Título: Mensagens ao Mar

Gênero: Romance / Angst / Drama

Classificação: Yaoi / Slash / Limme (pra quem não sabe, Limme é um Lemon suave).

Par: Harry x Draco

Aviso: Harry Potter e personagens pertencem a JK Rowling todos os direitos reservados. Fic sem fins lucrativos.

Resumo: Continuação de O MENSAGEIRO. Começa um namoro, sonhos, barreiras e um objetivo muito além de derrotar Voldemort e salvar o mundo. Realidade Alternativa ANGST! SLASH!

Nota da Autora: essa fic me surgiu devido aos pedidos de continuação em O Mensageiro. Se não fosse por vocês, não teria me surgido essa inspiração. Agradeço a todos que comentaram na antecessora a esta. Espero que gostem dessa continuação, um pouco mais longa. Grande abraço!

Observação: conterá um pouco de spoilers, mas é uma Realidade Alternativa.

Observação 2: se você não leu O Mensageiro, aconselharia que lesse, pois seria uma introdução à esta.

Agradecendo às reviews de O Mensageiro:

Bela Youkai, Sam Crane, Hermione Seixas, Mewis Slytherin, Nicolle Snape, Fabi, Mel Deep Dark, Júlia e Sy.P – obrigada pelo comentário, palavras maravilhosas e o incentivo em continuar escrevendo! Essa continuação é pra vocês! Bjs!


Parte 1

- Harry... Pare!

- Não!

- Vamos, Harry! Não seja tímido agora!

- Eu sou tímido! Esqueceu?

- Precisava fazer isso e estragar o clima romântico depois da minha declaração de amor?

Draco suspirou, estava de joelhos na cama, as mãos no quadril e uma fracassada tentativa de se manter sério, mas o sorriso se abria em sua boca.

Harry estava embolado no lençol, encoberto até a cabeça e vermelho feito um tomate.

- Harry! Está parecendo que não ouviu nada do que falei... – Draco fez uma cara de bravo não muito convincente. – Precisa aprender a lavar os ouvidos também?

- Eu ouvi muito bem... – retrucou.

- Se ouviu, não me respondeu...

Um rosto muito corado apareceu por entre o lençol, olhos verdes brilhando de vivacidade e um beicinho sobressaindo em sua boca.

- Sabe que te amo e que daria tudo pra viver com você... – sussurrou, as faces tomando mais uma camada de vermelho.

- Então... – o sonserino se aproximou com um sorriso. – Não tenha vergonha nem medo de mim.

- É que... Eu nunca fiquei sem roupa na frente dos outros... Dessa forma...

- Você quem andou brincado de aranha e acabou nesse estado.

Malfoy segurou o lençol e descobriu cuidadosamente a cabeça do grifinório, até aparecer os cabelos negros. Depois o tomou pelo rosto, com ambas as mãos e o trouxe para um beijo delicado e singelo. Um beijo de conforto.

- Espere um segundo – o loiro saiu da cama e se dirigiu ao guarda-roupa, pegou uma camisa e regressou até Harry.

O moreno sorriu quando Draco voltou a toca-lo no rosto e a deslizar os dedos pelos seus ombros, afastando o tecido do lençol de seu corpo, até que este deslizou para seus quadris nus. Sua pele levemente bronzeada se arrepiou sob os olhos prateados, mas Malfoy não fez nada mais, além de ajuda-lo a vestir a camisa e com lentidão, lhe cobriu o peito fechando um por um dos botões.

- Sua camisa é gostosa – passou a mão no tecido, comprovando a maciez. Era uma camisa bem ao estilo de Draco, de cor preta e abotoaduras prata, fora o bordado em forma de serpente no colarinho.

Perante o olhar do sonserino, Harry abraçou a si mesmo, protegido pela roupa de Draco. Era como se o próprio loiro o abraçasse. Sentia seu cheiro na camisa que vestia.

- Pode ficar com ela...

