fundo, em seu inconsciente, parecia gritar e se agitar desesperadamente.
"Isso não está certo!" – gritava uma voz insuportável dentro de sua cabeça.
Marlene então interrompeu o beijo de imediato e afastou-se bruscamente de Severus, tendo agora as duas mãos espalmadas contra o peito dele.
– Isso é loucura! Eu tenho namorado! – ela gritou transtornada. – Isso nunca mais vai acontecer! NUNCA MAIS! – e virou-se em direção a saída, quase tropeçando.
Ele ainda fez menção de segui-la, mas Marlene se virou nos calcanhares e gritou:
– Tchau Severus! – ela disse rispidamente antes de sair dali a passos rápidos.
– Lembrança –
A pergunta insistente de Marlene o despertou.
– E você lembra quando eu disse que aquilo nunca mais ia acontecer? – ela perguntou, quase com desespero em sua voz. – Você lembra?
Severus fez que sim com a cabeça. Realmente não estava entendendo o porquê de ela estar falando disso agora.
E então a resposta veio. Marlene ergueu o rosto para ele e o encarou firme nos olhos para poder dizer alto e claro:
– Eu menti!
SSMMSSMMSSMM
Notas das Autoras
– TATI –
Oi pessoal! Mais uma vez estamos trazendo "Bad Day, Good Night" para vocês! E como em todo início de fic, nós temos alguns pontos a serem esclarecidos (a mesma ladainha de sempre RSRSR):
1. Bem, aqui está o resultado de um delírio! A idéia surgiu depois de ler "A Pior Lembrança de Snape" em OdF! Como sabemos que aquele dia foi ruim para o Sev, nós pensamos em salvar pelo menos a noite! Será que a Lene conseguiu? RSRSRSRS.
2. Quanto à fic, é uma shortfic que será postada em quatro capítulos. Afinal, como vamos postar a continuação e o NC sem saber se vocês gostaram? Nós queremos saber a opinião de vocês, e para isso, nada melhor do que reviews, não é mesmo? RSRSR
3. Essa fic já foi toda escrita e postada há algum tempo atrás, e agora decidimos reescrevê-la. Nenhuma mudança considerável, estamos apenas acrescentando detalhes que não estiveram presentes na primeira versão da fic. Esperamos que gostem!
4. No geral, a fic é Rated T, mas como haverá uma cena de NC futuramente, teremos que mudar para M (conforme as regras do FFNet).
5. Apesar de em muitos fanons a Marlene ser da Grifinória, nós mantemos a linha da snarksweetness e Kitty Pride Malfoy, em que ela pertenceu à Corvinal e é filha de Aurores (nas citações dos livros os McKinnon são mencionados como bruxos muito poderosos).
6. Pra quem está lendo uma fic nossa pela primeira vez, saibam que a nossa Marlene é sempre inspirada na atriz Michelle Trachtenberg, mas com olhos castanhos! Não sei bem porque, mas sempre gostamos de imaginá-la assim.
7. Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente nossa, um pouquinho antes resumo no início do cap? Então, por favor, respeitem!
8. Beijos a todos os que leram e milhões de agradecimentos a todos que vão clicar no balãozinho para comentar!
9. Ah, e quem quiser pode me seguir no Twitter! Lá eu vivo dando spoilers sobre as fics e também posto os links diretos das atualizações, é só dar um pulo no nosso perfil!
– NINA –
Bem-vindos de volta! :)
Aliás, é uma boa oportunidade pra quem ñ comentou comentar agora, né?
Quer ver uma "Good Night" acontecer? HAHAHA
ENTÃO CLICA NO BALÃOZINHO DO REVIEW THIS CHAPTER
E DIZ PRA GENTE O QUE ACHOU! ;)
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