Olá a todos!
Esta fanfic está baseada em Romeu e Julieta e também no filme A música do Coração.
Estou escrevendo com muito carinho, espero que vocês gostem e comentem!
Ela não tem nenhum objetivo que não seja entreter e fazer rir e chorar! hehehe
Beijos a todos e boa leitura!
o.O.o
Destinos Cruzados
o.O.o
Capítulo I
A princesa e o plebeu
...v...V...v... Berlim, Alemanha ...v...V...v...
Ele corria veloz pelas ruas bem asfaltadas das rodovias alemãs. O casaco grosso, negro, próprio para motoqueiro, o vestia explendidamente. O capacete, também escuro, cobria seus rebeldes cabelos azuis e suas mãos, ocultas em grossas luvas de couro, das quais os dedos estavam a mostra, seguravam firme a direção de sua Triumph Tiger 800, toda preta, que havia comprado com seu último salário de office boy.
Parou em um semáforo vermelho e olhou para os lados. Era uma manhã agitada de quinta e o outono alemão, sempre fresco e gélido, com temperaturas rondando os 5 graus, tornava sua rotina absolutamente refrescante e congelante, vale ressaltar. Quando o semáforo abriu, pisou fundo no acelerador e ganhou novamente velocidade, deixando milhões de carros para trás ao buscar as frestas por entre os veículos, arrancando alguns palavrões de motoristas estressados por chegar em seu trabalho. Virando a mão para trás, soltando por um instante a direção, levantou o dedo médio e virou em uma esquina.
Chegou diante de uma empresa de encomendas pertecente ao correio alemão. Seu trabalho era entregar pacotes, caixas ou qualquer outra correspondência que não se assemelhasse a uma carta. Parou a moto, desligou o motor e ainda sentado sobre ela, retirou o capacete e sacudiu os cabelos, recebendo alguns olhares femininos que por ali passavam, sorriu cínico.
- Ainda vivo, Amamiya? - perguntou um rapaz, em alemão, que saia naquele momento do prédio, onde devia entrar, carregando alguma encomenda - Qualquer dia desses você ainda se mata por correr tanto, sabe que o Herr não gosta disso!
- E do que é que ele gosta? - perguntou Ikki, descendo da moto e prendendo-a com um cadeado que havia retirado de debaixo do assento. - Foi por isso que meu amigo, que me conseguiu esse trampo aqui, disse que o Herr Fischer é um bom alemão! Além disso, eu acho que acreditar na sobrevivência faz a gente sobreviver! Não tenho medo da morte!
- Pois eu sim, por isso vou andando antes que o "Keiser" me encontre aqui. Disse que não queria ver minha cara até o fim do dia e ainda tenho longas horas de entregas hoje! Como pedi uma folga semana passada, terei de fazer hora extra por três dias seguidos! - disse o companheiro, subindo em sua própria moto.
Ikki entrou no edifício e se encaminhou á parte de distribuição, onde lhe era entregue os pertences e seus devidos endereços para serem corretamente entregues aos seus donos. Chegou em um longo balcão, na altura da sua cintura e apoiando-se nele, abrindo um sorriso sarcástico e sensual nos seus lábios finos, saudou a garota que era responsável pela catalogação e separação das enconmendas que chegavam. Helga suspirou forte ao vê-lo aproximar-se.
- Guten Morgen, princesa*! - disse Ikki, em seu alemão razoável - Dormiu bem essa noite?
- Você sabe que não! - repondeu ela, dando uma de inconquistável - Sempre tenho pesadelos quando você resolve me dar uma carona na sua moto!
- Não gostou da adrenalina? - Ikki recebendo uma folha com alguns endereços e olhando ao lado algumas caixas - E olha que isso é em cima de uma moto.. - passando os olhos pelo papel - Você não sabe o que eu faço em cima de uma mulher! - olhou-a cínico.
- Você é um tarado! - Helga quase engasga pela resposta - Não sei porque eu ainda escuto o que você tem a dizer! - organizando algumas caixas.
- Quando vai aceitar sair comigo? - perguntou ele, com carinha de me dá.
- Você nunca me convidou para sair, Amamiya!
- Isso é algo que podemos resolver!
