DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!
Observação: o primeiro capítulo dessa fic já foi previamente publicado, sob o pen name CMZANINI, e o título de "Antes do que poderia ter sido...". Porém, por algum problema no fanfiction, desapareceu e ficou "bloqueada" para leitura, por isso está sendo republicada sob um novo título e sob um novo pen name (Cris Krux). Como também perdi todas as reviews, não posso agradecer aos leitores, mas agradeço a todos os que me apoiaram, me incentivando a republicar todas as fics: Becka, Camila Geisa, Claudia, Fabi, Ju, Lady K, Lady F, Lord Ed, Nay, Ninna, Pri, Rosa, Si Bettin, Si Ianuck, Tata (espero não ter esquecido de ninguém, mas se esqueci de citar meu coração com certeza não esqueceu, viu?)
Autora: Cris Zanini
Spoilers: muitos! :-) Principalmente Heart of the Storm, já que essa fic arvora-se a pretensão de ser uma possível continuação ao último episódio da temporada 3 do nosso seriado preferido... Essa fic foi classificada em 1º lugar no concurso HOTS do grupo TLW Casa da Árvore.
Agradecimentos especiais: às juízas do concurso HOTS, que já leram essa fic...
Antes do que viria a ser...
Capítulo 1 – No último episódio...
Challenger está como que embriagado com o cheiro de clorofórmio da sala de cirurgia onde se encontra, o bisturi já começando a cortar sua pele arrancando-lhe um gemido. A brancura das paredes e de tudo o que o cerca chega a cegá-lo tão intenso é o brilho que tem ao seu redor.
Roxton está correndo, com um pedaço de madeira nas mãos. Suas armas, agora sem munição depois de atirar em tantos conquistadores, já não lhe são úteis. Sabe que agora tem poucas chances, já que os conquistadores, mesmo com as armas antigas de um tiro, têm mais chances de vitória que ele, porque eles são muitos, e ele está sozinho. Sozinho. Seu coração se confrange por Marguerite – onde estará a mulher de sua vida? Mas ele se disciplina rapidamente. Sabe que não pode pensar nela agora. Precisará de toda sua concentração. Apenas tem certeza de dirigir um último olhar para aquela face que está gravada a fogo dentro de seu peito, e tomar coragem na profundidade daqueles olhos cinzentos que o encantam e em que ele sempre se perde. Agora ele é um guerreiro. E avança para os conquistadores, disposto a lutar.
Marguerite vê o punhal erguido nas mãos do druida, sobre sua cabeça. Está deitada sobre o altar, assustada, pois sabe o que acontece em seguida. Afinal, há muito pouco tempo atrás ela encontrou seu próprio corpo nessa mesma caverna. Mas como? Mais uma vez ela maldiz o platô, mas volta atrás. Foi o platô que lhe deu uma família, finalmente: Challenger, Verônica, Summerlee, Ned, Finn. E foi o platô que lhe deu Roxton. Ela continua lutando inutilmente contra as mãos poderosas que a prendem ao altar, com força renovada pela imagem de Roxton que têm gravada em sua mente e em seu coração. Ela precisa lutar. Precisa ter uma boa idéia. Precisa escapar. Ou pelo menos vai morrer lutando. Não vai desistir como quase fez na última vez em que esteve nessa caverna. Não vai dar a ele motivos para achar que ela prezaria tão pouco a vida.
Verônica está de pé, no centro da sala, no centro da Casa da Árvore, no centro do platô. Uma pirâmide de luz a cerca e enche tudo de uma luz estranha. Acima dela, as nuvens de tempestade arrastadas pelo vento formam um enorme redemoinho. A natureza reproduz em larga escala o que o Trion que ela segura em suas mãos representa. Ela chama pela mãe, pedindo ajuda. Ela é a Protetora, mas não sabe como efetivamente agir para proteger o platô. Pressente que o maelstrom da natureza a seu redor é provavelmente um sinal de que ela não está fazendo a coisa certa, ou pelo menos não está fazendo tudo como deveria, para salvar o lugar onde nasceu e cresceu, o lugar que aprendeu a amar como seu lar.
