NA: Bem pessoal, cada capitulo, será 1 ano passado em Hogwarts e assim sucessivamente.

A seguir vai estar a lista de personagens, alunos e professores. Só irei colocar neste capitulo para vocês verem.

É passado na altura dos Marotos !


Diretor: Albus Dumbledore

Prof.ª Defesa Contra as Artes das Trevas: Galatea Merrythought

Prof. Poções: Horace Slughorn, diretor de Slytherin.

Prof. História da Magia: Cuthbert Binns (único professor fantasma)

Prof.ª Adivinhação: Sybill Trelawney

Prof. Feitiços: Aellius Roke (inventado por mim); Filius Flitwick – 1 ano mais tarde

Prof.ª Voo: Rolanda Hooch (Madame Hooch)

Prof.ª Astronomia: Cordelia Finnigan (inventada por mim)

Prof.ª Aritmancia: Loraine Elvery (inventada por mim)

Prof.ª Runas Antigas: Bathsheba Babbling

Prof.ª Herbologia: Pomona Sprout

Prof.ª Transfiguração: Minerva McGonagall, diretora de Gryffindor

Prof. Estudo e Trato de Criaturas Mágicas: Silvanus Kettleburn

Zelador: Argus Filch

Enfermeira Chefe: Poppy Pomfrey (Madame Pomfrey)

Bibliotecária: Irma Pince (Madame Pince)

Guardião das Chaves e Terrenos de Hogwarts: Rubeus Hagrid


Slytherin:

Lucius Malfoy – 5º ano

Narcissa Black – 4º ano

Evan Rosier – 3º ano

Rabastan Lestrange – 2º ano

Wilkes – 3º ano

Avery –2º ano

Severus Snape – 1º ano

Regulus Black – entra um ano depois.


Gryffindor:

M.G. McGonagall – 7º ano

Mary MacDonald – entra 2 anos depois.

James Potter – 1º ano

Sirius Black – 1º ano

Peter Pettigrew – 1º ano

Remus Lupin – 1º ano

Lilian Evans (Futuramente Potter) – 1º ano

Marlene McKinnon – 1º ano


Ravenclaw:

Quirius Quirrell – 3º ano

Gilderoy Lockhart – 4º ano

Filius Flitwick – 7º ano; Torna-se professor de Feitiços no 2º ano.

Frank Longbottom – 1º ano


Hufflepuff:

Membros desconhecidos da década de 70.

Alice (Futuramente Longbottom)– 1º ano


Agosto, 1971

Para: Srta. Helena Auvray
Second Door to the Right
Primrose Hill, 431
London

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS
Diretor: Albus Dumbledore
(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

Prezada Srta. Auvray,
Temos o prazer de informar que . tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa a 1 de Setembro. Aguardamos a sua coruja até 31 de Julho, no mais tardar.

Atenciosamente,
Albus Dumbledore

Uniforme:
Três conjuntos de vestes comuns (pretas)
Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário
Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)
Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)
As roupas do aluno devem ter etiquetas com seu nome.

Livros:
Livro Padrão de Feitiços (1ª série) de Miranda Goshwk
História da Magia de Bathilda Bagshot
Teoria da Magia de Adalbert Waffling
Guia da Transfiguração para Principiantes de Emeric Switch
Mil Ervas e Fungos Mágicos de Phyllida Spore
Bebidas e Poções Mágicas de Arsenius Jigger
Animais Fantásticos e Onde Habitam de Newton Scamander
As Forças das Trevas: Um Guia de Autoproteção de Quintinus Trimble

Outros Equipamentos:
1 varinha mágica
1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)
1 conjunto de frascos
1 telescópio
1 balança de latão
Os alunos podem ainda trazer uma coruja OU um gato OU sapo.


Helena Auvray era uma menina de onze anos, bem bonitinha, de bochechas ligeiramente rosadas e pele clara como porcelana. Os olhos, azuis e brilhantes, não eram de longe os mais amigáveis e os longos cabelos loiros encaracolados, estavam sempre soltos. Era demasiado inteligente para a idade e o que os pais lhe ensinavam em casa, era, de longe, muito diferente do que os pais de uma família comum de bruxos ensinaria aos seus filhos. Desde nova que Helena ouvia a sua mãe, Morgana – uma bela mulher de escuros cabelos encaracolados e olhos azuis como os seus –, falhar-lhe do Senhor das Trevas antes de dormir. Renier, o seu pai – um homem alto, de cabelo loiro e olhos cinzentos – dizia-lhe sempre que um dia, assim como eles, ela o serviria de bom agrado. Contudo, no fundo, Helena perguntava-se se era isso que realmente desejava.

