Ahá! primeira fic RenBya (ou ByaRen, ainda não sei) xD Bom, como devem suspeitar essa fic foi baseada em Sorte no amor ( Filme com a Lindsay Lohan, Just my luck, no original) Gostei da história, e o resultado está sendo essa fic. Só espero que esse priemiro capítulo agrade! Ah, e não se esqueçam de deixar seus reviews, hein?
Mais um agitado dia na capital começa. Pessoas caminhando apressadas, tratando de cuidar de suas prioridades e afazeres, trafego intenso, com carros e ônibus lotados, típico de uma grande metrópole. Mas toda essa turba parece não afetar o caminho de um jovem executivo a caminho de seu trabalho. Para Kuchiki Byakuya, não havia empecilhos ou obstáculos que atrapalhassem o seu tranqüilo trajeto. Os semáforos sempre estavam verdes quando seu automóvel se aproximava, além do fato que as vias que ele escolhia nunca estavam congestionadas. Tudo em sua vida sempre chegou sem maiores dificuldades, como se ela entregasse para ele tudo de bandeja, sem nada em troca. Desde ao cargo de chefia do setor de promoção de eventos de uma grande e conceituadíssima empresa de relações públicas da cidade, até as coisas mais simples, como ganhar brindes e descontos em qualquer loja que fosse, achar dinheiro na rua e por aí vai. Coisas como essa a que costumamos chamar de boa fortuna, ou sorte. Mas para Byakuya , coisas como sorte e azar eram sinônimo de tolices de supersticiosos. Para ele, simplesmente, uma cadeia de coincidências, coisas do acaso. A única coisa que acreditava era na dedicação ao trabalho para alcançar sucesso na vida.
Enquanto para uns o sucesso sempre vinha doce e manso como um animalzinho, para outros era uma fera indomável que precisava ser abatida para se entregar. E essa fera era ainda mais feroz com alguns poucos desafortunados ao extremo. Abarai Renji nascera sob esse estigma por assim dizer. Era considerado por seus amigos o cara mais azarado do mundo inteiro. E não era questão de exagero: conhece a Lei de Murphy? Parece que foi concebida para a pessoa do Renji. Poderíamos resumir a vida dele na seguinte frase: Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará, além de ser da pior maneira possível, no pior momento possível. Mas mesmo sendo um imã de azar, isso não o impedia de ter seus sonhos. Renji queria se tornar cantor profissional, por isso que se mudou a uns dois anos para a capital, sabido que suas chances talvez fossem a melhor coisa que conseguiu foi se apresentar para um parco público em pequenos barzinhos na noite. Mas sempre que podia, ficava acampando próximo a gravadoras a fim de mostrar seu trabalho. E era justamente isso que estava fazendo naquela manhã.
"Lá está ela! É minha chance!" falou Renji para si mesmo enquanto observava duas mulheres elegantes saindo da Soul Records, uma das gravadoras mais famosas no país, reconhecida por lançar bandas e cantores de sucesso renomado além de ser relativamente aberta a novos talentos. Renji precisava de qualquer oportunidade para se aproximar de Shinhouin Youruichi, a presidente da gravadora, herdeira de um império na indústria fonográfica , e apresentar o cd demo de suas músicas. Não diziam que se Maomé não vem a montanha, então a montanha vai a Maomé? Só precisava um pouco de cara de pau e isso ele tinha de sobra. Mas mal se preparava para atravessar a rua e um carro passa voando baixo, jogando praticamente toda a água suja de uma poça em cima do pobre rapaz.
"MERDA!!! OLHA POR ONDE ANDA SEU IMBECIL FILHO DE UMA PUTA!!!" praguejou Renji , enquanto sacudia a camiseta e a jaqueta tratou logo de esquecer a raiva momentânea. "Ai, meu Deus! Eu tenho que correr, senão ela vai embora!" De repente um brilho prateado chama sua atenção. " Hey, mas o que é isso? Ah!Uma moeda! Não estou podendo rejeitar grana, nem que seja um centavo..." Quando se abaixou para pegar a moeda, sentiu o fundo de suas calças se rasgarem. Ótimo! E o dia nem bem havia começado!!! Quando levantou a vista, observou que Youruichi estava se preparando para sair para o carro que havia acabado de chegar para buscá-la. Sem mais se demorar, Renji corre de encontro a ela.
"Senhora Youruichi, senhora Youruichi, por favor, um minuto de sua atenção!" chegou todo esbaforido, e quando tira do bolso da jaqueta o cd, notou que tanto Youruichi quanto a mulher que acompanhava estavam com uma expressão estranha. Foi então que uma delas se manifestou:
"O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEU TARADO?!" foi então que percebeu que suas calças estavam arriadas, devido ao rasgão. Constrangido e atrapalhado, ele tentou se explicar, mas levou um golpe de caratê certeiro no nariz da acompanhante de Youruichi, caindo no chão.
