Bom, gente, esta é minha primeira história aqui, então, por favor, ajudem e sejam bonzinhos. Eu tenho mais capítulos prontos, então, se quiserem que eu poste, me deixem saber, certo? Obrigada.
Disclaimer: Bom, tudo que você pode reconhecer aqui, não é meu. Acho que todo mundo sabe de quem é, não?
Ele acariciou o rosto do loiro, e então tocou de leve seus cabelos, que agora chegavam até sua cintura. Cinco anos de reclusão o tinham feito ainda mais lindo do que era durante o colégio. O moreno o sentia tremer sob seu toque, e logo uma lágrima quente serpenteava entre seus dedos, tão quente quanto o vento cortante do final do outono era gelado. Os olhos cinzentos levantaram-se para os verdes e então nenhum dos dois pôde evitar. Os corpos se chocaram com força, as mãos se agarraram às capas e o loiro não conseguiu segurar as lágrimas, que começavam a escorrer aos montes por seu rosto fino e pálido.
- Eu achei que o senhor não viria...
O mais alto corou com o tratamento que o menor usara.
- Draco... Não me chame assim... Nós fomos colegas em Hogwarts, se lembra?
- As coisas mudaram... O senhor se tornou o Ministro da Magia mais jovem da história, enquanto eu...
Draco parou de falar ao ver que Harry levara sua mão aos lábios, beijando-a carinhosamente.
- Você se tornou a pessoa mais bonita que eu já vi, Draco... Você é perfeito...
- Não, senhor... Eu sou horrível. Eu tenho cicatrizes e machucados... E até coisas muito piores...
O moreno sorriu.
- Algo contra cicatrizes?
A forma como foi dita a frase, deixava claro que a pergunta nada mais era do que uma piada, uma maneira de tentar quebrar a atmosfera tensa que toda a situação gerava entre eles, mas logo que o mais baixo prendeu a respiração por um segundo e toda a pouca cor que restava em seu rosto desapareceu, o mais alto desejou nunca ter dito aquilo. Para tentar amenizar o desconforto do outro, tentou mudar o tópico da conversa para algo que pudesse vir a ser mais ameno.
- Mas... Diga-me, Por que escolheu este lugar? Por que um cemitério? Algum motivo específico?
- Minha mãe está enterrada aqui, então... Este é o único lugar para o qual meu pai me deixa sair, mas... De qualquer forma, assim que o último raio de sol desaparecer do céu, se eu não voltar para casa, ele virá me procurar.
Suspirando, o maior o apertou ainda mais em seus braços, deixando o menor se acomodar ali, no calor de seu abraço.
- Eu não posso te deixar voltar. Todas as suas cartas, todo o medo que você sentiu, a dor... Eu simplesmente não posso permitir que você passe por tudo isso de novo.
Soltando-se do outro, Draco afastou-se um pouco, visivelmente confuso e entristecido.
- Não, Potter... Eu devo voltar.
Aquele nome que fora usado com desprezo durante os sete anos de colégio, agora soava diferente em seus lábios, não era mais desprezo. Agora o que desejava era uma distância segura, apenas o suficiente para não se envolver ainda mais. Desde apostara tudo naquela primeira carta, que chegara às mãos de Harry por pura sorte, tudo o que queria era apenas uma saída, algo que o tirasse daquela situação de constantes castigos e torturas que se estendera desde o fim da guerra, quando seu pai escapara e o levara junto, contra sua vontade.
- Como? Draco, eu posso te proteger, e eu vou fazer isso! Você sabe que sim... Por favor, deixe-me te levar comigo... Deixe-me te manter seguro.
- Não... Eu sei, mas... É minha honra. Eu não posso simplesmente fugir como um covarde, eu não posso... Não banque o herói comigo... Não funciona, nunca funcionou... Ele é a única família que me resta, e isso seria uma traição imperdoável, ele me caçaria onde quer que eu fosse... E, além disso, ser um Malfoy vai fazer as pessoas quererem me ver em Azkaban assim que a notícia se espalhar, não é?
- Pode até ser que sim, mas não há provas contra você, e você realmente está disposto a defender a honra desse nome com a sua vida? Porque... Eu posso te proteger dele, não importa como ou quando ele vier atrás de você, mas se você realmente não quiser deixar isso tudo para trás, eu não vou te impedir.
O loiro sentia-se dividido. Antes tinha tanta certeza de que tudo que queria era sair do alcance de Lucius, mas agora que a oportunidade aparecia, essa parecia a decisão errada a se tomar. Tomou fôlego e decidiu seu último argumento. Se este falhasse como acontecera com os anteriores, aceitaria a proposta.
- Mas... Isso não afetaria sua vida? E suas tarefas? E sua imagem como ministro? Acobertar um filho de um comensal da morte, de Lucius Malfoy, ainda por cima, não seria prejudicial?
- Não... Se eu der uma declaração à imprensa dizendo que você é inocente, as coisas vão ficar bem mais fáceis, a imprensa manipula as pessoas, então se eles estiverem do seu lado e não repetirem muito a notícia, em pouco tempo, sua volta vai cair no esquecimento e você não vai ter que se preocupar mais com nada disso.
Um suspiro vencido escapou de seus lábios, e ele ergueu os olhos.
- E quanto às minhas coisas? Minhas roupas, varinha, livros, sapatos...
- Não se preocupe, posso pedir à Hermione que te leve às compras amanhã, onde você quiser. Por minha conta.
O loiro abriu a boca para protestar, mas foi logo cortado.
- Quem te seqüestrou fui eu, não? Então eu que devo providenciar suas acomodações.
- Desde quando isso é um seqüestro? Eu não me lembro de você mencionando isso antes, Potter...
O moreno apenas riu.
- Está ficando tarde, o sol já começou a se por... É melhor irmos, não? Será perigoso continuar aqui se seu pai realmente vier atrás de você.
- É verdade, mas eu estou sem varinha, cheguei aqui por chave de portal...
- Só continue se segurando em mim.
