Qualquer personagem do universo 'Harry Potter' pertence a J.K eu não ganho nada, além de pontos de insanidade escrevendo isso.
Essa fic foi escrita para o projeto Across the Universe do fórum 6v que por algum motivo bizarro eu resolvi participar.
Autora: Yaholy
Universo: Vampiro
Itens: Assassinato, cabelo molhado
Beta: Giu e Beca-coisinha-linda-da-titia.
Classificação: M
Notas: Essa fic é baseada no Universo de Vampiro a Máscara, logo vampiros não brilham, e muito menos são emos.
Did I bother telling you this, with the words that cross teeth and jump lips?
Parte I.
Sexta-feira, quatro de julho de 1999, 3h48min
Pequeno Ateliê
Bromley, Londres.
Ele observava o corpo inerte sobre o divã, enquanto, com rápidas pinceladas, reproduzia cada detalhe na tela. O vermelho dos cabelos, as bochechas ainda com algum vestígio de cor, as pequenas sardas que adornavam o colo.
Cada detalhe reproduzido com uma maestria que se demora séculos para adquirir.
Ele se aproximou e arrumou um pequeno fio de cabelo que havia teimado em sair do lugar. "Logo, querida, a sua beleza estará imortalizada" Ele sussurrou, antes de beijar a mão da jovem.
OoO
Domingo, vinte e nove de Junho 1h03min
St. James Street,
Londres.
Draco caminhava calmamente pelas ruas. A fraca chuva de verão que insistia em cair não o incomodava. Ele não ligava mais para isso. Não sentia frio, muito menos calor, todas essas sensações haviam sido deixadas pra trás há várias décadas.
Mais décadas do que ele conseguia lembrar.
E sem pressa caminhou até um antigo casarão. A arquitetura da virada do século XIX para o XX não o agradava. Muito menos a alta música que era tocada ali dentro, mas, para o seu propósito, não havia melhor lugar em toda Londres.
Sem se preocupar em ser notado, ele se encostou contra a parede e analisou cada um que passava, até encontrar algo que lhe agradasse. Não precisava de nenhum poder sobrenatural para saber que ela não estava lá naquela noite; ele apenas sabia. E saber disso tornava a realidade de ter que encontrar uma substituta, ao invés de ter a original, um pouco mais amarga.
Não foi preciso esperar muito tempo para que uma visão lhe enchesse os olhos; os cabelos não eram tão vermelhos quanto os dela, era um pouco mais alta, e parecia um pouco mais madura, mesmo assim era bela.
E beleza era algo que ele não podia deixar despercebida, muito menos não poderia deixar de ser registrada. Naquela noite aquela humana lhe serviria como musa.
E como seu alimento.
Não foi preciso usar nenhum recurso para convencer a jovem a servir de modelo para um atraente pintor; pouco tempo de conversa e alguns sorrisos foram suficientes para que a garota aceitasse ir com ele.
Claro que se a vítima hesitasse, e ele realmente desejasse, ele teria como 'forçá-la', mesmo que essa pessoa nem suspeitasse que estava agindo sem ser por sua vontade. Mas ele preferia assim, conquistar sua vítima apenas com as suas habilidades; isso na sua mente tornava a caça mais divertida, trazia um resquício da tal humanidade perdida há tanto tempo.
E sem muita demora o rapaz a guiou até sua residência. O jovem não precisou olhar para a garota para saber que ela estava surpresa em ver que realmente havia um ateliê na parte de cima da casa.
Todas elas ficavam.
Elas acreditavam que era apenas um papo para serem levadas até a casa dele, para uma noite de sexo, e, mesmo assim, todas acabavam aceitando o convite. Bem, nem todas.
Uma garota havia recusado.
Não que ela tivesse sido primeira. Outras também já haviam fugido do seu encanto natural, e, na maioria das vezes, ele as deixava ir. Elas eram belas, mas nada que não pudesse ser substituído; havia beleza no livre arbítrio e ele respeitava isso.
Uma pena que, daquela vez, as coisas não haviam ido de acordo com o usual. Depois de deixar a garota ruiva partir, a imagem dela passou a persegui-lo. Cada detalhe da sua fisionomia ficou gravado na sua memória e, mesmo assim, era impossível para ele reproduzir a beleza dela em suas telas.