"AI!!! P-POR FAVOR, EU POSSO EXPLICAR!!! CALMA AIIII!!! OUCH!!!" Renji levou outro golpe bem na barriga. Se não saísse dali, aquela louca ia matá-lo!
"Boa, Soi fon!!! Segura ele aí que eu vou acionar a polícia!!!"
Policia? Era melhor escapar dali! Com muito custo conseguiu se levantar e sair correndo pra bem longe. Soi Fon exclama indignada ao ver o "agressor" fugir de suas mãos.
"Droga, ele conseguiu escapar!"
"Ah, Soi Fon, você já deu uma bela lição nele! Esse daí não vai se atrever a praticar outro ato violento ao pudor. Agora vamos, senão vamos nos atrasar!" Youruichi entra no carro, sendo imediatamente seguida por sua assistente. Enquanto isso na esquina, Renji via sua chance de ouro escapar como água entre os dedos. Mais uma vez.
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"Ah, bom dia chefinh... digo, senhor Kuchiki!" cumprimenta alegremente a simpática secretária de Byakuya.
"Bom dia, Matsumoto. Algum recado para mim?"
"Bem... Já me comunicaram que a senhora Youruichi já está na empresa e está aguardando pela reunião..."
"Certo, estou me dirigindo para lá..." nisso o telefone da secretária toca. "Alô? Ah, Gin san... Estou bem, obrigada por perguntar! Ahn? Sim, ele já chegou... Quer falar com ele?" Colocando uma das mãos no bocal do fone, Matsumoto fala para seu chefe:
"O Gin san está na linha, quer falar com o senhor..."
"Okay, passe a ligação para meu escritório..." falou enquanto se dirigia para sua respectiva sala.
"Pode falar Gin, é O Kuchiki na linha."
"Bom dia, Bya-kun! É o seguinte... eu e o chefe estamos presos aqui no trânsito... um tremendo de um engarrafamento; parece que um imbecil de cabeça vermelha que está sendo a causa disso. Aizen sama quer que você segure as pontas aí com a chefona da Soul Records enquanto não chegamos. Conto com você!" Byakuya só teve tempo de escutar o telefone sendo desligado,antes mesmo de formular alguma resposta.
"...Esse Ichimaru..." colocou o fone no gancho e tratou logo de se dirigir a sala de reuniões, "segurar as pontas", como havia falado Gin.
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"Pô, seu guarda, juro que a culpa não foi minha!!! Foi o carro que me fechou!!! Olha só a minha moto o estado que ficou..." Renji falava desolado enquanto via sua velha moto, comprada de segunda mão e apelidada carinhosamente de Zabimaru, quebrada no chão. Havia sido uma batida pequena, mas o suficiente para obstruir o trânsito numa das vias mais movimentadas do centro da cidade.
"Você devia chamar isso de sucata ambulante! Sabia que está pondo em risco as outras pessoas com veículo nesse estado?! Anda, deixe eu ver sua carteira..." Renji entrega a carteira para o guarda, relutante.
"Documento vencido rapaz. Vou ter que te passar o lápis..." era só o que faltava! Renji esqueceu de renovar a carteira! E lá vinha outra multa para lhe sangrar os bolsos, que já andavam precisando de um transplante urgente.
A vida na cidade grande realmente já não era nada fácil; some isso ao signo de azar que acompanhava Renji desde sempre e estava feita a desgraça.
"Que é que me falta acontecer agora,hein?" Bufou renji, olhando para o céu, como se estivesse reclamando diretamente a qualquer entidade superior. Mal fechou a boca e leva um "tiro" certeiro de um pombo na jaqueta.
"É! Agora não falta mais nada!!!"
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Youruichi olhava para seu belo relógio de grife impaciente, enquanto Byakuya a observava, também impaciente, mas sem deixar transparecer para a importante cliente.
"Youruichi san, Aizen sama me comunicou que já está a caminho..."
" Ele já está atrasado a uma meia hora... Infelizmente não posso esperar mais, meu tempo é cronometrado..."
"Peço que espere só mais um pouco Youruichi san!"
"Youruichi sama já falou. Ela não pode perder tempo; você, como executivo, deve saber que perder tempo é perder dinheiro, e ela, sendo uma empresária ocupada com muitos contratos milionários a serem fechados; sabe quanto está custando esse tempo perdido pra ela? $ 900,00 dólares, e estou falando sério! Como pode ver ,ela não pode se dar ao luxo de perder um minutinho sequer!" falou Soi Fon, que aos olhos de Byakuya parecia mais um cão de guarda do que propriamente uma assistente.
"Soi Fon tem razão Byakuya san... o evento que a Soul Records irá promover está em cima da hora;acho que terei que fechar contrato com outra produtora..." Se Youruichi saísse daquela sala, o negócio estava perdido. Byakuya tinha que fazer alguma coisa, e rápido.
"Se não se importar, eu lhe apresento o projeto de nossa empresa. Caso não goste, eu mesmo reembolso sua quantia perdida!" Youruichi para por um instante, como se estivesse analisando a proposta, até que por fim se decide.