Finn, em 2033, vê um carro aproximar-se a cada vez maior velocidade. Ela se levanta e corre. Precisa encontrar a onda novamente, precisa escapar da Nova Amazônia. Precisa voltar e ajudar Verônica, e ajudar seus amigos. Ela não sabe como pode conseguir ajudá-los, mas sente que precisa voltar. O platô de 111 anos atrás é onde ela se sente em casa agora. E então uma onda a atinge novamente, e a leva de volta ao platô, na sala da Casa da Árvore.
A tempestade parece estar no auge, e ela vê Verônica emitindo uma luz estranha, com o rosto imóvel numa máscara de dor. Vê que os lábios de Verônica se movem, mas o som da tempestade é tão alto que ela não consegue ouvir o que Verônica diz, mas pelo movimento dos lábios da amiga ela percebe que ela está chamando pela mãe.
Finn então tem uma idéia. Maple White. Ele saiu há pouco. Ela precisa alcançá-lo. Ela precisa entrar no plano de realidade para onde ele fugiu. A garota do futuro tem a chance de evitar que o passado aconteça. Se Maple White não for atacado, ou se pelo menos ele não sair do platô, se ele não encontrar Challenger, então a expedição nunca teria vindo para o platô, e nenhum deles estaria em perigo. Não faria sentido no mundo de onde ela vinha, mas nada faz sentido no platô, de qualquer forma. E ela precisa tentar. É o único jeito. Ela precisa alcançá-lo. Agora.
Capítulo 2 – Beco sem saída
Ela desce rapidamente para o nível do chão. Sabe que fora do perímetro da cerca elétrica uma confusão de planos de realidade se confunde agora, com a força da tempestade. Ainda protegida pela cerca, ela vasculha os planos até encontrar o que deseja. E então ela vê: a tempestade está ali também, parece estar mais escuro agora, mas ela ouve perfeitamente os sons do T-Rex. E então salta a cerca e é imediatamente levada para aquele plano de realidade.
Ela corre. As árvores enormes se agitam na tempestade, e os sons do T-Rex estão cada vez mais próximos. Ele já atacou o Maple White, que está caído no chão, e então ela atira no T-Rex para chamar sua atenção. O animal vira-se para atacá-la, e mesmo correndo para onde Maple White está de repente sente uma dor lancinante do lado direito, onde o T-Rex acaba de mordê-la. Ele a arremessa no chão – onde ela iria cair perto de Maple White. Mas ele não está ali. Ele estava ferido, mas conseguiu se levantar. Então é isso. Ela distraiu o T-Rex e só por isso o Maple White conseguiu escapar com vida por algum tempo, sair do platô e chegar ao acampamento em que Challenger estava há mais de três anos!!
Ela precisa encontrá-lo. Ela precisa impedi-lo. Mas não consegue se levantar. Sabe que o ferimento que recebeu é mortal. Mas sabe que ela não pode falhar, não agora. Com a visão borrada pela chuva e pela dor, sabendo que pode perder os sentidos a qualquer momento, e vendo o T-Rex se aproximar para o ataque final, ela escaneia o perímetro e finalmente vê Maple White se arrastando, fugindo, ferido, mas vivo. Ela não tem dúvida, e juntando suas últimas forças ergue a besta, aponta para ele, e atira. Um tiro certeiro, pelas costas, na altura do coração. E ele cai.
Mas o T-Rex está agora mais próximo que antes. Ela apenas fecha os olhos, sabendo que não só Maple White perde a vida nesse plano de realidade. De qualquer forma ela sabe que sua missão foi cumprida. Challenger nunca vai encontrar o cientista, seu diário, ou saberá do platô. Ela pode morrer agora. Só espera que o T-Rex seja rápido e que morrer não doa mais do que seu lado direito inteiro já está doendo.
Permanece de olhos fechados, esperando. Mas quando a dor desaparece, e o barulho que ela ouve é o de um carro freando bruscamente e derrapando, ela abre os olhos novamente, para ver que está de volta à Nova Amazônia.
Maldição. Tinha sonhado novamente, um sonho longo e estranho. E tinha dormido no caminho, e agora precisava se safar dos seus perseguidores de escravos para as minas de petróleo.
CONTINUA...
Bom, pessoal, essa é uma fic terminada, então, publicar as próximas partes depende apenas do fluxo de Reviews...
Estão vendo esse botãozinho GO aí embaixo? Isso, bem no canto inferior esquerdo... Taí! ;-)
