Notas do autor:

Oi meus amores! Aqui estou eu com mais uma fic, dessa vez, um pouquinho mais comprida, por volta de 12 ou 13 capítulos.

O casal protagonista é Shina x Aiolia, porém, terão outros casais na trama, uns com mais e outros com menos importância.

Porque esse casal? Porque eu adoro!

Vai ter hentai? Claro! Senão eu nem me daria o trabalho de escrever kkkkkkkk. Mas essa fic tem uma pegada mais romântica, sem ser melosa, e espero sinceramente que vocês gostem!

Desfrutem e boa leitura!

Capítulo 1 - Revelando o sentimento

O Santuário de Atena fazia jus ao seu nome. De uns tempos pra cá era um oásis de calmaria e tranquilidade. Todos estavam satisfeitos, menos as pobres amazonas, que ainda tinham que usar aquela horrenda máscara.

A lei da máscara ainda vigorava, apesar de todos os protestos de Saori, que era uma menina rica e moderna, e achava isso um verdadeiro absurdo, pois a capacidade de um cavaleiro não se mede por seu gênero e sim por sua habilidade no domínio do cosmo, mas, o machismo sempre imperou naquele lugar, e ela, por mais que fosse a deusa, não conseguiria mudar tudo do dia pra noite. Portanto, a seu favor, tinha uma audiência com seu todo-poderoso pai, Zeus, e iria ao Olimpo para tratar do assunto e reverter essa situação.

Cavaleiros e amazonas treinavam no Coliseu. Era um rodízio, sem uso de cosmo, só no mano à mano, e Shina não via a hora de seu turno cair com Seiya, tinha contas a acertar com ele. Mas, para o azar da amazona, seu desejo não se realizou e teve que se contentar em enfrentar Algol de Perseu, fato do qual ela não achou nenhuma graça.

Acabado o treinamento, ela foi atrás de seu amado desafeto, iria insistir na teoria de que ele deveria corresponder ao seu amor, e se livrar de vez com a frustração que carregava por ser tantas vezes rejeitada.

O seguia pelo bosque, que era um atalho para chegar ao vilarejo dos prateados, que provisoriamente, abrigava os de bronze. Porém, no meio do caminho, Seiya deu um basta no intento da amazona.

- Até quando vai me perseguir? – indaga sério – Não se cansa de escutar sempre o mesmo? Por favor Shina, pare de se humilhar! Você merece bem mais do que um homem que não te ama!

- Seiya, você viu meu rosto! Eu tenho que te amar! - diz quase às lágrimas, retirando sua máscara.

- Mais eu não tenho que te amar! – grita exasperado – Essa estúpida lei é unilateral! Ela nunca disse que o infeliz que tiver o azar de ver o rosto de uma de vocês é obrigado à amá-las!

Shina por um instante paralisou. Ele tinha razão. A lei não dizia que o sentimento tinha que ser recíproco.

Seiya tentava se acalmar e a vê quase em choque, e fica com pena. Sabia que essa era uma lei cruel, que escravizava as guerreiras à um sentimento que não tinha o menor motivo sequer pra existir. Ele caminha até ela, pega suas mãos e as trás pra perto de seu peito e falou calmamente.

- Me desculpe! Não queria gritar com você, mais essa situação está insustentável! Sei que não é sua culpa e imagino como você se sente, mas tenta imaginar como eu me sinto. Você me persegue, me cerca... me sinto acuado! Eu não quero ter que te rejeitar de novo! Você pode pensar que não, mais me machuca muito ter que fazer isso... – passa o dorso de suas mãos em seu rosto, secando as lágrimas dela – Você é linda! Abra seu coração pra outra pessoa, porque eu tenho certeza que a Saori vai anular essa maldita lei e libertar todas vocês desse julgo tão injusto, e quando isso acontecer, seu coração terá espaço para um amor de verdade.

Tira com cuidado a verde franja de sua testa e dá um beijo terno, carinhoso. Se afasta sem olhar pra trás, não queria alimentar uma falsa esperança nela. Já sofria demais, aliás, todos dois.

Ela permanece ali, estática, vendo Seiya se afastar. Sentiu uma brisa fria em seu rosto e saiu de seu torpor. Deu alguns passos, mas sem forças, cai de joelhos e permanece ali, chorando em silêncio sua triste realidade.

Passou-se quase uma hora e ainda estava no mesmo lugar e do mesmo jeito, quando sentiu um cosmo bem conhecido vindo por trás dela.

- Veio me criticar? – pergunta chorosa – Se for isso pode dar meia volta, pois estou cansada de ouvir sempre a mesma coisa.

- Se está tão cansada, porque repete sempre os mesmos erros? – diz uma máscula e sexy voz.

