Disclaimer: Esta obra é totalmente ficcional, sem fins lucrativos. Os direitos da obra Supernatural são todos de Eric Kripke. Se Jared Padalecki e Jensen Ackles são ou não amantes, namorados, gays, bissexuais ou heterossexuais, não é a questão aqui, pois se trata de um texto ficcional sem fins lucrativos.

Gêneros:Lemon, Universo Alternativo, Romance, Angst, Drama, Tragédia.

Avisos: Nudez, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo.

Sinopse: Jared decide passar férias em São Francisco onde conhece Jensen e se apaixonam loucamente. Essa paixão resulta em uma série de tragédias que mudarão suas vidas para sempre.

Dedicatória: Essa fic está sendo desenvolvida especialmente para a Solzinha SPN, espero que goste linda.

Beta: Pérola, a mais perfeita e linda do mundo.

CAPÍTULO UM

São Francisco 2007

Jared dava uma última olhada no espelho, gostando do que estava vendo. Era sua terceira noite em São Francisco e ele finalmente tomara coragem de conhecer a agitada vida noturna do bairro Castro, considerado o bairro gay mais famoso do mundo.

Jared Padalecki estava de férias. Tinha acabado de completar 25 anos, era formado em Engenharia e resolvera descansar durante um mês antes de assumir definitivamente a imensa rede de lojas de material de construção que pertencia à sua família há três gerações e que se espalhavam por todo o Texas, com sua matriz em Dallas.

Sua mãe comandava os negócios há dez anos, depois que o pai sofrera um infarto fulminante. Desde então o rapaz fora preparado para assumir seu papel dentro da empresa. Jared queria ser médico, mas sua mãe conseguira o convencer a fazer engenharia civil, afinal de contas "Que utilidade teria um médico para os negócios da família?" dizia sua mãe.

Sharon fora totalmente contra a viagem do filho, que a princípio desejava ficar fora por três meses. Depois de muita discussão ela acabara concordando, desde que ele ficasse apenas por um mês.

- Algum recado para Jared Padalecki? – Jared chegou ao hall de entrada do The St. Regis Hotel, onde estava hospedado e se aproximou do balcão, arrancando suspiros discretos das recepcionistas, com seus 1,95 de altura, cabelos castanhos, que estavam um pouco compridos, mas que não chegavam ao ombro e olhos verdes azulados.

- Não senhor... – A mocinha respondeu.

- Obrigado... – O moreno sorriu, fazendo os olhos da recepcionista brilharem.

- Gostaria de um táxi senhor? – O funcionário do hotel perguntou a Jared quando ele chegou à rua.

- Sim, por favor...

O rapaz uniformizado fez sinal para um táxi e depois que o moreno se acomodou no banco de trás, o motorista perguntou para onde ele iria, o encarando pelo retrovisor depois de ouvir a sua resposta.

Jared o encarou de volta com o semblante sério e o motorista deu partida no carro, resmungando algo que ele não conseguiu entender, mas que achou que fosse "Malditos turistas gays".

- Chegamos, essa é a 16th Street, seja bem vindo ao bairro gay. – O motorista disse irônico, enfatizando a última palavra. Jared pagou a corrida e saltou do carro, abrindo um imenso sorriso ao ver imensas bandeiras arco íris espalhadas pelas ruas. Pelo menos ali, ele não precisaria esconder o que era e nem do que gostava.

Jared se descobrira gay ainda no início da adolescência. Enquanto a maioria dos seus amigos preferiam a companhia feminina, ele ainda achava a companhia dos meninos muito mais interessante. Sua mãe desconfiou e contou para o pai que lhe uma surra, dizendo que iria arrancar aquilo de dentro dele por bem ou por mal. Desde então Jared vivia escondendo sua homossexualidade dos pais, sendo obrigado a arranjar várias namoradinhas para despistar a mãe.

Mas ali onde ele estava agora, ninguém o iria criticar, e muito menos o julgar. Era um tipo de liberdade que ele sempre sonhara e o moreno se viu rindo sozinho enquanto avançava pelo bairro.