- Está me dando? – o moreno piscou os olhos, sem acreditar.

- Sim, é a minha preferida e agora é sua.

Harry não cabia em si de felicidade. Não acreditava que estava a centímetros de Draco, nem que este lhe beijara várias vezes aquela noite. E agora lhe fazia quase derreter, com esse olhar intenso e único.

Mas... Daria certo? Conseguiriam ir adiante nesse relacionamento? Agüentariam as críticas, ainda mais que eram tão opostos e tinham tudo para serem rivais?

Essa grande e penosa dúvida fez o sorriso de Harry murchar e o brilho de seus olhos se apagarem.

Isso não passou despercebido por Draco, que deduziu o que se passava na mente do grifinório. O trouxe para junto de si e o abraçou com força e proteção.

- Dará tudo certo... E se não der, faremos acontecer por nós mesmos.

O moreno voltou a sorrir, sim, daria tudo certo e eles fariam isso acontecer.

- Essa é uma das razões que me fez te amar... Você sabe confortar e dar carinho... – murmurou ao ouvido do sonserino, depois depositou um beijo em sua bochecha.

Posso te mostrar mais qualidades, pra quem me fez suspirar nesses dias todos...

Harry riu, mas ao se lembrar da carta, viera-lhe a pergunta que não queria calar.

- Malfoy, como descobriu?

- Sobre a farsa? – o sonserino inclinou a cabeça, com ar superior. – Pra ser sincero, eu já estava desconfiando, mas tinha minhas dúvidas, depois que falei com Bones, que confirmou ser ela a autora das cartas, e você nada fez contra, achei que me excedi e realmente me enganei.

- Foi por isso que me olhava toda vez que cruzamos pelos corredores?

- Sim... Queria uma confirmação sua, se era Susan mesmo, ou se tinha algo a mais... Esperei e esperei, mas você não se manifestou – fez uma pausa, pensando. – De repente, ela pareceu tão tonta e tão hipócrita, que tive a certeza de que não era ela, a pessoa por traz das escritas profundas que me encantaram... Ela era a cara dos versinhos idiotas, pra falar a verdade.

- Draco! – Harry o recriminou, mas sorria, enquanto ouvia.

- Falo sério! Não vi nela essa paixão que vejo em você... Nem o entusiasmo e as emoções, como eu disse, quase palpável...

Malfoy se afastou de Potter, foi até a cômoda e dali, pegou da gaveta o maço de cartas que o moreno tão bem conhecia e que lhe fizera um buraco no coração, quando a lufaniana o quitou de sua posse. Voltou até o grifinório, que de olhos bem abertos e lacrimosos, fitava os simples pergaminhos, mas que continham tantas emoções por ambas as partes, e sorriu, as entregando de volta ao seu dono.

- Você está me devolvendo? – abraçou o maço de cartas, ao pegar. – Senti tanto...

- Te pertencem... – Draco voltou a encostar a testa, na testa de Harry, olhos nos olhos. – Talvez o fato de descobrir que não era Susan, seja o fato de ter usado um contra feitiço na caligrafia das cartas e reconhecido os seus garranchos, que você chama de letra.

- Malfoy! - Harry tentou fazer-lhe cócegas, como sempre tentava, ao ser provocado, enquanto Draco o abraçava e o prendia, rindo muito. Adorava provoca-lo, e agora adorava muito mais, por ser ele, quem o envolveu nesse mundo de sonhos.


O namoro dos dois rapazes começou discretamente e em sigilo.

Harry utilizava a passagem secreta que levava ao quarto de Draco para passarem juntos o tempo vago antes de irem dormir.

Nesse tempo, liam juntos, estudavam e conversavam, como amigos. Poderia se chamar de um relacionamento meio careta, mas convinha que ambos nunca namoraram pessoas do mesmo sexo. Potter nunca namorara, pra falar a verdade, e Malfoy todos os seus relacionamentos eram com garotas.