- Meta-se com a sua vida e me deixa em paz! – responde sem se virar.

- Quer obrigá-lo a te amar, mas esquece de que eu também vi seu rosto. – fala num tom gelado.

A amazona arregala os olhos e põe a mão em seu peito. Era verdade. Ele também tinha visto o seu rosto. O que faria? Ele nunca tinha tocado no assunto e sempre achou que ele fosse apaixonado por outra. O que ele queria? Brincar com ela?

Ela se recompõe, levanta-se com a máscara nas mãos e faz menção de que vai colocá-la, quando o dono da voz a interrompe.

- Não precisa colocar essa máscara. Não há nada aí que eu já não tenha visto. – diz sem nenhuma emoção.

Ela então se vira e resignada vai em direção à ele.

- O que você quer Aiolia? Veio exigir que eu te ame? – diz com deboche, mais por dentro estava preocupada.

- Sim. – respondeu categórico.

A amazona abre bastante suas belas esmeraldas. Não esperava essa resposta.

- Você não é apaixonado pela sonsa da Marin? – pergunta com um nítido desespero em sua voz.

- Já me ouviu falando isso? Já me viu beijando, abraçando ou acariando a Marin? Já me viu tendo algum gesto fora do normal com ela? – falou sério e se aproximou perigosamente – Como pode dizer algo de cunho tão pessoal sem nenhuma prova disso?

Shina baixou a cabeça envergonhada, pois tudo o que sabia provinha de boatos que se espalhavam como pólvora naquele lugar.

- Me desculpe. Nunca vi nada que os comprometessem... me deixei levar por boatos.

Ele se aproxima, e ela não esconde seu nervosismo.

- Você não vai dizer nada?

- Aceito suas desculpas. – diz aproximando-se mais – Mas não vim aqui pra isso.

- Veio pra que, então? – sua voz sai trêmula.

O Leão Dourado a pega pela cintura, colando seu corpo ao dele. Passa a mão livre por seu alvo rosto e desce em direção à nuca, a trazendo mais perto de sua boca e a beija, com fúria, com desejo, que há muito estava reprimido e somente agora poderia satisfazê-lo.

Ela se assusta. No fundo achava que ele não teria coragem de fazer algo tão ousado, mas fez. Não reagiu, pois sabia que com um simples acender de cosmo ele a fulminaria ali mesmo. Então fechou os olhos, abriu sua boca, e deu passagem à feroz língua do dourado e se deixou levar. Aos poucos foi sentindo um calor devastador, que consumia seu corpo e que a privava de seus mais básicos sentidos. O que seria isso? Não sabia dizer.

Separaram-se. Estavam ofegantes, porém ele continua em sua pose altiva, enquanto ela está totalmente desconcertada.

- Tem noção do que fez, estúpido? – sua voz era puro ódio.

- Sim. – a olha de maneira sedutora – Sei que ele viu seu rosto primeiro, mais ele nunca te tocou, ao contrário de mim. – diz roçando seu rosto ao dela – Isso é o que vou alegar à deusa quando for exigir o meu direito à você.

A Cobra desaba, e é rapidamente amparada por ele. Senta ela na grama e recosta sua cabeça em seu forte peitoral e acaricia suas sedosas mechas verdes. Ela, aos poucos, recobra seus sentidos e o olha com tristeza.

- Vai ter coragem de fazer isso comigo?

- Não é exatamente isso que você quer fazer com o Seiya? – devolve taxativo.

Sua garganta dá um nó. Lembrou-se das palavras do japonês, quando pediu pra ela, por alguns instantes, se colocasse em seu lugar. Agora conseguia entendê-lo um pouco. Provava de seu próprio veneno.

- Mas pode ficar tranquila. Não vou falar com Atena... por enquanto. – diz com ela ainda em seus braços.

- Porque não agora? Porque não acaba logo com essa angústia? – fala com raiva.

- Só vou fazer isso quando conseguir tirar o Pégaso do seu coração. Não aceito dividi-la com ninguém.

- E como pensa em fazer isso? – ironizou.

- Desse jeito... – num rápido movimento, a deita na grama, e com suas grandes mãos segura os finos pulsos dela, colocando seus braços pra trás da cabeça, e a beija com fervor. Um beijo quente, envolvente, que ela não consegue resistir e cede ante ao avassalador contato. Sente seu corpo queimar, suas bochechas arderem, sua intimidade ficar úmida. Nunca tinha sentido nada parecido antes. Não sabia porque, mas não queria que parasse.

Porém, o leonino interrompe o delicioso beijo, levanta-se e caminha em direção à saída do bosque, deixando Shina petrificada no chão. Ainda assim ela reúne forças pra gritar.