Uma música alta chamou sua atenção quando ele passou em frente a um bar chamado Twin Peaks. O moreno resolveu entrar e se sentou no balcão, já que todas as mesas estavam ocupadas.

- O que vai querer? – Um rapaz loiro lhe perguntou.

- Uma cerveja, por favor. – Jared pediu e sorriu um pouco sem graça reparando que o bartender o comia com os olhos sem o menor pudor, enquanto lhe servia.

- Novo na cidade? – O rapaz se debruçou no balcão.

- Estou de férias.

- E de onde veio isso tudo?

- Dallas. – Jared respondeu mais sem graça ainda e deu um gole na bebida.

- Dizem que os Texanos são os melhores na cama. – O rapaz disse sorrindo de um jeito safado. – Será que é verdade?

- Er... Eu nunca ouvi falar ness...

- Paquerando os clientes novamente Murray? – Uma voz o interrompeu.

Quando olhou para onde vinha a voz, Jared viu o par de olhos verdes mais lindos que já vira em toda a sua vida. Os olhos só não eram mais bonitos que a boca do rapaz.

- Ele é Texano Jensen. – Murray se afastou para encher novamente o copo que Jensen colocara em cima do balcão.

- É mesmo? De onde? – Ele perguntou.

- Dallas. – Jared respondeu não conseguindo desviar os olhos da boca carnuda do homem.

- E está em São Francisco por quê? – Jensen já tinha o copo cheio em sua mão.

- Estou de férias.

- Aproveite então. – Jensen levantou seu copo em um brinde e se afastou.

- Obrigado. – Jared acompanhou o homem, vendo que ele estava com mais duas pessoas em uma mesa. O moreno parecia hipnotizado.

Jensen vestia um macacão jeans que estava com as alças soltas e uma camiseta branca, que deixava seus braços musculosos a mostra. Ambos estavam respingados de tinta. Seu cabelo loiro estava parcialmente coberto por uma bandana vermelha estilo anos setenta, que lhe deixava extremamente sexy.

Jared não conseguia tirar os olhos do loiro e ficou sem jeito quando Jensen o flagrou e sorriu.

O moreno terminou sua bebida e não olhou mais na direção em que Jensen estava. Pagou saiu do bar em seguida.

Jared continuou sua exploração pelas ruas do bairro que estavam cheias. Era verão na Califórnia. O moreno parou em frente ao Harvey's se perguntando se queria entrar ou voltar ao bar em que estava quando ouviu uma voz atrás de si.

- Sabia que esse bar tem esse nome em homenagem a Harvey Milk, o primeiro homem assumidamente gay a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos?

- Eu... – Jared não pode deixar de sorrir ao encarar Jensen novamente. – Li algo a respeito.

- Está procurando por algo específico essa noite?

- Como? – Jared não entendeu o que o loiro quis dizer com aquilo.

- Homens, mulheres, os dois...

- Na verdade eu só estou conhecendo a cidade e se me der licença... – Jared começou a se afastar do loiro que segurou em seu braço.

- Olha, desculpe. Meu nome é Jensen. Jensen Ackles. – O loiro estendeu a mão e Jared a apertou um pouco sem vontade.

- Jared... Padalecki. – O moreno não conseguiu evitar sorrir novamente. Jensen exercia esse poder sobre ele.

O loiro notou que quando aquele estranho sorria, lindas covinhas se formavam em seu belo rosto. Jensen não soube explicar o porquê de praticamente sair correndo do bar quando viu o moreno ir embora.

- Posso lhe pagar uma bebida? – Jensen perguntou sorrindo.

- Olha, Jensen eu não sou esse tipo de pessoa e...

– Como uma forma de me desculpar pela minha falta de educação? – O loiro sorriu mais aberto e Jared não conseguiu dizer não.

O Harvey's estava ainda mais cheio e parecia que todos no local conheciam Jensen. O loiro indicou uma mesa para Jared e eles se sentaram um de frente para o outro. Após pedirem suas bebidas, Jensen perguntou com interesse.