Harry Potter foi a grande exceção e que deu uma virada em sua vida, tanto amorosa, como conceitual.

Seus preconceitos diminuíram consideravelmente e passou a ser mais suportável para os dois melhores amigos do grifinório. No mundo fora das paredes do seu quarto, não mudara muito, mas quando estavam protegidos ali dentro, Harry vivenciava a doçura de um Draco Malfoy apaixonado – o anjo que caiu em sua vida.

Quando Harry acordou, certa manhã, não imaginava o que aconteceria e o que mudaria em sua vida daquele dia em diante.

Faziam cerca de duas semanas que estavam tendo esse relacionamento, e sentia-se um pouco triste por não serem iguais aos demais casais, que se relacionavam em público.

Nunca chegara a comentar isso com Malfoy, pois não sabia qual seria a sua reação, preferindo aproveitar sua união de qualquer maneira que fosse, só se importando estarem juntos.

Desceu ao Salão Principal, como costumeiro, e se sentou entre Neville e Rony, passando a se servir. Não deixou de olhar ao seu sonserino, que também o olhava de sua mesa. Sorriu um pouco e tratou de desviar os olhos para seu cereal, com receio de chamar atenção.

Porém, o loiro manteve firme seu olhar, acompanhando cada gesto do grifinório. Em como ele colocava açúcar, quase riu, com o excesso que deixava o cereal coberto como uma manta de neve. Depois o leite, bem pouco, só o suficiente para melar o açúcar. E no final do café da manhã, uma torrada coberta de mel.

Nesse curto convívio que tivera com o moreno, descobriu coisas interessantes, e estava trabalhando para descobrir muito mais. Agora sabia porque ele era um doce. Se não fosse por sua personalidade e caráter, com certeza era pelo que comia.

O viu erguer os belos olhos verdes para voltar a fitá-lo e aproveitou para piscar-lhe um olho, o vendo corar instantaneamente. Era surpreendente faze-lo envergonhar, e isso lhe dava um gostinho de poder sobre o moreno que lhe inflava o peito e regozijava a alma.

Não por superioridade, mas por saber que tinha conquistado um coração repleto de amor.

Tinha bem maior que esse?

Estavam no final do sexto ano e mal sabiam se chegariam a completar o sétimo ano, pois a sombra e a tragédia rondavam suas vidas, graças a Voldemort.

Bem dizia Charles Chaplin, ator e humorista muggle que leu em um livro, na aula de Costumes e Tradições Muggles:

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento da sua vida... Antes que a cortina se feche, e a peça termine sem aplausos".

Precisava transformar cada momento de suas vidas juntos, em momentos únicos e marcantes. Que se danassem os demais. Não queria que as cortinas de suas vidas se fechassem sem aproveitamento felizes e carregados de arrependimentos.

Olhou com asco a todos os alunos, incluindo os próprios sonserinos.

Eram inevitáveis comentários maldosos, sabia que não importa o que faça ou deixe de fazer, sempre tem alguém o criticando e o insultando pelas costas. Sempre tem alguém que não se dá bem com você e isso continuaria até o fim da vida.

Não se pode agradar a todos...

Então, agradaria a seu amor...

Quando foi o horário para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, ergueu-se após ver Potter fazer o mesmo e partir rumo à sala de aula.

O que faria, seria um grande passo no relacionamento deles. Não podia deixar de sentir vergonha e um pouco de receio, e só esperava que o grifinório aprovasse e o auxiliasse nessa investida rumo à felicidade.

Queria um namoro de verdade, e não um relacionamento escondido.

Entrou na sala de aula e notou que alguns alunos já estavam ocupando alguns lugares. A Grifinória de um lado e a Sonserina do outro. As mesas eram em dupla e Harry estava sentado em uma delas, sozinho, já que Weasley e Grange sentaram juntos, logo à frente.

