A MELANCOLIA DE ADELE AMSEL

Uma história sobre um amor não correspondido e que jamais o será. Adele Amsel vive um drama solitário: é apaixonada pelo sujeito mais frio de Hogwarts e sabe que ele jamais sentirá o mesmo. Mas o amor é um sentimento desgraçadamente inevitável e, muitas vezes, traiçoeiro: apaixonamo-nos por quem nunca deveríamos.


PRÓLOGO

Às vezes penso: se afinal não conceberam uma poção propriamente para o amor, por que não pensar em sua completa antítese, a poção do ódio? Pois que seria de grande utilidade em situações de amor não correspondido, sendo assim um benefício universal - tendo a psicologia uma vez admitido o ódio como o melhor remédio para a cura de frustrações amorosas. Porém, quando somos incapazes de despertar tal sentimento por nós mesmo, mesmo a despeito do que sabemos de desagradável a respeito do outro, o que podemos fazer senão padecer em silêncio, nesse sofrimento duradouro?

Não sei o que acontece, mas esta xícara de café parece despertar a Adele filósofica que há em algum lugar de dentro de mim. Decerto, a poção negra, do ódio, acabaria com todos os meus problemas com um só gole de sua magia. Eu aceitaria odiar certo alguém a ter de conviver com a sua dura recusa por mais que ele próprio já se dê ao trabalho de ser tão odiável, tão repulsivo, enquanto eu sou a única infeliz incapaz de admitir seus defeitos e de me libertar de sua prisão. Por mais que ele já me tenha humilhado, ou ignorado minha reles presença, ainda sinto os sintomas, os duros sintomas do que é amar, esse sentimento tão desgraçadamente humano!

Então eis o momento em que alguém me pergunta: como foi cair nesta armadilha? O que motivou alguém como você a se apaixonar por alguém como ele? Sendo assim, eu lhe respondo que se trata justamente de predestinação, conhece? Aquela coisa que explica porque o casal está junto há tanto tempo, ou a forma como se amaram imediatamente à primeira vista. Tenho uma visão do mundo um tanto (e bem tanto) romântica, devo dizer; o que para mim é a única explicação plausível para o que sinto. Em verdade, o sentimento teve o seu nascimento muito antes de eu sequer me dar conta de quem eu realmente amava, a ponto de sofrer por isso. Não tenho culpa se estou predestinada a amar você, Tom Riddle.

N/a: Agradeço imensamente à todas as reviews de 'Chocolate'.

Próximo Capítulo: 'O Sapo e o Escorpião'