O vermelho passou a ser ainda mais chamativo para seus olhos. As pequenas imperfeições eram o que a tornava mais perfeita, e a cada noite ele procurava reencontrar a sua musa, aquela que seria sua obra prima.
E era por essa beleza que ele procurava quase todas as noites. Por mulheres que tivessem semelhante beleza.
Mas, assim como a imitação de uma obra de arte, nenhuma delas conseguia chegar aos pés do original. Eram esboços. Esboços até que ele a re-encontrasse e pudesse finalmente concluir seu trabalho.
E era com mais um esboço que ele passaria a noite.
"Dispa-se." Ele ordenou em um tom neutro, enquanto colocava uma generosa dose de vinho em uma taça.
E, movida por uma força maior, a garota obedeceu, retirando lentamente cada peça de roupa antes de caminhar em sua direção.
Ele a observou atentamente. Sim, havia beleza nela; ainda não era a beleza que ele procurava, o tipo de beleza que o faria ficar estupefato admirando o resultado final, mas para aquela noite ela iria servir. E com delicadeza a colocou sentada em uma antiga poltrona.
Com um sorriso convidativo ela deixou que ele a modelasse da maneira que ele achasse melhor. Ele a olhou mais uma vez, sua pele pálida contrastando com o tecido, e a pequena iluminação proveniente da lua tornava tudo pronto para ser retratado. Só faltava um pequeno detalhe.
Draco se aproximou da garota, e com cuidado traçou sua face antes de dar um delicado beijo em seus lábios, para então traçar os dedos por cada linha do corpo dela antes de se ajoelhar e cravar os dentes na base de sua perna.
Nada, nenhum prazer humano era tão sublime quanto Vitae¹, o líquido vermelho que enchia cada canto da sua boca, e fazia com que a Besta gritasse implorando por mais. Mas ele não precisava, e saber controlar a Besta era algo primordial caso desejasse continuar existindo. Precisava viver alimentado o suficiente para que ela não tomasse o controle de sua mente.
E, quando sugou o suficiente para acalmar o monstro e que sua vítima estivesse apenas desmaiada, ele se afastou.
E com precisão ele retratou a cena que presenciava com os mínimos detalhes: os olhos cerrados, e a expressão tranqüila que a jovem possuía, a maneira que uma perna pendia displicentemente para fora da cadeira, enquanto a outra ainda apoiada era manchada pelo líquido vermelho.
Ele admirou o trabalho final mais uma vez antes de se aproximar da jovem, e traçar mais uma vez seu rosto. 'Quase perfeita', ele pensou, enquanto se dirigia para a ferida que ainda sangrava, e com cuidado deu um beijo na ferida, fazendo-a desaparecer.
Ela acordaria confusa, olharia a garrafa de vinho vazia e teria certeza que bebeu demais, apenas isso.
Era o que todas acreditavam.
Era assim que se mantinha a máscara.
OoO
Segunda, trinta de Junho, 5h20min
Segundo andar de um apartamento
Enfield, Londres.
Ginevra Weasley estava irritada. Faltavam poucos minutos para o horário de levantar da cama e ir trabalhar, e nada dela conseguir dormir, e a certeza de que Luna, a amiga com quem dividia o pequeno apartamento no norte de Londres, estava ainda dormindo tranquilamente só a deixava ainda mais irritada.
Há duas horas ela se virava de um lado para o outro da cama tentando voltar a dormir.
E, teoricamente, não havia nada fora do comum lhe tirando o sono. Havia as preocupações usuais com o trabalho na galeria de Arte, com as contas para pagar, em juntar dinheiro para poder começar a faculdade, com os irmãos, que mesmo mais velhos ainda davam trabalho, a saúde do seu pai, as constantes ligações de sua mãe insistindo que já havia passado da hora dela encontrar um namorado e começar a criar algumas raízes. Talvez não fossem tão poucas preocupações assim.
Nada que ela já não estivesse acostumada.
Sobre as ligações da sua mãe, não é que a garota não quisesse arranjar alguém, talvez ela não se esforçasse tanto quanto as outras garotas, mas mesmo assim ela queria. É que simplesmente não havia aparecido ninguém que realmente parecesse valer a pena.