Tomou fôlego e em passos decididos, caminhou até onde o moreno estava, este lhe lançou um olhar surpreso e confuso. Sentou-se a seu lado e sorriu um pouco.

Mesmo com a surpresa, pôde notar a alegria no olhar verde. Era um começo.

- Acho que temos uma serpente desgarrada, perdida no território dos leões – Potter sussurrou, tentando não sorrir tão largamente, como estava querendo sorrir.

- Do jeito que está falando, dá a impressão que você está louco pra me devorar... – retrucou com malícia, e adorou o estrago que fizera mais uma vez, tingindo de rubro as faces do moreno.

Harry sorriu, mesmo estando envergonhado. Era o que mais queria na vida – namorar sem culpa.

Ficaram escrevendo a lição, como se os demais alunos não estavam os olhando como se tivessem duas cabeças. Até Rony e Hermione não resistiam a curiosidade e o espanto, virando para trás de vez em quando.

Os dois antes rivais estavam se dando bem e sem nenhum comentário maldoso ou atrapalhando a aula, como McGonagall havia esperado, olhando torto de sua mesa, com receio de se distrair e os dois partirem para agressão.

A aula decorria e nada de alarmante aconteceu. Nem brigas, mas também sem muito contato entre eles.

Harry mantinha os olhos às mãos do sonserino que deslizava pelo pergaminho, conforme escrevia. Sabia que Malfoy estava com vergonha, assim como ele próprio. Era terrível não saber a reação dos outros, era angustiante estarem tão pertos e não poderem ao menos se encostarem, como qualquer outro casal faria, se tivessem oportunidade.

O silêncio era outro fator perturbador. A sensação dos olhares suspeitos, como se fossem cometer algum tipo de delito era ainda mais revoltante.

Tinham culpa em se amar?

Não... Sabia que não tinham culpa e não seriam os outros que o faria pensar assim, tão distorcido.

Estava cansado de seguir a opinião da sociedade.

Estava cansado de deixar de ser o adolescente e problemático Harry Potter (como qualquer um tinha seus problemas), para ser o perfeito e santificado Salvador do Mundo.

Olhou mais uma vez ao sonserino e arrastou-se para seu lado, ficando um pouco mais perto. Esperava por algum olhar de Malfoy, que o alertasse que estava se excedendo, mas ao invés, recebeu o brilho prateado de encontro ao seu e um sorriso de insentivo.

Ficou paralisado, vendo como o rosto harmonioso e iluminado de Draco era perfeito. Fios loiros caindo em seus olhos, por estar com a cabeça um pouco abaixada, para melhor escrever. Lábios macios a sorrir-lhe com doçura.

Ele era lindo!

Sorriu em retribuição e tremeu quando Malfoy se arrastou para perto de si, já que não se movera do lugar e sim, ficara o olhando com tanta contemplação.

Seus braços se tocaram e pôde sentir o perfume que era marca registrada do sonserino. Ele ainda o olhava nos olhos.

- Você perdeu boa parte da explicação Harry – Draco indicou com o olhar, ao pergaminho quase em branco que estava à frente do moreno.

- Oh, é que... Me distraí com você – não ligou muito, o que importava era estar tão próximo de Malfoy, quanto agora.

- Não pode relaxar nas aulas, se eu te causo isso, terei que manter distância – Draco ameaçou com ar sério, reprovando o que Potter estava fazendo. – Não quero ser a razão pela qual está ficando atrasado nas matérias.

Harry arregalou os olhos só pela menção de algo tão cruel. Manter-se longe de Draco, sendo que podiam aproveitar as aulas em conjunto para ficarem mais perto.

- Eu vou estudar! É que hoje foi... Uma surpresa tão agradável que... Me distraí... – sussurrou, tentando se desprender dos olhos e da boca do loiro e voltar sua atenção à aula.

- Não se preocupe com as anotações de agora, posso te emprestar quando nos encontrarmos mais tarde – Draco garantiu, recebendo um obrigado do moreno, em forma de um lindo sorriso.