- E o que o leva a crer que eu aceitaria sair com você? - ela se debruça sobre o balcão, encarando-o por detrás de seus óculos de grau. - Você é de leão e eu sou de Peixes. Temos signos completamente incompatíveis, isso nunca daria certo!
- A astrologia sempre diz coisas genéricas, somos nós quem a preenchemos com nossa imaginação! - respondeu ele.
- Por que não vai trabalhar e me deixa em paz? - ela sorri sarcástica.
- Vocês alemães e sua conhecida delicadeza! - ironiza ele - Já estou indo, mas me deve uma saída, eu sempre cobro as minhas dívidas!
A loira ofereceu-lhe o dedo médio, sorrindo com cinismo e ele, também sorrindo, dá as costas, agarra um imenso pacote e sai para as ruas movimentadas da capital alemã.
o.O.o Em outro ponto da cidade o.O.o
Uma família estava sentada á mesa de uma luxuosa mansão, tomando o café da manhã. O patriarca, com seus cabelos negros, bem penteados e cortados militarmente, tomava seu assento á cabeceira, mostrando sua autoridade sobre a família. A mãe, de cabelos loiros e olhos negros, sentava á sua direita e sorvia delicadamente seu chá, enquanto folheava o jornal matutino e diante dela, com feições impassíveis, estava uma garota, no auge de seus 16 anos de idade, cabelos longos e negros, a pele pálida e os olhos de uma escuridão violácea. O silêncio reinava em todo ambiente.
- Como está indo o conservatório? - perguntou de repente a voz severa de seu pai - Falei com seu professor, disse que suas notas estão excelentes e que, este semestre, até poderia entrar em disciplinas extras, para adiantar melhor seus estudos.
- Se falou com meu professor, por que me pergunta como estou na escola de música? - indagou, levantando os olhos ao pai, com um sorriso algo irônico no rosto.
- Falo com ele porque se dependesse de você, não saberia nem o seu nome! Além disso, me preocupo com seu futuro, não pode disperdiçar o talento que tem, toca harpa divinamente e quero que saia uma musicista clássica profissional. Está estudando no mais conceituado coservatório de toda Europa. Ali estudaram Bethoveen, Wagner, Bach, entre outros.
- Deveria sentir-me feliz por isso? - ficando séria - Afinal de contas, este é um sonho seu, papai, não fui eu quem o escolhi para mim! Queria estudar teatro, não música.
- Teatro! - Herr Heinstein abriu um sorriso sarcástico - Quem quer estudar teatro? Por acaso você quer morrer de fome, terminar seus dias em cima de um palco sujo, quando não nos braços de um qualquer que não tem onde cair morto!
- Eu estaria feliz!
- Você não sabe o que é a felicidade, fedelha! - disse o pai, asperamente - Pago caro para que tenha a melhor educação e é assim que me agradece? Quantas não queriam estar no seu lugar?
- Querido... - a mãe tentou acalmá-lo - Será que não podemos ter uma hora em família na qual estejamos em paz? Todos os dias é a mesma coisa, a mesma discussão... - apertou o canto dos olhos com os dedos - Por que não deixou que essa tola estudasse o que quisesse? Ao menos teríamos paz!
- Porque esta tola é minha filha e não permitirei que manche o bom nome da nossa família!
- Vocês não têm o direito de escolher a minha vida! - disse Pandora, lívida por falarem dela como se não estivesse ali - Sou eu quem vou vivê-la, tenho direito a tomar minhas decisões!
- Não quando suas decisões põe em risco a reputação de seus pais! - volveu-lhe o pai - Você vai terminar o conservatório, vai ser harpista profissional e depois fará o que quiser da sua vida. Até lá, fará o que eu mandar!
Pandora bufou, apertou com força o guardanapo na mão e com lágrimas nos olhos, levantou desastradamente da mesa, quase derrubando a cadeira, e precipitou-se para as escadas, subindo rapidamente e trancando-se em seu quarto. Annett, com um fundo suspiro, atirou em cima da mesa o guardanapo que usara, com uma pose de tédio e levantou-se.
- Aonde vai? - perguntou Martin, tomando do seu café.
- Ao salão de beleza! Esta briga me fez perder a fome! - e retirou-se.