Há duas semanas ela havia conhecido um rapaz, um pintor, ou pelo menos foi assim que ele havia se apresentado.
E Ginny conhecia muito bem as conversas que os homens usam para conseguir uma noite de sexo, e essa conversinha de posar para um jovem artista era muito fraca. E, por mais que ele fosse realmente atraente, ela não iria cair em uma conversa mole assim tão fácil. Principalmente porque ele não parecia nem um pouco com os artistas que ela conhecia. Não que ela conhecesse muitos, mas trabalhar em uma galeria de arte a colocava em contato com alguns. Com certeza, os poucos com quem ela já havia tido contato eram exatamente o oposto dele, ele era arrumado demais, falava bem, tinha uma postura excelente, e não apenas isso. Havia algo naquele rapaz que ela não conseguia explicar.
Mesmo assim, no momento, ela não se arrependeu de ter descartado o rapaz, ela esperava por algo melhor do que um reles pintor. Mas agora, por algum motivo que ela não conseguia entender, volta e meia ela voltava a pensar no rapaz.
Olhou para o relógio e respirou fundo, estava na hora de levantar e, com poucas horas de sono, ela tinha certeza de que seria mais um longo e cansativo dia. Ela se levantou sem muita preguiça e caminhou para o pequeno banheiro do apartamento com a esperança de, quando voltasse para casa no fim do dia, teria uma das melhores noites de sono da vida.
OoO
Segunda, trinta de junho 18h55min
Estação de Metrô.
Enfield, Londres.
Saiu com pressa de dentro do vagão. Sem prestar atenção na pessoa em que ela havia esbarrado e que agora gritava palavras de baixo calão em sua direção. Ginny estava cansada, com sono, mal humorada, e a perspectiva de ter que voltar para o trabalho só tornava tudo ainda pior.
A hora extra seria bem vinda, e a comissão pela venda de quadros mais ainda. Mas quem em sã consciência resolve fazer um vernissage de uma hora para outra em plena segunda feira? Grande parte da manhã, e toda sua tarde, foi gasta na organização dos quadros, ligações e fazer todos os tipos de preparativos para que o evento ocorresse.
Era por momentos como esses que ela detestava trabalhar em uma galeria de arte. Não que ela pretendesse ficar muito tempo ali; em pouco tempo ela se formaria em Engenharia Aeronáutica, e com o dinheiro que estava juntando poderia se livrar de toda futilidade dos artistas e puder focar em coisas mais interessantes, como projetar naves que iriam para o espaço.
Não que os artistas em si fossem o problema, na verdade, eles praticamente não apareciam. O problema eram os mecenas dos artistas e os representantes de quem compravam as obras; esses se julgavam no direito de fazer o que quisessem, na hora e da maneira que lhes parecesse mais prático.
E era por conta de gente dessa maneira que agora ela corria pelas ruas tentando chegar em casa o mais rápidos possível para engolir alguma coisa, trocar de roupa e voltar para paparicar um monte de riquinhos.
Pelo menos ela tinha certeza de os próximos dois meses passariam com muito mais folga.
OoO
Segunda, trinta de junho 21h33min
Adega subterrânea
Bromley, Londres.
Draco caminhava lentamente pela adega que servia como refugio contra o temido sol. As horas que havia passado desacordado ainda deixavam sua mente confusa, não importava quantos anos haviam se passado desde o abraço voltar a caminhar sobre a terra depois de longas horas no limbo, porque não era um sono, ele não descansava, não sonhava, apenas se deixa de existir durante aquele período, não havia nome mais apropriado para o local que se encontrava do que limbo. E voltar de lá sempre deixava sua mente confusa.
Com cuidado ele caminhou até a pesada porta de madeira que separava seu esconderijo do resto da casa e prestou atenção.
Tudo estava quieto.
Só depois de confirmar mais algumas vezes ele finalmente destrancou a porta e a moveu com cuidado, não havia cuidado suficiente quando o assunto era sua segurança. E caminhou em direção a sala. Havia um grande e adornado envelope no chão próximo a porta. E, sem muita curiosidade, ele o abriu.
