Oii! Essa fic aqui é a continuação de uma one-shot que eu fiz há um tempo – Luz Antiga – que gerou uma certa polêmica pelo final não tão feliz e tudo mais. Sugiro que quem não a leu, leia para ajudar na leitura dessa aqui (é só ir no meu perfil). Aqui está uma versão do Edward e, quem sabe, com um final mais feliz. Beijos!
Por Onde Andei?
...
...
Capítulo único.
...
...
Música para Ouvir: Por Onde Andei – Nando Reis: /watch?v=pnxRvHKjC3Y
...
Bella não parecia normal quando voltamos da Alice. Ela estava séria e fazendo tudo no automático.
Fui tomar um banho e me demorei pensando sobre a conversa do jantar. Talvez nos devêssemos mesmo ter um filho... Assim, talvez, o meu casamento melhorasse.
Eu sei, eu sei. Filhos não consertam casamentos, porém é a única coisa que eu acredito que Bella também queira. Digo, não nos falamos mais como antes e tudo parece distante demais para saber o que anda passando pela cabeça dela.
Não sei dizer ao certo como fomos parar aqui, dessa forma. Bella sempre foi e sempre será o grande amor da minha vida e quando eu a pedi em casamento – anos atrás – eu realmente acreditava que manteríamos esse amor eternamente.
Mas não.
Saí do banheiro enxugando meus cabelos e usando uma calça de moletom. Encontrei Bella sentada na cama penteando os cabelos. Aqueles longos cabelos castanhos que eu tanto amava...
Eu não poderia deixar que o meu casamento acabasse sem lutar. Por algum motivo estranho eu andei em algum lugar que nem eu mesmo sei onde era, mas estou disposto a me esforçar para voltar a merecer ter a minha esposa.
- Alice tem razão. – comecei. – Nós deveríamos ter um filho.
Fiquei parado assistindo ela se levantar e colocar lentamente o pente no criado-mudo. Encarou o espelho grande do nosso quarto e ajeitou o cabelo. Tudo muito friamente para ser Bella. E eu confirmei a sua frieza quando ela girou o corpo e me encarou.
- Nós estamos fazendo isso, não estamos? – levantou uma sobrancelha ironicamente.
- Isso o quê? – indaguei atordoado pelo tom de sarcasmo que nunca a pertenceu.
- Tentando ter um filho.
- Sim, sim... – desviei meu olhar do dela e encarei meus pés. Querendo entender o que estava acontecendo todo esse tempo.
E para me assustar mais ainda, ela riu. Riu não, gargalhou alto.
- O que está acontecendo? – dei voz aos pensamentos, voltando a olhá-la.
"Desculpe estou um pouco atrasado, mas espero que ainda dê tempo de dizer que eu andei errado e eu entendo."
- Você não sabe? – se aproximou de mim e repousou a palma da sua mão no meu peito desnudo.
- Bella... – murmurei indeciso. Não sabia o que ela queria e isso me rasgava por dentro.
- Eu te imploro para saber. – sussurrou mais para ela do que para mim. – Você não vê? – continuou no mesmo tom. – Tudo depende de você. – acariciou meu rosto. Eu entrei em conflito quando notei que nas suas feições tinha desespero. – Eu sei o que é e preciso que você também saiba.
Bella continuou acariciando meu rosto. Eu podia sentir seus dedos macios estudando cada traço meu e podia sentir também a sua insegurança. Ela sussurrava pedindo para que eu fizesse alguma coisa pela gente.
E tudo ficou tão óbvio... Todas as suas reclamações faziam completo sentido: eu havia me afastado sem razão alguma dela.
"As suas queixas são justificáveis e a falta que eu fiz nessa semana. Coisas que pareciam óbvias até para uma criança."
Levei a minha mão para o seu rosto da mesma forma que ela fazia comigo.
Eu precisava achar alguma forma de mostrar para ela que eu ainda daria tudo pela gente, que ela ainda é o meu único amor e que não vivo sem ela.
Eu a encarava profundamente procurando por uma resposta. Alguma coisa que me mostrasse o que eu precisava fazer ou falar para tudo não ter um fim.
E nesse silêncio absoluto, Bella me abraçou fortemente. Eu não me afastei de forma alguma, juntei mais nossos corpos. Meus braços a envolvendo protetoramente.
"Por onde Andei enquanto você me procurava? Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?"
E quando eu fechei meus olhos e a senti junto de mim, eu percebi. Nós estivemos sempre aqui. Contudo, nos deixamos separar. Eu nos deixei separar.
Andamos por mundos diferentes por tanto tempo. Meu coração apertou e eu me afastei um pouco dela para poder vê-la.
- Bella... – murmurei. – Eu sinto a sua falta.
"Amor, eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança. Como o dia em que roubaram seu carro deixou uma lembrança. A vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama."
- Edward... – eu a calei com um beijo.
Meu Deus... Como eu sobrevivi tão perto e tão distante da minha Bella durante todo esse tempo? Como eu pude fazer isso?
- Eu te amo. – declarei, depositando um cálido beijo na sua testa. – Para sempre. – garanti.
- Obrigada. – disse.
- Pelo o quê? – enrolei uma mecha do seu cabelo.
- Por não ter permitido o fim. – seus braços envolveram o meu pescoço. – Por ter voltado desse lugar que você andou. – se inclinou e sussurrou no meu ouvido. – Por ter voltado para mim.
Sorri e a abracei, tirando seus pés do chão.
- Sempre, meu amor. – repetia, a rodando. – Sempre.
...
Ae! o/
Um final feliz para essa história finalmente!
Desculpem se ficou muito pequeno, mas, para mim, não tinha mais "continuação".
Beijos! Beijos!
Isa (não, eu não morri.).
