O caso é que ela conseguia ouvir tudo ali.
Assiduamente, tentou sozinha procurar por ele, para matá-lo de vez e matar toda a angústia que ele acarretava. Foi parar ali, e agora podia ouvir tudo.
Não conseguia dar nenhum passo adiante porque aquele barulho dilacerava-lhe o coração mais do que qualquer veneno. Alastrava-se pelo seu corpo como dor física e a fazia tremer de angústia. O barulho intensificava-se, ela o ouvia clamar pelo nome da garota, e por sua vez, ela gemia, e gemia cada vez mais alto.
Seus olhos se enchiam de água, de sofrimento. A única coisa que passava-lhe pela cabeça era que se ela não conseguia agir numa circunstância como aquela, quiçá então matá-lo sozinha, com as próprias mãos. Na verdade, não conseguia aguentar lidar com aquilo. O barulho apunhalava-lhe cada vez mais, como facadas, como qualquer coisa que cause dor.
Até que os dois, ali dentro, chegaram em seu ápice. A garota deu o gemido final, ao mesmo tempo que Sakura desabou no chão e chorou o choro mais sofrido do mundo.