- O que faz em Dallas Jared?

- Minha família é do ramo de materiais de construção e eu me formei em engenharia. – O moreno respondeu.

- Parece muito chato. – Jensen brincou.

- O quê? – O moreno perguntou sem graça.

- Está em São Francisco há muito tempo? – O loiro mudo de assunto.

- Não, eu cheguei há três dias e pretendo ficar por um mês. – As bebidas chegaram e o moreno deu um longo gole em sua cerveja.

- Já conheceu a cidade? Já foi ao Jardim Yerba Buena? – O loiro quis saber.

- Não.

- E no Parque Golden Gate? – Jensen começou a rir.

- Não. Quer dizer, ainda não, mas eu...

- Está decidido! Serei seu guia turístico! – Jensen sorriu mais aberto. – Quer dizer, se você quiser é claro.

Jared sabia que só conhecia Jensen há poucos minutos, mas alguma coisa naquele loiro transmitia confiança e Jared resolveu aceitar.

- Combinado. – O moreno respondeu rapidamente.

- Vou te mostrar a minha São Francisco.

- Devo ficar com medo? – Jared brincou.

- Deve ficar lisonjeado. – Jensen piscou, fazendo Jared corar um pouco.

- E você, o que faz Jensen?

- Sou artista.

- É mesmo? Que tipo de arte? – Jared perguntou.

- Tela a óleo.

- Interessante... – O moreno sorriu.

- Você deixaria eu te retratar? – Jensen aproximou o corpo da mesa encarando o moreno.

- Não está se referindo aquelas pinturas de pessoas nuas, não é? Acho super cafona.

Jensen estreitou os olhos, ficando sério e não respondeu.

- Desculpa não queria te ofender... Eu só... Eu nunca...

- Nunca ficou nu na frente de ninguém? – Jensen provocou.

- Ninguém nunca me desenhou nu, foi o que eu quis dizer.

- Ainda... – Jensen riu. - Está hospedado onde Jared

- NoThe St. Regis.

- Vamos fazer o seguinte, quando acabarmos de beber eu vou te deixar lá e amanhã cedinho estarei na porta do hotel te esperando.

Eles pediram mais duas rodadas e quando chegaram à rua, Jared perguntou meio tonto.

- Onde está o seu carro?

- Está aqui. – Jensen se aproximou de uma moto e alisou o banco. – Minha Dyna...

- Uau... Isso é uma moto!

- Isso não é uma moto. É uma Harley Davidson. E não repita mais isso, porque ela fica ofendida. – Jensen subiu na moto e jogou um dos dois capacetes que estavam no guidão para Jared.

O moreno se posicionou atrás de Jensen pensando onde ia segurar.

- Se eu fosse você segurava em mim. – O loiro riu, ligando a moto e saindo em seguida em alta velocidade. Jared não teve alternativa a não ser segurar na cintura do loiro.

Jensen sentia que Jared estava tentando a todo custo não encostar muito nele e aumentou ainda mais a velocidade, rindo quando sentiu os braços do moreno envolverem sua cintura com força, e certo volume encostar na sua bunda.

Quando chegaram à porta do hotel, Jared desceu da moto e tirou o capacete, entregando-o a Jensen, que não conteve o riso quando viu que o moreno estava excitado.

- E então, gostou de andar na Dyna? – O loiro perguntou olhando para a ereção que se formava na calça de Jared.

- Obrigado pela carona Jensen. – O moreno disse se sentindo um pouco envergonhado. – Boa noite.

- Te pego aqui amanhã as oito em ponto, não se atrase.

- Não vou me atrasar. – Jared se virou e entrou no hotel, sem olhar para trás. Jensen sorriu, e saiu novamente em alta velocidade, torcendo para que o dia seguinte chegasse logo.

Continua...

Próximo Cap.

- Abaixa isso Jensen. - O moreno sussurrou.

- Por que está sussurrando? - O loiro riu.

- Eu não quero ser preso Jensen! - Jared continuava sussurrando e olhando para os lados.