- Se você se afastar de mim... Não precisarei mais estudar, pois estarei morrendo de saudade e tristeza... – ameaçou o sonserino, encostando perto de seu ouvido.

- Isso é chantagem – Malfoy o cutucou com a pena, deixando um pontinho manchado de tinta, sobre a mão de Harry. – Sabe que não quero que isso aconteça.

- Então... Não faça – Harry sorriu, voltando a atenção ao seu pergaminho, para que McGonagall parasse de os olhar com reprovação.

O restante da classe ficou ainda mais tenso e alguns comentários começaram a ser sussurrados.

Não ligaram para o que poderiam estar falando deles. No fundo, aborrecia a ambos, por serem o centro das críticas daqueles que preferiam cuidar da vida dos outros, ao invés das próprias vidas.

Quando a aula terminou, e todos saíam para a próxima aula, Draco esperou que Harry arrumasse seus materiais para que fossem juntos, pois teriam poções.

Quando o grifinório acabou por pegar tudo, foi falar com Rony e Hermione, mas eles estavam tão chocados e tão incomodados com Malfoy, que apenas conseguiram lançar-lhe um olhar incrédulo e seguirem um pouco mais à frente.

Harry ficou sentido, muito sentido por se tratar de seus melhores amigos, mas não os culpavam, pois não havia dito nada do que aconteceu no rolo das cartas de amor.

- Vamos Harry, depois você conversa com eles – Malfoy o chamou da porta.

Potter custou a sair dessa sensação desagradável e sorriu ao loiro, passando a caminhar a seu lado.

- Desculpe... – sussurrou com tristeza.

- Do quê? – Draco deu pouco caso, não ligava para ninguém, além de si mesmo e agora, de Harry. – Esquece isso ok? Estou acostumado a críticas. Se você der ouvido a elas, pode acabar se afundando.

- Tem razão... – Harry analisou o que Draco acabara de dizer. Se o mundo girasse em torno das críticas, não teria nada grandioso e ninguém viveria, pois nunca haveria uma satisfação plena, sempre haveria novos defeitos a serem apontados.

Nada era perfeito...

Voltou a olhar à mão delgada de Draco e ficou com a tão costumeira vontade de segura-la. Desde que se pegou apaixonado pelo sonserino, tinha esse desejo. O primeiro desejo que adquiriu por Malfoy.

Caminharem de mãos dadas, sentindo o calor um do outro, como se seus braços fossem laços e suas mãos o nó que os juntava. Uma forma discreta e muito meiga de mostrar carinho e afeto.

Esticou a mão com cuidado, até que seus dedos tocaram na maciez dos dedos de Draco. Este lhe olhou surpreso, mas consentiu, deslizando seus dedos também, até se cruzarem e suas palmas se juntaram, passando segurança.

Não eram mais apenas dois rapazes no meio da multidão que trafegavam nos corredores. Eram dois enamorados, que se sentiam e se tocavam, caminhando com algo a mais que os outros.

Com um pulsar mais intenso em seus peitos e um elo frágil, porém mútuo entre ambos...

No meio de todos os olhares de surpresa, repulsa, discriminação, alegria e indiferença que eram lançados sobre si, tiveram a certeza de em quanto pudessem se darem as mãos e caminharem unidos, nada poderia os derrubar.

Não haveria comentário suficiente para que deixassem de se amarem, nem indiferença ou discriminação que os fizessem se afastar.

Se amavam e queriam manter esse sentimento até quando durasse.

Para Harry, por toda a eternidade, se assim fosse possível, só esperava que para Draco também fosse o mesmo.

Era o que via nos orbes azuis prateados e no sorriso puro que ele lhe presenteava, quando seus olhos se encontravam, quando seus dedos se firmavam mais fortes.

E caminhavam assim por todos os corredores, sem vergonha e sem medo, prontos para começarem a viverem juntos, mesmo o mundo estando contra.


Continua...