No quarto Pandora se havia jogado sobre a imensa cama, muito bem arrumada, e chorava convulsivamente. As suas costas, cobertas pelo longo cabelo, sacudia-se pelo pranto inconformado. Naquele momento, a ama da família, uma senhora branca, de cabelos loiros já pintados de branco, entrou com cuidado e foi até ela. Havia escutado a briga, como acontecia todos os dias.
- Mädchen*... - chamou - Vamos, menina, não fique assim, chorar não vai adiantar nada, tem que reagir! - acariciava-lhe nos cabelos - Levante-se dessa cama, vai perder a hora no conservatório!
- Não quero mais ir ao conservatório! Não quero mais ver o noivo que meu pai me arranjou, não quero mais viver, Helga! - dizia com a cabeça enfiada no travesseiro.
- E você acha que desafiar o seu pai é o melhor caminho? Escute a voz da experiência. Faça o que o seu pai manda, cinco anos passam rápidos, será livre e poderá fazer o que quiser!
Pandora sentara-se, enxugando as lágrimas que caiam. Helga a olhou com um sorriso. Tinha-a visto nascer, a queria como uma filha, a filha que nunca tivera.
- Não o faça zangar-se mais, é capaz de mandá-la a um colégio interno!
- Não é justo que decida minha vida... - Pandora indignada.
- Ele só quer o melhor para você, Schatz*, aproveite as oportunidades que a vida lhe dá, tem tudo o que quer Pandora, vive como uma rainha, muitas queriam ter ao menos metade do que você tem!
- De que adianta ter tanto se não posso decidir nada, nem sequer a roupa que visto! - falou ela, baixando a cabeça.
- Não o desafie, querida, e verá que logo logo estará fora dessa casa!
Ela rendeu-se e deitando-se com a cabeça no colo da senhora, deixou-se acariciar. Helga começou a cantar-lhe uma canção que lhe costumava cantar quando era só uma menina.
- Já decidiu o que vai vestir hoje? - perguntou de repente.
- O que terá hoje de especial para que me vista diferente?
- Não me diga que esqueceu? Hoje seu noivo vem jantar aqui, precisa está linda, não precisará esforço para isso!
- Não desafiar meu pai também inclui casar-me com este inglês arrogante? - Pandora a olhou, ainda deitada em seu colo.
- O Radamanthys é um rapaz belíssimo e um exímio pianista, apesar de só ter 23 anos! Formam um belo casal e...
- Mas eu não o amo! Não quero me casar com ele, Helga!
- Depois pensamos nisso, agora vou descer, que devem estar me amaldiçoando na cozinha!
Helga beijou-lhe nos cabelos e saiu, deixando a garota com seus pensamentos.
o.O.o
Ela o viu do outro lado da pequena biblioteca, o dia tomado pelo ar frio não conseguia atrapalhar o aconchego do ambiente. O rosto amorenado, com seus belos olhos azuis, se iluminou com um sorriso cínico e desejoso. Ikki ergueu um pacote, que devia ser entregue ali.
- Você veio! - exlamou ela, indo ao seu encontro e recebendo o embrulho, que logo foi abandonado em cima de uma mesa qualquer.
- Um pausa no meu atarefado dia para dar um beijo na garota mais linda de toda Berlim! - disse Ikki, recebendo-a em seus braços, uma mochila enorme nas costas e beijando-a ardentemente.
Cecile trabalhava numa livraria mediana, tinha 20 anos e era loira, com belos olhos azuis. Havia conhecido Ikki durante uma entrega e ele, sem meios termos, a havia convidado para sair. A partir dessa noite, se viam sempre, ainda que o rapaz nunca a tivesse pedido legalmente em namoro.
Ela se moveu até ele como que hipnotizada, atraída pelo ardor que existia no olhar do rapaz. Desejava-o desesperadamente e assim que ficou o bastante perto para ser tocada, Ikki a puxou para si.
Fazia dias que ele não a buscava, havia esperado muito tempo, mas sabia que valia a pena. A boca de Ikki tomou a dela, os lábios quentes e vibrantes. Ela estremeceu e resolveu afastar-se.
- Estou na minha hora de trabalho! - disse corada.
- Bem, se é assim, a deixarei trabalhar! - afastando-se dela e se dirigindo a porta.
- Me liga mais tarde? - gritou a garota, mas ele não a havia escutado. Cecile suspirou e voltou sua atenção á uma cliente que entrava.
