A/N: As Crónicas de Gelo e Fogo não me pertencem apesar de serem a minha última panca. :P Esta pequena história foi apenas uma pequena ideia que não me saía da cabeça. Pode estar um pouco confusa, mas espero que gostem.
Pressentimento
Arya acordou alagada em suor. Não conseguia adormecer e quando o fazia era por pouco tempo, pois sobre ela pairava um pressentimento, um mau augúrio. Havia algo que não batia certo. Mas era impossível, estava em casa, estava segura. Seria este pressentimento algo que se aproximava? Não conseguindo acalmar-se mais decidiu ir dar um passeio por Winterfell. Nymeria, a sua companheira estava a seu lado por isso nada havia a recear. Vestiu-se rapidamente e saiu do quarto.
Lá fora estava tudo calmo. Como estava a meio da noite não havia movimento, viu alguns guardas nos seus postos mas escondeu-se nas sombras e foi silenciosamente até ao bosque sagrado. Mesmo sem querer os seus pés levaram-na para a árvore-coração. Por que motivo estaria ali? Quereriam os deuses transmitir-lhe algo? Ajoelhou defronte do represeiro e sentiu que olhos se prendiam nela. Sentia a respiração de Nymeria nas suas costas. Tentou acalmar-se, meditar mas aquele sentimento opressivo continuava. Assim ficou até ao amanhecer.
O seu pai foi dar com ela nessa posição. Pegou nela e levou-a para o castelo. Não trocaram palavra mas o silêncio falava por eles. Algo iria mudar as suas vidas irremediavelmente.
O dia foi passando e com ele, também o sentimento mais opressivo.
Pouco depois foi-lhe dito e aos seus irmãos que o rei e uma parte significativa da corte vinham para Winterfell. Aquelas notícias não eram as mais agradáveis porque teria de se comportar 'bem'. Olhou para a sua irmã, ela estava toda entusiasmada, estaria aos saltinhos se isso não fosse digno de uma senhora. Revirou os olhos. Ao menos a parte boa seria que teria a maior parte do tempo livre para andar pela cidade ou pelos estábulos sem que a chateassem. A pior parte seria a comparência ao jantar mas lá arranjaria maneira de não dar nas vistas. Olhou para os seus irmãos. Robb aceitou as notícias dignamente, Jon estava a olhar para o pai, os seus olhares cruzaram-se brevemente mas a sua atenção foi de novo para o pai, Bran estava sério, Rickon estava a olhar para o seu lobo e Sansa mal podia conter a excitação. O seu pai apresentava um ar grave, contava com que os seus filhos se comportassem como deviam. Dispersaram todos para os seus afazeres depois de terem afirmado que se iriam ser dignos. Ao saírem Jon pôs a mão no ombro de Arya. Ela não percebeu, estaria ele a querer dizer-lhe algo?
Nessa tarde Arya foi à cripta. Não era um local no qual gostasse de estar por ser tão gélido e sombrio mas encheu-se de coragem e pegou numa tocha. Com Nymeria ao seu lado desceu as escadas íngremes e gastas. Foi em direcção aos túmulos de seu avô e seus tios, por entre aquelas estátuas de senhores seus antepassados e lobos. Parou em frente da estátua da sua tia, Lyanna. Já lhe tinham dito que tinha parecenças com ela, sendo a única filha de Eddard Stark que tinha mais parecenças com o pai do que com a mãe (à excepção de Jon). Olhou para ela e pediu aos espíritos dos que já tinham passado, para os guiarem no que se avizinhava. Não teve nenhum sinal como resposta mas Nymeria olhava para ela com olhos conhecedores. Respirou fundo e começou a dirigir-se para a saída. Já deviam andar à sua procura.
Nessa noite, os seus sonhos foram conturbados e fizeram-na, uma vez mais, acordar a transpirar. Não se lembrava do que tinha sonhado mas o mau augúrio estava de volta. Não fazia ideia do que se passava mas tinha apenas uma certeza, o Inverno estava a chegar.
R&R
