No interior da França, uma linda garota estava finalmente realizando seu sonho. Iria para a tão sonhadora Paris dançar, estudar e ser independente. Enquanto arrumava suas malas, um turbilhão de pensamentos tomavam conta dela, a deixando ansiosa para a nova fase que iria começar em sua vida. Sempre fora sonhadora, sempre desejava poder conhecer o mundo, poder dançar e se aperfeiçoar. Ah, dançar, era sua vida a dança. Era definitivamente o amor de sua vida. Seu corpo e sua alma eram sempre levados pela música e pela dança. Automaticamente, a garota sorriu. Estava completamente extasiada pela felicidade de finalmente conseguir realizar um de seus maiores sonhos. Ela queria se surpreender, conhecer pessoas novas, queria viver longe do campo, da falta de oportunidades da cidadezinha, da vida que não gostava, de todas as pessoas que a repreenderam de conseguir finalmente buscar sua felicidade.
Fechou sua última mala, olhando para o guarda roupa quase vazio, contendo apenas meia dúzia de peças de roupas que ela resolveu deixar. Recolheu as fotos de seu mural e as guardou em uma caixa que levaria com alguns objetos e pertences. Era sua primeira mudança, ela estava animada. Olhou para o relógio e viu que faltava uma hora para Rose, sua melhor amiga, buscá-la para irem embora. Sim, eram inseparáveis e compartilhavam o mesmo sonho. Iriam juntas para Paris.
Terminou de se arrumar e ficou de frente no espelho. Seus longos cabelos castanhos caiam em seus ombros formando algumas ondas; seus intensos olhos castanhos eram misteriosos, cativantes; seus delicados lábios estavam cobertos por um batom claro, e seu sorriso era simplesmente encantador; suas bochechas rosadas estavam quentes, quando ela tocou o rosto, por conta da agitação, mas estava adorável. Seu corpo magro, mas com curvas nos lugares certos atraíam a atenção; tinha tudo no lugar certo, era maravilhosa. Diziam que ela era uma princesa, que tinha uma beleza fora do comum. Porém não achava isso. Concordava que carregava muita beleza em si, mas não se sentia como alguns diziam. Era tímida, elogios a deixavam embaraçada, sem graça. Não fazia ideia do poder que tinha apenas com sua beleza. Achava uma enorme bobeira.
Colocou um sobretudo vermelho por cima de seu vestido branco rendado e começou a descer suas malas assim que ouviu a buzina do carro.
Oh, mon dieu. Finalmente estou indo a Paris.
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Uma ideia que surgiu e decidi compartilhá-la. Espero que gostem, escrevo com o maior carinho e prazer.