- Vai embora e me deixar assim, desse jeito? – soca o chão, revoltada.

Sem se virar, ele responde.

- Não venha atrás de mim. Eu te procuro. – E foi sem dar maiores explicações, deixando a amazona com um sentimento de pura impotência, diante daquele belo homem.

O que faria agora? Resistiria ou se submeteria aos caprichos do dourado? Sinceramente, não sabia o que fazer, e o pior de tudo é que tinha gostado do beijo dele, do contato de seus corpos. Deuses! Eram tantas dúvidas!

Se levanta e vai na direção contrária à dele, rumo à vila das amazonas, e no silêncio de seu lar, tentaria encontrar uma solução para o seu dilema.

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Horas haviam se passado, e a bela amazona não tinha conseguido sequer dormir, quanto mais pensar em uma saída pra todo esse problema. Olhou o relógio na parede, eram 2:40 da manhã. Vendo que não ia descansar, saiu de casa e foi em direção aos rochedos que ficavam na praia, gostava de ir pra lá quando queria relaxar. Estava só com uma camisola simples de seda preta e um chinelinho na mesma cor.

Quando chegou, ficou ali, vendo as ondas baterem no paredão de rochas e ficou analisado como estas eram fortes, pra suportar tamanha violência por parte das águas. Queria ser assim! Por muitos anos achou que era como uma rocha, mas estava enganada. Era frágil como uma flor do campo, sua força era só uma casca para ludibriar seus inimigos e desafetos. Estava chorando. Deixava as lágrimas caírem soltas, até que sentiu a presença dele por trás de si, chegando seu corpo junto ao dela, e a envolveu num abraço caloroso, que deixou a Cobra ainda mais confusa.

- Porque faz isso, Leão? Existem outras mulheres mais bonitas e femininas do que eu, e que adorariam estar na companhia de um dourado como você! Porque eu? Não tenho nada pra te oferecer, a não ser tristeza e amargura! – fala, ainda olhando o mar.

Ele nada diz. Encosta seu rosto nos verdes cabelos da italiana, e aspira seu suave odor, e se inebria com a fragrância floral que provém deles. Beija seu pescoço, desce suas fortes mãos por seus braços e chega ao seu ventre, trazendo-a pra mais perto de si.

Shina se arrepia intensamente, seu corpo treme e novamente é tomada por um calor que a queima por dentro, ainda mais quando sente o grande volume de sua masculinidade contra suas nádegas. Ela segura um gemido. Não queria dar esse gostinho à ele. Aiolia então sobe suas mãos aos delicados seios da amazona, e por cima da camisola mesmo começa à massageá-los. Ela continua em silêncio. Era orgulhosa. "Se eu não demonstrar nada, ele vai embora! Vai me deixar em paz!" pensou ela. Outra vez se enganou. Ele a virou pra si e continuou com as mãos em seus seios, sendo que agora, sem o tecido pra interferir. O loiro pega no bico de seus seios e os aperta devagar. A orgulhosa Cobra não resiste e geme sofregamente. Os dois se olham nos olhos. Sentem uma irresistível atração, e se beijam como se o mundo fosse acabar ali, naquele instante.

Separam-se por falta de ar. Ele afaga seu rosto, dá alguns selinhos nos seus macios lábios, e vira-se pra voltar ao seu Templo.

Revoltada, a Cobra grita ao seu "algoz".

- Vai fazer isso sempre? Me beijar, tentar meu juízo, e ir embora? Como se nada tivesse acontecido? – chora e respira pesadamente – Porque faz isso? Porque não me leva logo como seu troféu pra sua casa e exibe para os seus amigos? Não é isso que você quer?

Aiolia volta-se em sua direção, fica muito próximo à ela e diz.

- Já disse que só vou reclamar o meu direito à você quando tirar o Pégaso da sua cabeça, e no seu coração tiver espaço somente pra mim! Já disse que não aceito dividir nada, e isso inclui você! – sua voz sensual faz as pernas da amazona tremerem de excitação.

- Não sou um objeto pra ser ou não dividida. – sua voz sai trêmula – Sou uma pessoa, não vou aceitar ser tratada assim!

- Sim, você é a pessoa que eu amo! Por isso te quero por inteiro! Nem que demore um pouco, mas vou conquistar você! – dá um beijo terno no rosto da espantada Cobra e vai para o 5° Templo sem olhar pra trás.

Continua...

Notas finais:

E aí meus queridos leitores, o que acharam?

Sintam-se à vontade para comentar e dar suas opiniões! Adoro quando conversam comigo!

Bjo meus lindos e até o próximo capítulo!