Harry Potter não é meu.
Nota: Harry Pansy escrita para o And the sky was all violet da HarryPansy do seisvê. Angst filho da mãe. Sério.
Dedico essa HP: pra violeta boss Narcissa Le Fay.
Pétalas Secas
As cicatrizes doíam. Não deveriam doer, mas doíam.
Ela não devia estar machucada, também.
Afinal, ela não estava do lado errado.
Não estava de lado nenhum.
Sente a pena nos olhos dos medibruxos e sente acariciarem seu rosto – mesmo que saiba que ele esteja mutilado – e dizerem que tudo ficará bem.
Ela sabe que nada ficará bem.
Ele aparece e pergunta se ela deseja depor contra quem fez aquilo a ela. Ele toca as cicatrizes e ela sente um calor que não deveria sentir. Tudo é coreografado em sua vida, mas houve um ato falho.
Que custou parte do que ela era.
- Você está bem? – a voz é calma e contida. Como tudo nele. Ela queria poder falar, mas não se lembra como. Só se lembra da dor, do medo. E de como os dentes daquele monstro se fechavam em seu corpo, enquanto as garras destruíam seu rosto.
Nunca fora bonita, mas estava destruída. Por dentro e por fora.
Ele fica quieto, às vezes. Ela se pergunta se é porque ela entregou ele ou se porque ela é feia e destruída. Não sabe.
E deseja saber.
"Você... Por que vem?"
- Porque eu quero.
"Sente pena."
- Não é só pena. É...
"Não minta."
- Você precisa de ajuda.
"E por que eu precisaria da sua?"
- Porque eu desejo ajudar.
A intensidade do olhar e o sorriso de apoio. Ele queria ajudar porque ajudava a todos e sabia que ela se sentia seca. Como uma flor seca.
Uma violeta seca. Morta por excesso de sombras, ao contrário das violetas normais.
Ela não era uma violeta normal.
Ela era um corpo roto e uma alma em frangalhos.
Ele, uma pessoa que sempre ajudava. A todos.
Ele plantou violetas na janela dela.
Ela as viu florescer.
- Obrigada.
Ele a viu florescer.
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Misa
