Capítulo I - The new beginning
"Where do you think you're going, Blondie?"
Ele disse no mesmo instante em agarrava fortemente uma das mãos sangrentas dela. Falou entre os dentes, quase de forma zangada. Ela achou mesmo que poderia ir sem ele? Que ele simplesmente não iria com ela?
A força puxava ela para baixo. As correntes cortavam sua pele branca. A dor era quase insuportável. "Kate, me ajude a tirar essas correntes!"Ele gritou com a sardenta. Precisa tirá-la de lá. Kate obedeceu quase imediatamente. Desceu o máximo que pôde, mas não chegou nem perto.
"Segura! Segura".Ele lhe disse. Lhe ordenou. Seu rosto estava suado e pingava sangue. A força que a puxava para baixo era maior, mais forte do que ele. Mas ele não iria deixá-la ir.
"Eu não consigo, não consigo tirar" Ela falou entre os soluços e engasgos de choro. Seu rosto bonito, contorcido em dor e pesar. A mão estava cada vez mais difícil de ser segurada "Eu te peguei!" Falou com toda a convicção que podia. Estava bravo. Como ela ousava pensar em desistir? "Não consigo...Não consigo alcançar!"
Ela olhou. Tudo estava desabando e indo para dentro do buraco. A força estava levando com ela tudo. Iria levá-lo. E então o barulho a alertou que o perigo era ainda maior. "Juliet!" Ela o ouviu que gritar. Chorou. "Não consigo alcançar!". Era Kate. Ela parecia mesmo disposta a tirar a loira dali.."Se segura!" Ele estava raivoso. Gritou com ela de jeito que nunca havia feito antes. "Não!" Foi a vez dela gritar, com a voz tremida. Os dois se olharam e ela pôde ver as lágrimas se formando nos olhos dele. "Eu te peguei!".
Tudo em seu corpo doía. E tudo a sua volta desmoronava. "Sawyer!" Kate gritou ao longe. Tudo estava caindo, lentamente; a força da mão dele não poderia suportá-la por muito tempo. Ela precisa ir. "Não me deixe." Ele disse, como se pudesse ler seus pensamentos. Seu tom era quase de ameaça, mas continha dor, muito dor. "Está tudo bem". Ela o assegurou. " Não me deixe!!" Ela viu a raiva crescer ainda mais em seus olhos; talvez fosse melhor assim: que ele a odiasse.
"Eu te amo..." O tom de pesar e dor mais uma vez. Ela o amava, muito, profundamente, para sempre. "Não, não desista!" "Eu te amo, James." Agora, chorava; sua voz mantinha-se ali porque precisa dizer a ele. "Não!" "Eu te amo tanto!" "Não!" "Não, não solte!"
Ela soltou. Ele tentou impedir. Ele não podia deixa-La ir. Ele já não sabia viver sem ela. "Juliet!" Ele ouvia seus gritos, enquanto caia... Não! Isso não estava acontecendo. Ele amava-a; ela não podia ir. "Não!". E agora já não podia mais vê-La através do buraco. Ele tinha perdido a única mulher que realmente amava. Deixou-se chorar. Já não tinha nada; não tinha ninguém. A dor era demais para ele. Precisa dela ali com ele. "Juliet!"
*****
Ela achou que não fosse nunca mais acordar. Mas foi o barulho que a fez voltar a respirar. Sentiu os pulmões cheio de sangue. Tossiu. Quando abriu os olhos, não viu nada além das estruturas de metal. Sua cabeça iria explodir; ela tinha certeza. Não sentia as pernas. Sentia cada parte de seu corpo doer mortalmente. Queria gritar por ajuda, mas não tinha forças. Estaria morta em poucos minutos.
Chorou. Sentiu o sangue escorrer pelo lado da boca. Ela tinha perdido tudo. E iria morrer. Sozinha. Sem ninguém. Sem James. Amava-o tanto. Chegava a doer. Doía mais do que a dor física.