Uma solitária gargalhada foi ouvida quando o jovem terminou de ler seu conteúdo. Um convite para um vernissage, e o convite dava ênfase que não era engano, o convite havia sido enviado no mesmo dia que o evento iria ocorrer, essa noite em homenagem a Primógena Toreador².
Se ela desejou fazer um vernissage de um dia para o outro, sem motivo algum aparente, e ainda se deu ao trabalho de lhe enviar um convite, quem seria ele para recusar?
O rapaz leu mais uma vez o convite antes de subir para o ateliê. Olhou para o relógio; ainda havia tempo, poderia se preparar com bastante calma.
OoO
Segunda, trinta de junho 23h34min
Galeria de Arte
Londres.
Estava parada na frente de uma escultura feita em mármore. A peça retratava uma mulher alada e era extremamente bem feita, como se tivesse sido extraída assim da terra, sem nunca ter passado pelo cinzel de um artista. Ao seu lado, dois homens conversavam sobre a beleza do trabalho, comparando o trabalho do artista com de grandes escultores do renascimento ou com artistas modernos, com tamanha propriedade que até parecia que eles o tinham conhecido.
A cada minuto, a grande sala de exposições da galeria onde trabalhava se enchia mais de gente, todos muito bem vestidos, e portadores de uma beleza fora do comum. Era clara a diferença entre os convidados e as pessoas que estavam trabalhando na organização do evento; mesmo que todos os presentes estivessem muito bem vestidos, havia algo de diferente neles, algo que ela não sabia muito bem dizer, eles eram apenas diferentes.
Ginny se afastou dos homens e foi e voltou a circular pela galeria.
Para cada peça exposta havia um pequeno grupo de pessoas admirando, e era seu trabalho ter certeza de que essas peças sairiam do vernissage direto para as mãos de um dono.
Ela não gostava de sorrir para estranhos, mas nesse trabalho, e principalmente nessa noite, cada instante que ela passava conversando com cada interessado em uma obra, seu rosto estava adornado por um simpático, e muitas vezes falso, sorriso.
OoO
Terça, primeiro de Julho 00h26min
Galeria de Arte
Londres
O imponente carro preto estacionou na frente de um prédio de fachada branca no centro de Londres. Draco abaixou um pouco o vidro do banco de trás do carro e observou. Do lado de fora, uma fileira de outros carros pretos e seguranças esperavam do lado de fora da festa. Grande partes dos Membros estaria ali, ele tinha certeza que o local estava bem protegido. Mas mesmo assim, ele não deixava de se sentir um pouco incômodo com a urgência que esse evento foi feito.
Draco saiu do carro batendo levemente a porta por trás de si, e caminhou até a entrada da Galeria. Ele não olhou para o grande segurança que abriu a porta para ele, estava mais preocupado em tentar identificar quem estaria ali naquela noite e o motivo disso.
Com o crescimento do Sabá² em toda Grã-Bretanha um pouco de pé atrás nunca era demais.
A galeria estava repleta de homens e mulheres bem vestidos, quadros e esculturas eram a decoração mais que perfeita para o evento. Ele circulou pelo ambiente antes de fazer contato com algum dos membros mais influentes. Todas as telas e trabalhos estavam assinados por H.P. Não havia dúvida de que era um belo trabalho, mas também não restava dúvida de que era de uma pessoa nova, alguém do rebanho ou, no máximo, uma criança da noite.
Não foi preciso de muito tempo para Draco entender que suas suspeitas estavam certas, assim como o motivo de todo esse evento. HP era o novo protegé de Samantha, e coincidentemente a sua ascensão ao posto de primógena Toreador e a de seu novo protegido como neófito ocorreram quase que no mesmo período, e isso explicava o motivo dessa celebração.
Samantha era uma mulher tão bela quanto era ambiciosa, havia um talento natural nela para reconhecer artistas que eram capazes de continuar vendo a beleza mesmo depois de décadas. Assim como era seu hábito reconhecer a própria beleza desses artistas, sem sombra de dúvidas seu novo brinquedo possuía uma beleza diferente.
E Draco sorriu ao constatar que em menos de meio século aqueles olhos verdes estariam retratados em um dos seus quadros. Retrataria a beleza dos olhos que enxergam a beleza. Um leve arrepio subiu na sua espinha ao constatar quão belo isso seria.