A sua família valorizava os puro-sangue a cima de tudo e todos. Ela, como a boa filha que era, seguia as pegadas dos pais, dava-lhes mais importância que aos seus próprios pensamentos.

Lia os jornais e sabia perfeitamente que, fosse quem fosse Lorde Voldemort, era um bruxo poderoso, contudo, ele era mau, e os seus pais também o eram. Destruíam famílias, matavam pessoas e arruinavam casas de bruxos nascidos Muggles. Desprezavam aqueles que se opunham a eles e faziam uso do poder. Usavam maldições imperdoáveis em outros bruxos e, ao fim do dia, não se arrependeriam nunca de fazê-lo. Todos os Devoradores da Morte veneravam o Senhor das Trevas e se Helena quisesse o carinho e orgulho dos seus pais, era exatamente isso que teria que fazer. E era isso que faria.

Apertou a carta de Hogwarts com força e cruzou o corredor, abrindo a porta da biblioteca onde os seus pais normalmente se encontravam. Parou, abruptamente, ao notar as pessoas desconhecidas que os acompanhavam. Um homem de aparência bizarra, com uns olhos azuis gelados e um sorriso assustador, talvez até demasiado pálido, estava sentado em frente á secretária. Á frente dele encontravam-se os seus pais, também sentados e em pé, num canto, estavam dois jovens – homem e mulher –, de aparentemente dezessete anos.

- Ora Renier, o que temos aqui? – perguntou o homem assustador, fitando a pequena figura surpresa de Helena. A menina se recompôs e corou um pouco, lançando um olhar á sua mãe pedindo desculpas por ter interrompido.

- Esta é Helena, a minha filha, meu Lorde – a menina apercebeu-se de imediato quem ele era e engoliu em seco, apertando o papel em suas mãos com força.

- Lamento imenso ter interrompido – pronunciou-se Helena pela primeira vez, um pouco receosa. Os olhos azuis gelados de Voldemort voltaram-se para ela e então, ele esboçou um sorriso meio sinistro na sua direção.

- Não tem problema, Helena, vinhas mostrar alguma coisa aos teus pais, eu presumo.

Ela assentiu e avançou na direção da secretária timidamente, estendendo-lhe a carta. Observou-o com calma enquanto lia e então, os olhos dele focaram-se novamente nela.

- Vejo que vais entrar este ano para Hogwarts – comentou – para que casa desejas ir?

- Slytherin – respondeu sem pensar duas vezes. Nunca tinha tido uma hipótese sequer de pensar em outras casas. Caso falhasse em entrar na casa fundada por Salazar Slytherin, os seus pais nunca se sentiriam orgulhosos de si. Helena não queria falhar, não queria que os seus pais a desprezassem, assim como desprezavam os outros bruxos. Ela teria que entrar em Slytherin, custasse o que custasse, e ganhar o orgulho de Morgana e Renier, pela primeira vez na vida.

- Tens certeza? – questionou, observando-a com interesse.

- Absoluta – o Senhor das Trevas pareceu satisfeito com a resposta e perante a réplica firme da menina, todos os outros na sala sorriram ligeiramente. Ela teria um grande futuro se continuasse a pensar da mesma maneira.


Setembro, 1971

Apenas um mês mais tarde, Helena encontrava-se dentro do Expresso de Hogwarts a caminho da escola. Sentou-se dentro de uma das cabinas vazias e acomodou a mala no compartimento superior. Cassiopeia, uma pequena gata preta de olhos dourados, acomodou-se ao seu colo e fechou os olhos adormecendo. E Helena fez o mesmo, encostando a cabeça para trás e deixando-se adormecer.

Mal podia esperar para chegar a Hogwarts.

O seu sono terminou, contudo, quando ouviu alguém resmungar alguma coisa em voz alta e fechar a porta da cabine abruptamente, depois, a voz de um garoto a gritar "Vemo-nos em Hogwarts Ranhoso!" e os risos de mais uma pessoa.
Resmungou para si mesma e abriu os olhos. Cassiopeia ainda dormia sobre as suas pernas, maldita gata tinha o sono pesado, sorte dela. Então, os seus olhos focaram-se nos dois garotos á sua frente, que conversavam sobre alguma coisa, sem notarem que já tinha acordado.

Eram ambos bonitos, quando a isso não havia duvidas. Para que casa iriam? Helena não tinha a menor ideia, mas não faria amizade com alguém fora de Slytherin, tinha quase certeza disso. Lembrava-se ainda do olhar frio do seu pai quando a deixara na estação, dizendo "Não nos desapontes, Helena" com uma voz firme e autoritária. Para ela, só havia uma saída possível, só havia Voldemort.