E então viu a bomba de hidrogênio que não explodira. Talvez ali estivesse a sua chance de fazer tudo dar certo para todos. Menos para ela mesma... Fazendo um esforço sobre humano, virou-se e achou um pedra. Bateu uma vez; nada aconteceu. Uma segunda vez "Vamos!". Terceira. "Vamos!" Quarta vez. Quinta. "Não! Vamos!" Seu corpo reclamava e mais uma vez chorou. Sexta! "Vamos!" Sétima "Vai, sua desgraçada!" E a oitava. E então uma luz branca ofuscante; mais dor. E nada.
*****
Juliet acordou e olhou à sua volta. Estava em lugar indefinido. Havia pessoas em volta. Sentadas em poltrona confortáveis. Não se lembrava de como chegara ali. A sua frente estava um copinho de plástico com uma bebida que talvez fosse água; não cheirava a água. Talvez estivesse ali a razão da sua falta de memória.
Exceto... Exceto que lembrava-se de tudo. Da ilha, de James, da queda do buraco e da bomba. Não tinham mudado nada. É , não se pode brincar com o passado. Não sabia onde estava e nem como chegara até ali, mas se recordava de tudo. Tudo estava igual...
E assim de repente, uma dor de cabeça aguda, quase insuportável e oh tão parecida com aquela que sentira a três anos, a fez colocar as mãos sobre a cabeça. Lembranças (?) invadiram a sua mente: ela recusando o trabalho em Portland, ou onde quer que não fosse... Rachel dando a luz ao menino... Julian nos braços de sua sorridente irmã... O primeiro aniversário de seu sobrinho...Ben a perseguindo... Ela fugindo para a Austrália... Ela encontrando-se com um homem chamado Christian em um bar... E então com um americano sulista grosso... Sua irmã ligando dizendo de aniversário de três anos de Julian a ser realizado em L.A....Ela comprando as passagens de volta aos Estados Unidos... Olhando o número de vôo: 815 da Oceanic... E tão de repente quanto viera, a dor desapareceu.
- Você está bem?
A mulher sentada ao seu lado tocou de leve em seu braço, fazendo-a se virar para olhá-la. Juliet segurou-se para não gritar ou sair correndo. Claire Littleton estava sentada ao seu lado ainda com uma barriga enorme. Sorria levemente, mas parecia preocupada com Juliet.
- Você está bem?
Juliet assentiu e levantou-se correndo em direção ao banheiro. Sentiu-se doente. Como se a qualquer minuto fosse desmaiar. Ou vomitar. Abriu a porta do banheiro e se jogou lá dentro. Olhou-se no espelho; estranhamente usava as mesmas roupas que usou quando o vôo 815 da Oceanic caiu naquela ilha... O que estava acontecendo ali?...Os machucados de trinta anos no passado ainda estavam pelo seu rosto; a barriga marcada pelas correntes. Tocou ali de leve, esperando que o pequeno ser dentro dela também estivesse bem. E então sentiu todo o avião tremer; as luzes do banheiro falharam e depois veio a voz da aeromoça dizendo a todos para voltar os seus lugares... Ela correu e voltou a se sentar ao lado de Claire. Estava tudo acontecendo de novo... Exceto que agora os sobreviventes não seriam 48 e sim 49; uma nova passageira possivelmente sobreviveria ao acidente aéreo: Juliet Burke.
A/N: Ohh o drama! I love it! hehehe Mais uma fic do reencontro Suliet. Nunca vou me cansar de escrever desses dois... E vou escrever até janeiro quando a nova (e última) temporada de Lost começar! Então, se preparem pra muitas fics! Essa fic, vai ser curta, talvezz três talvez um pouco mais capitulos.. Eu não sei aonde ela vai dar, mas espero que leve à algo bom... =D
As partes em italico são só transcrição do The Incident com os pensamentos deles... Próximo capitulo veremos James! REVIEWS POR FAVOR!
Beijoo! :D