Ele voltou a caminhar pela galeria, parando por alguns instantes nas obras que mais lhe chamavam atenção. Foi quando ele teve certeza que as Musas haviam sorrido para ele naquela noite.
No quadro exposto ao lado de onde ele se encontrava, estava ela. Com um longo vestido negro, simples, mas perfeito para acentuar o frágil corpo, os cabelos vermelhos presos num rígido coque, deixando cada pedaço do seu fino pescoço à mostra.
E andando rápido, mas silenciosamente ele se aproximou dela. "Poderia ser o seu rosto nesses quadros." Ele disse em um tom baixo, para que apenas ela ouvisse.
E ele sorriu quando ela se virou em sua direção, sobressaltada. Tão bela, e tão inocente do perigo que estava passando naquele momento. Uma humana rodeada de vampiros, literalmente uma presa entre os predadores, a sua única sorte é que os lobos não estavam tão famintos assim, nem seriam tolos o suficiente de causar algum importuno na festa.
Ela levou a mão à boca para disfarçar a surpresa, e na opinião do Toreador ela ficava ainda mais bela com as unhas vermelhas cobrindo os lábios. Draco fez uma nota mental de retratá-la dessa forma quando finalmente a pintasse. "Desculpe assustá-la." Ele disse com um aceno de cabeça, "Mas é verdade, um quadro seu aqui, só tornaria essa exposição ainda mais sublime." Ele segurou a mão da jovem e depositou um leve beijo. "Draco Malfoy, ficaria honrado se você considerasse a sua resposta e aceitasse posar para mim."
Não precisou de nenhum poder sobrenatural pra saber que o coração da jovem agora batia mais rápido, e, por um instante, ele acreditou que ela dessa vez aceitaria. Mas, quando ela recuperou a compostura e negou mais uma vez, ele precisou se controlar para não forçá-la.
Não. Ele a teria, mas com ela de acordo, ele teria paciência.
Ele pegou a mão da garota e levou até a boca. "Espero que mude de idéia." Deu mais um beijo e se afastou.
OoO
Terça, primeiro de julho, 02h48min
Sacada da Galeria de Arte
Londres.
O vento quente de verão bagunçava seus cabelos, enquanto ela observava a cidade já menos movimentada pela sacada do andar de cima da Galeria. Ginny havia considerado que, depois de tantas horas andando, conversando e vendendo quadros, estava mais do que na hora de um pequeno intervalo.
O sapato de salto alto já começava a machucar seus pés, estava extremamente cansada, e, pelo que parecia, esse vernissage ainda duraria pelo menos mais uma hora. Mas, apesar do cansaço, ela poderia dizer que essa noite foi um sucesso. Praticamente todas as obras já estavam vendidas, e ela tinha certeza de que até o fim da noite cada obra daquele jovem artista estaria vendida.
Ela respirou fundo se sentindo extremamente satisfeita consigo mesma antes de levar a pequena taça de vinho aos seus lábios, e encostou-se no para-peito da varanda.
E tudo aconteceu muito rápido.
Ela não ouviu ninguém se aproximar, mas sentiu uma súbita dor no pescoço, que sumiu tão rapidamente quanto apareceu. E deu lugar a uma sensação gostosa, uma mistura de excitação e prazer tomou conta do seu corpo e ela se permitiu relaxar. Aproveitando a estranha sensação de leveza, ela fechou os olhos.
E então tudo ficou escuro.
Minha primeira D/G medo! Obrigado dona Beca por ter segurando minha mão, ter agüentado minhas neuras, paranóias e mimimis em relação a fic. Se não fosse por você ela não sairia do papel.
Pequeno Glossário:
Máscara: O hábito (ou tradição) de esconder a existência de vampiros para a humanidade.
Besta: Os impulsos e instintos violentos que ameaçam a transformar um vampiro num monstro violento e descontrolado.
Sabá: Seita de vampiros que rejeita a humanidade entregando-se às suas monstruosas naturezas.
Vitae: Sangue.
Primógena: Vampiro de menor geração de determinada cidade.
E se você está lendo até aqui custa nada mandar uma review. E sim a fic contínua.