"Adorei sua proposta! Por mim, você pode apresentar o projeto!" Era a deixa que Byakuya estava querendo. Com a sua segurança de sempre, liga o data show para apresentar a proposta da empresa.
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Matsumoto tomava tranquilamente seu café pelos corredores da empresa. Dar suas escapulidas do trabalho quando tinha oportunidade era com ela mesma. Foi quando ela quase engasgou quando avistou Aizen Sousuke, o presidente da empresa, junto de seu inseparável vice-presidente, Ichimaru Gin.
"Que transito mais horroroso esse, Rangiku san! Não sei mais onde vamos parar..." falou em tom de brincadeira enquanto via o olhar abobalhado da secretária, pega no flagra tirando uma folguinha fora de hora.
"Bom dia minha jovem. Pode informar ao Kuchiki san que já estamos nos direcionando a sala de reunião?" falou Aizen para Matsumoto num tom bastante cordial, mesmo depois de um estressante trajeto rumo a empresa.
"A-agora mesmo, Aizen sama!" ela saiu quase correndo, até se deparar com Youruichi, sua assistente e Byakuya que as estavam acompanhando. Quando a presidente da Soul Records avistou Aizen, o cumprimentou alegremente:
"Aizen, querido! Devo dizer que amei o projeto da sua empresa! Esse lance do baile de máscaras é genial! Kuchiki san é um dos melhores talentos que você tem nessa empresa; trate de segurá-lo com unhas e dentes." Aizen pigarreou um tanto surpreso antes de formular a pergunta:
"Você... já viu o projeto?"
"Não só vi e gostei, como já fechei contrato. A organização do evento é sua, Aizen. E muitos outros virão, pode ter certeza disso! Agora eu vou andando, tenho um monte de coisas a resolver ainda! Vejo todos vocês na premiére!"
Todos se voltaram para o jovem de cabelos negros, que se mantinha calmo e compenetrado, como sempre fora, após a saída de Youruichi.
"Heh! Kuchiki Byakuya conseguiu novamente! Me diga, será que se eu esfregar minhas mãos em você, eu consigo um pouco dessa sua sorte? Quem sabe eu não ganho na loteria?" falou Gin para Byakuya, que se esquivou das mãos longas e cheias de dedos do homem de cabelos prateados. Byakuya às vezes achava as atitudes do vice-presidente um tanto suspeitas, nada condizentes ao cargo que ele ocupava. Quando ele aprenderia a manter o devido decoro? Isso não aconteceria se ele estivesse nas rédeas da empresa. Aizen era muito complacente com Gin,mas como diziam as más línguas dentro da empresa, ele não era somente o braço direito do presidente. Mas cada um que cuide de sua vida, desde que o pessoal não interfira no profissional.
"Fez um bom trabalho, Kuchiki san. Acho que outra promoção sua está a caminho... Estou mesmo precisando de um assistente direto."
"Fico lisonjeado, Aizen sama, mas apenas fiz meu trabalho." Byakuya riu-se por dentro. Como sempre, as coisas boas sempre vinham fáceis até ele, isso claro, recompensado por sua dedicação.
"Agora, gostaria que preparasse para mim um relatório da reunião , junto com os tramites do contrato" . Após disso, cumprimenta a todos e se dirige a sala da presidência , acompanhado de Ichimaru.
"Meu chefinho nasceu mesmo com a bunda virada pra lua!" pensou Matsumoto enquanto se dirigia a sua sala, acompanhando seu superior.
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"Deixe ver qual foi a nova dessa vez, Renji... entrou numa briga de gatos? Bateu num carrinho de cachorro quente?"
"Passou longe dessa vez; um carro bateu na Zabimaru e levei uma multa, além do reboque a ter levado. Será que você não podia me dar um adiantamento pra eu resgatar minha moto, Urahara?"
"Posso até fazer isso, mas olha as contas Renji... só no mês passado você me pediu adiantamento duas vezes..."
Renji trabalhava como uma espécie de "faz tudo" em uma loja de doces, cujo proprietário era Kisuke Urahara. Foi o único emprego que o ruivo conseguiu segurar por mais de um mês, afinal viver só de cantar na noite não dava pra pagar as contas e precisava fazer uns bicos para ter uma renda extra.
"Urgh! E esse fedor, Renji?..." falou Urahara enquanto abanava o leque que sempre trazia consigo, tentando afastar o mau cheiro.
"Deve ter sido a água da poça que o carro jogou em mim!"
"E o que diabos tinha naquela poça além de água? É melhor você ir tomar um banho..."
"Tem razão!" quando o ruivo se dirigiu para o banheiro que havia nos fundos, é interrompido pelo patrão com um desentupidor grande.
"Aproveita que você está indo ao banheiro e dá um jeitinho de desentupir a privada! " Urahara passou para o ruivo o desentupidor de banheiro sorrindo divertido, enquanto via a cara de derrotado do outro. Urahara sabia mesmo como irritar o outro.