- Caso queiram falar, deviam fazê-lo mais baixo e respeitar as outras pessoas – disse, de repente, cansando-se de ouvi-los gritar um com outro e começar a rir. Os dois garotos olharam para ela surpresos e então, ambos sorriram, como idiotas, ela acrescentou mentalmente com um sorriso torto.

- Oh, desculpa se te acordámos, sou James Potter – ele sorriu e ela, limitou-se a assentir com a cabeça, antes de soltar um suspiro.

- Helena Auvray – disse simplesmente, antes de mover os olhos azuis para o bonito rapaz de cabelos negros ao lado de James.

- Sirius Black – respondeu seco. Helena notou que dera um sorriso sínico á menção do nome de família, mas não desejava fazer amizades e não fez mais perguntas. Pelo resto da viagem, ela manteve-se calada enquanto mais dois garotos se juntavam a eles e os quatro faziam uma verdadeira barulhada no seu compartimento anteriormente calmo.

Ah, ela mal podia esperar para chegar a Hogwarts e livrar-se deles.


- Auvray, Helena – chamou Minerva McGonagall após um aluno ter sido sorteado em Hufflepuff. Helena respirou fundo e avançou para o banco, ciente de que todos os olhos no salão estavam postos em si. Deu mais um passo e por fim, sentou-se. O Chapéu Seletor foi colocado na sua cabeça. Houve um momento de silêncio, e então, ela ouviu a voz na sua mente.

Bastante perspicácia e sensatez. Coragem, sim, mas também uma mente ligeiramente cruel. Vejo muito orgulho puro-sangue, algum desprezo por traidores e adoração por quebrar regras. Griffindor talvez? Não, não... Faltam certas qualidades... Seria melhor...

- Slytherin! – gritou por fim, fazendo a mesa da sua casa romper em uma salva de palmas. Helena desceu do banco, com um sorriso torto no rosto, aliviada por ter sido sorteada na casa dos seus pais e do Lorde das Trevas. Ignorou, no entanto, os olhares dos seus companheiros de viagem enquanto caminhava para a mesa de Slytherin. Estava na casa, tinha conseguido. Os seus pais ficariam orgulhosos e era apenas isso que importava naquele momento.


- Black, Sirius – Helena observou atentamente o bonito garoto caminhar até ao banco. Um pouco afastada de si, reparou, estava uma jovem com cerca de 14 anos bastante atenta á seleção, provavelmente alguém da família dele.

- Griffindor! – vociferou o Chapéu, provocando o choque no rosto de várias pessoas em Slytherin. Helena mordeu o lábio, encarou o sorriso contente de Sirius enquanto este se juntava á sua casa e desviou o olhar para o prato. Não conseguia entender como um Black, um puro-sangue destinado a ser membro de Slytherin, ficaria feliz por ser sorteado noutra casa.


Helena não tinha gostado de Lilian Evans desde o primeiro momento em que os seus olhos caíram sobre a figura irritadiça ao canto, encarando Potter e bufando enquanto falava com outro garoto. A jovem Auvray definitivamente não tinha gostado do olhar da menina ruiva, quando o amigo dela – a que Potter e Black chamavam Ranhoso – tinha sido sorteado em Slytherin, assim como ela, mas o que Helena gostava menos, era que Sirius estivesse na mesma casa que a Evans, e ele e Potter estivessem a encarar a garota como se ela fosse a coisa mais interessante do mundo.


Mexeu os legumes sem interesse enquanto mirava ocasionalmente a mesa de Gryffindor. Viu-os rir á gargalhada, brincar uns com os outros e conversarem imenso. Eram um grupo barulhento com certeza, mas bem animado. Mordeu o lábio e fitou a sua própria mesa. Os alunos mais velhos, de sétimo e sexto ano, estavam mais afastados, conversando em voz baixa, como se preparassem algo proibido. Os de quinto ano eram um pouco calados, tirando Lucius Malfoy, o monitor, que parecia conversar avidamente com Narcissa Black e Evan Rosier.

Perto de si estavam Wilkes, Avery e Rabastan Lestrange, falando entre si e trocando sorrisos maldosos. Tirando Wilkes, que estava no seu 3º ano, os outros dois eram do 2º, pelo que Helena tinha captado da apresentação dos alunos da sua mesa.
Ao seu lado, Severus Snape – o tão falado Ranhoso – parecia de certa forma inquieto naquele ambiente. Helena pensou em várias razões para ele estar apreensivo, mas nenhuma lhe parecia a correta e desistiu de descobrir. Não lhe interessava.
Suspirou e voltou a mexer os legumes, tentando imaginar o seu futuro.. No entanto, qualquer caminho que escolhesse – ou mais corretamente, que seus pais escolhessem para si – levá-la-ia a apenas um só lugar.

Voldemort.