Na rua, Ikki entrou numa casa vizinha, entregou o pacote correspondente e saiu, subindo na moto e acelerando. Estava quase na hora do almoço, resolveu parar e comer algo antes de continuar. Se seguisse dali ao próximo endereço, com certeza passaria direto e seria outra jornada sem nada no estômago.
Deteve a moto diante de uma pequena lanchonete, onde quase todos os office boys que conhecia costumava frequentar. Saudou com um aceno a dona do estabelecimento e buscou uma mesa ao final do corredor. Sentou-se e recebendo uma cerveja da garçonete, abriu-a e pôs-se a tomá-la tranquilamente.
- Amamiya, posso sentar com você?
Era seu companheiro de trabalho, com quem havia cruzado pela manhã. Ikki sorriu e indicou-lhe a cadeira adiante.
- Claro, vai ser bom ter companhia para almoçar!
O rapaz sentou-se e fez um gesto pedindo outra cerveja.
- Então, como está o seu dia? - perguntou o alemão.
- Irritante, como sempre! - respondeu Ikki, com um suspiro - Não vejo a hora de juntar dinheiro suficiente e voltar para o meu país!
- Pensei que quisesse fazer vida aqui, na Alemanha, ou ao menos em algum país da Europa!
- Não, nunca tive esse plano. Meu pensamento sempre foi: trabalhar, enviar dinheiro ao meu irmão e á minha mãe, no Japão, juntar dinheiro aqui e ir embora! Gosto da Europa, mas sinto falta da minha família!
- Eu imagino, são estilos de vida muito diferentes! - Johann abriu sua cerveja e tomou um grande gole. - Você tem esposa no Japão?
- Não! - Ikki respondeu, sorrindo pela pergunta - Nem noiva nem nada do tipo, sou livre, solteiro e feliz!
- Você tem sorte. Uma esposa acaba com um homem. Desde que me casei, a única coisa que faço é trabalhar. E depois que nasceu minha filha, minha vida acabou de vez!
- Casamento e filhos são projetos que não tenho para mim, ao menos agora! Quero aproveitar bem minha juventude, conhecer muitas garotas, e depois... Sempre tem um chinelo velho para um pé cansado!
- Achei que estava saindo com a aquela loirinha da livraria!
- Estou saindo, nada sério! E acho que já saí demais, está na hora de cortar antes que ela pense em algo a mais... Sabe como são as mulheres! A gente dá um dedo, querem a mão inteira, isso quando não levam teu braço.
A garçonete trouxe dois pratos com o menu do dia e pôs cada um diante de um dos homens. Ambos, esfomeados, começaram a atacar a salsicha com avidez.
- Não sei como você conseguem comer isso quase todos os dias! - reclamou Ikki, colocando um pedaço de linguiça na boca - Terei de fazer uma limpeza estomacal quando chegar em Tóquio de novo!
- Prefere comer peixe cru? - Johann ergueu uma sobrancelha - Não tem nada mais asqueroso!
- Comida leve e saudável, por isso vivemos muito!
- Pois se eu dependesse de comer peixe cru para viver mais, preferia morrer jovem, não troco o Strudel da minha esposa por nada deste mundo!
Ao terminarem a refeição, Ikki olha o relógio, havia perdido a hora. Necessitava fazer mais dez entregas antes das quatro da tarde e entregar os relatórios. Limpou a boca, tomou o resto da cerveja, levantou-se e despedindo-se do amigo, saiu apressado pela porta. Ligou a moto e deu a partida. Teria uma longa tarde ainda de trabalho.
o.O.o Á noite o.O.o
A casa estava impecavelmente limpa e iluminada para o jantar no qual receberiam o noivo da filha, um inglês, filho d eum amigo seu, um magnata do petróleo e um dos mais grandes apostadores da bolsa. Músico formado, pianista conhecido e aplaudido por toda Europa, Radamanthys McKenitt era o genro perfeito. Bonito, rico, bem colocado, formado... O que mais a sua filha poderia pedir? Ele fora bom o bastante de não fazê-la casar com um velho, como no seu tempo!
Herr Heinstein fumava tranquilamente o seu charuto, sentado na sala de visitas. No andar de cima, Annett terminava de dar os últimos retoques nos seus cabelos claros diante do espelho. Estava impecável, com um vestido azul royal, ao corpo, que lhe destacava inda mais a pele branca.
No quarto ao lado, sentada na cama, ainda com a mesma roupa da manhã, uma garota estava perdida em conjecturas. Tinha vontade de gritar, de correr dali, de morrer, mas sabia qual era seu dever. Descer, sorrir, receber os convidados e fingir, como sempre fazia, como todos faziam. Não queria fingir que vivia, era deprimente, suspirou, tapando os olhos com as mãos.
- Ainda assim? - a voz de Annett soou no quarto, havia aberto a porta e encontrara a filha daquele jeito - Seu noivo e seus sogros já devem está chegando e você nem sequer tomou banho, Pandora Kirsten Heinstein?
Pandora olhou-a. Sua nmãe só a chamava pelo nome completo quando estava irritada.
- Levante-se dessa cama imediatamente e vá para o banheiro!
- Não quero ir a esse jantar, mutti! - disse ela, muito séria. - Diga que eu estou doente, mas por favor, não me obrigue a descer!
- Pandora, já falamos disso mil vezes, você vai casar com este rapaz, quer seja por bem ou por mal! - disse Annett, com a voz alterada. - Não qiero mais ouvir uma única palavra sobre isso, está me causando olheiras!
- O que está acontecendo aqui?
O senhor Heinstein, que havia subido ao quarto, escutando ruido no dormitório da filha, resolveu ir até lá e pôr ordem na discussão entre mãe e filha. As duas jamais se haviam entendido.
- Essa sua filha... - indicou Annett - Não quer descer ao jantar, não quer nem ouvir falar desse casamento! Devia fazer essa idiota casar com o túmulo!
- Como assim não quer? - Martin franziu o cenho, olhando a filha - Encontro um cavalheiro, bonito e rico, para que se case e é assim que me agradece? Fazendo-me a desfeita de não comparecer ao jantar oficial?
- Vatti... - ela juntou as mãos, como implorando - Por favor, não me obrigue a isso, eu estudo o que o senhor quiser, mas não me condene a um casamento sem amor!
- Amor? - Annett quase perdeu o controle - Não existe amor, criatura, isso é coisa de novela, de cinema, na vida real não é assim!
- Sua mãe está certa, tochter*, acha que nos casamos apaixonados? Não! Quando casamos não morríamos de amor um pelo outro, mas era o certo e por isso o fizemos!
- Este jovem será um bom marido, um bom pai para os teus filhos, te dará uma vida de rainha, vestidos, jóias, isso é o que conta, não é amor, não! Amor não enche barriga! - dizia Annett.
- Eu agradeço pela preocupação de vocês em querer encontrar-me algu[em bom para mim, mas devo dizer que não me casarei com este homem nem com qualeur outro que vocês julguem ser o certo! - disse Pandora, levantando-se - Vocês são todos uma mentira!
- Pois vai casar! - prorrompeu Herr Heinstein com autoridade e um grito feroz - Vai casar nem que eu tenha de lavá-la amarrada até a igreja! Prepare seu lindo sorriso para esta noite e desça, eu te dou 5 minutos para estar impecável no andar de baixo!
E dizendo isso, saiu, batendo a porta com ferocidade. Naquele momento, Helga entra, timidamente, no ambiente carregado.
- Mandou-me chamar, senhora?
- Sim, Helga, ajude minha filha a vestir-se e a carregue para baixo! - deu as costas e abriu a porta, mas antes de sair, Pandora a interceptou.
- Mutti, bitte, fique do meu lado, não me obrigue!
- Faça como quiser, não direi uma só palavra quanto a isso! - respondeu de costas, saindo e fechando a porta.
- Helga, me ajude! - Pandora ajoelhou-se diante da ama - Faça alguma coisa, por favor!
- Venha, vamos tomar banho, prepararei a água na banheira! - disse a ama - Mas se você quiser mesmo um conselho meu...
- Quero! Quero que me diga exatamente o que fazer! - seguindo-a até o cômodo de banho.
- Pois então eu direi. - Helga a olhou, seriamente - Desça nesse jantar, receba seu noivo e aceite seu pedido de casamento!
o.O.o Continua o.O.o
